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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sociedade super poderosa



Nos tempos hodiernos, estamos vivendo o auge da globalização, na qual há fluxo de indivíduos, mercadorias e de culturas. Entretanto, é raro os momentos que paramos para refletir sobre quais as consequencias de tal fato. Não há dúvidas que os mais aptos sempre estão no topo da hierarquia e utilizam-se disso para manipular seus fantoches, ou seja, os países que não tem força suficiente para 'se libertarem'.



Analogamente, Émile Durkhein (1858/1917), analisa as forças coercitivas que permeiam a sociedade perante cada indivíduo. E o sociólogo afirma que todos nós somos "vítimas de uma ilusão, acreditamos ser o produto de nossa própria elaboração aquilo que nos é imposto do exterior", ou seja, as formas de comportamente de cada indivíduo, são apenas hábitos forjados na dimensão coletiva. Conseguimos emitir um juízo de valor sobre essa ideia fazendo perguntsa para nos mesmos, como por exemplo: Por que eu tomo banho ? Pensaremos um pouco e daremos aquela resposta clichê na qual aborda a higiêne pessoal, entretanto, não somos obrigados a tal ato, mas fazemos para sermos aceitos na sociedade, pois a partir do momento que eu sigo as regras sociais, terei um espaço respeitável. Oras, essa regras impostas pela sociedade é visível no cotidiano dos indivíduos, na qual estão apenas preocupados apenas com o ego em detrimento da essência. É necessário fazer questionamento sobre a atual situção onde estamos inseridos.

Creio que uma vissão mais pessimista, poderia rebelar contra a ideia do sociólogo, pois se somos o que somos porque a sociedade impos assim, então, estamos sendo tratados como "mercadoria" oprimida, porque não temos voz ou força para resistir ao sistema devido a coercitividade social que constantemente dita as regras e nos "fabricamos". Mas nem só de pessimismo o mundo é feito, será que toda humanidade é composta de apenas 1 sistema que ditam exatamente as mesmas 'leis' ? Acredito que não, por isso, os rebeldes que estão insatisfeitos com a atual conjuntura tem duas opções: resistir ou fugir. Não fugir ao pé da letra, e sim ir para um lugar na qual as regras sociais lhe agradem. Agora, segundo Durkhein quando resistimos, logo em seguida há uma punição que busca 'restabelecer' a ordem.

Tudo o que eu mencionei até então esta relacionado com o FATO SOCIAL, que na denominação do autor encontramos a seguinda passagem: " É fato social toda maneira de agira fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior." Em suma, o coletivo imprime sobre cada um de nós uma grande força."

Além desse, há inúmeros outros pensamentos que vale darmos uma ressalva. Assim como Francis Bacon, Durkhein acredita que devemos abandonar as pré-noções que temos no mundo e começarmos analisar as coisas primeiro depois as ideias. Exemplificando temos: imagine um caminhão que recolhe lixo ao longo da cidade e seus trabalhadores. Tais homens correm e pegam o nosso lixo, aquele resto que jogamos fora, as sobras de comida, frutas estragadas, tudo isso misturado com aquele cheiro fétido insuportável. Porém, se não fossem eles, as cidades, estados e países no mundo inteiro estaria horrivelmente a beira do caos, pois milhares de epideminas se espalhariam devido ao contato com materia orgânica em putrefação, aumentando, assim, o índice de mortalidade mundial. Então quando refletimos sobre isso, percebemos que mesmo sendo desgastante, o trabalho deles é digno e merece tanto respeito quanto um advogado, pois honestamente estão ganhando o dinheiro que sera aplicado em prol da sustentação da família, além de ajudarem a construir um mundo mais limpo e agradável de se viver. Pronto, não foi difícil analisar segundo o método de Durkheim! Porém, não podemos perceber isso na análise psicológica, pois sempre vai das ideias para as coisas, podendo, assim, tirar conclusões precipitadas e até errôneas.

Assim, pode-se concluir que os tantos legados deixados por Durkheim são bastante analisáveis e questionáveis, porém, acredito que estamos presos dentro das normas sociais e até agora não conseguimos enxergar a 'luz no fundo do túnel'.


O Pós-positivismo de Durkheim

De acordo com Durkheim os substratos passionais da nossa consciência afetam o exame cientifico dos fenômenos sociais, ou seja, nosso envolvimento carismático dissimula o estudo do objeto. Isso pode causar a substituição de idéias pelo objeto, que dificulta a procura pela verdade cientifica; algo que Bacon já enfatizava ao pedir o combate aos ídolos da mente.

Durkheim diz que não se deve dar preponderância a sentimentos ao invés da razão. Com isso, estamos admitindo a superioridade do coração; devemos deixar prevalecer aquilo que temos de superior: o intelecto.

Além disso, o autor elucida que: as sociedades são o que são; elas não têm uma promessa de progresso em seu futuro. As sociedades antigas, por exemplo, não necessariamente precisam alcançar o status de civilização. Cada sociedade tem sua importância histórica, dentro de sua própria perspectiva.

O método que usamos para explicar o capitalismo, Estado, socialismo representa o ideal, a ciência, da Idade Média. Por esse motivo, Durkheim afirma que não existe uma analise indutiva que explicasse como os fatos se encadeiam. Com isso em vista, o estudo dos códigos de comportamentos é relativamente mais fácil que o estudo do comportamento humano. Além disso, Durkheim enfatiza a força do fato social sobre o próprio homem; por exemplo, a necessidade imediata de restabelecer a norma, de restituir o comportamento do fato social.

Por fim, Durkheim conclui que o âmago de uma sociedade está no esclarecimento dos fatos sociais dela. Já que os fenômenos sociais têm uma interferência sobre a conduta do homem, que a deixa constante. E qualquer desvio da ordem, logo é sanado pelo próprio coletivo humano.