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domingo, 29 de maio de 2011

As Análises de Engels sobre a Dialética e o Socialismo

Ao analisarmos a obra “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, de Friedrich Engels, percebemos a visão deste autor a respeito de alguns assuntos centrais. O primeiro deles seria a dialética. Friedrich acredita que a história natural é um reflexo da dialética, uma vez que está em constante transformação. Em relação a este tópico, há divergências, sobretudo, entre as ideias de Engels e as de Hegel. Na visão hegeliana, a história está em constante desenvolvimento, sendo regida por “leis históricas”, que determinam inícios e fins a partir do período analisado. Hegel defende também que a única coisa que realmente existe é a mente e que o real é, na verdade, uma projeção das ideias. Engels, ao contrário, acredita que as respostas para os males não estão nas ideias, mas sim na própria história, sendo um defensor do materialismo. Ele acredita que as leis históricas devem ser desvendadas para que as vicissitudes de nossa sociedade sejam resolvidas satisfatoriamente.

Outra ideia de Engels que merece destaque é a concernente ao socialismo. A visão “engeliana” sobre este sistema é muito diferente da visão dos socialistas utópicos, entre os quais merecem destaque Henri de Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Para estes, o socialismo seria uma verdade a ser alcançada, uma verdade a ser revelada por algumas pessoas especiais existentes na sociedade. Engels, de maneira oposta, via o socialismo como algo calcado na realidade, como uma verdadeira consequência do desenvolvimento da história e não como um produto da genialidade do ser humano.

Podemos facilmente compreender as ideias socialistas de Engels se as enquadrarmos na luta de classes existente no contexto da “revolução industrial”. Engels desenvolve todo o seu pensamento usando, como base da sociedade, a economia, tanto no que se refere aos problemas desta sociedade, quanto no que é concernente à solução destes problemas. O autor em questão destaca a existência de dois polos distintos em nosso meio social: um repleto de bens materiais, a burguesia, que governa unicamente em benefício próprio e que enriquece, sobretudo, por meio da mais-valia; e o outro com ausência de recursos, o proletariado, que é extremamente explorado pelos burgueses.

Mas o destaque maior de Friedrich está na falta de conhecimento do trabalhador sobre o processo de produção. Na visão de Engels, o produtor passa a ser, no mundo capitalista, apenas um meio de obtenção de lucro, um simples operador de máquinas, que não conhece os métodos de produção e que vê os produtos serem mais valorizados do que os produtores.

Disponível em : <http://www.f5comunicacao.com/design.php#ancora>. Acesso em 29 mai. 2011.

Também é de suma importância a menção de que o avanço tecnológico, na visão de Friedrich, em vez de diminuir o esforço e o trabalho do operário, acabou fazendo com que este trabalhasse mais, sem ter o respectivo aumento de salário e de benefícios. É também de relevante destaque o fato de prevalecer na sociedade a “Lei de Darwin”, segundo o autor em questão, de acordo com a qual “o mais forte domina o mais fraco”, uma vez que não há espaço para todos no processo produtivo de uma sociedade capitalista, prevalecendo, portanto, aquele que detém maior força.

Por fim, Engels acredita que, ao tomarem conhecimento do processo de produção, os operários alcançariam o poder, e, como pensariam em todos sem distinção de classes, a figura do Estado se tornaria desnecessária e acabaria desaparecendo. Sendo esta ideia uma das mais importantes para a sua concepção socialista.

Diante da análise do exposto, verifica-se a importância da leitura das obras deste autor para o conhecimento dos seus pensamentos. Afinal, a discussão “entre o capitalismo e o socialismo” é muito marcante em nossa sociedade ainda hoje, sobretudo na universidade. Não seria coerente participarmos de tais discussões sem termos contato com as ideias centrais dos principais ideólogos destes sistemas.

Peças do processo

Em meio ao florescer dos pensamentos que visam o racionalismo, a ordem burguesa surge convertendo a racionalidade ao seu favor, buscando a criação de privilégios, como a liberdade de mercado. Esta nova ordem, para os novos socialistas, era considerada um desvio da natureza humana, pois o homem possui naturalmente um caráter solidário, que possui capacidade de eliminar as diferenças, caráter este negado pela burguesia, que era egoísta, classificando os homens a partir do possuir ou não bens, cuja ideia principal era tornar-se classe universal.
Os socialistas primitivos, ou utópicos, possuem uma concepção que se dá de certa forma por meio da imaginação, sua visão idealista busca o fim das diferenças de classe vigentes na época. Engels combate esse socialismo, em nome de convertê-lo em um socialismo científico, no qual deve se entender a realidade material da vida e sua interpretação. O socialismo não advém da imaginação, mas, de condições históricas. É através do materialismo dialético que se tem este potencial que mostra que as condições já existem, cabe ao homem apenas buscar os caminhos para elas, ou seja, as classes existem, mas cabe a nós sua interpretação e os devidos estímulos, através da compreensão do mundo, reflexões que tem rumo a transformações, tudo isso orientado pela razão, nos tornando capazes de compreender a nossa realidade histórica.
Antecipando algumas ideias de cunho marxista, Saint-Simon afirma que quem tinha o poder de governo era a burguesia e esta oprimia os trabalhadores. Somente a partir da sobreposição, e de certa forma, exploração dos operários se tornou possível à obtenção de lucros e avanços aos donos de empresas. Fourier já critica a burguesia por este caráter exploratório, propondo então o cooperativismo, que despertaria a solidariedade natural do ser humano, além da criação de Falanstérios (grupos que vivem juntos através da autossuficiência e do cooperativismo), afirma que a abundância, de poucos, gera a pobreza de muitos, ele era visto como utópico para Engels, pois por não possuírem organização política a existência de Falanstérios seria impossível no mundo capitalista. Owen, por outro lado, acredita na emancipação das classes e de cada indivíduo, a partir de condições dignas de trabalho e de educação dadas às crianças, pois, assim, os trabalhadores estariam aptos a reivindicar seus direitos, e os empreendedores a compreender o mundo sem oprimir seus funcionários, tornando possível uma maior obtenção de riquezas. Owen exerceu influencias no progresso de leis trabalhistas e no aprimoramento das cooperativas.
Engels no socialismo científico acredita que o ser estudado deve ser analisado como um todo e depois deve-se implementar uma interpretação minuciosa na busca da clareza científica, critica-se assim a metafísica e a divisão do objeto de estudo para obter sua clareza. A dialética se propõe a buscar as conexões do passado para chegar a um fragmento final, sua síntese. Para Hegel a história das civilizações se compõe de contradições que se superam permanentemente, ou seja, são culturas que a partir de o momento que uma se declina, outra logo se ascende. Deve-se assim, perceber a história a partir do real. Engels nega essa afirmação frisando o seu caráter artificial, que gera a inversão e falseamento da realidade. O certo seria usar esse materialismo para desvendar as leis que regem o desenvolvimento da história da sociedade, em outras palavras, deve-se investigar a natureza histórica a fim de encontrar respostas às angústias advindas do capitalismo.
A solução para o encaminhamento para um sistema socialista seria o fim das lutas de classes, visto como o maior problema, que se dá por toda a história (excluindo da sociedade primitiva). Entre os maiores causas da insatisfação trabalhista é o que se vê no conceito de mais valia, que seria a diferença de quanto o trabalhador produz a quanto ele recebe de salário, sendo possível a partir desse cálculo a noção de sua exploração por meio de seus chefes. O indivíduo marginalizado se torna apenas uma “peça” do processo de produção, assim como as máquinas e o empreendedor visa apenas o mercado como referência de suas ações.
O socialismo deveria compreender as forças produtivas para buscar sua racionalização social e convertê-la em um instrumento gerador de ciência coletiva, visando assim, o bem-estar do homem.

Proletariado capitalista

Engels em sua obra “Do socialismo Utópico ao socialismo cientifico” busca amadurecer as ideias socialistas primitivas utilizando a ciência. Na analise dele, os autores “Utópicos” teorizam que o socialismo aparece como a verdade a ser revelada pela visão de alguns homens especiais e, por isso, não situam suas teses na realidade. Engels defende o estudo dos fatos sociais e das condições históricas, a necessidade de estudar o fenômeno em seu nascimento e caducidade.

Nesse estudo, o autor alemão observa que as lutas sociais surgidas a partir da revolução industrial, refletem uma das principais leis históricas: a luta de classes. A historia natural é marcada pela dialética e, assim, passa por uma transformação permanente. Assim também é a historia humana que, com exceção do estado primitivo, foi toda marcada pela luta entre as classes sociais.

Então para Engels o socialismo é um percurso natural da historia e produto necessário da luta entre as duas classes. O comunismo seria a síntese da luta de classes entre a burguesia e o proletariado. Essas duas classes, à época, seriam opostas em seus interesses e ideologias.

Porém essa oposição entre as classes hoje em dia não é mais tão forte quanto naquela época. No contexto de suas publicações Engels não contava com a capacidade do capitalismo de atrair a classe trabalhadora e inteligentemente fazer concessões a fim de amenizar o conflito entre as partes. E está ai a grande dificuldade de se colocar as ideias socialistas em prática: o desejo do trabalhador é um dia ser burguês.

O socialismo científico e a dialética materialista.

Para Engels, o socialismo utópico, como proposto por Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen não se encaixava na sociedade pois era idealizado e não cientificamente interpretado. A idéia não poderia se basear em imaginar uma nova sociedade e sim interpretar a sociedade real e a partir dela construir um socialismo cientifico, sendo essa portanto uma teoria materialista, pois se baseia na realidade material, concreta.
Os utópicos tiveram poucas experiências, as quais foram devoradas pela sociedade. Nesse aspecto Engels critica a metafísica e a fragmentação do objeto para se chegar a verdade e propõe investigar o real e enfocar em uma visão ampla: ‘’obcecado pelas árvores, não consegue ver o bosque’’.
A historia é o espelho da dialética. Para ele a sociedade caminha do inicio de um modo de produção até o seu limite, seu fim. Ele analisou historicamente esses fenômenos desde o processo de nascimento até sua caducidade. Propôs então sua dialética que se compõe de tese, antítese e síntese.
Dialética essencial do capitalismo é a contradição. Ao mesmo tempo em que gera muita riqueza e produção gera miséria por conseqüência, dessa forma Engels acreditava que esse sistema chegaria ao fim pois os miseráveis o questionariam. O capitalismo é pautado na busca da produtividade e aperfeiçoa os meios de produção, a exploração portanto adquire uma natureza suavizada e as pessoas, seduzidas, não percebem o quanto são exploradas.
Através da compreensão histórica da sociedade, da investigação da natureza e da realidade social concreta seria encontrada a resposta dos problemas, por isso o socialismo é científico. Um modo de produção é superado, na visão de Engels, quando não é capaz de produzir o suficiente para aquela determinada sociedade.
Estudou a mais valia que seria a diferença entre o valor do produto que o trabalhador produz e o salário que ele recebe. Esse seria o principal mecanismo de exploração capitalista pois com a divisão da produção o proletário perde o conhecimento de quanto produziu, juntamente com técnicas de aperfeiçoamento dos meios de produção o burguês consegue potencializar seu lucro.
O socialismo seria um produto necessário da luta de classes e procede o capitalismo. No socialismo a produção é social e não individual, todos estão interligados e não há luta entre as classes. O papel do socialismo seria compreender as forças produtivas e torna-las produtivas para o bem comum, algo que favoreça ao homem e não ao produto. Há uma perspectiva de apropriação do estado burguês pois a burguesia não iria ceder o poder. Com a igualdade haveria o fim da luta de classes, portando o Estado seria extinguido e a sociedade se organizaria por si só.

Gabriela Bezerra Pucci, DN

Socialismo e a racionalização dos meios de produção

Os iluministas despontaram como a grande salvação cultural e social no fim da Idade das Trevas. A razão como instrumento principal das análises remontava períodos aureos da grécia. Esse período foi marcado por uma ruptura em todo sistema social e econômico. Entretanto, os valores que surgiam foram desvirtuados pela burguesia, que traduziu a idéia de liberdade iluminista em liberdade de mercado.
A ascensão da burguesia significou a subordinação do proletariado, o qual ficou afastado dos lucros da produção e da participação política. Dessa situação surgiu a idéia primitiva de socialismo: a libertação de todas as classes, ou o fim dos privilégios de determinada classe social.
Primordialmente acreditava-se que a classe proletária não possuia a capacidade de valer-se por si mesma e tomar uma atitude para mudar a situação vigente.
Criaram-se propostas de cooperativismo e de auto-suficiência comunitária, tais como os falanstérios, os quais seriam edificações criadas atraves da associação voluntária, em que as pessoas viveriam juntas em uma mesma edificação e cada um escolheria a sua própria atividade.
No socialismo utópico, justamente por acreditar-se que o proletariado não poderia valer-se por si mesmo, a verdade teria de ser revelada por homens iluminados, especiais.
Posteriormente, passou a haver uma visão do socialismo como ciência, no qual através da análise e da descoberta das leis que regem o desenvolvimento histórico encontraria-se a verdade procurada. Essa era a função do materialismo.
Essa análise revelou a constante luta de classes em todo o decorrer da história, onde a classe oprimida era a responsável por revolucionar os meios de produção, políticos e sociais afim de obter as próprias reivindicações.
Dessa forma, para Engels, o proletariado era a antítese da sociedade, suprimida pela exploração por parte da classe patronal, pela mais-valia, que era o instrumento da exploração , a razão entre o custo de força de trabalho de um operário e o valor final do produto manufaturado. As máquinas tornariam a produção cada vez maior, e o operário ainda ganharia a mesma coisa pela sua força de trabalho, apesar de a produção ser aumentada, gerando cada vez mais lucro ao patrão.
A burguesia como tese e o proletariado como antítese, a sintese seria o socialismo, e este como uma consequencia incontornável do processo histórico.
Essa ideia de socialismo buscava a racionalização dos meios de produção, isto é, a revolução proletária significaria a utilização das forças produtivas como um modo de vida benéfico, do qual todos poderiam usufruir, e não apenas uma classe.
Sendo isso alcançado, o papel do Estado tornaria-se descartável, já que não haveriam mais classes antagônicas.
Ainda não chegamos a esse estágio atualmente. E parece que para que haja a revolução dos meios de produção e da realidade social, seja necessário mais que uma crise como a que ocorreu nos últimos dois anos na maior potência capitalista do mundo, e que se espalhou pelo mundo inteiro. Entretanto, a instabilidade causada pareceu não ser suficiente para mudar o sistema enconômico, talvez porque as políticas adotadas pelos países seja de contenção a grande massa, a alienação do povo para que este continue acomodado no seu estatus.















Mesma história, nomes diferentes...

O título “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, de Friedrich Engels, é autoexplicativo quanto a seu objetivo principal; críticas quanto ao mundo idealizado, não pensado cientificamente. Seria o abandono da metafísica, apesar de que as soluções seriam propostas pelos intelectuais, ao contrário do pensamento utópico de que dependeríamos de homens ilustres para mostrar-nos o caminho, o qual não seria descoberto pela via científica.

Engels, portanto, baseia-se na realidade, o que será conhecido por “materialismo histórico e dialético”: uma interpretação exata e objetiva da realidade. Foca-se na vida dos objetos, e não na morte deles – ou seja, para compreendermos um fato verdadeiramente, precisamos saber o que se passou antes. Uma citação que explicaria esse pensamento muito bem foi dita por Winston Churchill com o seu famoso “The farther backward you can look, the farther forward you will see” (algo como: quanto mais para trás olharmos, mais adiante veremos).

Apesar de o autor não tratar propriamente dos ciclos históricos, isso mostra muito bem as ideias do autor em questão de Marx: um objeto consiste no seu presente mais o seu passado. E nisso entra a questão da dialética.

Com essa grande quantidade de pessoas e cada uma com seu ponto de vista, ideais e crenças, não há como haver consenso. Logo, a contradição é inevitável. E é essa contradição que move o mundo (como já bem disse Heráclito, “a única coisa permanente é a mudança”), principalmente quando os opositores detêm grande poder e assim essa oposição vai ganhando força. Usando os termos mais apropriados, com a força da antítese sobre a tese, podemos ter uma nova ordem vigente.

E a partir desta, esperamos melhorias, mesmo que não em todos os âmbitos, e a questão aqui fica em torno da economia e do trabalho. Se tomarmos do feudalismo para a nossa era capitalista, percebemos a superação da força do trabalho (limitada orgânicamente) com novas tecnologias que demandam menor esforço do trabalhador. A ciência e a tecnologia trouxeram a possibilidade de riqueza para todos. Possibilidade.

Os que detinham os meios de produção conseguiram, com o tempo, distanciar-se ainda mais da classe operária, apropriando-se cada vez mais do trabalho deste. Neste ponto destaca-se o conceito da mais valia: o tempo pelo qual o trabalhador, após já ter recebido seu salário em função do que produz, estaria trabalhando de graça ao dono – é como se produzisse além daquilo para que fora contratado. A principal arma para tal é a alienação do proletário, que perde, principalmente, a noção do valor final do produto por ele feito. Produto, aliás, que muitas vezes nem ele mesmo terá acesso.

Para o autor, a evolução natural do capitalismo seria o socialismo (aquele que conhecemos por científico), na qual não haveria a gana pelo lucro individual; porém, na prática, as tentativas de implantação dessa via conseguiram apenas socializar a miséria. Tratando-se principalmente da experiência de pequenas comunidades, estas eram prejudicas tanto quanto possível pelos arredores capitalistas, pois a prosperidade daquelas poderia abalar a ordem vigente.

Há os prós e os contras. A ideia de ao menos amenizar tanto quanto possível as desigualdades nos toca, só que a prática é complicada. Defendemos a divisão de terras do latifundiário às famílias desfavorecidas; contudo, não queremos tocar nos nossos próprios bens na tentativa de auxiliar a caminhada. E aí há a contradição latente: após todo esse belo discurso, lembramo-nos de quem está por trás – um filho de burguês e um pensador que sequer trabalhou na vida. Ora, não seria essa mais uma contradição existente? Todos nós precisaríamos trabalhar por todos. E por mais que queiramos criticar o capitalismo, no fim do dia, queremos todos chegar a nossas casas para assistirmos televisão, usar o computador, dormir com conforto e ter uma grande quantidade de alimentos facilmente disponíveis. Podemos adquirir tudo de que necessitamos com uma coisa só, dinheiro. Novamente, por mais que este seja-nos limitado pelo lucro do chefe, que antigamente não era suficiente para as mordomias com as quais podemos contar hoje, hoje queremos sim ter acesso às novidades. Podem ser difíceis de ser adquiridas, mas podemos sonhar com elas e nos planejarmos para consegui-las.

Fica difícil julgar uma alternativa tão pouco conhecida e que não conseguiu evoluir a seu estágio máximo, apesar da defesa de o mesmo também não ter havido com o capitalismo. As experiências fracassadas, como a URSS ou a opressão dos Estados de Cuba e da China podem trazer mais aversão e medo do que simpatia para adesão. Maior igualdade social é um sonho, mas isso mesmo, um sonho. Após tantos séculos de oposição de classes, acostumamo-nos e passamos a viver nossas vidas sem grandes reivindicações e analisando a história, parece-nos haver essa eterna oposição que mudou apenas de nome das partes: plebeus x patrícios, escravos x senhores, proletários x burgueses.

Engels e Marx: socialismo científico e a superação do capitalismo

O texto de Friedrich Engels, de 1880, traça algumas ideias marxistas de maneira concisa, utilizando uma linguagem acessível, abordando os problemas do modo de produção capitalista e o antagonismo entre a classe dominante (burguesia) e a dominada (proletariado), tendo como objetivo a apresentação de uma alternativa denominada socialismo.
Para chegar à conclusão desejada, o autor inicia seu trabalho com uma referência aos “revolucionários do Iluminismo”. Apesar de estes defenderem, por exemplo, o império da razão, a justiça, a igualdade e a fraternidade, a revolução trouxe resultados um tanto quanto deturpados, pois o império idealizado nada mais era do que o império da burguesia.
Em função do comportamento explorador desta classe, Engels cita Saint-Simon, Fourier e Robert Owen, pensadores que refletiram sobre o “socialismo utópico”, originado nas ideias, mostrando suas teorias, apontando as vantagens, mas também os equívocos e as debilidades de cada uma. Criticando esta linha, explica que “para converter o socialismo em ciência era necessário, antes de tudo, situá-lo no terreno da realidade”.
Na segunda parte de sua argumentação, enumera as principais características do método dialético, sua oposição ao método metafísico, além das diferenças entre o materialismo e o idealismo. A concepção materialista da história é defendida como uma ciência, como a forma capaz de examinar cientificamente a sociedade capitalista. Além do materialismo, é exibido o conceito da “mais valia”: a apropriação do trabalho não pago no momento da compra da força de trabalho do operário pelas classes que detêm os meios de produção, mesmo quando se dá o pagamento por todo o valor que a mão-de-obra operária possui como mercadoria.
No último capítulo, passa-se à construção da noção de socialismo como meio de superação do capitalismo. Engels mostra a passagem do sistema feudal para o modo capitalista, a transformação do produto em mercadoria e a voracidade das condições da produção industrial que “sucumbe e esmaga sem piedade” (“é a luta darwinista da existência individual transplantada, com redobrada fúria, da natureza para a sociedade”). Ele explicita a controversa relação entre o desenvolvimento da maquinaria e a condição supérflua de uma massa de trabalho humano, que acaba por gerar um exército de trabalhadores disponíveis para os momentos de crises (em suas próprias palavras, é a “acumulação do capital correspondendo a uma acumulação igual de miséria”). Fica evidente também o ciclo periódico das crises de superabundância, causadas pela maior expansão da produção em relação ao crescimento dos mercados; a formação dos trustes; a persistência das crises e a necessidade de o Estado tomar a seu cargo o comando da produção (começando pelas grandes empresas de transporte e comunicação). Ademais, para Friedrich, a solução dos conflitos de classes (burguesia x proletariado) “só pode residir em ser reconhecido de um modo efetivo o caráter social das forças produtivas modernas e, portanto, em harmonizar o modo de produção, de apropriação e de troca com o caráter social dos meios de produção”, cessando o domínio dos produtos sobre os produtores. Enfim, é a fundamental revolução proletária, ou seja, o “salto da humanidade do reino da necessidade para o reino da liberdade”.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1 ANO – DIREITO NOTURNO

Das Revoluções Burguesas ao Socialismo Científico

O texto "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico" discorre sobre a formação das ideias que levam até a teorização do socialismo científico.Inicialmente chegamos até a época das revoluções burguesas.A burguesia que participou de uma revolução para conquistar seu espaço quando se consolida no poder, se diferencia dos outros participantes do chamado terceiro estado(camponses e artesãos poe exemplo), ou seja a burguesia quando passa a dominar o poder se impõe sobre os trabalhadores, e essa imposição se acentua cada vez mais com o advento da revolução industrial criando e relação burguesia X proletariado.


A partir daí percebemos que o proletariado se encontra cada vez em péssima condições de vida ou seja, esses trabalhadores enfrentavam cada vez mais condições insalubres.Começa então a surgir a ideia do socialismo primtivo ou utópico que presa pela total abdicação das diferenças entre classes , ou seja, todas as classes passam a estar em evidência, não somente uma única.O que me parece um modo equivocado de interpretação da realidade porque jamais a burguesia abdicaria de seus benefícios em favor do igualdade social de todas as classes.


Por isso esse tipo de socialismo era tão criticado,mas que compreendamos melhor esse socialismo recorramos a autores como Saint-Simon,Owen e Fourrier .Saint-Simon fala sobre o conflito entre os trbalhadores e os ociosos, e que o governo deve ser o da ciência e o da indústria, já que os ociosos se mostram incapazes para o governo.Owen diz que que a igualdade social só pode ser obtida a partir de condições dignas de trabalho e educação,para ele novas forças de produção deveriam surgir para se construir uma nova sociedade onde o trabalho se equipara ao bem coletivo, e que a riqueza gerada pelo maquinário é inteiramente absorvida pela burguesia.Fourrier já se coloca com um crítico da civilização burguesa ,aprova uma proposta de cooperativismo e de uma comunidade autossuficiente,ele também acha que há uma contradição marcante nessa civilização que é um aumento cada vez da pobreza á medida que se aumenta a riqueza.


Essa contradição deve ser analisada de um modo científico ou seja mais próximo à realidade.E nessas análises há diferenças entre a dialética de Marx e a de Hegel.Para Hegel assim como nossas células se criam e morrem a humanidade também o faz e as civilizações com suas contradições permanece se desenvolvendo.Já Marx questionava esse desenvolvimento ligado ás civilizações para ele tudo isso era mais uma questão ecônomica,política e institucional.


O que nos diz que a resposta para osprblemas relativos as contradições sociais estariam não nas ideias, mas na realidade.


Concluindo, O resultado das análises de Engels unidas as ideias de Marx resultaram numa compreensão do socialismo como uma ciência(realidade) e não como uma utopia .Realidade obtida a partir da ideia de desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo de hoje em favor de um todo.

O socialismo científico

Os filósofos franceses do século XVIII, que deram muita força para a revolução, apelavam para a razão como único juiz de tudo o que existe. “Em realidade, essa razão não era mais que o senso comum do homem idealizado da classe média que, precisamente então, se convertia em burguês,” e as novas instituições após a Revolução Francesa distavam muito da razão da luta. A razão iluminista se converteu em racionalidade burguesa. Dessa forma, houve destruição dos privilégios de classe e a burguesia criou seus próprios privilégios, e com o desaparecimento dos privilégios das corporações e outros relacionados a ele, o antagonismo entre pobres e ricos se aguçou.

Nesse contexto, surge o socialismo primitivo que carrega em si a vontade de libertar toda a humanidade e não apenas a burguesia, deseja destruir as diferenças de classe. Esse socialismo foi criticado por ser utópico, defender a razão pensante, a imaginação, e não analisar as condições históricas.

A perspectiva de Engels é situar o socialismo na sociedade, fazer uma busca científica para o socialismo, pois ele defende o abandono da metafísica, o abandono da imaginação. O socialismo científico busca analisar a dinâmica do todo, o contexto geral, e não apenas as partes isoladas e estáticas.

O materialismo dialético de Engels vai trazer à tona as condições realistas, contrapondo o idealismo hegeliano que afirma que apenas a mente é real e tudo o que é racional é real, sendo real a projeção da ideia. O materialismo deseja desvendar as leis do desenvolvimento histórico, buscando na própria história as condições necessárias para tal.

O socialismo é então para Engels um percurso incontornável da história e não obra do gênio humano. Esse “novo socialismo” científico estava dedicado a decifrar as leis históricas e as contradições inerentes ao capitalismo. E como ciência tem o papel de pesquisar as condições históricas para a ação do proletariado.

Engels e os saltos da humanidade


Engels, em todo seu texto, explana sobre a história das relações econômicas entre os indivíduos dentro da sociedade. Sua dissertação considera desde a idade medieval até sua contemporaneidade, e, justamente por essa razão, pode-se afirmar que seu texto e as ideias nele presentes são plausíveis e têm, na medida em que às analisamos considerando o momento histórico, conteúdo digno de aplicação. Isso porque, sua teoria aponta para a chegada de um momento (chegada essa possível só através da revolução do proletariado) em que o homem seria livre e compreenderia com clareza a dinâmica social a qual anteriormente estava submisso e hoje, felizmente, não mais estaria.

É interessante notarmos que o autor preocupa-se em delimitar no que consiste e qual é o papel do socialismo científico. Segundo ele, trata-se de uma análise socioeconômica que considera o momento histórico da humanidade ao fazer suas considerações, "o socialismo moderno não é mais que o reflexo desse conflito material na consciência, sua projeção ideal nas cabeças, a começar pelas da classe que sofre diretamente suas consequências: a classe operária." Análise essa que tem como objeto a luta de classes (proletariado X burguesia) através dos anos.

A mais-valia é exposta nesse ensaio como o meio do qual o capitalismo (sistema claramente favorecedor das classes dominantes economicamente) se utilizava para extrair grande parte de seus ganhos. Essa prática é exposta como algo absurdamente injusto, à medida que não se paga à força produtora tudo aquilo de lucro que ela realmente produziu.

Ainda em critica ao capitalismo e seus meios injustos e pífios de produção e distribuição das riquezas geradas, Engels aborda o aspecto referente à capitalização de todos os aspectos da produção em detrimento de sua consideração como produto social e as crises paulatinas a que o sistema econômico da burguesia está sujeito. É a chamada crise da “superabundância”. Seus argumentos nos mostram que o sistema não é autossustentável e só se mantém com a exploração do trabalhador e consequente aumento dos antagonismos sociais.

Como forma de solução e combate a essa situação exploratória da maioria da população, Engels considera tornar públicos os meios de produção. Ou seja, para o autor um caminho que pode solucionar os problemas do capitalismo em relação ao trabalhador é “a propriedade do Estado sobre as forças produtivas”, o que não é “solução do conflito, mas abriga já em seu seio o meio formal, o instrumento para chegar à solução.” Segundo ele, para, de fato, alcançar a solução é necessário que “a sociedade, abertamente e sem rodeios, tome posse dessas forças produtivas, que já não admitem outra direção a não ser a sua”. Fica claro que através da apropriação por parte do Estado das forças produtivas os antagonismos, gradativamente, seriam extintos.

Após essas observações a cerca desse ensaio de Friedrich Engels fica evidente que o que era defendido pelo autor visava, de modo muito incisivo, a eliminação dos antagonismos sociais, a busca da equidade e, claro, o fim da exploração do trabalhador. Se tais objetivos fossem atingidos, com certeza nos encontraríamos em uma sociedade mais equilibrada e saudável. A aquisição de consciência, por parte da sociedade, do seu desenvolvimento se acentuaria e conseguiríamos agir, como sociedade, alcançado quase sempre as metas almejadas. Conseguiríamos, enfim, realizar a transição do reino da necessidade para o chamado reino da liberdade, como diz o próprio autor.

"A justa medida" do método

O autor é um dos precursores da filosofia positiva.E, no texto “Novum Organum”, dá para perceber-se o porquê.
Bacon , no texto, cria teorias como a interpretação da natureza e as antecipações da natureza. Onde ,esta última, consiste na consolidação de princípios errôneos acerca dos fenômenos naturais. Devido à assimilação dos ídolos de teatro. Onde estes são embasados em teorias vãs e axiomas errôneos.

Já a interpretação da natureza consiste no correto entendimento dos fenômenos , por meio de um método – para evitar erros graves. O autor valoriza , extremamente, a utilização da objetividade. Isto é , a observação dos fatos. Pois, segundo Bacon , as noções das espécies inferiores, conjuntamente, com as percepções imediatas , não estão sujeitas a drásticos erros. Ou seja, há um reforço em relação aos sentidos.
Ainda, o autor, defende que a verdade absoluta estaria na generalização. Assim como defende Descartes e Comte.Ademais, Bacon , fala acerca do progresso. De maneira que o Homem pode progredir . Mas, será de forma limitada. O problema é que o ser humano tende a ansiar , demasiadamente. Criar teorias mirabolantes. Fechar-se em seu próprio orgulho e arrogância, dispensando qualquer crítica. Caso o Homem , segundo o autor, fechar-se no seu orgulho , é muito capaz de que a sociedade regrida , em vez de progredir. De maneira que o “infinito não pode consumir o finito” ( Bacon ).
Tais entraves para alcançar a verdade são os ídolos. Como já citado existe o ídolo de teatro. Mas, ainda existem os de : Tribo ( que é inerente ao Homem ) , foro ( derivado de conversas comercias onde palavras são utilizadas de forma inepta ) e de caverna ( torna-se inerente a um único indivíduo , devido à convivência com outras pessoas).
Como o próprio pensador em questão propõe, a exposição da verdade é difícil , muita vez ,rebuscada. Com efeito , a mente ignorante preferirá uma explicação metafísica, uma antecipação natural, ensimesmando-se na própria ignorância. Acreditando em uma mera aparência.

De acordo com Francis Bacon , outra forma inútil de tentar interpretar a natureza é por meio da argumentação . Pois, a natureza é grandiosa demais para ser explicada , somente , pela argumentação . Por conseguinte, o pensador, defende que as artes ( como a medicina , a alquimia , matemática) não podem fragmentarem-se. Pois , para o sucesso , precisam trabalhar juntas.
Bacon , por fim , critica também o extremismo. Isto é , a adoção total ao saudosismo ou a modernidade. Como diz o poeta modernista Drummond “De tudo fica um pouco”. Dessa forma, Francis, argumenta a favor da “justa medida” como a essencial para um sucesso satisfatório das pesquisas. De forma que não há de comparar-se engenhos dos diferentes tempos . Outrossim , tem que comparar-se métodos. Com a exclusão de experiências já feitas.


Nome : João Vítor Dantas Alves . Turma : 1° ano , noturno.

Além dos eixos x e y


Em o “Discurso sobre o método” é notável a valorização do bom senso e da razão de que o autor utiliza-se. Estes últimos fatores, ademais ,são necessários para aumentar os conhecimentos em relação às leis da natureza. Mais especificamente, na área da medicina. Onde o autor reitera algumas vezes a importância desta última. Para tanto , Descartes utiliza-se de um método , individualmente, padronizado cujos objetivos são organizar seus pensamentos ,ações e dificuldades. Tal método consiste em 4 normas básicas. E , antes de aplicá-las, para as pesquisas e reflexões, é necessário, antes,que se passe por um estágio intermediário. Uma moral provisória. Esta possui , também, 4 normas.

Outrossim ,embora, o filósofo faça a valorização da razão – tanto na moral consolidada , quanto na provisória -- os pressupostos do método cartesiano são metafísicos. Haja vista a afirmação de que um Ser Perfeito regeria as leis naturais.A dualidade pode ser observada quando o autor explica a física da circulação sanguínea humana, onde ele não se utiliza da metafísica. Mostrando , portanto, uma mescla de fatores mundanos e religiosos.

Em suma , o método tem como finalidade beneficiar o público. Por conseguinte, repassando o máximo de conhecimento possível por meio da obra. Ademais , esta última , serve de estímulo também para outros indivíduos , ditos virtuosos, para que pesquisem também acerca das leis naturais. E que estes possam encontrar ainda mais verdades do que o próprio Descartes e ,assim, favorecer , ainda mais, a população. “ Pois é insuficiente ter espírito bom , o mais importante é aplicá-lo bem”. ( Descartes). De maneira que , o “Discurso sobre o método” possui uma visão futurista.

Nome : João Vítor Dantas Alves . Turma : 1° ano , noturno.

One day , we'll be together.


O filme “Ponto de mutação” propõe várias reflexões, bastante, interessantes. A primeira que percebi foi que há de abandonar-se a própria moral para inserir-se no sistema. Caso contrário, ficar-se-á horrorizado. Os negócios são a mentalidade humana, atualmente.
Não dá para concentrar em algo, a não ser em coisas muito específicas.Ademais, as pessoas só pensam nelas mesmas.Outrossim , quando há tempo para refletir. Refletimos de uma forma mecanicista. Que consiste em dividir tudo em partes, para interpretar-se o todo. Entretanto, esse pensamento não funciona atualmente.

Assim , as pessoas esquecem de pensar na essência dos problemas. Afinal , os problemas, em geral , segundo o autor do filme, possuem uma mesma origem. De maneira que esta última está na dificuldade de percepção. Há , portanto , refletir-se nas causas primeiras. Diferente do que Comte e Descartes defendem. Outrossim , o filme mostra uma questão bastante interessante : Muita vez, a solução do impasse essencial é , extremamente , obscura. Por conseguinte, a opinião pública, ficará toda contra. Os lobbys serão desfavoráveis. De maneira que a visão econômica torna-se predominante. Mostrando que os fatos mudam muito rapidamente. Portanto, o ideal seria que a percepção humana mudasse na mesma velocidade e intensidade.

Outrossim , há a reflexão acerca da limitação da ciência. Haja vista a discussão das personagens quando cita-se que Descartes formulou o mundo como uma máquina . Posteriormente, Isaac Newton, por meio de suas leis, fez tal pensamento concretizar-se. Por fim , cria-se uma verdade absoluta. Entretanto , após um pouco mais de aprofundamento nos pensamentos e mais exemplos como a teoria da Incerteza dos elétrons, é exposto o fato de que a ciência também pode limitar-se a tendências, probabilidades. Assim , é desenvolvida uma teoria da vida como um padrão de probabilidade de conexões. Isto é , o fundamental está nas relações e correlações feitas, não nos objetos. Pois , estes, são fragmentados. Não carregam sentido , sozinhos. Há , então, um fluxo contínuo de energia.


Portanto , há de ter-se um pensamento ecológico. Isto é, temos que refletir sobre nossas ações. Pensando nas futuras gerações e no corpo social , inteiro , vigente. Gera-se a teoria geral dos Sistemas. Afinal , “Cada um é obra de tudo.” Por conseqüência, todas as necessidades seriam supridas, todavia, sem exacerbações.

A música do Bob Siclar , "Together", registra bem este último parágrafo
"One day, we'll be together
We'll never be apart,
One heart, one mind yeah
One day we'll be together
Remeber this old world is yours and mine "


Nome : João Vítor Dantas Alves . Turma : 1° ano , noturno.

A Dialetica Materialista e a Dinamica Ciclica da Historia



- Karl Heinrich Marx e Friedrich Engels foram filosofos e cientistas do seculo XIX. Viveram no periodo da revolucao industrial e puderam observar a intensa exploracao a que a maioria da populacao estava submetida. A semelhanca de outros pensadores de seu tempo buscaram solucoes para essa injusta assimetria social, mas o metodo que empregaram foi decisivo para o sucesso de sua teoria.

- Primeiramente refutaram as ideias de outros pensadores chamados "socialistas" como Robert Owen, Charles Fourier e Saint-Simon. Suas criticas em relacao a eles eram sua base demasiado metafisica, pois inspiravam-se no idealismo alemao, e sua pratica de carater solidario, religioso e, portanto, utopico. O socialismo deveria partir nao das mentes privilegiadas de homens iluminados, mas da ciencia.

- Baseados no estudo da historia e da economia, os pensadores buscaram identificar os elementos que constituiam a dinamica social. Em sua observacao concluiram que a economia e a base para o estudo da sociedade, esse eixo materialista historico opunha-se frontalmente aa dialetica hegeliana, pois esta propunha estabelecer a ascencao e queda das culturas como principio historico. Para Marx e Engels a cultura, a politica e as instituicoes de uma sociedade formam uma superestrutura que depende em ultima estancia de sua base economica.

- Identificaram-se na historia ciclos economicos denominados "modos de producao" como os modos de producao oriental, escravista, feudal e capitalista, todos marcados por uma luta de classes sociais opostas: uma minoria exploradora e uma massa explorada. Observou-se este conflito permeando toda a historia e concluiu-se que era um principio intrinseco aa historia, a dialetica.

- Os filosofos analisaram cuidadosamente a sociedadede de seu tempo buscando identificar os mecanismos pelos quais a burguesia, proprietaria do capital e dos meios de producao, explora o proletariado, classe que dispoe apenas de sua forca de trabalho. Identificaram por exemplo a mais-valia, a diferenca entre o salario do proletario e a riqueza que ele efetivamente produziu, que constitui o lucro do burgues.

- A partir da observacao da sociedade, Marx e Engels previram que o socialismo surgiria naturalmente das tensoes dialeticas atraves de uma revolucao violenta em que o proletariado se apropriaria do Estado, iniciando uma ditadura, na qual os meios de producao seriam coletivizados, bem como a pruducao e a renda, o trabalho seria auto organizado e a sociedade desierarquisada, caminhando para uma aceitacao geral dos ideais socialistas que culminaria na extincao do Estado, iniciando assim a fase final, o comunismo.

- Na sociedade comunista, entretanto, a dialetica mantem-se, apenas muda seu eixo. O comunismo e uma sociedade sem classes, onde a producao e coletiva e nao visa o lucro, mas a suficiencia, isso gera um ambiente otimo para o crescimento da populacao e do consumo, esbarrando entao na limitacao dos recursos naturais. A essa limitacao Marx e Engels propoem o desenvolvimento cientifico e tecnologico para tornar cada vez mais eficiente a exploracao da natureza, por isso o socialismo seria mais viavel quanto mais avancada fosse a tecnologia de uma sociedade.

- Obviamente o socialismo cientifico falhou em suas previsoes, em nenhuma nacao o comunismo existiu, embora a exploracao do trbalho pelo capital seja intensa. Isso pode ter ocorrido por varios motivos. Marx e Engels nao contavam com o desenvolvimento do poder de seducao do capitalismo, a tecnologia tornou a exploracao mais sutil, ainda que mais eficiente, contribuiram tambem alteracoes nas relacoes de trabalho, como o fordismo, e ainda a atuacao do marketing foi decisiva para a formacao da sociedade de consumo de massa. Outro ponto a elevar e que nenhum dos paises em que o socialismo se instalou era tecnologicamente desenvolvido, neles o socialismo nunca passou da fase da ditadura do proletariado e acabou se deformando. Outro fator, talvez o mais importante, foi a intensa oposicao geopolitica do capitalismo, pois este esta sempre disputando mercado.

- O marxismo parece hoje uma teoria superada, mas ha de se considerar que vivemos num momento de grande evolucao tecnologica, exatamente a condicao propicia aa instalacao do socialismo, tornando essa teoria mais viva e aplicavel como nunca antes na historia.






A teoria por traz da bandeira nacional...




Num ilustríssimo curso, Augusto Comte, com primazia, expõe a teoria da filosofia positivista.Ela tem como bases a teoria, a experiência e a observação. De maneira que, o autor, aspira à junção das ciências observáveis: Matemática, Astronomia, Física, Química e a Fisiologia -- Nesta ordem, gradativamente da mais geral até a específica. Entretanto, a filosofia positiva não estaria completa. Para completar-se seria necessário juntar a física social. Esta última completaria a filosofia positiva.Por conseguinte, todas essas ciências seriam regidas por uma lei fundamental. Isto é, um método único.Outrossim, por uma doutrina homogênea. Haja vista que todos os fenômenos destes estudos podem ser explicados por uma óptica de estática e dinâmica.

Esta última prega um método. De maneira que, este último, seria baseado num encadeamento natural. Ou seja, as pesquisas deveriam ser feitas a partir dos conceitos mais gerais e abrangentes( Corpos brutos) , por serem os de maior influência e regerem as leis, até os [conceitos] mais específicos ( Corpos organizados), por serem regidos. De maneira análoga o pensamento humano (o espírito) marcharia sob mesma perspectiva. – Por conseqüência, é notável a influência cartesiana. O positivista defende que teríamos um estágio teológico, metafísico e, por fim, com a consolidação da razão humana, o estágio positivo.

Ademais, Comte, no curso, defende propriedades da filosofia positiva. Tais como: Esta doutrina seria a única que conseguiria o restabelecimento da organização social – com base na ordem e defendia a reforma educacional. Nesta reforma, as ciências díspares continuariam separadas. Entretanto, haveria cientistas com a tarefa específica de juntar as particularidades e aplica-las à visão total. Dessa forma, Comte diz: “Podemos dizer que não existe, ainda, para o cientista educação verdadeiramente racional”.


Nome : João Vítor Dantas Alves. Turma: 1° ano , noturno.

O socialismo de Engels

Em seu texto 'do socialismo utópico ao socialismo científico', Engels apresenta uma série de noções sobre o socialismo.
Ele começa dizendo que é necessário estudar o socialismo como uma ciência e situá-lo na realidade. Além disso devemos ter uma visão geral dos fatos e não fragmentá-los para obter clareza, pois como é falado no texto ''Obcecado pelas árvores não consegue ver o bosque.
Em seguida o autor continua falando que a resposta para os males de qualquer época não está nas idéias, mas na própria história e que a evolução do conhecimento fornece o " material" para fundamentar as análises, assim como nas ciências naturais.
Depois Engels discorre sobre o surgimento do socialismo, dizendo que ele é um percurso incontornável da história e não como obra do gênero humano porque é um produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: o proletariado e a burguesia.

Proletariado positivo. Será?




No texto anterior,Augusto Comte, expõe, em geral, no que consiste tal filosofia. Entrementes, no texto “Discurso sobre o espírito positivo”, o autor dá um foco maior em relação ao advento da filosofia positiva na sociedade e quanto aos entraves que, esta última, ofereceria àquela. – Sabido pelo texto de que os sábios proporcionariam as maiores dificuldades.
De maneira que Comte visualiza um contexto , demasiadamente, favorável à integração da filosofia positiva na sociedade. Haja vista que os governos , em geral , abandonaram pressupostos do passado e , ainda, a sociedade renunciou a várias instituições das outras duas filosofias , ditas, vãs. Pois , a sociedade necessita de um “espírito de conjunto” ( Comte ).
Ou seja, segundo Molière , o Homem precisa de “clareza de tudo”. De maneira que , na filosofia metafísica e teológica o estudo é , necessariamente, fragmentado. Com efeito , há um adiamento , incessante do progresso.Outrossim , estas duas filosofias ensejam a ânsias exacerbadas no espírito humano. Isto é , o autor retoma a posição de uma reforma educacional.

Por conseguinte, estas últimas, causariam pretensões individuais que , não tardariam , transformarem-se em perturbações políticas. De maneira que a ordem essencial seria impossibilitada. Demais , o autor defende a tese de que apenas a filosofia positiva poderia acabar com tais conflitos sociais. E , ainda, por meio da tabula rasa, de Descartes e Bacon , -- mais especificamente os Operadores Diretos, pois estes tem um contato muito grande com a ciência e a técnica -- haveria a vulgarização racional desta filosofia. Porque esse proletariado não teve contato com as teorias metafísicas , tampouco com as teológicas. Por conseqüência do conhecimento positivo junto ao proletariado , este último tomaria gosto pela sua função social . Assim , o trabalhador não aspiraria ao poder político. Pois , ele já possui o poder moral, que segundo Comte oferece mal algum à ordem universal.
Consequentemente, ainda de acordo com o autor, tal poder traria vantagens cotidianas. Pois , assim , o trabalhador aproximar-se-ia de um cientista. Isto deleitaria aquele. Ou seja o proletariado para a filosofia positiva seria “ponto de apoio, ao mesmo tempo , mental e social”(Comte). Em suma, a filosofia positiva seria,sobretudo, voltada às classes baixas, porque teria um “Programa social dos proletários”.O que diferiria das outras que seriam voltadas para as camadas superiores e médias.

No final do Discurso , Comte ressalta a importância do ordenamento das coisas. No sentido do metódico. Ou seja , partir do mais geral até o particular , para descobrir-se as leis gerais que regem os fenômenos. Esse destaque dá-se no momento em que o positivista destaca a relação de sucessão e similitude dos fenômenos sociais , por meio da dependência dogmática entre eles e da relação de sucessão histórica. Desdobrando-se na teoria da educação individual e da evolução coletiva. Onde parte-se da segunda por ser mais geral e os fenômenos mais fáceis de serem observados.

Nome : João Vítor Dantas Alves. Turma : 1° ano , noturno.

Quando o inferno são os outros...

No texto “O que é fato social?” logo percebe=se uma nítida influência de Bacon, Descartes e Comte sobre o autor daquele. Como , por exemplo, as pesquisas embasadas num método. Entrementes, Durkheim vai além da filosofia dos citados. Por conseqüência, é chamado de pós-positivista.
O autor propõe, primordialmente, que os fatos sociais são coisas. Mas, o que ele quer dizer com isso ?Significa que o objeto de estudo da sociologia são fenômenos que não são inerentes ao Homem. De maneira que, assim , seria muito mais fácil e plausível encontrar “a luz da verdade”. Uma vez que o pensador não se envolveria , sentimentalmente, com o substrato de estudo.Acarretando ,então , um distanciamento entre estudo e estudioso. Pois, segundo Francis Bacon ,a mente humana possui ídolos. Por conseguinte, estes últimos subvertem a procura da verdade, por serem intrínsecos aos seres humanos.

Ademais, os fatos sociais consistem nas imposições que a sociedade coloca ao indivíduo. Seja a coerção feita sob forma legal e normativa – pela legislação—ou , ainda, [ de forma ]indireta. Por exemplo , quando violam-se costumes. Em suma, a sociedade junto com os valores dela , aplicam a coerção. Por conseguinte, quando o ser humano acostuma-se com as imposições, elas viram hábitos. Demais,quando o Homem acomoda-se à coerção, ele pensa que seus sentimentos , como revolta, piedade e entusiasmo, mas, na realidade, as correntes sociais , segundo o autor, também são ditadas segundo a sociedade.Porque esta última é quem educa cada indivíduo. Modelando e introduzindo , em cada qual , pressupostos sociais. Afinal, o Homem , segundo Aristóteles, é um “animal social”. Corroborando , portanto , a célebre máxima do pensador : “ Cada um é arrastado por todos”.
Outrossim , a de destacar-se que os fatos sociais são fenômenos coletivos. Com efeito, manifestações individuais – que contém ações psíquicas e orgânicas – não são objetos de estudo da sociologia. Durkheim defende que esta é uma vantagem da sociologia sobre a psicologia. Pois, aquela estuda os fatos sociológicos , que são a grande maioria no cotidiano do Homem.

Nome : João Vítor Dantas Alves. Turma : 1° ano , noturno.

POESIA SOCIALISTA

Trabalhe mais mil noites e dias.
Quanto mais exploro sua miséria,
Mais me valerá o suor de seu rosto.
Só poderei enfim descansar,
quando o lucro dos ossos tirar.
Trabalhe sem nunca reclamar,
pois outros desejam seu posto.
Trabalhando, sua vida torna-se etérea,
até como ELE mesmo predizia.

O social
também é desigual
e toda essa exploração
mostra uma função.
Todos querem capital,
que nada vale no final.
Mas antes desse chegar,
os conflitos só irão aumentar.

Se a produção é a base da ordem social,
liberte os operários da corrente, Capital.



Dividir para suprir.

Émile Durkheim no texto “ A função da divisão do trabalho” mostra uma perspectiva muito interessante sobre tal divisão. A priori , Durkheim pensa em analisar o índice de moralidade. Mas, este é, exacerbadamente, abstrato. Assim , é analisado o índice de imoralidade. De maneira que este último só aumenta com o desenvolvimento da civilização. Pois, com o desenvolvimento dela, os interesses, estritamente, egoísticos predominam. Assim , o autor analisa que a atividade industrial tem razão de ser quanto à utilidade. Entretanto , em relação à moralidade não havia ligação. Com efeito, o autor conclui que a moral é “o mínimo indispensável” para uma organização social.

Por conseguinte, é exposto que a arte ( ações) expande as atividades pelo fato da própria expansão, propriamente dita. Sem objetivo concreto. Ao contrário da moral. Pois, esta última visa a uma finalidade específica. Dessa formal, o autor encontra a moral nos postulados mais gerais da ciência. Pois, a ciência é a clarividência, em um grau mais elevado.
Assim , Durkheim, analisa o efeito moral da divisão do trabalho. Não no sentido econômico. Pois, o progresso – material – não é necessário , diferentemente da visão de Comte. A divisão deveria suprir as necessidades sociais, na forma da solidariedade. Por conseqüência, cada pessoa possui a sua função. De maneira que estas são díspares, entretanto , [são] complementares. Há um complemento natural. Portanto, com o exercício das diferentes funções, é estabelecida a ordem social e moral. Essa divisão já existia antes mesmo do aspecto econômico.

Émile ainda argumenta que a segregação do trabalho, quanto ao aspecto econômico, faz com que as pessoas tenham interações, necessariamente, fugazes. Porque são relações, estritas, de trocas. Diferentemente quando observa-se a solidariedade nas relações do Homem.
O pensador ainda analisa o fato de que a solidariedade é um fato social e imaterial. Outrossim, para ser perceptível , tal fato social, exterioriza-se por meio do Direito. Isto é, a ciência do Direito materializa e aplica a solidariedade na sociedade.
Ademais, ao cabo, o autor estabelece a diferença entre Direito público e privado, de forma que estes últimos estão presentes a todo momento , e entre Direito restitutivo e repressivo. Onde este elimina e aquele leva em conta a solidariedade orgânica.

Tal noção de solidariedade inspirou até mesmo a criação de uma música do Partido Socialista alemão , chamada "Solidaritätslied" de Ernst Busch.



Nome : João Vítor Dantas Alves ; Turma : 1° ano, noturno.

"Imagine todas as pessoas, partilhando todo o mundo"

Ao analisar a obra de Engels é de se pensar quem estaria certo na Revolução Russa: Trótski, de um lado, defendia a propagação do socialismo; Stálin, de outro, defendia a teoria de manter o socialismo restrito à URSS, pois propagá-lo era dar motivos para a invasão do território russo novamente. Apesar de Stálin ter tomado o poder na URSS, eles tentaram propagar o socialismo como as borboletas que saem do casulo descritas por Fourier, no entanto, a URSS já não existe. Isso provaria que a URSS, independente do que se fizesse, chegaria a um fim?
Como disse Engels, "é impossível resistir à tentação do capitalismo". Não foi à toa que os países capitalistas embelezaram tanto a Berlin Ocidental. Assim como ponderou Durkheim, o ser humano tem uma atração pela diferença, se esta for no sentido de algo que completa, de algo que se admira. Talvez se o ser humano nunca tivesse visto o lado extremo do conforto e do luxo; se nunca tivessem dito que um Chanell nº5, um Rolls Royce, um The Macallan ou um Rolex eram os mais sofisticados; se não tivessem um dia imposto a estratificação social... talvez assim o socialismo puro pudesse ocorrer. Ele provê aquilo que é necessário à vida; o capitalismo o que é necessário ao desejo e quantas pessoas não arriscam tanto a vida por desejos?
Não dá para mudar socialmente aquilo que psicologicamente já está fossilizado na mente de todos. E qual a solução para mudar a forma de agir de toda uma nação? Impor um regime. Os homens não são bons em sua natureza, é necessário que se mantenha a vigilância se quiser que algo permaneça nos devidos trilhos.
O socialismo é lindo! Mas é um doce sonho... É como aquele sentimento quente que moveu milhares de jovens a cantar "Imagine" de John Lennon sonhando com seus filhos brincando num mundo diferente daquele que eles nasceram... É aquela força que nasce de uma lágrima de revolta ao ver crianças morrendo de fome enquanto milionários compram jacuzzi's... É aquela palpitação que nos acomete ao sonhar com um futuro sem mácula...
"Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky

Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too

Imagine all the people
Living life in peace

You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A Brotherhood of man

Imagine all the people
Sharing all the world

You may say, I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will live as on"

Sonhos... utopias que podem até se realizar em pequenas comunidades, como iniciou-se com Owen mas, à medida que tomam grandes proporções, torna-se necessário um poder de mando, um "desigual" que mantenha os demais "iguais" e, havendo essa disparidade, como pode-se falar em socialismo?


Essência poética


Ideia socialista: fundamentada, coerente, desenvolvida, amadurecida. Utópica.
Tendo como base o Iluminismo e toda sua essência capitalista e metódica, tendo a burguesia como classe exploradora e explorada, nota-se um loop e certa incoerência na vida social, daí parte o que Engels defende em suas concepções.
A exploração é base do capitalismo, é óbvio. Mas será que não funciona? Ou então não é saudável? Então, mostre-me algo ou alguém que foi capaz de trazer à tona algo mais efetivo ou inteligente, que motivasse todos a partir daquele ponto de vista, e modificar os métodos de engrenagem social.
O socialismo foi imposto de maneira equivocada, e a utopia continuará, até que as idéias não sejam, de fato, fundamentadas, coerentes, desenvolvidas, amadurecidas. A vivência em igualdade é bela em imaginação, mas seria justa? Seria justo tratar-nos por iguais, diante do desinteresse de certas pessoas? Diante de pessoas com pensamentos preconceituosos? Seriam eles, então, dignos de direitos iguais aos do restante do povo? (Se bem que o capitalismo lhes dá a oportunidade de direitos maiores, em prática).
É por pessoas que pensam hoje como antigos pensaram em sua implantação que o socialismo é como a poesia: não sai do papel.

Dialética essencial

O texto de Engels, quebra, totalmente, com a visão do senso comum acerca do socialismo. Afinal, Engels expõe uma visão mostra uma visão dialética. De maneira que , para ter-se o socialismo, são necessários pré requisitos capitalistas.

Assim , Engels começa o texto dizendoque o socialismo é fruto da inteligência humana conjuntamente com a anarquia gerada pelas desigualdades do capitalismo. Por isso , em determinadas épocas do Brasil , partidos socialistas, apoiavam idéias capitalistas. Por exemplo: o PCB apoiava as reformas de base de Jango. Afinal , a burguesia é uma classe, exacerbadamente, revolucionária. Mas, carrega consigo sua própria antítese.
Por conseguinte, surgem os socialistas utópicos. São citados e explicadas as teorias de Saint- Simon , Robert Owen e Charlie Fourier. É reconhecido que as idéias destes teóricos são benevolentes, entretanto , não são frutos da ordenação e interações sociais vigentes. Pois , segundo o autor, o socialismo é uma ciência observável. É preciso que haja um embate de idéias, para que tenha a gênese de uma nova mentalidade. Com efeito , há uma crítica a metafísica e ao transcendental.

Outro ponto defendido por Fredrich é : Não se pode ter uma visão fragmentada. Pois, assim, não ter-se-á a visão das antíteses. Por conseqüência, não se enxergará a dialética. Por fim , não terá uma síntese. O que , para o pensador , não é valido. Porque , na sua opinião , todo modo de produção possui um antagonismo. Tal visão, torna a ideologia discerne da teoria Hegeliana. Pois, este, é idealista. Aquele , materialista dialético.
De forma que este último possui a função de desvendar as leis de desenvolvimento da sociedade. Ou seja , por mesmo deste materialismo é percebida a , famigerada, luta de classes. De maneira que com a síntese ( capitalista ) a antítese ( proletariado ) a síntese seria o socialismo – necessariamente.

Engels , assim como Marx, tem uma visão de que a economia é a base da política. Visão, essa prevista por Saint- Simon. Isto é , há uma sobreposição do material em relação ao político. Ademais, a produção capitalista precisa de um recurso exploratório – dito – sutil. Este artifício seria a Mais – Valia. Cuja função é concentrar riqueza. Visto tal importância da produção , na opinião de Engels, por meio dela que ocorrem as transformações sociais. Pois , na produção está um dos antagonismos mais visíveis. Este consistem na lei “cega” da competição : Onde há uma superabundância em poderio do dono dos meios de produção , quando o proletário está na miséria.

Assim , para superar o modo de produção capitalista, é preciso entender as forças produtivas. Para torná-las a favor de todos. Diferentemente do que faz o capitalismo. Pois , este último, utiliza as forças produtivas a favor de uma classe, ou seja, há uma apropriação privada. Por conseguinte, o Estado estaria representando todos os sujeitos. Independente de sua classe. Portanto , o Estado tornar-se-ia dispensável. Então , ao cabo, seria extinto.


Nome : João Vítor Dantas Alves . Turma : 1° Not.

O Conflito da Mais-Valia

O socialismo surge em meados dos séculos XVIII a XIX como uma proposta para amenizar, até mesmo extinguir, as diferenças sociais. Nesta proposta estão incluídos diversos princípios que, em tese, tornariam o mundo um lugar mais “igual”. Mas como todas as coisas nesse mundo, ele surgiu com várias formas; partindo disto, o texto de Engels - “Do socialismo utópico ao socialismo científico” - analisa algumas das propostas socialistas, comenta também sobre aspectos da teoria dele e de Marx. Dentro de toda a analise surge aquilo que parece ser uma das maiores descobertas, segredo do funcionamento do capitalismo industrial, a “Mais-Valia”.

Mais-Valia, esse é o segredo da produção. Ela consiste, basicamente, que o empregador tem o “gasto” da força de trabalho, pago a um indivíduo, e o “ganho”, da produção deste mesmo. O ganho, com a produção do empregado, sempre será maior que o gasto, do pagamento ao empregado. Assim, tecnicamente, o empregador lucra. A produção gera o lucro em relação ao trabalho, já que, na questão de valores, é maior que o pagamento pelo trabalho. “O capitalista, mesmo quando compra a força de trabalho do seu operário por todo seu valor, por todo valor que representa como mercadoria no mercado, dela retira sempre mais valor do que lhe custa...” (ENGELS).

Esse superávit é o que interessa ao industrial, é dele que parte o interesse de constituir uma fábrica, ele é à base da onde o lucro provém. Quanto mais conseguir aumentar a disparidade entre gasto-ganho, com o último prevalecendo, mais rico se tornará. Do outro lado, do empregador, quanto maior a diferença, menos ele ganha em relação ao que deveria ganhar, caso produção e salário fossem equiparados.

Neste âmbito situa-se um embate, de muitos, entre classe dos contratados e dos contratantes. Cada qual irá lutar, os contratantes tentarão aumentar a diferença entre ganho e gasto, o contratados, diminui-la. Nisto é que se situarão os conflitos. No começo da industrialização, os contratantes, em situação de vantagem, impuseram condições aos contratados que aumentaram a diferença. Com o passar do tempo, a classe contratada passou a se organizar e exigir melhoras nas condições trabalhistas, fazendo greves, conseguindo participação no poder, etc; ela conseguiu muitas transformações na condição. Tecnicamente, no final das contas, os contratados diminuíram a diferença.

Daí pra frente, os indivíduos representantes destas duas classes lutaram para tentar angariar para cada um vantagens. Usando de todos os artifícios, eles buscarão colocar sua vontade dentro dessa relação, mais-valia, mudando-a sempre que for benéfico, diminuindo ou aumentando a diferença.

Da crítica à Revolução

Engels inicia sua obra tratando do socialismo moderno como uma teoria que tem suas raízes no Iluminismo, sendo que este é também uma teoria que propõe uma ruptura com a ordem vigente. Contudo critica o movimento da Ilustração por ter tornado-se um movimento burguês, representando apenas os interesses deste segmento social. A partir disso, o antagonismo de classe entre os exploradores e explorados evidenciou-se, assim burguesia e proletariado travavam uma luta de classe. E é justamente essa luta que dará bases para a teorização do Socialismo (tanto o utópico como o científico). Ocorre que a burguesia depende totalmente do operariado, constituindo, assim sua antítese.

Naturalmente, nesse contexto, há uma revindicação de igualdade, mas não apenas a igualdade jurídica, a social, surgindo, então, as primeiras manifestações socialistas. Após isso, temos três teóricos utopistas: Saint-Simon, Fourier e Robert Owen. Engels afirma que o que há de comum entre eles é a pretensão de emancipar toda a humanidade, não defendendo apenas os interesses do proletariado, sendo esse o contexto o ideal para tal Revolução.

Fourier trata de uma contradição que é "a pobreza borta da abundância" e ainda se faz presente na atualidade. Ele crítica ferrenhamente a sociedade burguesa. Saint-Simon é considerado genial por Engels por sua visão ampla, além de já ter previsto que a economia absorve totalmente a política, é o germe da ideia que asituação econômica é a base das instituições políticas. Para os utopistas o Socialismo é a expressão absoluta da verdade, da razão e da justiça. Contudo, sabemos que as ações dos utopistas não tiveram repercursão universal, restringindo-se apenas aos projetos por eles criados e não causaram mudanças expressivas.

Discorrendo sobre a filosofia alemã com expoentes como Kant e Hegel, Engels afirma não só a fluidez da vida ("tudo é e não é, pois tudo flui, tudo se acha sujeito a um processo constante de transformação, de incessante nascimento e caducidade") como também a restauração da dialética, por isso sua crítica à metafísica e a fixidez. Desse modo observa-se a importância da missão da ciência e da história, analisando e explicando os fênomenos, tendo, portanto a função de um método investigativo.

Assim, o autor trata de conceitos teorizados por Karl Marx, como a mais-valia, a concepção materialista da história. Para Engels, a concepção materialista da história tem a função de entender o desenvolvimento da história, tendo como fundamento que a troca dos produtos é a base de toda a ordem social, ressaltando a importância da economia nas relações sociais.

Portanto, o proletariado é a classe mais importante e requer mudanças, por isso é a classe ideal para realizar a revolução, colocando a teoria em prática. Além disso, o momento histórico também é o ideal, uma vez que a Revolução Industrial e tecnológica permitiu uma abundância de riquezas com capacidade de atender a todos e assim suprimir a miséria que assolava a classe trabalhadora. Porém não foi isso que ocorreu.

Sendo assim, é a partir da crítica a realidade e observação da mesma que Engels pretendia chegar a Recolução e implantar o socialismo científico, a fim de alcançar uma sociedade mais justa, sem classes sociais. O fato é que teoria e prática estão muito distantes e sabe-se que as experiências socialistas ocorridas até hoje não foram bem sucedidas e fugiram da essência do Socialismo científico. O capitalismo adapta-se a várias situações, abraçand0 as diversidades e atendendo a diferentes interesses e atualmente há políticas sociais efetuadas pelo Estado a fim de melhorar a qualidade de vida da população em geral, o que faz com que a necessidade de mudanças não fique tão latente. Por isso o modo de produção capitalista permanece.

Um condicionamento ideológico

Durante o século XIX , o burbulho de idéias , as explosões ideológicas eram o foco de um mundo ocidental em constantes mudanças. Nesse período , os intelectuais buscavam maneiras de explicar o sistema ou soluções para tais. Alguns podem ser destacados como Marx, Engels, Hegel, Durkheim, entre outros. Falaremos um pouco dos sociólogos científicos , aqui , explicitados : Engels, hoje, principalmente, e Marx.
A sociedade até então , como o é hoje , era dividida entre dominantes e dominados , burguesia e proletariado.Pensemos , pois, aquele que está no poder tem interesse de mantê-lo e aumentá-lo ou , de dividi-lo ou , de perdê-lo ? Bom, seguindo a tese de Foucault de que " não há sujeito , mas sim o lugar do sujeito " , a maioria ficaria com a primeira opção. A luta de classes , então, seria a base do capitalismo , principalmente, mas também de quase todos os sistemas até hoje ; o materialismo dialético , o motor da história. Pois bem , se a desigualdade é a base de quase todo o sistema (divisão em classes opostas ) como este se perdura? Através dos condicionamentos ideológicos.
Segundo Marx, os condicionamentos ideológicos são valores inseridos, através de discursos , no homem , cuja função é manter o status quo e impedir mudanças radicais determinando , assim , a maneira de sentir , pensar , e agir do ator social. Para cada valor há uma instituição : a fampilia , a escola , a igreja , a justiça ; de acordo com Althusier são os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE). Vejamos um exemplo de discurso ideológico :
" Todo homem tem direito à vida "
" Todo homem tem direito à segurança"
" Todo homem tem direito à saúde "
" Todos os homens são iguais perante a lei"
Este tipo de discurso consiste em discurso de abstração , isto é , em há generalização.
Há o discurso de lacunas , isto é , em que falta referenciais . Ex:
" Um homem de 1,80 m de altura é alto." - Depende : - em uma comunidade de pigmeus , sim
- no Brasil , é mediano
- e em um time de basquete, é baixhá ste também o discurso de inversão , em que ocorre , como o próprio nome diz , uma inversão de valores.
A partir desta explicação , não seria utópico defender um socialismo em que se extingua a divisão de classes com tantos meios " imperceptíveis " para mantê-lo ? E como o princípio do contraditório de Hegel pode gerar idéias falsas se a própia concepção de Engels entra em contradição? Por exemplo , Galileu defendia o heliocentrismo . Na sua época, foi visto como louco e condenado à prisão domiciliar. Imaginemos se procurassemos a resposta dos males da sociedade de nossa época a partir desse fato ? Chegaríamos a uma resposta verdadeira?- pois real seria simplesmente pelo fato de ser racional. Além disso , o avanço tecnológico e científico pode ou não fornecer "material " para fundamentar as análises , pois poucos participam , de fato , desse avanço e o mesmo é conveniente ao poder. Quem garante , por exemplo , que não existe uma cura do câncer? Os grandes laborátórios aceitarim o remédio , já que lucram tanto com os já existentes ?