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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Direito Ambiental como ferramenta da sustentabilidade

O homem, ser iluminado e de inteligência perspicaz, sempre buscou sua aprimoração. Desenvolveu cidades. Destruiu civilizações concorrentes a favor da sua. Tornou-se capaz de manipular a natureza. Sua ambição desenfreada propiciou o grande despertar tecnológico e a crescente evolução científica, ambos a favor de seu conforto.
Entretanto, as ações humanas também acarretaram más consequências. A com mais agravantes é a obsessão pelo novo, pelo moderno. Alimentado por uma indústria incessante, o consumismo de nossa espécie esbarra em questões relevantes, como a destruição do meio ambiente e o impacto que isso pode gerar em nossa sociedade.
Nesse entrave surge o Direito Ambiental, visando regular a ação legal humana quando envolve o meio ambiente e o risco de colocá-lo em desequilíbrio. Seu papel ganha incrível destaque em nossa contemporaneidade pelos abusos que a produção capitalista gera na natureza.
Apoiado a uma publicidade maçante – ponto de poder em um meio social dominado pela informação – o consumismo passa a ser subliminar e sinônimo de riqueza e desenvolvimento o que impulsiona ainda mais a indústria a produzir mais e a produzir melhor. Para tanto, vamos além da capacidade do planeta e chegamos aos níveis alarmantes de poluição e de devastação ambiental.
O Direito Ambiental deve ser parte atualmente para que mantenhamos a salvo a fonte de nossa produção. Porém, juntamente a isso, devemos trabalhar a consciência humana para que os exageros na forma de consumir sejam atenuados e que seja dada a devida preferência aos produtos obtidos por meios sustentáveis. Exigir a melhora de nosso meio ambiente é mais que punir aqueles que o denigrem. A mudança começa com o ápice da pirâmide da produção, os consumidores.

"Uma hora vai voltar pra você."

A discussão nas últimas décadas acerca do desenvolvimento sustentável aumenta sua proporção a cada dia, em vista das calamidades realizadas pelo dito "único ser pensante" da Terra. Atitudes cotidianas de alcance, em princípio reduzido, quando somadas, resultam em algo semelhante à camada de plástico encontrada no Oceano Pacífico, fruto, obviamente, da irresponsabilidade de muitos.


Essa concentração de lixo possui quase o dobro da área dos Estados Unidos, tendo 1000 km de extensão e 10 metros de profundidade. Contudo, nunca se imaginou que jogar uma tampinha de garrafa pela janela do carro poderia alcançar tamanha proporção.


Estima-se que sejam produzidos, anualmente, 100 milhões de toneladas de plástico, dos quais 10% acabam nos oceanos, sendo 80% provenientes de terra firme. Nessa mancha de lixo são encontradas bonecas, garrafas, tampas, caiaques, malas, sacolas plásticas... As substâncias tóxicas eliminadas por esse polímero contaminam a fauna marinha e retornam até nós por meio da pesca.


Não ficamos imune ao nosso próprio descaso, pois uma hora ele volta até nós. Mas como evitar esses desatres? Muitas vezes jogamos a culpa nas grandes instituições, dizemos que o Estado devia tomar providências, que as as empresas deviam investir mais e mais na sustentabilidade. E nós, enquanto indivíduos, fazemos nossa parte? Buscamos, além de reciclar, reduzir? Não pensemos, como fazem milhões e milhões, que um tampinha de garrafa pela janela do carro seja irrelevante; pensemos que uma ação consciente e individual faz sim a diferença e que, ao final, teremos milhões de tampinhas recicladas e não flutuando sobre o mar.


www.youtube.com/watch?v=qsCXpK-Pqt4