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segunda-feira, 30 de abril de 2012


                       O novo positivismo
Augusto Comte discorre em seu Curso de Filosofia Positiva a necessidade de uma ciência que interprete a sociedade, um conhecimento que vislumbre o que é real, existe, o concreto. Seria como se fosse uma descrição do real, descrever e compreender para se poder intervir na sociedade. E tudo isso nasce dentro de uma sociedade que passa por turbulências, incluindo a ideia de uma civilização industrial.
E para que o Estado positivo finalmente chegasse, existiriam previamente dois estágios da construção do conhecimento, primeiramente o estado teológico e depois o metafísico. Agora, transferindo essa ideia de estágios da construção do conhecimento para minha vida pessoal, do século XXI. Encontro-me com meus 11 anos, tenho muitos questionamentos e porquês, entretanto, tudo pode ser respondido pela fé que estava em mim, “Por quê existem pessoas que vivem nas ruas?” , “ Pois o mundo é regido dessa forma, uns são diferentes dos outros”. Já aos 15 anos vejo as coisas de outra forma, “Mas e se eu fosse rica, poderosa, talvez me tornasse a pessoa mais forte do mundo, ai sim eu mudaria essa realidade, não haveria mais pessoas nas ruas, nem maldade, nem tristeza, a paz reinaria.”. E com os 18 anos chego a conclusão ” As pessoas vivem nas ruas não porque uns são diferentes dos outros por natureza própria, mas porque a vida é injusta, uns mais sortudos, nasceram em uma família mais rica, outros já nascem em meio a pobreza, sem perspectiva de futuro, apenas tentam trabalhar para sobreviver, ou vivem em favelas, ou em meios indignos, e as vezes ainda são chamados de vagabundos por não conseguirem atingir o patamar dos ricos, como se tivessem as mesmas oportunidades...”.
Pois bem, em minha vida, encontrei os três estágios de que Comte havia dito, incialmente, tudo que questionava era respondido por revelações externas, seria o "as coisas tem que ser assim", depois por querer transformar as coisas no plano das ideias, e por fim um estado considerado positivo, seria enxergar a sociedade da forma que ela realmente existe. Pode ser então que estou frente ao que Comte considera como estado positivo, entretanto eu apenas descrevo a sociedade, sem mudar nada efetivamente, será então que o Positivismo de Comte realmente mudaria/mudou a sociedade? Será que a compreensão da sociedade acarreta a sua mudança? Creio que não.
Apenas pensar, apenas refletir, não transforma as coisas, obviamente temos que pensar antes de agir, mas sem a ação não há resultados. Portanto embora há “Emergência de uma ciência da sociedade”, ainda se espera muitas ações por parte dessa ciência. Eu, no estado positivo, espero e quero mudanças, não mais a ideia de Ordem e Progresso, porque um não leva ao outro. Quero algo real, palpável, quero a igualdade entre os homens, chego a conclusão de que então, há emergência de uma ciência que transforme a sociedade. Agora a transformação é a palavra chave.

Um comentário:

  1. Se estivéssemos em um estado positivo de fato caberia aos governantes garantir a toda a sociedade oportunidades iguais e condições de melhorar de vida, no entanto é preciso lembrar que muitas pessoas estão onde estão por suas próprias ações e escolhas,pois ser rico não é sinal de honestidade ricos também roubam e ser pobre não é sinal de injustiçado,pois muitos gastam mais do que tem,se endividam,e seguem com essa atitude a vida toda.

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