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sexta-feira, 30 de março de 2012

O que Bacon não previu.


       Cotidianamente é possível encontrar diversos avanços tecnológico científicos que melhoram de forma muito eficiente a vida do homem. Remédios e procedimentos médicos são alguns exemplos dos avanços que foram influenciados pelas ideias de Francis Bacon.
  Juntamente com o avanço científico, Bacon trouxe uma visão  que deveria ser aplicada com cuidado na ciência e em outros segmentos da vida. A vontade de dominação da natureza em prol do progresso engessou dentro de muitas pessoas a falsa sensação de que o homem com sua inteligência pode manipular o mundo a sua volta em detrimento dos outros seres, do ambiente e, em casos extremos, até mesmo de outros homens. Exemplos disso são as inúmeras catástrofes ambientais e tecnologias científicas sendo usadas em guerras. 
Aspectos de caráter social são ignorados diariamente uma vez que o interesse e a ambição são colocado em primeiro lugar. Existem discussões  polemicas acerca da bio ética e até mesmo entraves no âmbito da justiça por medo de que avanços com células tronco, por exemplo, sejam usados sem nenhum escrúpulo por pessoas que não respeitam o limite ético que determina até onde a natureza deve ser dominada.
Mas qual seria esse limite ético? Questões como essa apontam para soluções que o simples método científico não consegue responder. Por essa razão, as análises filosófica, sociológica e psicológica não devem ser colocadas de lado pois mesmo em questões científicas, o caráter humano está presente.
Com base no que foi exposto, Bacon contribuiu de forma excepcional para o desenvolvimento da ciência de hoje que a cada vez mais melhora as condições de vida do ser humano, porém o limite ético para o desenvolvimento científico ainda está obscuro. Ao mesmo tempo isso não pode ser uma justificativa para a negligência no controle de eventuais exageros no que tange a experimentos. Segundo Bacon a exploração da natureza seria o caminho para compreendê-la, interpretá-la e vencê-la, mas todos os exemplos citados acima provam que o abuso da natureza já trouxe, e poderá trazer ainda mais, consequências prejudiciais ao próprio ser humano.