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quarta-feira, 20 de março de 2013

Francis Bacon e o novo Método Científico


Em seu livro “Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza “, o autor busca difundir novas formas de criar o conhecimento científico, diferenciando-se dos métodos até então utilizados. Além disso, critica os conceitos construídos pelo senso comum e estabelece um ponto de vista equilibrado entre o conhecimento obtido pela Antiguidade e as novas descobertas do futuro.
               Através de um discurso altamente dotado de um conceito racional, Francis Bacon destaca o alto  grau de influência que a mente humana exerce na construção do conhecimento científico. A subjetividade causada por ela direciona a experimentação e, por consequência, as novas descobertas. Ou seja, quando o homem possui certa convicção do que procura, ele não se atenta à força das instâncias contrárias.
               Além de criticar arduamente a subjetividade, ele critica, também, a construção de novos estudos sem uma análise do que foi feito no passado. Ao mesmo tempo, não acredita que haja um limite extremo e último do mundo. Nesse contexto, é possível fazer uma analogia com a sociedade romana, que não acreditava no fim do seu império (que não tardou a ocorrer), da mesma forma que as sociedades atuais não acreditam no fim do sistema capitalista: o intelecto humano se agita sempre, procurando sempre ir à diante.
               É possível interpretar a dialética de Francis Bacon como uma quebra de rupturas com os dogmas que predominavam até o século XV. Assim como outros pensadores, a busca pelo conhecimento científico era priorizada em relação a todos os outros aspectos da vida.