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quinta-feira, 21 de março de 2013

Pensamento sistêmico: início de uma nova Era


O filme O ponto de mutação de Bernt Capra, baseado em romance homônimo, apresenta ao espectador uma nova perspectiva para encarar a medicina, a biologia, a vida, o mundo e o universo. Trata-se da perspectiva do pensamento sistêmico que trabalha em oposição ao cartesianismo e ao mecanicismo fundados por Descartes, Bacon e Newton.
Enquanto o pensamento reducionista-mecanicista indica que para conhecer um corpo é necessário fragmenta-lo em várias partes, o pensamento sistêmico valoriza o conjunto, as conexões dentro do próprio organismo – como o corpo humano – e também as interconexões entre o corpo e o meio – por exemplo, terra, árvore e ar.
O grande mérito do filme, porém, não é a mera exposição de um modo mais moderno de compreensão do mundo, mas a exposição de que tal modo tem aplicações tanto no campo da ciência quanto no campo da sociologia.
Se na tentativa de reduzir os males que trazem sofrimento ao ser humano - como a fome, a pobreza, a desigualdade – a atual visão mecanicista empregada fosse substituída pela visão sistêmica, maiores e mais duradouros resultados talvez fossem alcançados. É muito claro que os problemas da comunidade humana resultam de uma cadeia de eventos e não de acontecimentos isolados, evidenciando a possibilidade de ser o pensamento sistêmico o definitivo veículo de cura da humanidade. A questão de como operar tal mudança é, no entanto, o grande desafio - também apresentado no filme - que, uma vez solucionado, certamente daria início a uma nova Era.