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domingo, 7 de abril de 2013

Pseudo ordem do progresso


Uma teoria que visava explicar as coisas relacionadas à vida prática do homem e não os fenômenos ou relações externas, essa é a teoria positivista criada por Auguste Comte. Para ele, o Positivismo é o terceiro e último estágio de desenvolvimento do conhecimento, superando o teológico e o metafísico. O filósofo não se interessa pelas causas futuras, mas pela sociedade na qual estava vivendo. Por esse motivo, Comte vislumbrava o estabelecimento de uma ordem social, pois a partir deste ordenamento seria possível se estabelecer o almejado progresso. Para se alcançar o equilíbrio buscado, o francês defendia a instalação de um Estado forte e controlador, pois a sociedade só funciona quando os indivíduos aceitam e cumprem seus papeis sociais, sendo de responsabilidade estatal controlar a burguesia em ascensão na época.
Analisando o mundo contemporâneo pode-se observar uma alienação das pessoas frente ao seu papel social. Uma sociedade consumista, egocêntrica e desinteressada com assuntos públicos é a que se vive hoje e na qual se aplica a teoria de Auguste Comte, pois aceita pacificamente as imposições governamentais e dos grandes controladores da economia. Não se revoltar contra os altos impostos pagos e o baixo retorno, é só um exemplo do alcance da tal ordem desejada no positivismo. Pode-se questionar então, o lema, que fora também embasado na teoria em questão, da bandeira nacional: Ordem e Progresso. Para se chegar ao progresso é necessário ter uma população cega, submissa e um governo que se aproveita dessa situação para o estabelecimento de uma “ordem social”? Deve haver algo errado ou com o mundo atual ou com a teoria positivista ou com os dois, não é provável?

Aula 4
Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano
Direito noturno

Mudanças Inevitáveis

   Seria mesmo um organismo vivo uma real metáfora para a sociedade? Talvez, assim como a sociedade em uma concepção global está sempre se modificando, caminhando a estrada da evolução, nosso organismo também segue o mesmo princípio. Não somos os mesmos que anteriormente, não necessitamos das mesmas atividades de antigamente, ou seja, apesar de, em uma análise superficial parecermos ter sempre a mesma fisionomia, essa ideia não passa de um engano, salvemos órgãos vestigiais como o apendice.
   Aceitar de prontidão as ideias positivistas de Augusto Comte sem um questionamento prévio seria uma total falta de perspicácia, talvez uma mostra de ignorancia. O pensador nos mostra uma visão de exatidão, de conhecimento em seu ápice, uma busca incessante de comprovação, uma concepção empirística. Descreve a sociedade como organismo vivo que, dividido em partes essenciais e ''imutáveis'', coordenariam o sistema.
   Em certa parte tudo faz sentido, o conhecimento comprovado torna-se inquestionável - pelo menos por certo tempo -,a sociedade , de fato, caminha em forma subdividida, o meio capitalista, por si só, estabelece a hierarquização social, a definição de classes, quem é quem.
   Porém devemos ressaltar que, como dito anteriormente, caminhamos a estrada da evolução, e como já dizia Heráclito, nunca passamos duas vezes pelo mesmo rio. Assim ,devemos ter em mente que a sociedade pode ser dita um organismo, porém, deve-se ressaltar a indiscutível e inegável possibilidade de mudanças. O conhecimento deve ser sempre buscado, mas nem tudo que ainda não é descrito ou provado deixa de ser verdade, a humanidade ainda nao descreveu e concretizou a concepção de ideia, nem por isso ela deixa de existir, afinal nada buscaríamos ou almejaríamos sem ela.

Ordem e Progresso?




Visto como um sinal de amadurecimento da forma de pensar da época, o Positivismo criado por Augusto Comte sugeria que uma melhor organização do pensamento levaria a humanidade ao desenvolvimento.
Facilmente relacionadas com a filosofia de Francis Bacon, as ideias positivistas também incluem a ênfase na utilidade do conhecimento, criticando ramos do saber que não trazem modificações diretas na sociedade ou que podem ser considerados duvidosos por fugirem do método definido como correto.
Comte também sugere a existência de três estágios do conhecimento: Teológico (Deus como causa de todas as coisas), Metafísico (entidades da natureza explicariam os fenômenos) e Positivo. Como o estágio final definia as razões dos acontecimentos? Comte não sabia e nem queria saber. O “porque sim” passou a ser resposta, pois o que interessava no momento era a descoberta das leis que regiam o mundo e, principalmente, a busca de uma que envolvesse todo o conhecimento obtido até então.
Para que se encaixasse no sistema positivo, o saber da época deveria passar por diversas mudanças em sua estrutura, passando por uma reforma na educação, integrando as ciências, pela criação da uma ciência chamada física social, que aplicaria os métodos positivistas no estudo sobre a sociedade, e por uma padronização na forma de pensar.
Por fim, podemos perceber que as ideias de Comte, apesar de obsoletas em um mundo atual extremamente marcado pela relação entre diversidade e desenvolvimento, apresentam reflexos na sociedade, o que pode ser representado por coisas como desde o escrito em nossa bandeira (que não condiz exatamente com a realidade brasileira) até o uso como ofensa aos mais conservadores.

Procura-se: gato de Schrödinger, vivo e morto





A “experiência” de Schrödinger foi realizada em 1935, cerca de um século após a elaboração do Positivismo de Comte. Certamente, se o filósofo francês houvesse vivido na mesma época do físico austríaco, teria repensado sua tese.

Comte defendia a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, ou seja, tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência deve ser desconsiderado. Para tanto, o pai da sociologia criou a Lei dos Três Estados, determinando que o Positivismo (a etapa final e definitiva) deve ser baseado na busca pelo concreto e observável.

Contudo, o austríaco Erwin Schrödinger elaborou uma experiência imaginária na qual um gato, ao ser colocado em uma caixa, estaria vivo e morto, simultaneamente. Para compreender tal situação e seu resultado, é necessário, inicialmente, aceitar o fato de que nem tudo pode ser observado e integralmente comprovado.

Assim, torna-se imprescindível a negação – ainda que parcial – da teoria de Auguste Comte. Sua visão unilateral quanto à forma de obtenção do conhecimento é prejudicial para a compreensão da realidade nos tempos contemporâneos. 
  



Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno

Justificação da desigualde social



Augusto Comte foi um filósofo do século XIX nascido na França, um dos primeiros a defender que a o estudo da sociedade era uma também uma ciência. Comte afirmava que havia uma lei fundamental que todo tipo de conhecimento segue, ele estabeleceu três estados: teológico, em que todas as ações são explicadas por elementos sobrenaturais; Metafísico, em que as ações são explicadas por forças abstratas capazes de conceber todos os fenômenos; Positivo, em que há a renúncia das questões abstratas em prol do conhecimento das causas dos fenômenos.

O filósofo francês formula uma teoria sobre as formas de organização do conhecimento e da sociedade que complementa as ideias propostas por seus antecessores Descartes e Bacon. Ele propunha, entre outras coisas, que a ordem da sociedade devia ser mantida, pois a sociedade era como um organismo vivo, logo, não era possível exigir que os braços e pernas assumissem o lugar do cérebro, ou seja, que os trabalhadores cujas profissões fossem socialmente “repulsivas” assumissem cargos de governantes, e vice-versa. Os indivíduos deveriam se contentar com seu papel social em prol de toda a sociedade, para que o sistema não entre em colapso.

Essa ideia proposta por Comte é uma tentativa de explicar os fenômenos sociais de sua época, em que já havia miséria e grande desigualdade social, inclusive nos países industrializados.

A filosofia positivista foi bastante utilizada durante o século XX, pois visava a reorganização da sociedade moderna, numa tentativa de evitar os conflitos de classe e permitir que houvesse progresso econômico. Atualmente as práticas políticas positivistas são menos comuns, contudo na sociedade brasileira há fortes exemplos do conservadorismo que ela implica, como por exemplo a rejeição por vários setores da sociedade à lei de cotas.
Imobilidade Social ou ordem para se alcançar o progresso?



O pensador Augusto Comte em meio a um cenário de intensa agitação social, propõe o Positivismo,que seria o final de uma revolução do conhecimento iniciada por Bacon e  Descartes.Este positivismo consistia na busca pelo concreto frente ao abstrato, seria a combinação de várias ciências a fim de se conhecer melhor o objeto estudado.Contudo, suas ideias também são aplicadas no campo político-social,influenciando governos como o de Getúlio Vargas no Brasil.

Augusto Comte secciona o desenvolvimento das ciências e do espírito humano em três estágios:Teológico,Metafísico e Positivo.A sociologia comteana tem como princípio fundamental a distinção entre estática e dinâmica sociais, a primeira é um estudo das condições permanentes da sociedade, já a segunda investiga as leis do desenvolvimento contínuo da sociedade.A estática tem como ideia principal a ordem e a dinâmica tem como ideia central o progresso,sendo que a ordem é o pressuposto para o progresso.

Comte entende que revoluções,como a Francesa,rompem uma ordem e impõe uma nova ordem,almejando o estado positivo.O positivismo encontra-se em uso atualmente em várias vertentes,vemos o constante apelo pela ordem em situações como a revolta popular no Egito,como se fosse errado o povo pretender estabelecer um novo ordenamento para a sociedade.

O capitalismo beneficiou-se com o positivismo pois as relações comerciais necessitam de ordem para serem formalizadas.Contudo este mesmo positivismo imobiliza a sociedade,pois tendo como base a necessidade de cada indivíduo realizar sua função social a fim de manter a ordem,a exploração de trabalhos pouco valorizados economicamente torna-se viabilizada,tomando como fundamento a manutenção do bem-estar social,sendo que mesmo para Comte a exploração e a miséria seriam evidências da falta de ordem no sistema.

Renan Rosolem Machado - 1º Ano Direito Diurno

Retrocesso da ordem


Fruto da transição entre o apagar das luzes do Iluminismo e a ascensão da modernização científica característica do século XIX, o Positivismo emerge visando à compreensão das reformas políticas e sociais ocorridas em tal período. Aprimorando a linha de pensamento já introduzida por Descartes e Bacon, Comte elucida a defesa do método como caminho para conclusões mais objetivas, afastando-se do quimérico, do inútil e do incerto, como caracterizava o Racionalismo e o Idealismo os quais se opunha.
                O espírito humano em seu processo de amadurecimento é apresentado de forma gradual até que o conhecimento positivo, o mais maduro, seja obtido. Defendendo uma ruptura com o pensamento metafísico e teológico, estes representam meras etapas intermediárias para a compreensão lógica, uma vez que reproduzem conclusões abstratas que se afastam do real, do certo, do útil e do preciso como descreve a doutrina positivista. Uma vez alcançado o conhecimento positivo, é possível compreender os mecanismos nos quais a sociedade é regida, constituindo leis lógicas e imutáveis que transcendem gerações. Apresentadas como estáticas e dinâmicas, visam manter a ordem da sociedade tendo como finalidade básica a sobrevivência, acarretando o progresso que, de forma lenta, proporciona o avanço social.
Na prática, Comte defende que para que o progresso aconteça de fato, a ordem deve ser mantida de forma que cada classe ocupe seu lugar e função nas naturais dinâmicas sociais. Dessa forma, as revoluções promovidas pelas classes subjugadas ocasionam a quebra da ordem e dos papeis fixos que a compõem, denotando caráter negativo. Em pleno culminar da Revolução Industrial, seu pensamento atuou como defesa da burguesia como dominante, porém hoje representa um retrocesso ao negar o avanço a partir de reformulações. No século XIX, movimentos como a Primavera Árabe indicam o anseio por reformas diante da manutenção da mesma classe no poder. O verdadeiro progresso é obtido quando a ordem é ferida a partir de um objetivo central que beneficie toda a sociedade. Se o positivista defende a negação de si em favor do coletivo, atualmente as classes dominantes negam a massa em favor de seus interesses particulares, contradizendo a teoria a qual defendem. A fixidez impede o alcance do progresso, e a contínua estabilidade faz a sociedade retroceder na defesa do que lhe é de direito.

Luisa Loures Teixeira – 1º ano Direito Diurno

Comte propõe a fundação de uma nova ciência, voltada ao estudo da sociedade: a Sociologia; sugerindo o fim da filosofia, tal qual ela exercia seu pensamento naquele momento histórico, como fonte de estudo da sociedade.

Para Comte, a sociologia deveria ser a ciência do Real, preocupando-se com o concreto e o útil. Desse modo, rompe com o pensamento Iluminista, carregado de abstração e metafísica. Comte entende a ciência como superação da filosofia, pois esta não consegue se desprender da metafísica, pois conjectura a partir de meras abstrações.

Inspirada no modelo baconiano e cartesiano, a Filosofia Positiva propõe a análise e a compreensão da sociedade através de uma observação que apreenda a realidade e tenha como condição fundamental o funcionamento das leis gerais da sociedade a partir de determinado padrão recorrente, que para Comte, seria a Ordem.

O pensamento Positivista apresenta a ordem como pré-condição do progresso, pois o colapso desta impossibilita o avanço tecnológico e científico. Segundo Comte, quem detém o conhecimento deve dirigir a sociedade. Para ele, os papéis sociais devem ser fixos, pois esta é a condição essencial para a manutenção contínua da ordem e, consequentemente, da marcha natural para o progresso.

Seu pensamento é alvo de inúmeras críticas devido ao seu teor conservador em razão da valorização dada à manutenção da ordem. No entanto, Comte propõe uma ordem que se mantenha saudável, que não pressuponha exploração nem a pauperização de uma classe social. Longe disso, valoriza o papel social de cada indivíduo, onde este nega a si em favor da coletividade e das gerações vindouras, ressaltando que todo papel social desempenhado é de enorme importância para o desenvolvimento da sociedade.

Ana Beatriz Cruz Nunes - 1º ano Direito noturno

Filosofia Positiva


             Augusto Comte defende que a construção do conhecimento passa por três estados diferentes: o estado teológico, o estado metafísico e o estado positivo. No primeiro estado o homem explica a realidade por meio de agentes sobrenaturais, buscando conhecimentos absolutos, já no segundo estado, que marca a transição entre a teologia e a positividade, os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas, o ultimo estado, nega as noções absolutas, preocupa-se com a descoberta das leis que regem os fenômenos, e não as causas, que segundo ele são problemas inalcançáveis, a imaginação subordina-se a observação. Embora defenda que o estado positivo marcou o amadurecimento do espírito humano, reconhece a necessidade dos dois primeiros estados para a formação das primeiras conjecturas teóricas.
        Segundo Comte a filosofia positiva ainda não abrange todos os fenômenos, a única lacuna que resta a ser preenchida é a dos fenômenos sociais, pois ainda predomina o uso dos métodos teológicos e metafísicos, portanto resta fundar apenas a física social para a constituição definitiva da filosofia positiva.
       As propriedades fundamentais da proposta positivista são quatro: em primeiro lugar, a descoberta racional das “leis lógicas” dos fenômenos, uma segunda conseqüência propõe uma reforma geral no sistema educacional, que rompa com o isolamento das ciências, em terceiro lugar defende que a filosofia positiva exige a combinação de várias ciências, a quarta e última propriedade fundamental considera a filosofia positiva como única base sólida de reorganização social, culpando a coexistência das três filosofias opostas (teológica, metafísica e positiva) pela desordem atual.



  
 Leonor Pereira Rabelo- Direito Noturno 

Ordem reformulável


Ao entrarmos em contato com as ideias de Auguste Comte, notamos que termos como “ordem” e “progresso” são extremamente relativos e, se tomados sob uma única perspectiva, apresentam-se como fundamentos de um pensamento totalitário oposto aos princípios de governos democráticos que adotam o pluralismo de ideias como pressuposto essencial para nosso progresso social.
Em face de tal reflexão, surgem as seguintes indagações: “Vivemos sob que tipo de ordem?”, “Tal ordem nos tem guiado ao progresso?”, “Até quando podemos conciliar a ordem vigente com a contínua busca pelo progresso?”. A partir de tais indagações, podemos dizer que a ordem sob a qual vivemos somente nos permite o progresso por não se tratar de algo eternamente inflexível, isto é, substituiu uma antiga ordem e futuramente será substituída por uma nova.
Por esta razão, pode-se afirmar que tal ordem se encontra em um contínuo processo de reformulação, pois os próprios conceitos de ordem e progresso são mutáveis, ou seja,  sofrem contínua influência do meio social no qual estão inseridos.

A física social da ordem


      Augusto Comte busca revolucionar a filosofia natural, ao atingir a física social pela superação dos estados teológico e metafísico. Pelo contexto histórico instável vivido pelo autor, entende-se as suas intenções de procurar compreender a sociedade e transformá-la com sua filosofia positiva.
       Ao excluir do seu rol de prioridades a origem e a finalidade dos fenômenos, o francês aprofunda seu enfoque no funcionamento da sociedade, nas chamadas leis lógicas ou gerais. Influenciado por Descartes e Bacon, Comte rompe com a filosofia convencional, para inaugurar uma nova ciência, a sociologia.
       O positivista demonstra ao seu leitor com argumentos didáticos, a hierarquia de sua classificação da escala enciclopédica, em movimento gradativo de ascensão dos mais gerais, simples, abstratos e independentes aos mais particulares, complicados e concretos, tem-se: a matemática, a astronomia, a física, a química, a fisiologia e a física social.
       O método racional da observação, da experimentação e da comparação revela a maturidade intelectual do espírito humano, considerado a virilidade do conhecimento.
       Para se manter a ordem social, cada homem deve exercer o seu papel, conservando o equilíbrio com sua função na sociedade de forma contínua, sem interferir no progresso tecnológico e científico a que a humanidade está fadada a sofrer.

Positivismo - Augusto Comte

O grande desafio de Comte era projetar uma ciência social que tivesse a mesma eficiência das ciências naturais e que permitisse compreender e direcionar o desenvolvimento progressivo do homem em direção à civilização, entendida como uma sociedade industrializada, em que cada homem livre pudesse cumprir com sua função social.
O espírito humano emprega três métodos de filosofar, são eles: teológico, metafísico e positivo. Para Comte o estado metafísico seria um estágio transitório entre o primeiro e o terceiro método, este último sendo o mais desenvolvido, deixa de tentar obter noções absolutas sobre os fenômenos naturais, renuncia a procurar a origem e o destino do universo, e passa a preocupar-se unicamente em descobrir, combinando o uso do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, suas relações invariáveis de sucessão e de similaridade.
Portanto para o sociólogo não há sentido no conhecimento se este não puder ser observado exatamente como se manifesta na realidade, ou seja, não há distinção entre realidade prática e as ciências abstratas, que se utilizam do pensamento metafísico para compreender essa realidade  imediata; um deve ser  necessariamente igual ao outro sem quaisquer diferenças. Tal princípio levaria Comte a afirmar a necessária neutralidade do pesquisador diante dos acontecimentos sociais, possibilitando-lhe compreender as relações sociais e a sociedade; foi isso que Comte chamou de Física social ou sociologia.


Ana Claudia Gutierrez Kitamura  - 1° ano de Direito Noturno.

O Avanço Positivista de Comte


Augusto Comte, no livro “Curso de Filosofia Positiva” busca aproximar a sociologia das ciências da natureza. Para o autor o conhecimento possui três estágios: o teológico, o metafísico e o positivo, sendo este o mais avançado. O estudo da sociedade ainda estaria nos dois primeiro estágios enquanto as ciências da natureza já teriam atingido o patamar positivista, em que o homem analisa o mundo por meio da experimentação.
            Segundo Comte a sociedade é regida por leis imutáveis e, por isso, sugere a criação da física social. Seu funcionamento se daria na obtenção e manutenção da ordem visando atingir o progresso. No entanto, o progresso também é visto como condição necessária para a existência da ordem.
            Como para o autor os diversos grupos existentes em uma sociedade possuem lugares específicos de habitação e qualquer tentativa de mudança dessas posições leva ao caos e ao não progresso, seria necessário que o Estado distribuísse riqueza às classes subalternas de modo a impedir que se revoltassem. Esse método é utilizado pelos governos pelo menos desde a Roma Antiga com sua política do pão e circo e até hoje é posto em prática por meio, por exemplo, de medidas paliativas que são vendidas para a população como grandes avanços para o povo.
            Por fim, para Comte, deveria haver uma reforma na educação para que houvesse uma unificação das ciências, possibilitando o desenvolvimento do Positivismo, que seria um sinal do amadurecimento do homem e um progresso para o estudo da sociedade.

Texto relativo à aula 04 – Carolina Paulino Fontenla - Direito diurno

  No contexto histórico do surgimento da sociedade industrial , nasce o Positivismo ,doutrina filosófica , sociológica e política proposta por Augusto Comte , filosofo e sociólogo francês nascido em 1857.
  Afastando-se da metafísica e da teologia o positivismo propõe o conhecimento científico como única forma verdadeira do conhecimento.Comte cria ainda a Lei dos 3 Estados , propondo que o conhecimento passaria por três fases evolutivas, a teológica , a metafísica e enfim a positiva , que seria a etapa definitiva na qual o conhecimento já estaria concretizado.
  Para Comte a ordem levaria ao progresso ,tal ordem apesar de parecer conservadora e antiquada é aceita hodiernamente em nossa sociedade , como exemplo pode ser citada as Forças Armadas brasileiras.

Comte e a construção do conhecimento racional



               A filosofia positivista, como forma de divisão e racionalização de todo o conhecimento, busca esclarecer os princípios de socialização e convivência do homem, além de explicar mecanismos de estudos em outras partes da ciência, como a física, química, astronomia, entre outros.
               Como introdução a sua explicação, a percepção do homem, no início, é dividida em três vertentes: o estado teológico, estado metafísico e, finalmente, o estado positivo. Tudo se baseia nas diferentes visões acerca dos fenômenos do universo e da sociedade, fundamentando todo o conhecimento a partir dessas diferentes posturas acerca do mundo.
               A construção do conhecimento não pode ser fundada na forma newtoniana, como um meio de unificar as ciências em uma única teoria, simples de universal, que pode ser aplicada em todos os ramos. A filosofia e a sociologia vão além de uma única ciência. Elas buscam analisar diferentes sociedades em espaços de tempos singulares, apresentando, assim, características que diferem umas das outras. Neste contexto, a filosofia positivista não busca simplificar e sistematizar as ciências, e sim torna-las racionais, livre de qualquer interferência pessoal e vícios construídos por uma sociedade.
               Além de não ser unificada, essa forma científica deve ser dividida em partes comuns, como modo de sistematizar e aprimorar o estudo do conhecimento. Essa é uma característica primordial da filosofia positiva.


Yasmim Silva Fortes - 1º ano Direito noturno

Conjectura mecanicista que ocasiona a prosperidade.

Augusto Comte conviveu em um período de Revoluções e de alternância de regimes despóticos na Euroupa. Diante dessa fase conturbada propôs um método para analisar a realidade humana e instaurar a estabilidade nessa. Funda-se por conseguinte a Física Social, mais tarde denominada de Sociologia, sendo incorporada à ela ideias de pensadores anteriores como Bacon e Descartes. A tese central dessa proposta era que fenômenos sociais fossem sintetizados a leis gerais, a exemplo as Leis de Newton, para poderem serem regidos como universais e imutáveis.

Com isso, a corrente sociológica do Positivismo expõe a teoria dos três Estágios que proporcionam o amadurecimento do espírito humano e marca o "Estado Viril" da inteligência do homem. Esses Estados progridem do teológico estudado por forças sobrenaturais a base de parâmetros místicos e religiosos, o metafísico explicado por causas abstratas e , o que se imcumbiu como permante nessa corrente, o positivo desenvolvido por circustâncias lógicas, reais e concretas que solidificam a solidariedade na sociedade.

O Positivismo é denunciado como reacionário visto que para esse o Estado forte é aquele dirigido por os que detém o conhecimento intelectual. E também que nas instituições socias desse não há mobilidade social para não ferir a ordem. Assim os axiomas positivistas opunham-se ao pensamento Iluminista, uma vez que o primeiro refutava as revoluções pois as consideravam um obstáculo ao progresso. Portanto, essa Filosofia mecanicista valorizava o coletivo e abominava o individual e sendo que esse cárater de generalidade a caracterizava como elitista.

O método empirista tinha por máxima a manutenção da estática (ordem) para atingir a dinâmica (progresso). Sendo esse um princípio de enorme influência no Brasil tanto na Proclamação da República quanto no sitema educacional do governo militar.

Júlia Xavier Rosa da Silva- Direito Diurno.

Newton da Filosofia

Augusto Comte viveu em um período de grande instabilidade,tanto política quanto religiosa.Numa sociedade marcada por revoluções,entre elas a primeira Revolução Industrial,Comte buscava entender o por quê de dessas revoltas.Partindo desse princípio,ele cria um novo estilo (filosófico) de entender o mundo, o Positivismo.
Suas teorias eram baseadas na busca pela ordem,o que para Comte era a base de toda sociedade civilizada.Se contrapunha às ideias que,na sua opinião,eram metafísicas,abstratas,ou seja não produziam reformas,transformações,eram apenas ideias,como as iluministas.Era defensor de transformações,assim como Descartes  e Bacon,porém queria transformar o mundo através da política.Para esse pensador,o a filosofia positiva era a base para a reorganização social da sociedade moderna.
Dividiu,em três estágios,o caminho para se adquirir o conhecimento: primeiro o Teológico,depois o Metafísico e por último o Positivo,sendo este último o auge do conhecimento,o amadurecimento do espírito humano.O conhecimento Positivo,para Comte,compreende o mundo a partir da experiência,da observação deste,o que seria o " Estado viril " da inteligência humana.
Assim como Newton descobriu as " leis básicas " que regem a Física,Comte buscava aprender as que regem a sociedade em geral.Sempre partindo de uma ideia positivista que se voltava para a reestruturação da ordem,ele revolucionou as sociedades da época e inspirou vários pensadores.Teve sua influência ampliada a âmbito mundial,tanto que sua frase mais célebre é estampada na bandeira brasileira,que é " Ordem e Progresso ",o mantimento da ordem traz o progresso à sociedade.

O Mito do Progresso


A corrente positivista principiada por Augusto Comte influiu e ainda influi de diversos modos na política contemporânea, além de possuir papel fundamental na história do Brasil, principalmente no que diz respeito à Proclamação da República.  
A ideologia em questão é duramente criticada devido ao seu caráter conservador já que explicita o fato de qualquer alteração no Estado vigente elucidar uma ameaça à Ordem, sendo esta fundamental para que exista o Progresso, objetivo final do Positivismo.
Entretanto, faz-se fundamental a análise do positivismo empregando uma análise crítica sobre o conceito de progresso e suas implicações. Convém, portanto, citar Gilberto Dupas – escritor e cientista social – e suas reflexões na obra “O Mito do Progresso”.
Augusto Comte afirma que para que haja o progresso deve, portanto, existir e manter a ordem, sendo assim não deve haver alteração de “locus social” entre os indivíduos, ou seja, a função do homem na sociedade é inata estando este ou entre os que pensam ou entre os que trabalham os as mãos não havendo a possibilidade de alternância na ocupação dos “locus”. Tal formulação mostra-se, portanto, passível de sério questionamento que é efetuado de forma atual e contextualizada pelas palavras seguintes de Dupas.
“Mas esse progresso, discurso dominante das elites globais, traz também consigo exclusão, concentração de renda, subdesenvolvimento e graves danos ambientais, agredindo e restringindo direitos humanos essenciais” DUPAS, Gilberto. O Mito do Progresso. Novos Estudos, 2007.       
O cientista social supracitado faz questionamento de suma importância, afinal o sistema social estático pregado pelo positivismo com objetivo de atingir o progresso dá margem à indagação de “para quem é o progresso atingido ao manter-se a ordem?”. Vê-se, nitidamente, que a maior parcela do progresso acaba por beneficiar, exatamente, “aqueles que pensam”. O ônus aqueles que fazem parte da camada rasa da sociedade é imenso, afinal estes não podem desfrutar de forma proveitosa dos benefícios do progresso, não lhes é permitido evoluir para a camada social privilegiada e, acima de tudo, o trabalho desempenhado por eles é mais cansativo e menos remunerado.
Conclui-se que o pensamento positivo pode ser, nada mais, do que um artifício utilizado pela Ordem vigente para que esta, além de se manter, possa ainda direcionar os rumos do progresso e desfrutar dele enquanto a parte desprivilegiada da sociedade – a maior parte – sofre com a incapacidade de ascensão e, ainda sim, constitui os braços que promovem o progresso e carregam, em seus ombros, uma elite.
No âmbito contemporâneo cabe dizer, além do já dito sobre a imensa incoerência do sistema, que o progresso, de acordo com o prisma que é analisado, pode ser considerado nulo. Afinal, criou-se mais tecnologia, em contrapartida, o planeta sofreu exacerbados golpes de destruição, temos mais tecnologia, todavia esta foi usada para a construção de armas que, hoje, podem destruir a própria raça humana. Seria isto um progresso?
É possível sim que o positivismo seja, acima de tudo, maléfico. Por ser uma arma das elites, por não conseguir conter as implicações de seu “progresso”, por ferir o próprio homem ao tentar construir a ordem. Introito com Dupas, fim com Dupas. 
 “Seria uma insensatez negar os benefícios que a vertiginosa evolução das tecnologias propiciou ao ser humano no deslocar-se mais rápido, viver mais tempo, comunicar-se instantaneamente e outras proezas que tais. Trata-se aqui de analisar a quem dominantemente esse progresso serve e quais os riscos e custos de natureza social, ambiental e de sobrevivência da espécie que ele está provocando; e que catástrofes futuras ele pode ocasionar. Mas, principalmente, é preciso determinar quem escolhe a direção desse progresso e com que objetivos.” DUPAS, Gilberto. O Mito do Progresso. Novos Estudos, 2007.    

Lucas Oliveira Faria - Direito Noturno 


A ciência da sociedade

Auguste Comte criou no século XIX o Positivismo, filosofia que defende “o real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto”. Tendo, de certa forma, como precursores Descartes e Bacon, o Positivismo propunha a reformulação da sociedade, o que exigia, primeiramente, o conhecimento sobre ela.
A principal obra de Comte é “Curso de Filosofia Positiva”, escrita entre 1830 e 1842, onde é feito a exposição sistemática das principais ideias que fundamentam essa filosofia.
Primeiramente, são analisados os três estados históricos diferentes na construção do conhecimento: o estado teológico ou fictício, o estado metafísico ou abstrato e o estado científico ou positivo.
Depois, Comte explica a necessidade da fundação da física social, segundo ele, “a maior e mais urgente necessidade de nossa inteligência.”, pois, as bases da ciência moderna eram: a astronomia, a física, a química e a fisiologia; faltando, assim, a base relativa aos fenômenos sociais.
Outro aspecto importante da obra é a explicação das quatro propriedades fundamentais do Positivismo: a racionalização das leis lógicas do espírito humano, dando especial importância à concepção filosófica que consiste no estudo dos fenômenos dos seres vivos a partir da estática e da dinâmica; a reforma geral do sistema de educação; o reconhecimento do conhecimento como uno; e a reorganização social.
Além disso, ela postulava a ideia de que os indivíduos devem desempenhar papéis específicos na sociedade para que haja a ordem e, consequentemente, o progresso.
O conhecimento do Positivismo é particularmente importante ao Brasil devido à forte influenciada exercida por aquele sobre este, especialmente na virada dos séculos XIX e XX na orientação da nova ordem social republicana.
Apesar de sua importância, o Positivismo é alvo de diversas criticas, principalmente por seu conservadorismo, porém não podemos deixar de considerar suas contribuições para a sociedade, especialmente para sua ciência.

Letícia Roberta Santos
Texto referente ao livro "Curso de Filosofia Positiva"

Seu positivista!



Augusto Comte foi com certeza um grande pensador. O contato com sua obra, ainda que mínimo, é fascinante. Porém, como bem foi dito em sala de aula, pode-se fazer, visando um estudo mais "didático", uma divisão das suas ideias: a formarem uma doutrina científica e uma doutrina política.
Apenas para não passar em branco, sua doutrina científica mostra-se bem completa e muito bem desenvolvida, de modo que é facil notar sua aplicabilidade e seus reflexos no mundo científico contemporâneo.
Já sua doutrina política é naturalmente um pouco mais, digamos assim, "polêmica". Porém, antes de tudo, é válido ressaltar que o atual texto é redigido com a intenção de mostrar uma opinião particular e que no processo de analisar a obra em questão, é difícil deixar de lado nossas concepções, principalmente aquelas que são advindas pelo atual momento histórico. Portanto, ao expor minha reflexão vejo que é muito nítido estar ela influenciada pela "atual visão de mundo".
Agora sim, feita a devida ressalva, devo compartilhar que grande parte, para nao dizer completamente,  da doutrina política de Comte trouxe-me certas inquietações.  A começar pela ideia de anarquia social. Comte afima, "nosso mais grave mal consiste na profunda divergência entre todos os espíritos", colocando então a fixidez  como condição para uma verdadeira ordem social. Seria então essa fixidez a passividade intelectual de cada individuo? Aplicando os conceitos sobre a nossa realidade, entende-se então que hoje, tempos em que  a democracia jamais foi tão defendida,  deveriamos todos ter os mesmos pensamentos? Expecificamente quando estamos vivenciando o contrário, a defesa da diversidade, em sua acepção mais ampla possível. Deveriamos ter então as mesmas ideologias? Uma uniformidade e passividade intelectual em prol da manutenção da ordem?
Um segundo e ultimo ponto que gostaria de destacar seria o famoso conceito, no que concerne à fisica social, de estática - ordem - e dinâmica - progresso. Fechando toda o mecanismo de funcionamento social a estas duas ideias, seria ela ainda pertinente? Parece-me, destaco novamente, com toda a simplicidade da minha opinião, que as profundas mudanças efetivadas nas últimas décadas, máxime no que diz respeito à complexidade das estruturas de poder e de dinâmicas sociais, deixaram esse conceito um pouco defasado. Isto é, essa visão de mecanismo social criada por Comte talvez não seja mais tão correspondente à realidade quanto era no seu tempo.
    A compreensão da sociedade sob a óptica de Auguste Comte levou ao surgimento da filosofia positiva, fundamentada no rompimento com o pensamento abstrato. Segundo o filósofo francês, essa nova ciência nascia para questionar um momento histórico de transformações sociais, a partir do entendimento e,  posteriormente,  da possibilidade de modificar tal realidade, ou seja, compreender para modificar.
 
    De acordo com essa filosofia o estado positivo é avaliado como o último estágio da construção do conhecimento, sendo que o primeiro estágio se constitui no teológico e o segundo no metafísico. Os dois primeiros estágios são considerados meramente experimentais, uma vez que somente com a filosofia positiva pode-se perceber o amadurecimento do espírito humano. 
   Além disso, verifica-se em sua obra que a manutenção da  “ordem”  nas sociedades é considerada uma pré-condição para ocorrer o progresso, ou seja, não há progresso em um ambiente de desordem- movimentos sociais, luta de classes, greves. Dessa forma, entende-se a enorme influência que tal ciência proporcionou a diversos regimes de governo, sobretudo, aos governos militares. Ainda hoje, pode-se perceber essa influência na medida em que ocorre a criminalização dos movimentos sociais e a repressão as mobilizações que coloque em “perigo” o estatus quo.
   A filosofia positiva, portanto, é considerada um instrumento de investigação da realidade que busca pensar a sociedade diferentemente da filosofia tradicional. A atualidade de seus conceitos permite identificarmos um estado de déjà vu na constituição governamental moderna.
  

Ideologia vicária


Em um contexto marcado por uma intensa agitação social, pela Revolução Industrial e por uma evolução material, Augusto Comte elabora sua obra “Curso da Filosofia Política”, trazendo uma proposta científica e de reforma política- o Positivismo. Assim como seus precursores Descartes e Bacon, Comte busca uma ciência que observe rigorosamente a realidade a partir de objetos reais e concretos. O filósofo valoriza o método da experimentação e do raciocínio lógico em detrimento da filosofia Iluminista, a qual lida com o mundo de forma abstrata e metafísica.
Dentro desse contexto, observando as concepções intelectuais humanas, Comte desenvolve  a Lei dos Três Estados, segundo a qual a construção do conhecimento passa por três Estados:  o teológico – verdade é revelada por Deus-, o metafísico- conhecimento abstrato, oriundo de conjecturas da mente- e o positivo- conhecimento concreto das leis que regem os fenômenos. O estado positivo marca o amadurecimento do espírito humano. É a partir dele que se permite a interpretação do mundo e, consequentemente, sua transformação.
Isto posto, vale ressaltar a questão da ordem e progresso presente nos estudos do filósofo. Consoante a Comte, a estática (ordem) deveria ser mantida para que fosse possível a dinâmica (progresso) social. Diante desta problemática, cada indivíduo tem seu papel na sociedade. Alguns nascem com o privilégio do conhecimento, enquanto outros com a capacidade do trabalho braçal. Todos são importantes, porém, um não pode ocupar o lugar do outro a fim de que a ordem e o progresso se mantenham.
Em suma, os estudos de Comte foram fundamentais para o aprimoramento da filosofia e para a fundação da Sociologia. Além disso, suas ideias influenciaram o ideal republicano brasileiro e, hordiernamente, respaldam diversas políticas sociais , as quais visam a conservar a ordem. 

Marina Cavalli - direito diurno

  O Estado Positivo de Comte

  O positivismo de Augusto Comte é uma doutrina filosófica, sociológica e política em que consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo. Comte definiu em sua obra “Apelo aos conservadoresa palavra “positivo” como sendo o real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto.
  Para Comte existem dois estágios anteriores ao Estado Positivo (Lei dos Três Estados) para a construção do conhecimento, são eles: o Teológico e o Metafísico que são necessários ao amadurecimento das formas de entendimento e explicação do mundo. Porém é relevante que, para o autor, Deus e a Natureza são as explicações últimas das coisas e que a etapa Positiva não busca mais as causas, mas sim a descoberta e o estudo das leis naturais(que regem os fenômenos).
  O pensamento Comtiano surgiu no século XIX, juntamente com o avanço industrial e social. O autor acredita na marcha efetiva do conhecimento humano através do progresso científico e moral em que se há desordem no sistema social não é possível ter progresso e crescimento.
Comte diz também que aqueles que detêm conhecimento devem dirigir a sociedade, podendo assim ser comparado com Bacon que diz em sua frase “Saber é poder”. Bacon e Descartes são considerados precursores da filosofia positiva.
  As propriedades fundamentais da filosofia positivista afirmam que todo ser vivo pode ser estudado na sua forma estática, estudo das condições orgânicas, e na sua forma dinâmica, estudo do espírito humano. Essas propriedades pregam também a reforma da educação, o conhecimento uno e a filosofia positiva como base para a reorganização social.
  Para Comte o indivíduo não existe, mas sim a sociedade. O indivíduo nega a si em favor do coletivo, para cumprir seu papel social não ocorrendo rupturas e desequilíbrios e com isso conseguir o então progresso esperado pelo pensamento positivista.


Emmanuelle Nasser Dias e Silva- 1º ano Direito Noturno







Comte: Progresso à beira de um colapso

          Augusto Comte, um dos precursores do Positivismo, propõe em seus estudos filosóficos uma análise mais pragmática do universo social. Isto é, uma teoria baseada em observação e lógica. Afastando assim, ideais idealistas, embasando-se nas ciências exatas e biológicas. Esse estudo também leva em grande consideração correntes de pensamentos contemporâneos como o evolucionismo darwinista.
          Apesar de seus métodos, a filosofia positivista não busca a explicação da origem dos eventos e sim uma compreensão de seu funcionamento. Comte barra qualquer tipo de interpretação ou elemento metafísico, dando espaço somente a metodologia, os fatos  e a experiência.
          No universo do Estado, o progresso é, inevitavelmente, necessário. E este só é possível à partir da instauração da ordem. Para que essa tal ordem seja instalada é indispensável que cada que indivíduo assuma seu papel no âmbito social. O contrário disso é o colapso das estruturas do Estado e a impossibilidade de se atingir o "principal" objetivo do Estado: progresso.



Arthur Gouveia Marchesi, 1º ano direito - diurno.

Estática, "órbitas" e o positivismo de Augusto Comte

     Ao observar a crescente agitação social durante a Revolução Social, Augusto Comte formulou um curso que visava recolocar a sociedade em ordem para que algum progresso fosse alcançado. Assim, Comte buscava utilizar-se da razão para estudar a sociedade e suas desordens. Com isto nascia a filosofia positiva, ou a corrente do positivismo.
     Comte e seu positivismo procuraram demonstrar que os campos em que o homem não utilizava a razão para  tirar suas conclusões eram campos atrasados. Assim, tornava-se indispensável, para que a ordem retorna-se à sociedade, o uso da razão nos campos em que os estados teológicos e metafísicos dominavam sobre o estado positivo. Pois assim a sociedade conseguiria se organizar e voltar a ter uma ordem que facilitasse seu desenvolvimento e sua dinâmica.
     Contudo, ao analisar-se a filosofia de Comte no dias atuais, nota-se que se trata de uma "resolução" bastante conservadora para os problemas da sociedade. Pois para Comte, tal agitação social seria fruto da ação de pessoas de diferentes funções na sociedade, que estariam saindo de suas "órbitas", para ocuparem diferentes espaços na sociedade. Assim, um indivíduo que deveria ser um trabalhador, estaria tentando ou ocupando o lugar de um indivíduo que deveria ser um empresário ou médico em uma esfera mais importante da sociedade. Subvertendo uma hierarquia supostamente preestabelecida pela sociedade.
     Mas o positivismo é algo válido no ponto em que se tem a valorização da observação, vivência e experiência na tomada de conclusões. Tanto que várias sociedades adotaram características desta corrente filosófica na formação de seus governos e sociedades. Basta analisar a bandeira brasileira e notar uma das principais ideias, ordem e progresso, estampadas na bandeira nacional. Sendo valido lembrar, novamente, que o positivismo busca a harmonia com a solução dos conflitos sociais, e não a desordem. Mesmo que tal solução seja uma hierarquização da sociedade, e a preferência pela manutenção da ordem pela impossibilidade de indivíduos mudarem sua importância intelectual na sociedade.
     Ao pensar em uma forma de se estudar a sociedade utilizando-se da razão, Augusto Comte busca resolver a desordem restabelecendo a hierarquia da sociedade. Mas o fato de estabelecer os membros de uma sociedade em "órbitas", e esperar que estes membros mantenham-se estáticos, é algo que não condiz com a realidade. Mesmo que possa resolver as agitações sociais, é algo que não respeita a premissa de liberdade de uma república pois enclausura um indivíduo em uma ordem que pode não pode ser modificada. Assim, mesmo que tenhamos mais vivência em uma república baseada nos moldes positivistas, é necessário ter noção de que tal hierarquia não pode ser encarada como algo intransponível. Mas sim apenas uma forma de se encarar a sociedade e suas várias diferenças.

Leonardo de Morais Oliveira Lima - Direito Noturno primeiro ano

O positivismo e a ordem natural do progresso


Dentre os vários defensores que tratam a Sociologia como ciência, destaca-se Augusto Comte, que é considerado o “pai da Sociologia”.  Sua teoria positivista emerge no século XIX, contexto no qual foi extremamente  influenciado pelas ciências naturais, principalmente a biologia. Comte inova ao alterar a noção de ciência humana com caráter analítico, isto é,  que analisa fato a fato,pois passa a ver a Sociologia com caráter sintético, na qual visava analisar a sociedade como um todo. No entanto, para abarcar num terreno cujos conceitos deveriam ser tão diversificados, Comte defende uma posição científica, determinando o ponto de  menor desenvolvimento para o de maior desenvolvimento, este que seria a sociedade europeia industrial. Nesse ponto, podemos destacar a relevante contribuição que o positivismo teve na justificação civilizatória do neocolonialismo europeu. 
A teoria positivista  estabelece  que existem determinadas etapas de desenvolvimento da sociedade, que passariam sucessivamente pela etapa teológica, metafísica e científica. Nesta última etapa, Comte trabalha com uma visão fatalista da sociedade. Segundo ele, era inevitável  atingir essa etapa,no entanto seria função da sociologia catalisar o processo  de evolução da sociedade. Por meio de uma visão fatalista,  o homem não deveria alterar o processo natural da evolução. Contudo o progresso, por conseguinte, deveria resultar dentro da lógica de ordem. Ordem esta, que seria pré-condição ao progresso. Desse modo, o positivismo vai contra às mudanças drásticas, como a existência de Revoluções.
Comte aborda também, uma série de questões da maneira como a evolução científica e tecnológica engendrou na sociedade. No seu estudo, rompe com a filosofia metafísica, abstrata e Iluminista. Propõe, assim, pensar a sociedade sob um prisma “do real frente ao quimérico, do útil frente ao inútil, do certo frente ao incerto”.
A influência positivista deu-se tão somente  à História da Sociologia,  mas também, influenciou determinantemente a política e a educação. No Brasil, por exemplo ,a influência é evidente tanto na política com o Republicanismo quanto para a educação e a disseminação das escolas técnicas. Assim, mais do que entender a teoria positivista em si, deve-se levar  em consideração o que ela, de fato, possibilitou para a história da sociedade até os dias atuais.
                                               
                                                    Maria Beatriz Cadamuro Mimo - 1º ano Direito Noturno
  

O papel da ordem na construção social


       No papel de construtor de uma nova forma de pensar, Auguste Comte desenvolveu uma ciência social chamada de Positivismo. Apesar de muito criticado por seu aspecto conservador, o positivismo apresenta uma nova visão de mundo no qual o progresso é determinante para o desenvolvimento humano. Neste contexto, Augusto Comte prega que para que se atinja tal progresso é necessário que se estabeleça a ordem.
      Desta maneira, uma das principais idéias de Comte é a de que cada indivíduo tem o seu papel na sociedade, e que esta não funcionará corretamente sem o seu cumprimento. Assim ele compara a sociedade como um organismo, onde cada órgão, cada sistema tem a sua função necessária para o bom funcionamento do indivíduo.     

      Comte declara também a importância da união da Ciência (ação) e da Técnica (aplicação) para o auxílio da superação da fragilidade fisiológica do homem.É nesse contexto que Auguste Comte diz ser necessário o conhecimento da realidade para prever o que nossas ações acarretarão, melhorando assim a realidade presente.Logo a previsão científica é uma das bases mais importantes do pensamento positivista.       No entanto, apesar de radical e rigoroso o positivismo acompanhou e estimulou a organização técnico-industrial da sociedade moderna e fez uma exaltação otimista do industrialismo. Nesse sentido, pode-se compreendê-lo como produto desta sociedade que leva a desenvolver-se e consolidar-se prosperando. 
      Por fim, Comte estabelece que o rompimento de tal ciclo entre ordem (necessária para o progresso) e o progresso (gera maior organização da ordem) provocaria o caos e o fim da sociedade humana.Diante de tal fato a sociedade torna-se parte de um todo sujeito às consequências da desordem , desta maneira o autor deixa claro em sua obra questões fundamentais para o que ele julga ser ideal para o desenvolvimento da sociedade.

A ordem positivista como limitante da individualidade humana


Auguste Comte, pensador do século XIX, é conhecido pela criação de uma doutrina filosófica cuja ordem, além de ser o elemento essencial para um bom funcionamento social, é o único capaz de materializar o progresso natural de toda sociedade.
A teoria do Positivismo, leva esse nome pela predileção por aquilo que é correto, pela retidão, considera que os papéis sociais são fixos e, portanto, cada indivíduo tem o seu lugar certo e sua função adequada dentro da organização social . Qualquer subversão desses papéis leva ao caos, que para Comte, deve ser evitado a qualquer custo.
Oras, um sistema que prega o sacrifício individual em nome da coletividade, que afirma que o conhecimento deve centralizar-se na elite e que busca conformar as pessoas, por exemplo, de que esse é o único meio de se obter os dizeres tão prezados numa bandeira nacional: “ordem e progresso”, me parece, acima de tudo, um sistema superficial e elitista.
É evidente que todos os indivíduos prezam por uma vida pacífica e ordenada, entretanto deve-se questionar: para qual grupo social é interessante a luta pela manutenção dos valores, da “pirâmide social” e do sistema padrão?!
Infelizmente o Positivismo de Comte não se encerrou no século XIX. Está vivo e, coincidentemente ou não, é ainda utilizado pela maior parte dos governantes da contemporaneidade. Buscar o progresso social condicionando e distanciando as pessoas da impossibilidade de emancipação é fácil. Complexo é criar um sistema que consiga limitar a ânsia da elite pelo lucro e pela concentração de poder, corrigindo assim, as desigualdades seculares entre a humanidade e, ao mesmo tempo, manter essa ordem que é tão “necessária” para o progresso.




Amanda D. Verrone - 1º Ano Direito Notuno