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sábado, 7 de setembro de 2013

O FANTASMA DO MUNDO SOCIAL

                       

Assim como toda ciência, a sociologia de Max Weber pretende explicar totalidade do seu universo de pesquisa de como é a realidade social no quotidiano.E que, esta mesma sociedade, é feita de ilusão,na qual todo o individuo tem dificuldade em se relacionar,com os outro para o contributo de uma vida melhor.Por isso Weber vem com o objeto de estudo q a sociologia enquadra,os cidadão no ambiente de percepção dos seus sentidos,das suas ações humanas entre si.

A sociologia foi se mostrando presente em varias datas importante desde as grandes revoluções,desde lá cada vez foi mais fundamental a participação para a sociedade mundial e também Angolana.Desde o inicio,o Weber vem-se preocupando com a sociedade no seu interior, isto diz respeito,por exemplo,aos conflitos entre as classe sociais,existente em Africa, e a sociologia sofreu a influência dos Europeias e Americanas, na medida em que as suas preocupações passam a ser o subdesenvolvimento, ela vai sofrer influências das teorias marxistas.

Weber também fez uma analise sobre o capitalismo,onde ele teve a primazia de comparar diretamente ,entre, o capitalismo e protestantismo.Com a sua visão social, ele afirma que a maioria,dos lideres mundial são protestantes.Isto por que as suas ações tem sido contra a favor do movimento social e eles encaravam como oposição.


Entretanto, Max Weber,vem nos ensinar que devemos estar atento com as ações,e não se preocupar em julgar os outros,o q eles fazem,o que dizem sobre nós,assim é a vida social,no mundo e na visão de grande figura e filosofo ao mesmo tempo um dos percursor da sociologia.

Generalizações falhas

Generalizações falhas
“O que leva um menino a vida do crime,
Falta de opção, uma grande ilusão,
Trampando na boca pra virar patrão.

Aos 23 anos de idade assumiu a gerencia,
Por eficiência, e se arriscando ganhou experiencia,
Sua mãe decepcionada, não sabe o que faz,
Mas já é conformada com o acontecido,..[...]”

Analisando o trecho da música acima do cantor Mc Daleste, muitos de nós poderíamos chegar à conclusão como ponto de partida: todo morador de favela é marginal. Fazer uma afirmação dessa como ponto de partida, afirmando ser este o tipo ideal de pensamento em  uma pesquisa é um equívoco para Weber, pois este é o ponto de chegada para analisar o sujeito em questão e a partir disso, tirar conclusões a partir de suas ações sociais, sem generalizá-lo, pois no método weberiano o que importa é a ação individual, não coletiva. Pode-se afirmar então que o tipo ideal existe para deixar de existir, ou seja, para ser desconstruído sendo o meio para a análise mais densa.
Diferente do que Marx afirma, Weber acredita que o sujeito não é produto apenas de uma condição histórica e sim está sendo formado continuamente por suas ações sociais imprevisíveis. Em seu método de pesquisa, a ação social pode ser movida por engendramentos tanto econômicos, quanto culturais, religiosos, ou de classe, sendo sempre vários fatores interligados para determinar uma ação. Por esse motivo, Weber critica o materialismo histórico como única fonte de pesquisa, afirmando que está é só uma das mais variadas formas de entender a ação  social.
É importante ressaltar que Weber distingue ciência social de política, sendo assim, seu objeto de estudo é focado na compreensão da realidade e não na transformação da mesma. O autor critica a ciência nomológica pois, como ele mesmo afirma, “ Jamais pode ser uma tarefa da ciência empírica proporcionar normas e ideias obrigatórias, dos quais se deve derivar “receitas” para a prática.”P 109. O absoluto e a verdade weberiana podem ser desmontadas a qualquer momento, não sendo uma ciência perene.
Se fossemos analisar o exemplo citado apenas pelas leis, a afirmação de marginal estaria de acordo com as ações do autor da música, visto tráfico de drogas se  enquadraria no código penal, porém, pode-se afirmar por fim que as leis são apenas o 1º passo na análise dos objetos, pois depois deve-se analisar os fatores, as conexões exteriores para assim chegar a várias possibilidades de futuras ações sociais.


Giovanna Gomes de Paula - direito noturno

Corriqueiro Pensamento Weberiano

    “Não gosto das baladas de São Paulo. Lá todos vestem as mesmas roupas de marca que estão na moda, todos bebem a mesma coisa, todos querem chamar atenção e todos se comportam do mesmo jeito, parece até linha de produção. Mas mesmo assim eu fui.
    Sentei no bar e fiquei observando aquele bando. Deveria ter ficado em casa lendo, vendo um filme, mas aquele lugar me intrigava, todos agindo em uníssono. Eu sentia que sabia a próxima ação de cada pessoa. Olha lá, o gordinho levou um fora da menina bonita, e ela caiu nos braços do loiro de olho azul, como sempre...”

    A análise feita pelo personagem do texto constatou que o ser humano age dentro de certos parâmetros, como um estereótipo, quase de forma previsível. Entretanto, o próprio personagem não se encaixa dentro desses parâmetros, ele pensa de forma diferente.
    Max Weber pensou o agir social a partir da segunda afirmativa. Ele afirmou que traçar os parâmetros sociais é apenas o primeiro passo para o estudo sociológico, deve-se olhar além dos estereótipos e reconhecer o indivíduo e sua cosmovisão. O mundo seria completamente diferente, por exemplo, se pessoas como Gandhi e Hitler não tivessem exteriorizados seus pensamentos.
    Apesar do ser humano receber influências exteriores a ele, seu modo de agir e de mobilizar a sociedade não é fruto somente disso. Características intrínsecas do ser humano, como sua história e seu pensamento, também modificam a sociedade de forma geral.

Karina Barbosa de Lima - Direito noturno

A constelação de possibilidades do agir social centrada no individualismo particularista

            Max Weber, importante pensador do século XX, traz de volta ao cenário intelectual a visão de que a ciência social, que para o pensador possui a função elementar de compreender o sentido da ação social, não deve, a priori, sustentar-se em pilares político-ideológicos. Para a teoria weberiana, fazer pesquisa científica dentro das ciências sociais, utilizando de ideologias políticas, sejam elas revolucionárias ou conservadoras, é se valer de regras monológicas tal como o fazem as ciências exatas e biológicas. A problemática desse modelo é não convencer suficientemente o que motiva e desperta interesse no indivíduo, num primeiro momento, a tentar compreender os fenômenos sociais, se para ele esse conhecimento adquirido futuramente não servirá de maneira prática para atuar na sociedade; uma vez que a atuação social é praticada dentro do campo político e, portanto, caberia a outro indivíduo, que não necessariamente se valeria do conhecimento sob a mesma ótica e para os mesmos fins que o pesquisador, instrumentalizar esse saber.
            O individualismo metodológico de Weber prevê o indivíduo como elemento fundante na construção do sentido da mudança social e, dessa maneira, entender profundamente as origens, contradições e pluralidades da conduta de cada indivíduo seria a maneira ideal de entender a ação social como um todo. Diferentemente de Karl Marx, que acreditava que o determinante social é o modo de produção e reprodução capitalista, Weber não consegue prever um determinante social único, pois a realidade concreta é extremamente complexa, multifacetada e repleta de valores, que para ele são anteriores a qualquer modo de produção. É apoiado nesses ideais que Weber critica o método marxista do materialismo histórico dialético, afirmando ser esse um modelo dogmático, impositivo e determinista do tão variável agir social.

            Por mais que a teoria weberiana ensine que ampliar a teoria, focando no indivíduo e na constelação de possibilidades do agir, é o método mais adequado para que não seja ignorado nenhum elemento crucial na análise, o método de Weber se apresenta particularista, ideal e insuficiente para responder as questões mais profundas dessa sociedade tão complexa e contraditória que é a contemporânea. Focar nos valores individuais em busca de explicações mais profundas é relativizar demais o concreto, o material. É fechar os olhos para as injustiças visíveis - e até as não visíveis - que alguns atores sociais promovem materialmente sobre outros, como inclusive a implantação de valores e crenças, que num primeiro momento podem parecer primitivos do indivíduo, de toda uma classe sobre os indivíduos mais fragilizados da sociedade.

Amanda D. Verrone - 1º Ano Direito Noturno

Compreensão da Realidade

O intelectual alemão Max Weber, considerado um dos fundadores da sociologia, viveu em um período em que as ciências sociais começavam a se consolidar e diversos pensadores expunham seus métodos de análise da sociedade. Weber, visando tranformar a sociologia em um ideologia, afirmava que a sociologia deveria ser uma ciência da realidade; sua perspectiva é de buscar a realidade como uma crítica do mundo.

Para realizar essa crítica, o pensador propunha uma metodologia diferente daquelas até então propostas, a qual se baseava na compreensão do sentido da ação social. Desse modo, ao analisar uma coleitividade deveria se ter como foco a ação individual. Weber acreditava em conexões de sentido, ou seja, para ele toda ação é movida por um sentido, um objetivo. Assim, a partir dessa metologia, a percepção sociológica passa a ser um meio e não um fim, o objeto de estudo passa a ser apenas um fragmento da realidade utilizado para a compreensão da realidade como um todo.

Buscando complementar sua metodologia de análise social Weber define uma ferramenta que chama de ‘tipo ideal’, que seria a escolha de aspectos mais relevantes do obejto de estudo (a ação do indivíduo). 
Com essa ferramenta o pensador busca se aproximar de maneira mais eficaz da realidade objetiva.

Max Weber trouxe uma perpectiva inovadora à sociologia, se distanciando dos positivistas, que acreditavam que as ações eram imutáveis, fixas, e introduzindo a ideia de que as ações individuais variam de acordo com cada situação e são motivadas por valores e crenças pessoais.

Ana Carolina Nunes Trofino - Direito Noturno

“Sociocrítica” humana

Weber nos convida a racionalizar sobre a legitimidade da classificação da sociedade moderna. O sistema capitalista de produção influencia na formação de estereótipos sociais, mas será que ele age exclusivamente?
A realidade social analisada pelo pensador alemão vem “desrotular” o homem como fruto único da visão economista. A magia, o culto aos antepassados, a oferenda aos deuses, a divindade do soberano, o pagamento do dízimo, os credos, os rituais e a fé são alguns dos aspectos religiosos que também moldam a conduta humana em seu meio social. Isso sem considerar os valores culturais, os costumes e as emoções características da raça humana. Todos esses fatores influenciam na formação de sua individualidade.
Se na própria ciência tecnológica médica moderna é possível concluir que ninguém é idêntico ao outro, seja pela digital, pelo DNA ou outros aspectos físicos, não se pode afirmar que o homem perde a sua identidade pelo sistema econômico vigente.

A generalização não traduz por completo quem realmente são os membros que a compõem. A personalidade e o caráter íntimo de cada um é que formam o verdadeiro homem social, pois complexa e multifacial é a sua realidade sociológica. Assim, a sociologia para Max Weber não pode somente se fixar na perspectiva nomológica, em posicionamentos políticos ou econômicos, ela deve ser a ciência da realidade da ação social, para se compreender, para se tornar a crítica do mundo, no mundo, sobre o mundo.

A COMPREENSÃO DO SENTIDO DAS AÇÕES DOS INDIVÍDUOS

      Para Max Weber, o objeto da sociologia seria a captação da relação de sentido das ações humanas. Trata-se do método compreensivo que consiste em entender as causas, os sentidos das ações humanas e não os aspectos exteriores dessa ação. Se um indivíduo dá um papel a outro, tem-se que analisar os motivos que o levaram a fazer isso, ou seja, se o pedaço de papel for um cheque então o sentido da ação é saldar uma dívida. Caso o papel apenas fosse dado a outra pessoa e essa ação não fosse carregada de sentido, então ela seria irrelevante para um sociólogo.
     O sociólogo faz uma contraposição entre as ciências humanas e as ciências naturais, entretanto, ele não visa separá-las totalmente. Para ele, os fenômenos obedecem a uma regularidade causal que necessitam de um mesmo esquema de prova para ambas as ciências. Todavia, se as explicações causais são as mesmas, o mesmo não se pode dizer dos tipos de leis gerais que formulados por cada um dos dois grupos de disciplina.
     Max Weber defende a existência de “tipos ideais” que seriam um processo de conceituação que abstrai dos fenômenos concretos o que existe de individualizante. Os padrões individuais concretos (típico das ciências humanas), opõem-se ao conceito generalizante (típico das ciências naturais) que consiste em retirar do fenômeno concreto aquilo que ele tem de geral. O sistema de tipos ideais seriam então conceitos definidos por critérios pessoais, ou seja, trata-se de conceituações do que ele entende pelo termo empregado, de modo que o leitor entenda o ele diz.
     O capitalismo também foi analisado por Weber. Ele elaborou uma relação direta entre o capitalismo e o protestantismo. De acordo com sua análise das sociedades ocidentais e orientais, concluiu que os líderes dos negócios do mundo eram protestantes. Os protestantes teriam tendência para o racionalismo econômico.
     Compreender o sentido das ações humanas é essencial para entender o pensamento weberiano. É necessário analisar os fenômenos concretos de modo individualizante. A captação desse sentido não poderia ser feita apenas pela observação dos fatos. O sistema de tipos ideais também visa o entendimento do sentido da ação humana, dando a ela um caráter individualizante.

Virginia Barbosa Melo de Carvalho-Direito Noturno

                             A depressão do ideal imperfeito


  Na sociedade moderna, vivemos uma incessante busca para encontrarmos algo que seja sempre perfeito. Por conta da vida social em nossa atualidade ser sobrecarregada e o dia a dia ser uma complexa selva de pedra competitiva, o indivíduo, exausto de sua rotina massante, procura alcançar sempre um mundo ideal, ou seja, ter posse de uma vida pessoal que sempre lhe traga felicidade.
  Entretanto, a realidade não é esse "faz de conta" perfeito e o indivíduo, crente neste mundo ideal, se frusta ao perceber o real puro e imperfeito. Eis que surge então o mal do século XXI, a doença que atordoa multidões em torno do mundo: a depressão.
  De acordo com a análise dos estudos de Max Weber, pode-se entender porque acontece essa depressão causada pela frustração. Segundo Weber, os indivíduos desde os primórdios almejam uma vida repleta de contínuas satisfações. No entanto, nada é tão simples assim e então surgem as dificuldades. Para Weber, portanto, é necessário ao indivíduo se desfazer desse preceito de que tudo pode ser caracterizado como perfeito, pois segundo ele, a formação do tipo ideal seria apenas uma ferramenta metodológica para compreensão da realidade. Ao se imaginar o ideal, utiliza-se dele para constatar a realidade e percebe-se então que o real e o ideal são totalmente distintos. Eis que o conceito de ideal se dissolve e o individuo passa a conviver somente com o real. Quando esse desapego com o ideal não acontece, o indivíduo frustra-se e acaba adquirindo depressão.
  Para Weber, se faz importante também compreender o mundo real de uma maneira que não se generalize todas as ações sociais. Em qualquer ato da sociedade, por mais coletivo que seja é necessário se analisar os movimentos particulares de cada indivíduo, pois ao se ter uma compreensão generalizante perde-se pelo caminho riqueza de detalhes em ações com caráter de opiniões multifacetadas.
  É necessário portanto, deixar para trás todas as amarras de um mundo idealisticamente perfeito. O mundo tem suas desigualdades, seus impasses, porém cabe a cada um de nós, coletivamente ou individualmente, nos prepararmos para podermos fazer de nossas vidas o mundo ideal que pudermos conquistar, construindo sobre um defeito o nosso mundo imperfeito.


Ana Carolina Alberganti Zanquetta, 1º ano Direito Noturno

LIVRAI-NOS DE NOSSAS PAIXÕES, AMÉM!

              O desenvolvimento das ciências carrega consigo a busca por modelos. Em não raras vezes, notória é a procura, por parte dos que se lançam às pesquisas científicas, por leis imutáveis, carregadas de valoração explicativa a quaisquer fenômenos.
            O ser humano necessita de estabilidade. Andar por terrenos movediços traz insegurança, assim, inequívoco afirmar que o anseio por respostas a todos os fenômenos que envolvem a vida, explica-se pela sede de segurança que, neste caso, satisfaz-se pelo conhecimento.
            Quando falo em fenômenos, refiro-me aos naturais e aos sociais. Se no campo biológico, no qual o organicismo se expressa de maneira a propiciar repetições que favorecem a obtenção de fórmulas, teoremas, respostas aos questionamentos, talvez assim não o seja no âmbito das ciências sociais.
Esta hipótese foi muito bem levantada por Max Weber. O pensador revela ser preciso avaliar os fatos motivadores das ações sociais por vários âmbitos. O ser humano é plurívoco em seu interagir com a natureza e com seus semelhantes. Crer que um só campo da vida, de maneira unilateral, motiva a pessoa em seus atos, é pensar a vida minimamente.
E os atos de um grupo, além dos aspectos revelados no macro, para que sejam verdadeiramente entendidos, precisam ser estudados de maneira individual. Cada ser humano manifesta suas paixões de maneira individualizada no seu agir. Ainda que este agir possa ser explicado em âmbito coletivo, no estudo individual é que realmente encontramos respostas pautadas de maior certeza.
Além do âmbito individual, relevante é entender o pensamento de época de um determinado povo. As sociedades se destruíram e reconstruíram-se ao longo da história, e, ao se reerguerem, carregam lembranças e buscam agir de forma a não mais se derrocarem. Isto prova que o tipo ideal de convivência revela-se de maneira histórico-temporal: observando o que os homens anseiam no seu tempo, entendemos suas manifestações sociais.

Como nós hoje temos nossas paixões engrenadas com a tecnologia de nosso tempo, assim o era no passado, e o será no futuro. Tentando se afastar de seus princípios axiológicos, o mais possível, bem como estudando pormenorizadamente as atitudes individuais dentro dos grupos e os seus valores, é que o pesquisador social achará as concretas razões que determinam as ações sociais praticadas por aqueles.


Postagem referente à aula sobre Max Weber -
Antônio Rogério Lourencini - Direito Noturno.

Perspectiva de Max Weber para compreensão dos fenômenos sociais


Max Weber, considerado um dos fundadores da Sociologia, viveu em um período de grandes disputas sobre a metodologia das ciências sociais que começavam a surgir na Europa. Weber utilizou de um diferente recurso metodológico para tentar se aproximar cada vez mais da realidade, visando a  percepção sociológica como um meio e não como um fim. Para ele, a realidade significava algo tão complexo e multifacetado que ao partir de leis gerais para se chegar à realidade, isto é, a compreensão sociológica da ação individual, perdia-se todo o domínio do conhecimento.

Weber entendia a Sociologia como sendo uma ciência da realidade; dessa maneira, a investigação de seu objeto de estudo, o sujeito social, tinha tal finalidade a proporcionar. Para tanto, considerava que ao analisar entes coletivos, devia-se levar em consideração e como foco do estudo a ação dos indivíduos. Essa, portanto, seria a função essencial da Sociologia: compreensão do sentido da ação social.

Sendo o objeto de estudo apenas um fragmento da realidade, Weber desenvolveu uma ferramenta metodológica, para entender os fenômenos sociais, denominada tipo ideal. Esse meio de análise é feito a partir da escolha pelo cientista social dos aspectos considerados mais relevantes da ação do indivíduo.  Ou seja, se Weber fosse analisar um determinado grupo , por exemplo os moradores de rua, escolheria os principais elementos de um tipo ideal para avaliar o grupo. Dessa forma, poderia fazer os seguintes levantamentos desses elementos: indivíduos marginalizados, criminalizados pela sociedade, portadores de problemas físico-psiquícos, desamparados socialmente etc. A partir desses aspectos, Weber acredita que se possa chegar ao domínio do conhecimento e da realidade, a partir da compreensão sociológica da ação individual.

Ideias weberianas



Apenas rezar, realizar rituais e ir à igreja não é o suficiente para garantir um belo lugar no céu, assim os protestantes se deram bem na vida pois através da disciplina ascética, da poupança, da austeridade,do respeito ao dever e da propensão ao trabalho, conseguiram alavancar o capitalismo. Estas últimas características citadas são concomitantemente as bases do protestantismo e do capitalismo, embora , com o passar do tempo, eles tenham seguidos caminhos diferentes.

Destes caminhos opostos, Weber classifica como negativo o avanço do novo sistema,na medida em que há uma valorização extrema do material,do lucro e da razão em detrimento do espírito e do encantamento pela vida. Os indivíduos tornam-se mais frágeis e a educação, que possui como finalidades  transformar indivíduos em seres autônomos e estimular a participação política dos cidadãos, acaba sendo pouco aproveitada.

No entanto, o maior ou o menor estimulo a ela é feito de acordo com as diferentes sociedade, que geram diferentes culturas cujas formas de governo envolvem a burocracia, o domínio de um território e o controle da força. Este ultimo se subdivide em três categorias: carismático-líder envolve e guia seu povo através do seu carisma-, tradicional-o poder sucede-se pelo costume e pela tradição- e legal- em que as leis legitimam o poder do governante.

Dessa maneira foram apresentadas as formas de relacionamento entre o Estado e seu povo, no entanto Weber estuda também as microrrelações entre as pessoas: as ações sociais. Estas são caracterizadas por formarem uma conduta, com significado subjetivo, que visa orientar o próprio comportamento em relação a si e aos outros. Para exemplificar esse conceito, tomemos como base a piscadela: é uma ação social enquanto dirigida a outrem e com significado( como um sinal de paquera ou de mentira), no entanto deixa de ser um ação no sentido weberiano se for apenas um tique nervoso automático.

Para finalizar, é indispensável citar que Weber não acredita no fator econômico como maior influenciador das sociedades e que não há possibilidade de tratar  estas com total distância de forma a estuda-las como coisas, na medida em que somos seres humanos intrinsecamente influenciados por nossas culturas.
Marcela Helena Petroni Pinca - direito diurno