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segunda-feira, 24 de março de 2014

Razão como inspiração

   A ciência pautada em dogmas permite infinitas interpretações sobre o mesmo assunto, portanto a Filosofia, no contexto em que René Descartes vivia, nada mais era do que um punhado de opiniões distintas e igualmente aceitas. A busca pela Verdade era uma bagunça, utilizando das mais variadas ferramentas para se alcançar alguma conclusão; então Descartes propõe um novo método, o que dizia ser a ferramenta mais efetiva para a ciência: o Método Cartesiano.
  A defesa da separação entre religião e dogmas da ciência trouxe ao mundo uma nova perspectiva: o uso da razão pura. O abandono das verdades pré-estabelecidas permitiu um avanço gigantesco em todos os campos do conhecimento, através do que o filósofo acreditava ser o embrião de uma nova ideia: a dúvida. E este abandono da religião, que nesta época praticamente monopolizava o conhecimento, não significa que Descartes seja um defensor do ateísmo, ou negue o catolicismo. Muito pelo contrário: acreditava que a busca da Verdade através da Razão pudesse deixar o Homem mais próximo de Deus. O ceticismo cartesiano permitiu a partir daí uma grande evolução no pensamento humano, desmistificando assuntos nunca debatidos ou postos em questão, refazendo toda a base do conhecimento que já havia sido produzido.
  Em outras palavras, o Método Cartesiano canalizou as ideias, trazendo autonomia à ciência. A dúvida, o questionamento e a razão vinda de dentro do homem, sem utilizar antigos preceitos, eram agora a luz na mente dos pensadores da época. Toda aquela bagunça agora poderia ser organizada de forma racional, onde só seriam guardadas ideias refletidas, e aquelas ideias velhas e irracionais aos poucos seriam derrubadas ou reformadas. Descartes então obteve sucesso em sua busca: finalmente a canalização do pensamento trouxe alguma aplicabilidade à Filosofia.

Bruno Henrique Marques
1º ano - Direito Noturno

Visando à finalidade útil

          Partindo da premissa de que a filosofia situada anteriormente ao século XVII não resguardava o princípio de intervenção na vida prática, apenas limitando-se ao plano teórico sem uma finalidade útil, René Descartes redigiu a obra "O Discurso do Método" com a intenção de configurar uma forma de conhecimento capaz de transformar o mundo.
          O método cartesiano proposto designa-se como instrumento questionador das ideias anteriores, cujas amarras restringentes e limitadoras foram, portanto, libertadas, tornando passível a estruturalização do pensamento moderno.
          Declarando-se contrário a toda forma de conhecimento revelado - tais como a astrologia e alquimia -, embasado na proposição de que o conhecimento do mundo explica-se na própria intuição do homem, Descartes evidencia que o guia humano supremo é a razão, pautando-se no aforismo "Eu penso, logo existo", justificado em si mesmo, uma vez que tudo o que existe, pensa; bem como tudo o que pensa, existe.
          Desta forma, descarta a carga passional embutida no pensamento, propondo a sobreposição racional em detrimento do fardo emotivo, o qual obstrui o caminho à  verdade efetiva a partir de uma visão idealizada não fundamentada no plano empírico.
          Não nega, contudo, a existência divina, chegando a estabelecer uma relação de dependência do homem a deus, definindo-o como perfeição absoluta. Deve-se, entretanto, considerar que, em sua época, não havia mecanismos científicos nem condições político-sociais necessárias - visto que vigorava o direito canônico preterindo-se o civil - para prescindir ou contestar um princípio tão fortemente arraigado na mentalidade ordinária como a esfera religiosa.

Caroline Verusca de Paula - 1º Direito Diurno
    Método Cartesiano
    
    Descartes foi um grande pensador do século dezessete que criou um novo método de análise científica em sua obra Discurso do Método ao questionar as ideias filosóficas da época, como a análise do verdadeiro a partir dos sentidos, visto que, para ele, tudo aquilo em que se podia imaginar a menor dúvida devia ser concebido como falso.
    Enquanto estabelecia seu pensamento, criou uma moral provisória, mantendo sua religião e analisando as ações dos homens mais sensatos, pois revelavam mais do que diziam. Nessa moral, criou máximas que trataram de valorizar as opiniões mais moderadas, prováveis e decididas; vencer antes a si mesmo do que a fortuna e o Cogito Ergo Sum (Penso Logo Existo).

    Outro ponto crítico de sua obra está na tentativa de provar a existência de Deus sob a linha de pensamento que buscava conhecer a origem do pensar mais perfeito que a si, visto que, para ele, a ideia de conhecer é mais perfeita do que duvidar; concluindo que não poderia ter vindo de si mesmo (pois do contrário ele receberia mais ideias perfeitas), mas que viera de um ser que estabelecesse uma relação de dependência (ou seja, Deus).

Gustavo Geniselli da Silva  
Direito Diurno

O Método e o Conhecimento

A obra O Discurso sobre o Método foi escrita por René Descartes, filósofo Francês que viveu no início do Renascimento, e que abre no Ocidente o Racionalismo Moderno, em que a razão é a chave na busca pela verdade.
René Descartes propõe a separação do sobrenatural, religioso e emocional, e a exaltação da razão, ciência e filosofia, na busca da verdade. Verdade essa que não necessita ser absoluta, devído a dúvida ser o caminho do conhecimento.
E nesse cenário que se abre a discussão sobre o método, pois o método nega a verdade imposta e os dogmas, fragmenta os fatos e pensamentos, e por fim, estuda e interpreta tudo à luz da razão, tornando-se assim o método o conhecimento, a evolução humana.

A Dúvida por princípio e a Razão por base; o Conhecimento por fim

Conhecido por suas contribuições no âmbito matemático e considerado o pai da filosofia moderna, René Descartes é responsável por revolucionar os estudos epistemológicos através do desenvolvimento do Ceticismo Metodológico, exposto em suas duas obras mais consagradas: “O Discurso sobre o Método” e “Meditações Metafísicas”, sendo essa última também traduzida como “Meditações sobre a Filosofia Primeira”.
O método cartesiano consiste em rejeitar todo conhecimento que puder supor a menor dúvida, com o objetivo de criar uma base sólida para as novas teorias e ideias a respeito de determinados fenômenos, que devem ser analisados em ordem crescente de complexidade, a fim de facilitar seus estudos. Por fim, todas as afirmações feitas a respeito desses devem ser revisadas e questionadas para que se tenha certeza de que o verdadeiro conhecimento foi alcançado.
Descartes também aponta a razão como elemento essencial para a comprovação da existência humana e para a diferenciação do Homem dos demais animais; critica o método clássico de ensino e sua falta de aplicabilidade e inova ao conciliar razão e religião. 
Seu extenso legado foi e ainda é responsável pelo desenvolvimento e sistematização das ciências, separadas de qualquer tipo de mistificação. Entretanto, o método de ensino claramente desprezado por Descartes é, atualmente, o mais utilizado e a sociedade contemporânea parece ter perdido a racionalidade tão exacerbada em suas obras. Afinal, a condição de existência nos dias atuais baseia-se na posse, alterando a máxima do filósofo, que se inserido nesse século e nessa realidade talvez concluísse o mesmo, para o "tenho, logo existo". 

Menos Platão e Mais razão!


“Portanto, meu propósito não é ensinar  aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas somente mostrar de que modo meu esforcei por conduzir a minha ” - 
Descartes

       René Descartes, filósofo francês, considerados por muitos o “pai da Filosofia Moderna” além de propor a separação entre a Ciência e o sobrenatural, o que seria um modo de entender o mundo sem o misticismo que era muito forte na Idade Moderna e que atrapalhava o progresso científico até então elaborou o que seria um método único na busca do conhecimento prático.

       Descartes inquietava-se pelo fato de não ver na Filosofia Clássica uma finalidade algo que pudesse transformar o mundo em algo melhor. Ele queria uma filosofia que pensasse em como resolver os problemas e ajudar o homem naquela época.
Para isso, ele passa anos estudando outras áreas das ciências, viajando para outros países procurando entender e ver possíveis aplicações práticas.

       Mesmo assim ele continua a encontrar em outras áreas da ciência princípios da filosofia clássica o que na sua visão era um alicerce muito fraco para sustentar qualquer coisa. E também em outros campos sem ser necessariamente científicos ele encontrava o mesmo problema: Não havia funcionalidade prática.

       E a religião como ficaria nesta proposta de Descartes?  Descartes nos diz que se o homem foi criado a imagem de Deus que é a razão perfeita  ele deveria desvendar as forças que regem a natureza através da Ciência possibilitando ao homem poder enfrentar o mundo. Ou seja a prática da Ciência seria levar a fé ao extremo

       Com tudo isso pode se afirmar que o pensamento de Descartes permanece muito vivo até hoje, pois tudo o que tentamos sempre cada vez mais é obter resultados que sirvam de alguma maneira para ajudar a humanidade. E deve se lembrar que ele não vê incongruência entre a religião e a ciência  ou seja desenvolve uma visão em que a religião e a ciência podem andar juntas sem atritos constantes mas juntas para construir algo melhor para o homem.

César Augusto Chidozie Onyiliagha 

Direito Matutino

Turma XXXI  

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Valorização da Razão


                   Muito conhecido devido sua importância na matemática, por meio do plano cartesiano , René Descarte é primeiramente muito importante na questão do método para obtenção do conhecimento. Nascido na Idade Média,  período caracterizado pelo controle intelectual da Igreja, em que dogmas e mitos eram considerados bases para à verdade,  seus pensamentos causaram extrema polêmica, devido à consideração da razão como única forma de se alcançar a verdade absoluta.
                   Dúvidas, contestações, testes, comprovações científicas , são termos extremamente relacionados a René Descartes , em seu livro 'Discurso do Método' a condução do pensamento humano , deve ser obtido como a matemática, ausente de dúvidas. A sistematização para alcançar o  conhecimento tornou possível o método utilizado por muitos cientistas e pensadores que surgiram posteriormente ao seu tempo, priorizar a razão, desvalorizando a subjetividade, foi controverso em sua época , em que a filosofia, criadora de mais questões do que respostas, era considerada por muitos a melhor forma de obtenção do conhecimento.
                   A alquimia e magia, eram reprimidas pelo pensador, justamente devido ao seu caráter de ausência de leis cientificas, e verdades pré-estabelecidas, para suas afirmações finais. Esse ato apesar de parecer simples para nossos olhos modernos da era digital , não era compartilhado por muitos desprovidos de conhecimento e pensamento ceticista. Tornando Descartes , um pensador 'sui generis'.
                   Apesar de seu caráter racional, desvinculado com o misticismo, Descartes não só acreditava em Deus, como considerava o mesmo, o ser perfeito, provido da verdade absoluta, o homem deveria usar a comprovação cientifica e o pensamento crítico como ferramentes para a aproximação do saber divino.
                   Pode-se concluir, portanto, a importância de René foi sua apresentação ao pensamento moderno,  liberal , racional da Idade Moderna, gerando uma sequências de fatos, resultando no pensamento e sociedade atual.

Razão e dúvida

O conhecimento é a razão aliada à dúvida em busca de uma certeza que lançará o homem a respostas seguras sobre as ciências. É um caminho para a sabedoria e para a consciência permeado, claro, por dúvidas e não por parcialidades. Descartes, em "O discurso do método" delega a si mesmo a tarefa de adquirir um conhecimento verdadeiro e útil à vida. Para tal, alterou a relação entre Ciência e Filosofia, Ciência e Metafísica. O conhecimento, então, não consiste em informações imediatas que possam desfazer a realidade, e sim em como a consciência do indivíduo pode afastá-lo do caminho ordinário e fazê-lo construir o seu próprio, tornando-o um ser pensante capaz de estabelecer o saber por meio da dúvida, a qual se estende, também, aos nossos sentidos e às ideias recebidas na infância. Trata-se, portanto, de filtrar conhecimentos metódica e sistematicamente. Ademais, a busca do conhecimento, além de servir ao intuito do questionamento da realidade deve servir para o questionamento de si próprio, a fim de se formar indivíduos autônomos. Dessa forma, esse saber, obtido "dialeticamente", e a razão dão sentido à vida, passando o homem, então, a existir ("eu penso, logo existo") e não mais a viver banalmente. Descartes propõe n'O Discurso do Método muito mais do que desvendar a falsidade (possivelmente) imposta pela cultura e pelo cotidiano: ele propõe que a dúvida é a condição primeira para deixarmos de ser sujeitos passivos, abordando a essência de como se caminhar rumo ao conhecimento, embora "O Discurso do Método" não se resuma a um manual: '(...) o meu desígnio não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir sua razão, mas apenas mostrar de que maneira me esforcei para conduzir a minha".

Eric Imbimbo - 1º ano - Direito noturno

                              O método desconfortável


        Decepção; crítica; rompimento; dúvida. Além de brilhante, Descartes ,definitivamente, não foi um adepto do comodismo, já que , ao se ver insatisfeito com o método ortodoxo de ensino e com a filosofia clássica, cria, guiado pela razão e pela dúvida, uma nova metodologia para buscar conhecimento. Além disso, propõe que haja desconfiança do que houvesse sido previamente transmitido através de exemplos e hábitos, a fim de clarear a razão.
        Desconfiar de tudo, inclusive dos próprios sentidos,  foi a desconfortável máxima q o pensador francês tomou pra si, pois acreditava que para se chegar a uma verdade, é necessário o esgotamento total de dúvidas a respeito do assunto. Sendo assim, estabelece-se a razão como caminho para a verdade.
        Com esse cético método de busca ao conhecimento, Descartes coloca o homem como protagonista no processo de solução de enigmas tanto divinos quanto terrenos, uma vez que,  apesar de desconfiado, foi um homem de fé, que tentava através da razão, e da matemática, se aproximar da resposta dos mistérios que envolvem a existência de Deus.
        O antropocentrismo sugerido pelo brilhante filósofo, deu ao homem papel de senhor do mundo, em detrimento de escravo do mesmo. Esse fato abriu horizontes para o desenvolvimento de diversas ciências e iniciou rupturas com a religião, que até então "dava as cartas do jogo" ( e assim continua em alguns lugares do mundo).
        A modernidade, o desenvolvimento de ciências e tecnologias de ponta notadas hoje, devem-se grande parte, ao amigo do ponto de interrogação René Descartes, pois, graças a ele que parte da humanidade livrou-se das amarras de pré-conhecimentos enganosos ofuscantes da razão que impedem o desenvolvimento do intelecto. 


                                                 Victor Borges Dijigow       1º ano, direito noturno.

                                       

Dúvida e verdade

Em sua obra “O discurso do método”,  René Descartes expõe sua forma de considerar o pensamento e as ciências. Segundo o francês, todos os homens são igualmente racionais, mas conduzem seu pensamento de formas diferentes, o que leva à diversidade de opiniões.
Após ter tido um bom período de formação, viagens e reflexões, Descartes acredita ter encontrado um modo eficiente de analisar, compreender e julgar conhecimentos. Através dele, as informações seriam “filtradas”, restando apenas as úteis e indubitavelmente verdadeiras. 
que torna esse método tão relevante nos dias de hoje é o fato de ele ser uma das bases do pensamento científico e de sua organização em áreas de conhecimento específicas. A Ciência inclui diversos procedimentos na construção de suas sentenças, entre eles a pesquisa e o experimento. Descartes utilizava a dúvida como elemento principal da construção de seu sistema, tudo era questionado até ser aprovado como verdade; o filósofo não se mostrava satisfeito com conhecimentos que não fossem sólidos. O instrumento utilizado para isso, portanto, seria a razão emancipada do homem, capaz de discernir entre o verdadeiro e o falso.

Leonardo Nicoletti - 1º Ano - Direito Diurno

O Método Infiel de um homem fiel

            O Estado Absolutista crescia e ainda mais a burguesia, o poder da Igreja Católica, como detentora do monopólio cultural, censurava as artes e as ciências, porém o antropocentrismo fixava raízes. Nesse contexto René Descartes escreveu suas obras. Em seu Discurso do Método explica o que o levou a criar o racionalismo, método de enxergar o mundo duvidando de ideias pré concebidas utilizando a razão.
            Ao estudar varias ciências, filosofia e letras, o autor reparou que muito do conhecimento adquirido lhe tinha sido imposto como verdadeiro e justificado apenas pelo exemplo ou hábito. Como mecanicista, estudioso da matemática, da física e da própria epistemologia, viaja o mundo convencido de que o correto é não aceitar nenhuma verdade que não possa ser provada de forma racional.
            Portanto a razão consiste até mesmo em vencer as convicções sociais. Logo, para não se perder, estabeleceu algumas máximas como: obedecer às leis e costumes de seu país, evitar radicalismos, seguindo opiniões sensatas, procurar vencer a si mesmo do que tentar mudar a ordem do mundo, ser firme nas decisões e se manter na religião na qual fora instruído.
            Negando os sentidos por poderem enganar, decidiu pensar ser tudo falso para depois aceitar os conhecimentos não duvidosos. Medita pensando na natureza dos sonhos e percebe que para pensar precisa existir. Fascinado por ser real busca a razão da criação do universo e conclui que se ele existe foi criado por alguém. Convencido da existência de Deus prossegue seus estudos influenciando até os cálculos de Newton. Sempre verificando, analisando, sintetizando e enumerando.
Cidadão da Idade Moderna, época de revoluções, Descartes influenciou tão fortemente o pensamento Ocidental que, apesar de não negar Deus, fez até o Diabo duvidar de suas próprias convicções. Ok, dizem que o diabo causa a dúvida e que a fé é de Deus, mas o fato é que os questionadores de seu tempo iluminaram o mundo novo. O conhecimento inquestionável virou dúvida e até os dias atuais, para que exista algo precisa-se de provas. 


A razão cartesiana


            Na busca de achar um instrumento que o levasse à razão pura, o pensador René Descartes desenvolve, em pleno século XVII, um método para a ciência. Partindo da premissa única de que tudo era falso de forma que encontrasse algo ao qual não pudesse negar sua veracidade, Descartes conclui que, embora não possa garantir a existência de nada que o cerca, pode garantir sua própria existência por ser apto a pensar e duvidar de tudo – chegando, então, à máxima “Penso, logo existo”.
            Ainda visando tais premissas incontestáveis, o pensador conclui, através de seu método, que Deus existe, mostrando uma ruptura dos paradigmas nos quais a ciência e a religião eram necessariamente opostos ao utilizar-se de um método científico que não negasse a existência de Deus ou se opusesse à religião, mostrando que fazer ciência não é nada além de investigar a intenção divina e tornar o homem pleno por seguir aquilo a que foi designado.
            Seu método, que consistia na negação, fragmentação e investigação de tudo aquilo que lhe era proposto, tem como fim a razão humana, por vezes obstruída por suas paixões – suas convicções, sentimentos e impulsos. Desta forma, Descartes tenta eliminar ao máximo a dualidade humana que o afasta da razão pura e absoluta, tendo êxito na medida em que sua obra foi responsável por inúmeras descobertas e invenções posteriores.
            Por mais banais e controversos que alguns de seus pensamentos possam ser vistos pelo homem contemporâneo, como a impossibilidade de separar a razão da emoção, ao passo que ambos são intrínsecos ao homem, é válido ressalvar que a sistematização proposta por Descartes foi um marco na história pelo simples fato de romper com diversos dos pensamentos vigentes em sua época, abrindo portas não só no campo da filosofia, mas também à diversas outras ciências.

Júlia Costa Lourenço - Direito Diurno, Turma XXXI

René Descartes e a Ciência Moderna


René Descartes e a Ciência Moderna

           Para René Descartes, a ciência tem como objetivo a transformação do mundo e o bem do homem. Tendo isso em mente, o filósofo desconsiderou o pensamento clássico cuja validade e utilidade considerava duvidosas e dedicou-se à formulação de um método científico capaz de alcançar a verdade por meio da razão e da clareza de raciocínio, livre da influência do hábito, do senso comum, da superstição e da religião. Sua obra, ao lado da de Francis Bacon, é considerada o advento da ciência moderna, guiada pela razão e pela dúvida, de modo que o auto-questionamento faça com que o conhecimento científico busque sempre a realidade efetiva das coisas. E, ainda que enfatize o uso da razão livre de ideias religiosas pré-concebidas, Descartes admite a existência de Deus e o considera o referencial último do conhecimento devido a sua perfeição.

Leila Rosa de Oliveira - Direito Noturno

UMA NOVA METODOLOGIA PARA UMA NOVA CIÊNCIA

          Nos dicionários a palavra ciência (do latim scientia) é definida como "Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fatos ou fenômenos", mas na realidade, a ciência é demasiada complexa para ser definida por palavras. Encontramos em nosso cotidiano coisas como carros, celulares, medicamentos e internet, mas raramente nos damos o trabalho de questionar como algo assim pode ser feito e o que foi necessário para fazê-lo.
          A partir do século XV ocorreram diversas mudanças na Europa, no que diz respeito à ciência. O humanismo renascentista fez do homem o centro do universo e possibilitou o avanço científico; adotando uma nova metodologia, a humanidade foi capaz de desenvolver-se consideravelmente. Houve grande progresso na física, matemática, astronomia, química e medicina; René Descartes destaca-se entre os fundadores da ciência moderna por ser um dos colaboradores na formulação da metodologia científica da época.
            Descartes é conhecido por suas colaborações principalmente na matemática e na filosofia. Seu pensamento foca-se no uso da racionalidade para buscar o conhecimento pleno e livre de qualquer incerteza. Junto de outros estudiosos como Francis Bacon, Galileu Galilei e Johannes Kepler, Descartes tornou possível todo o avanço da ciência até os dias atuais, onde ela continua evoluindo.

  Pedro Neves da Cruz Júnior - Direito/Noturno - 1º semestre

"Dubito, ergo cogitoergo sum"

René Descartes

    No princípio havia a dúvida, matriz geradora do conhecimento, a indagação era o chamado de Descartes. Nascido no feudalismo e criado no tradicionalismo, o francês teve acesso à educação formal desde muito cedo. Mais tarde, consideraria esse conhecimento em parte retrógrado e sem aplicabilidade, como explicita o autor, em "O Discurso do Método".    Na obra, questiona-se a veracidade de ciências consideradas dogmáticas da época, como a astrologia, a alquimia, a magia e alguns aspectos da teologia. Descartes desqualificava essas logias e estudos como instrumentos da mudança social; como solução desse conflito ele apresenta um método unificado de sistematização do pensamento.
    Processo que se afastou das formas reveladas, sobrenaturais de pensamento e incutiu à ciência um caráter mais objetivo, colocando o homem como o centro do conhecimento - antropocentrismo. Essa guinada na produção da ciência marca o início do pensamento moderno, do racionalismo. A contribuição de René para a ciência moderna é evidente em seu positivismo, sua sistematização inerentes, abrindo caminho, no âmbito jurídico, para a laicização do Estado.
    É irrefutável a contribuição de Descartes em variadas áreas do conhecimento, e como essa, perpetua-se até hoje. Entretanto, a teoria descartiana do método foi crivada, analisada e verificada, como o próprio autor sugeriu. E, por isso, foi amplificada, melhorada e alterada em partes pelos cientistas que o sucederam, constatando a falibilidade de todo projeto humano e sustentado a dúvida, como única maneira de solidificação do conhecimento

Kalinka Favorin Rodrigues 1ºano - Direito Noturno.

Pensar Cientificista

  "Penso, logo existo" desmistificou verdades inatas e eliminou idéias pré concebidas. O racionalismo cartesiano é o método para se obter a verdade pura dotada de um alto grau de objetividade. O que faz do homem distinguir a realidade de um sonho? Essa dúvida foi esclarecida por Descartes e seria, portanto, justamente o ato de pensar com clareza.
  René Descartes teve suma importância para o Racionalismo, corrente que crê que a razão estabelece-se como meio para obter um conhecimento rigoroso. Dessa maneira Descartes elaborou sua tese, e a partir dela justificou sua máxima alicerçada sob o fato de que o "pensar" é natural do ser humano e, desse modo, concretizou que a razão é capaz de produzir conhecimentos autênticos produzindo verdades inquestionáveis. Sendo assim, uma ilusão em forma de ideia obscura em algum sonho jamais poderia ser tida como realidade concreta.
  Descartes propunha um método que se baseava em leis embasadas na análise de premissas. Visava-se não mais se valer de opiniões particulares mas de ideias que tratem de uma visão geral e objetiva verificando critérios selecionados, probabilidades e os resultados efetivos. A lei mais importante é o princípio da dúvida. À luz desse método recusa-se tudo aquilo que possa suscitar incertezas. A dúvida é hiperbólica e universal e se afirma como meio a evitar o erro.
  O modo de pensar para o autor foi inovador à sua época visto que sistematizava o conhecimento e eliminava a subjetividade filosófica. Foi uma nova edição da ciência que até então baseava-se na Igreja e, para o direito, no Direito Canônico. Sua teoria, contudo, não eliminava a existência de Deus que concretizava-se como criatura perfeita e, portanto, fruto da verdade. É possível traçar um paralelo entre a teoria cartesiana e a de Platão neste ponto visto que, para ambos, o método para obtenção a verdade é o pensamento sendo o mundo concreto das coisas sensíveis enganador. Deus portanto não pertencente a este meio físico é a fonte primária de toda a verdade sob a concepção cartesiana.
  Descartes tem sua atualidade visto que fundamentou o critério de ciência aplicado até hoje. A verdade passou a ser cientifica propondo métodos sistêmicos que formaram o conhecimento racional.

Maria Júlia Freitas - 1
° ano - Direito Diurno 
  

Teorias descartáveis

Reflete, repete, discursa
Todo conhecimento parte da indagação
Qual o propósito da filosofia
Sem o emprego pragmático da razão?

O desafio, ao filósofo, logo se propõe:
Usa do bom senso para desvencilhar-se do senso comum
Usa de teus erros para aprender o caminho da verdade
Usa do método, ruma à autenticidade

Sem trégua,
A filosofia acompanha o sono
Busca sentido na realidade e na quimera
A razão, quase perfeita, certamente de Deus viera

“Penso, logo existo!”
A veracidade da máxima sobressalta os céticos
Concebeu Descartes o adágio
Com contornos genuínos, sólidos, poéticos

Na teoria arcaica encontro mera apreciação
Não me atribuas, pois, a arrogância
Mas de que adianta tal erudição,
Se seu destino, vejas só, é a ignorância?
         Discurso do método nos dias atuais                

        O homem sempre teve a necessidade de explicar as coisas em seu redor, começou por meio da religião e com o tempo esse dever se dividiu também com a filosofia. E tempos depois, Descartes dividiu mais ainda esses conhecimentos e segregou mais a religião.
Descartes inicialmente procurou satisfazer suas necessidades de conhecimento com o que já era conhecido, procurou absorver tudo que podia de seus mestre mas isso não foi o suficiente, ele ainda se sentia na ignorância e sem confiança no que aprendia, tudo poderia ser refutado na sua visão.
Em uma das suas obras mais celebres ele explica seu método para tentar chegar a verdade, ele parte do nada, de que nada se sabe, nem mesmo de sua própria existência, a qual prova a existência pois pensa,  sendo essa a primeira das verdades.
Hoje em dia vivemos dilemas diferentes do que existiam no sec. XVI, porem um feito de Descartes seria muito pertinente nos dias de hoje. A separação das ciências, e por ter deixado a religião de fora de seus pensamentos sem minimizar seu poder. Este seria hoje o que poderia resolver hoje muito dos problemas éticos, enfrentados principalmente, pela medicina.

Nicole Rodrigues
1º Ano - Direito Noturno 

Descarte o extremismo de Descartes

René Descartes (1596-1650) fora um filósofo de notável contribuição para o pensamento e organização científicos. Seu método cético da aplicação da dúvida constante serviu para denunciar pseudo-ciências e concatenar conhecimentos científicos antes esparsos e desordenados. Agora, esses conhecimentos poderiam complementar uns aos outros e construir estudos mais elaborados. É inegável a importância de seu trabalho numa época em que ainda se acreditava em alquimia e magia e até mesmo hoje.
Duvidar. Questionar. Indagar. Seu método pressupõe tais ações. Mas, de modo metalinguístico, nós devemos nos perguntar: será a própria teoria do autor verdadeira e livre de falhas e falácias? Se tomarmos, por exemplo, a aplicação de seu método, em sua época, a Teoria da Evolução de Darwin seria refutada pelas brechas deixadas pela falta de prova daquele tempo, o que hoje não ocorre. Assim como certas teorias desacreditadas ou em estudo hoje, podem ser tomadas como concretas amanhã, quando a ciência estiver mais avançada e encontrar mais evidências que as comprovem. O relativismo temporal deve ser considerado na aplicação do ceticismo cartesiano.

É irrevogável que Descartes trouxe uma era de maturidade no pensamente científico. Sua teoria deve ser recomendada como um exercício de formação pessoal para um espírito crítico com autonomia de pensamento. Contudo, esse ceticismo não deve ser demasiado intenso; seu livro, o “Discurso sobre o método”, não deve ser seguido a risca em todos os âmbitos, visando evitar extremismos que refutem toda e qualquer teoria sem embasamento no tempo atual, mas que podem ser verdadeiras.

O erro de Descartes

         René Descartes foi um filósofo francês que revolucionou a filosofia e a ciência de sua época, com um método que era baseado principalmente na dúvida sobre qualquer evidência, Descartes desafiou os preceitos teocêntricos de sua sociedade e colocou a razão como prioridade transformando conceitos que reinaram por séculos.
         A contribuição de René Descartes para a filosofia e ciência são indiscutíveis e devem ser reconhecidas, porém também é necessário que se questione até onde o rigor metódico de Descartes e a fidelidade a razão são positivas para sociedade, o livro “O erro de Descartes” de António Damásio passeia sobre o tema e mostra que sentimentos e emoções não são estritamente dispensáveis para a busca de decisões e a busca pela razão.
        Além dos questionamentos sobre os benefícios da separação da razão e emoção, também deve se questionar até onde a especificidade do método de Descartes é positiva, vivemos em um mundo de especialistas e hoje  questiona-se a validade dos grandes especialistas em temas restritos,esses especialistas que são herança de um mundo cartesiano.
         Portanto, apesar das claras contribuições de René Descartes como por exemplo o rompimento com o pensamento estritamente religioso e a falta de métodos científicos de sua época, sabe-se que sentimentos e emoções são inerentes ao homem e não podem ser separadas para a busca da razão, com isso como disse António Damásio a famosa frase “Penso, Logo existo” deveria ser transformada em “Existo e sinto, logo penso” a sociedade desigual e injusta atual necessita mais de sentimentos do que de rigores metódicos ou do mundo racional que pregava Descartes.


Luan Maturano Dutra-1 ano-Noturno

Método: unifica e afasta formas sobrenaturais de conhecimento


No livro “Discurso do Método”, seu autor René Descartes, constrói uma crítica à filosofia e ao método cientifico, até então utilizado, para ele existem quatro regras a serem seguidas para alcançar o conhecimento, pois elas estabelecem clareza e distinção ao mesmo.  Sendo elas:
     1ª)  A evidência racional, que consiste em aceitar apenas aquilo que se apresente tão clara e distintamente, que não haja motivos para duvidar;
    2ª)  O método analítico,  que consiste em fragmentar o objeto de estudo, a fim de melhor solucioná-lo;
     3ª)  Encadeamento do raciocínio, como exemplifica o autor : “o de conduzir por ordem meus pensamentos, iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para elevar-me, pouco a pouco, como galgando degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e presumindo até mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros”;
     4ª)  Revisão, que tem o intuito de impedir  qualquer precipitação.
           
            Para o pensador o modo de pensar clássico não tinha condições ou possibilidades em contribuir para a mudança do mundo, por isso sua descrença, já que via a ciência como instrumento de transformação.

            Descartes é considerado por muitos como “o fundador” da filosofia moderna, além de romper com o ensino tradicional (modo clássico de pensar), também desvincula a ciência da religião. Sua contribuição não se dá pelo conhecimento agregado, mas sim pelo método elaborado, instrumento que permite ao homem desvendar o universo.
           



Bruna Midori Yassuda Yotumoto, 1º ano- direito matutino

Dúvida como fonte do conhecimento.


  A educação erudita privilegiada,na Europa,em pleno século XVII faria o mais tolo dos homens acreditar de maneira cega nos dogmas impostos inconscientemente por seus mestres e crer que adquirira a mais plena sabedoria sobre os mistérios do mundo,sem ao menos ter o intelecto de indagar o por que das coisas. No entanto,Descartes toma consciência da sua ignorância devido àquela forma de ensino da filosofia convencional praticada desde sempre – sob constante influências da teologia – e gradativamente desconfia das (in)certezas do mundo.
  Apesar da constante afirmativa de que Descartes criou um novo modo de fazer ciência, houve apenas uma substituição dos paradigmas teológicos até então em vigência pelos dogmas científicos cartesianos mas que de fato desestabilizaram, consequentemente, a forma filosófica convencional de ensinar e de se pensar,agregando novas práticas durante esta Revolução Científica de 17.
  Descartes duvida metodologicamente de tudo, – como perpetuado pela sua obra ‘O Discurso do Método’ - assumindo como única certeza de seus pensamentos e ideologias a máxima ‘Penso,logo existo’ sendo este ser pensante,o Res cogitans, juntamente com a razão a única maneira de se fazer ciência e de possivelmente se descobrir a verdade sobre os enigmas do universo. Os ensinamentos de Descartes não foram entretanto contra a religião e a fé,mas sim que estas eram uma consequência do uso da razão e da matemática para se chegar a Deus,transformando o homem no senhor(conhecedor) de todas as coisas e não mais submisso a este.
  A herança cartesiana deixada para o Mundo Moderno é imensurável,tendo sua aplicação efetivada nos meios acadêmicos de todo o mundo desde então,se tornando indispensáveis a matemática, o equilíbrios, os mapas e a simetria. Não há modos de se viver atualmente sem que se faça presente os ideais defendidos por Descartes,sejam eles na área das exatas ou das Humanas..
Maiara Lima –  1° ano Direito noturno

Construindo conhecimento de uma nova forma

O método proposto por Descartes surge como uma nova fórmula para um aumento gradativo do conhecimento.Esse método propõe o questionamento das verdade existentes em um indivíduo, para a construção de novos conhecimentos de forma científica. A proposição desse método marcou uma mudança na forma de se obter e considerar o conhecimento no mundo.
Em seu discurso, Descartes, defende a existência de bom senso em todos os homens, e a diferença entre os pensamentos das pessoas está nos diferentes valores dados pelas pessoas às coisas e fatos do dia-a-dia. O autor busca uma maneira objetiva de analisar situações, desconsiderando sentimentos e emoções. A procura por uma verdade através de uma maneira racional, leva Descartes a propor o questionamento das verdades existentes até então.
Descartes tomou muito cuidado ao expor suas ideias na construção do Discurso do Método. Ele teve a preocupação de explicar como construiu seu pensamento para que seu discurso não se fosse como as verdades criticadas por ele em sua obra, verdades não questionadas e que foram simplesmente aceitas. Dessa forma,  o filósofo se coloca como um personagem, e narra suas experiencias para justificar sua proposta de um método científico para buscar a comprovação de algo.
Esse inovador texto proposto por Descartes, fez dele o "pai da filosofia moderna". Descartes abriu uma porta para várias descobertas, e serviu de inspiração para vários filósofos. Seu método derrubou muitos mitos existentes até então, e mudou o rumo da humanidade.

Tiago Paes Barbosa Borges, 1º ano, Direito diurno