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terça-feira, 15 de abril de 2014

HUMANIDADE NOSSA

Humanidade nossa, que estais na Terra
Santificados sejam os Seus Pensadores
Seja a imaginação subordinada à observação
Assim nas coisas práticas e presentes na vida do homem
O Positivismo que de Comte nos influência hoje 
Perdoai-nos a nossa teologia e metafísica
Assim como nós nos curvamos a
Quem nos mostrou o método positivo
E não nos deixeis pensar as ciências humanas fora das  leis gerais
Mas livrai-nos do pensamento sobre os acontecimentos exteriores ao homem

Venha a nós as Vossas Teorias 

Amém!


Louise Fernanda de Oliveira Dias
1º ano - Direito Noturno

Ordem e Progreso

Inspirado pela lógica Iluminista e pelo nascimento da sociedade industrial, Comte desenvolveu a doutrina do positivismo que tinha como base, afastar-se da teologia e da metafísica e embasar-se no empirismo a partir de dados concretos com objetivo de se chegar a um conhecimento verdadeiro.      
                                   
Ordem e Progresso, como diz a bandeira brasileira, são ideias positivistas que estão presentes na história do Brasil desde o processo de formação da República. Essas ideias chegaram ao Brasil por volta de 1850 trazidas por quem anteriormente estudava na França, muito influenciada por esta corrente de pensamento. O principal lema (positivista) inspirador foi: "o amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim".

Além da bandeira do país, a separação de Igreja  Estado, a revogação de medidas anticlericais, a reforma educacional proposta por Benjamin Constant, o qual foi professor da escola militar e defensor dos princípios positivistas, o exercício do casamento civil e da liberdade religiosa foram características influenciadas e modificadas por essa corrente filosófica presente no país.

O  positivismo foi a principal corrente de pensamento das escolas militares,influenciando até o movimento Tenetista da década de 1920, alem de influenciar a criação de escolas como a Politécnica de São Paulo.

Desordem e Progresso
  Augusto Comte define o positivismo como o último estágio da construção do conhecimento, os outros estágios são o teológico (que explica os fenômenos através de seres sobrenaturais) e o metafisico (que busca o raciocínio argumentativo baseado em aspectos abstratos).  Sendo assim, o positivismo seria a observação e explicação útil/pontual dos fatos, e procura sempre uma ciência a favor do bem da humanidade.
    A filosofia positivista é, ainda, uma física social (sociologia), uma ciência mais complexa que a física, a matemática e a astronomia, pois, ao contrário delas, é incapaz de estabelecer leis e fórmulas que expliquem o comportamento da sociedade (que é imprevisível e instável).
    Além disso, Comte faz um paralelo com as leis newtonianas da Estática e da Dinâmica, afirmando que elas são aplicáveis à sociedade. A Estática seria o Estado, o Direito, as leis e a moral (que representam a ORDEM) e possuir essas instituições significa que o povo tem aptidão para agir (Dinâmica = PROGRESSO).
    Esse pensamento tem sido muito criticado atualmente, pois se acredita na necessidade de uma mobilização social (quebra da ordem) para que sejam mudados alguns panoramas de insatisfação popular e, assim, haver progresso.  

Letícia de Oliveira e Souza, Direito Matutino.

"Apenas mantenha a ordem"

               Inserto em um contexto cujo êxodo rural compunha-se como uma das principais consequências da Revolução Industrial, Comte tomou como necessária uma ciência vinculada com a realidade, preterindo o método contemplativo tradicional. Para tanto, a construção do conhecimento deveria passar pelos estados teológico e metafísico e, por fim, atingir o seu estado definitivo: o positivo.
               A partir da proposta de reorganização social fundamentada na apreensão do imediato, o positivismo pauta-se em um analogia newtoniana. Ao afirmar que a ordem é indispensável ao progresso, explicita que o definido como "destoante" é encarado como patologia social. Desta forma, prega o princípio da profilaxia, refletido até os dias atuais na sociedade brasileira quando se observam polêmicas como a "cura gay".
               Assim, Comte também vai contra os ideais burgueses, uma vez que o liberalismo define-se como desordem à medida que traz contrastes à realidade. Logo, são sentidos reflexos no sistema educacional a fim de se adaptar às necessidades modernas: em 1934 cria-se a Escola Politécnica da USP, para haver quem pense e articule, e, em 1938 cria-se o SENAI, para haver quem execute.
               Por conseguinte, o conhecimento como uno, exigindo a combinação de várias ciências, também designa os ideais positivistas como uma física social. O Estado de Direito deve seguir, portanto, um projeto de reorganização social a partir de leis para a manutenção de uma dada ordem.

Caroline Verusca de Paula - 1º Direito Diurno

Reforma da Sociedade

Em meados do século XIX, quando a sociedade fervilhava com novas teses e teorias a cada dia, um filósofo se destaca ao propor uma nova filosofia totalmente baseada no conhecimento científico, o positivismo.
Augusto Comte, ao julgar que todo o conhecimento deve servir para o progresso humano, propunha uma profunda reforma no pensamento e a supervalorização da ciência e de tudo que pudesse ser cientificamente comprovado. Para isso, o filósofo reclassificou as ciências de acordo com sua ordem de importância, sendo a matemática a menos importante e a sociologia a mais importante. Também propôs uma reforma na educação, rompendo com o isolamento das matérias, criando assim, certa interdisciplinaridade entre os conteúdos estudados nos centros acadêmicos.
O positivismo possui duas propriedades fundamentais:
  • Estática: condições orgânicas básicas para o ser humano; como propriedade, família, linguagem.
  • Dinâmica: condições para a evolução da sociedade; como um Estado forte.
Comte também divide o progresso da sociologia em três estados diferentes:
  • Teológico: em que a explicação para os fenômenos é pautada no misticismo e no sobrenatural.
  • Metafísico: em que há o surgimento da argumentação para a explicação dos fenômenos.
  • Positivo: em que a explicação dos fenômenos é pautada na observação e comprovação destes, visando sempre o bem da humanidade.
Para o pensador, existe uma ordem social que rege a civilização. Quando um fenômeno vai contra essa ordem ocorre um estranhamento na sociedade. Dois bons exemplos disso são as manifestações de junho de 2013 e a greve dos garis no Rio de Janeiro durante o carnaval de 2014.
Augusto Comte acreditava que a filosofia positiva iria transformar a sociedade em uma sociedade positiva, porém, apesar de muito bem aceito por muitas décadas, o positivismo nunca atingiu seu objetivo de reformar toda a sociedade.

Yeda Crescente Mela,
1º direito diurno

O positivismo de Comte

 Augusto Comte, tido por muitos como pai da sociologia, teve grande importância no desenvolvimento das ciências humanas. Iniciou seus estudos sociais em uma época notória, na qual a industrialização revolucionava a organização da sociedade, iniciando um processo de urbanização e de mudança na cultura, passando essa de uma cultura familiar e regional para uma capitalista e industrial.
    O positivismo, proposto por Comte, se fez díspare por tratar a sociedade como um objeto de estudo sujeito à Ciência, não sendo superior a essa (como muito ocorria devido à tradicional visão antropocêntrica). As leis responsáveis por manter a coesão social seriam, portanto, tão rígidas quanto as leis naturais (tais como a gravidade, por exemplo), o que permitia um estudo mais objetivo e livre da obscuridade, que tanto acompanhava as Ciências Humanas.
  Ainda se fundando no cientificismo, é proposta uma teoria responsável por classificar e separar as ciências com base em seu nível de desenvolvimento. A chamada Teoria dos Três Estágios (ou Teoria dos Três Estados) as divide , de forma progressiva, em teológicas, metafísicas e positivas. Aquelas ciências tidas como teológicas buscam a origem e o fim dos fenômenos, sugerindo que ambos seriam frutos de um agente sobrenatural, uma divindade. Aquelas que atingiram o estado metafísico se livram dos aspectos sobrenaturais, os substituindo por forças abstratas. O estágio final, dito positivo, abdica dessa busca em busca de leis efetivas, que auxiliam na compreensão do fenômeno em questão.
  É importante ressaltar que a passagem pelos três estágios se faz necessária. Caso uma ciência surgisse já no estado positivo, não haveria a formação de conhecimentos básicos e gerais, ocorrida nos estágios precedente. Dessa forma, Comte propõe a evolução do conhecimento, que possibilita a aproximação de uma verdade absoluta.

Victor Bernardo C. Dantas - Turma XXXI - Direito Diurno

A uniformização imposta pelo Positivismo

       Augusto Comte é considerado o pai do Positivismo. Tratando-o como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, Comte acreditava que o Positivismo seria o último estágio da evolução do pensamento humano. Também propunha a reforma da educação por meio do rompimento com o isolamento das ciências, "compactando" as mesmas. O Positivismo, pelo ver de Comte, seria a necessidade de conhecer a sociedade a partir de sua dinâmica real, observando os fenômenos existentes e ao se opor ao racionalismo e ao idealismo, descobrir e aprofundar o estudo das leis. O conhecimento científico seria a única forma de conhecer verdadeiramente as coisas, sendo a busca das mesmas "insolúvel e inútil".
       Sem a regulação das relações e competições sociais pelo mercado impostas no liberalismo, a sociedade analisada pela visão positiva traria auxílio na organização social e política, além do amadurecimento do espírito humano. Orgânica, essa sociedade teria uma divisão de funções, onde cada indivíduo contribuiria de alguma maneira para o progresso do todo. Mas ao contrário do que a burguesia fez na Revolução Francesa, Comte acreditava que as mudanças deveriam ser feitas de maneira harmônica e com elementos imutáveis (Estado, Família..), para que o desenvolvimento se desse sem grandes alardes. A Ordem seria o divisor de águas entre o caos e o Progresso, mas só funcionaria se todos colaborassem na manutenção da sociedade e do seu bem estar.
      Ao afastar o teológico e o metafísico do conhecimento, Augusto Comte cria a religião positivista, que uniria a moral humana e regeneraria a "corrompida" sociedade. Seu Ser Supremo seria a Humanidade Personificada, que, como todo o pensamento positivista, seria a compactação de todos os seres que contribuíram na progressão do conhecimento humano.
     Sistematizando a sociologia, Augusto Comte buscou o desenvolvimento do conhecimento científico e da interpretação da sociedade, fazendo com que todas as ciências fossem unidas, tudo em nome de um Progresso. Porém, ao mesmo tempo ele formata a dinâmica social, não deixando margem para outras formas de interpretação e imaginação, tratando todas as sociedades de uma maneira uniforme, de modo que o status quo nunca se inverta. 

Vitória Schincariol Andrade - 1° Ano Direito Noturno