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domingo, 20 de abril de 2014

Manual do ser humano

Comte, nascido na França em 1798, foi um filósofo que encarava a sociedade de maneira extremamente mecânica. Para ele, os seres humanos, assim como o restante da natureza, são regidos por leis invariáveis, imutáveis e eternas. Desta forma, seria possível estudar o homem sob a perspectiva uma "física social" cujas leis regem a todos. Baseado nesse pensamento Comte elaborou a Lei dos Três Estados, segundo a qual o espírito humano, em seu esforço para explicar o universo, passa sucessivamente pelos estados teológico, metafísico e positivo. Este último seria o ápice da nossa evolução, pois seria regido pelo Positivismo, uma corrente filosófica que visualiza as relações humanas de forma concreta e comprovada. Aquilo que não se encaixa nesses padrões, como quaisquer crenças metafísicas por exemplo, seria desconsiderado.
O Positivismo, enaltecendo as regras fixas de nosso comportamento, pregava a necessidade de se manter a ordem. Para isso, a diferença de classes sociais deveria ser mantida a todo custo, pois só assim haveria progresso. Este progresso visado, entretanto, era apenas econômico. Sob este ponto de vista podemos inferir que o discurso positivista incentivava o fornecimento de condições mínimas de educação e lazer às classes menos abastadas, pois isso não apenas permitiria que elas colaborassem com o progresso da nação como também as distrairia, mantendo o pensamento coletivo afastado de quaisquer ideias revolucionárias que pudessem semear o caos.
Tal forma de pensar se encontra ultrapassada nos dias de hoje, pois sabemos que as relações entre os seres humanos são demasiado complexas para se encaixarem em uma série de regras imutáveis. Ademais, questões metafísicas sempre estarão presentes nas mentes das pessoas e, mesmo que poucas respostas irrefutáveis tenham sido dadas a elas, a reflexão do questionamento é um exercício de extrema importância para o desenvolvimento social e moral da humanidade. Não existe, pois, um manual definitivo sobre como funciona o ser humano.

Laísa Helena Charleaux - 1º ano do direito noturno

O positivismo de Comte

A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa suas leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis. Adotando os critérios histórico e sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, segundo Comte, atingiram a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Assim como nessas ciências, em sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, Comte usaria a observação, a experimentação, da comparação e a classificação como métodos - resumidas na filiação histórica - para a compreensão da realidade social. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais; entretanto, sempre insistiu e argumentou que isso não equivale a reduzir os fenômenos sociais a outros fenômenos naturais: a fundação da Sociologia implica que os fenômenos sociais são um tipo específico de realidade teórica e que devem ser explicados em termos sociais. Em 1852 Comte instituiu uma sétima ciência, a Moral, cujo âmbito de pesquisa é a constituição psicológica do indivíduo e suas interações sociais. Dessa forma, a previsão científica caracteriza o pensamento positivo.
O espírito positivo, segundo Comte, tem a ciência como investigação do real. Dessa forma, para Comte há um método geral para a ciência (observação subordinando a imaginação), mas não um método único para todas as ciências; além disso, a compreensão da realidade lida sempre com uma relação contínua entre o abstrato e o concreto, entre o objetivo e o subjetivo. 

Eric Imbimbo - 1º Direito - Noturno

Ordem e Progresso

   Um dos assuntos mais importantes de que poderíamos tratar é a filosofia positivista: esta se encontra enraizada na sociedade brasileira, com seu lema estampado em nossa bandeira.  É de tal filosofia que vem a idéia de progresso acima de tudo, sendo necessária para o progresso a ordem.
   Na visão de Comte, fundador de tal filosofia, o conhecimento passa por três estágios, o teológico, metafísico e positivista; assim como a humanidade enfrentou esse processo em seu desenvolvimento, cada homem também o fez, vivendo o estado teológico na infância, o metafísico na adolescência e o positivista apenas na fase adulta. O estado positivista não buscaria mais as causas das coisas, como a da existência, por exemplo, pois assumiria que tais respostas estão além do Homem.
   Não obstante, o objetivo da filosofia seria prever fenômenos através de leis gerais. Não se buscam causas apenas efeitos. Isso nos mostra o desastre que pode ser a filosofia positivista aplicada à realidade social: fornecer aos pobres Bolsa Família não é suficiente, é necessário que se combata a causa de tal pobreza, que se combata as escolas precárias e desumanas a que submetemos os filhos das classes mais baixas.
  Destarte, tornamos explícitos os pontos positivos e negativos da condução de nosso país através de tal filosofia: ela nos conduz ao progresso científico como método impressionante que é, porém também pode ser um entrave ao desenvolvimento humano se aplicada de forma inexorável nas ciências sociais.

Positivismo de Comte

Augusto Comte, notável filósofo francês, nasceu no ano de 1798 na cidade de Montpellier no dia 19 de janeiro. Aos dezesseis anos de idade, Comte ingressou na Escola Politécnica de Paris, fato que teria forte influência em seu pensamento.
         Em sua teoria, Comte fixou-se em três temas fundamentais sendo estes, primeiro uma filosofia da história, em segundo, uma fundamentação e classificação das ciências fundamentadas na filosofia positiva, e em terceiro, em uma sociologia que admitisse a reforma prática das instituições.
         A filosofia da história pode ser resumida em três pontos fundamentais, em que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-se, sendo estes, a fase teológica, que caracteriza-se como a fase em que o homem possui a visão mais limitada e contenta-se em explicar os diversos fenômenos como que pela intervenção de entidades e forças sobrenaturais. Consequentemente viria o estado metafísico, que ainda possui alguns pontos de intersecção com o estado teológico já que ambos procuram soluções absolutas e finais para os problemas do ser humano mas, difere no ponto em que os elementos concretos dão lugar aos abstratos e a argumentação substitui a imaginação, quebrando assim contradições inerentes ao estado teológico. Finalmente temos o estado positivo que caracteriza-se, pela troca da argumentação pela observação, voltado o foco para a pesquisa das leis dos fenômenos e não meramente de suas causas. diferentemente dos estados teológico e metafísico, a filosofia positiva considera impossível a redução dos fenômenos a uma única fonte (Deus, por exemplo).
         Em seguida Comte trata de seu segundo tema, a classificação das ciências, que também é divido nos três estados anteriormente apresentados, entretanto essa  divisão não é simultaneamente feita em todos os domínios. Já que, as ciências distribuem-se de acordo com a complexidade de seus objetos de estudo, que para ele eram postas na seguinte sequência (da mais simples à mais complexa, respectivamente), matemáticas, astronomia, física, química, biologia e sociologia. A sociologia consagra-se como a ciência mais complexa porque estuda a sociedade onde os seres vivos se conectam, independentemente de seus organismos. Contrapondo a complexidade da sociologia temos, segundo Comte, a matemática sendo a mais simples das ciências por possuir maior grau de generalidade e estudar a realidade mais simples e indeterminada, entretanto é considerada a base de todas as outras ciências.  

         Finalmente temos a reforma das instituições como o terceiro tema principal da filosofia comtiana. Para Comte a revolução era fundamental para que as instituições (que ainda se encontravam no estado teológico e metafísico) se adequassem ao estado científico positivo em que a ciência se encontrava, porém nessa alteração não foram apresentados fundamentos para a reorganização da sociedade.

Reflexos positivistas

    Comte propôs uma filosofia que deu o nome de positivismo, por acreditar que o conhecimento humano não estivesse em seu ápice, este alcançado apenas através de sua filosofia. O positivismo surgiria para consolidar a sociedade que vivia em transformações, visto que a burguesia começava a ganhar poder.  Acreditava ser uma teoria tão perfeita que era digna de se tornar uma religião
    Essa filosofia tinha como a ciência como seu único método válido, diferente das eras teológica e metafísica, em que tudo se explicava pela religião e pela filosofia respectivamente, sendo a era positiva o futuro, na qual tudo seria explicado através da ciência e então se instalaria no governo uma ditadura republicana comanda por cientistas e por leis científicas. Muitas ciências ainda não estariam no ultimo estado da evolução (positivo), essa evoluiriam naturalmente conforme o decorrer histórico, como sempre aconteceu.
    Comte foi um dos primeiros a separar uma ciência para analisar a sociedade, sendo um dos pais da sociologia. Os estudos tinham como prioridade o desenvolvimento da humanidade, e seria a última das ciências, englobando todo o conhecimento já adquirido de toda a população. Dividiu essa em duas partes: estática e dinâmica, a primeira tratava das condições básicas, enquanto a segunda das condições para a evolução da sociedade.
    O positivismo se enraizou na sociedade de tal forma que o lema da bandeira brasileira é "ordem e progresso", na concepção de Comte só haveria progresso se houvesse a ordem fosse mantida, com cada indivíduo fazendo somente aquilo que lhe era destinado. Assim a sociedade era dividida de forma quase estamental, pois seria pouca a mobilidade social, não se poderia sair da última camada e ascender na primeira. O progresso feito seria somente pela elite, que através dessa teoria poderia continuar no poder, enquanto as demais classes eram mantidas na inferioridade. Uma consequência dessa filosofia foi a transformação do Direito em algo mecânico, que só se cumpre a lei como é estabelecido.
       
Gabriella Akemi Kimura-1° ano Direito noturno

Extremismos, “doutores Frankenstein” e “monstros da ciência”.

Madrugada escura. Tormenta e trovões. Doutor Frankenstein trabalha em seu laboratório obcecado com seu projeto: reanimar tecidos mortos a ponto de encontrar a centelha da vida. Não encontrou limites para seu objetivo. O fim justificava todos os seus meios, seja a violação de covas em busca de material orgânico humano, seja o descaso com a ética científica, seja seu desligamento com vínculos sociais. Sua mente fora tomada por um frenesi patológico de modo a não descansar até ver seu experimento concluído. O resultado, porém, fora algo que lhe causou repúdio imediato: ao contemplar o que havia criado, uma criatura grotesca feita a partir da somatória de diferentes corpos, mas com força sobre-humana, seu espírito logo arrefeceu por instantâneo arrependimento. O “monstro” é deixado ao relento e, apesar de apresentar comportamento inicialmente dócil, é rebaixado e aviltado pela própria sociedade, voltando-se contra ela.
A história (não tão fictícia assim) ilustra o descaso e a despreocupação humanas que muitas vezes nos levam a ansiar pelo advento desenfreado da ciência, sem, contudo, nos preocuparmos com suas consequências. Auguste Comte e sua corrente filosófica do positivismo preconizam o “amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”, configurando-se como uma extensão da necessidade de ampliar as fronteiras do conhecimento científico iniciados por Descartes e Bacon. De fato, sua teoria analisa de modo preciso a construção da ciências nas sociedades. Não obstante, sua teoria deve ser interpretada com cuidado, sem tomar considerações extremistas, como ela uma vez servira de embasamento para a dominação afro-asiática durante o neocolonialismo, por considerar esses povos “menos desenvolvidos que o homem europeu”.

 A busca pela verdadeira ciência despojada de impressões subjetivas deve respeitar a dignidade humana. O positivismo deve estar livre de extremismos e sim regado pelo relativismo cultural e pela consideração da ética, ainda que almeje a imparcialidade e desenvolvimento científicos. Deve criar uma ciência pura, mas tenha consciência de suas consequências monstruosas. A humanidade, conforme evidenciado pelas recentes notícias da descoberta de um planeta com potencialidade de abrigar vida, está prestes a fazer um possível contato com outras formas de vida. É então que se constata a necessidade desses cuidados e o direito como regulador desse ímpeto intelectual, para que evitemos extremismos, “doutores Frankenstein” e “monstros da ciência”.

Carlos Eduardo Milani Neme - 1º ano de direito matutino (Turma XXXI)

Comte: positivista

            Comte, em Curso de Filosofia Positiva, tem como objetivo apresentar a filosofia positivista como a ideal para a humanidade.  Durante o curso, ele afirma que acredita ter descoberto uma lei fundamental, a qual se vale na concepção que o nosso conhecimento passa por três estados ordenadamente, que cabem sua aplicação na história dos homens e na dos indivíduos. Primeiro é o estado teológico, segundo estado metafísico, o de transição, e terceiro estado positivo, o definitivo.
             No estado teológico, a atuação de algo sobrenatural é a explicação para os fenômenos. No estado metafísico, o algo sobrenatural passa a ser abstrato. E no estado positivo, não se preocupando com a origem das coisas, procura-se encontrar leis usando a racionalidade e a observação.

             Para Comte, a filosofia positivista possui como característica subordinar os fenômenos a leis estáveis. No entanto, ela possui falhas com relação aos fenômenos sociais e para que não se use o estado teológico e metafísico é preciso mudar isso. Assim, se mostrou necessária a instituição da física social. E também da elaboração de sínteses do conhecimento das leis dos fenômenos que influem diretamente aos fatos sociais tendo, dessa forma, as ideias ramificadas enlaçadas.

Camila da Silva Teixeira, 1º Ano. Direito Matutino.

Degraus do progresso

               Ordem e progresso: a síntese do positivismo estampada na bandeira brasileira. Mas séculos passados desde a criação da corrente filosófica de Comte o acontecimento de muitos episódios levaram ao fortalecimento das críticas ao positivismo. As ideias pautadas na superação do misticismo e da metafísica surgem como forma de fortalecer o conhecimento científico que lançava suas raízes na sociedade do século XVIII.
                Mas agora, em pleno século XXI, a ideia de cada indivíduo ter seu lugar e sua tarefa que possibilitam a caminhada da humanidade parece estar superada. Aos poucos as pessoas parecem questionar mais e mais a ideia de que a ordem garantida por um Estado forte garante o progresso.
                Para Comte, o positivismo seria o último degrau da construção do conhecimento. Parece que aos poucos, com as transformações sofridas pela própria sociedade a escada rumo ao conhecimento também se transforma. Em certos momentos, parece que quebrar a ordem através de revoluções e manifestações parece o único caminho rumo ao progresso, em outras, parece que a falta dessa ordem é o que afasta as pessoas desse mesmo progresso. A questão latente é: o que precisamos agora, ordem ou desordem?

Ana Luiza Pastorelli e Pacífico - 1º ano Direito Diurno

A Sociedade como o Sistema Solar Newtoniano

O Positivismo surge em meio a um período de efervescência social, política e econômica. No contexto do início da sociedade industrial, mudanças como a mecanização do campo, migração dos trabalhadores do campo para a cidade, perda do valor das habilidades dos artesãos e manufatureiros e onde o mercado passa a regular as relações sociais, a corrente filosófica elaborada por Augusto Comte ganha forças por propor algo que a filosofia já existente não conseguia mais explicar. O ênfase da filosofia positivista é compreender essas mudanças que se fazem presente na sociedade europeia, buscando entendê-la e interpretá-la para que assim se possa nela intervir.
O positivismo acredita que todas as formas de conhecimento passam por três estados: teológico, metafísico e positivo. No primeiro, os fenômenos se explicariam por agentes sobrenaturais. No segundo, por forças abstratas. E no terceiro, já se conhece as causas íntimas dos fenômenos, ou seja, o positivismo seria a forma mais avançada pois é quando os homens, através da ciência, são capazes de compreender o mundo.
Existem diversas esferas do conhecimento: astronômica, física, química, fisiológica e social. A física social seria a última ciência por lidar com o objeto mais complexo: a sociedade. Mais complexa pela dificuldade em se chegar à uma conclusão apurada, já que o observador é também o objeto observado. Segundo a teoria positivista, não se deve buscar as causas dos fenômenos pois o observador sempre se perderia nas conjecturas insolúveis, mas sim tentar entender as leis que os regem. Comte também incentiva a apreensão do imediato, segundo ele não há necessidade de estudar várias vezes o mesmo objeto quando já se chegou a uma conclusão pois os resultados não variam, visto que a realidade não é relativa. Além disso a perspectiva imediatista se deve pois é necessário responder às causas que levam à leis invariáveis que regem os fenômenos.
Um dos aspectos da teoria é acreditar que todo ser vivo pode ser estudado de duas óticas fundamentais: a estática e a orgânica. Os objetos estáticos seriam as condições orgânicas do qual depende-se para sobreviver (Estado, direito, leis), essas ajudam na manutenção da ordem, estando presentes em toda a sociedade. Só com esses elementos estáticos a sociedade se encontra a caminho do progresso, que seria representado pela ótica orgânica, que seria quando o homem, já em estado avançado de progresso, estaria apto a agir. 
Comte se refere ao sistema solar Newtoniano como a melhor representação da sociedade: representa-se as instituições e os indivíduos exercendo suas devidas funções. Nota-se com isso que a mentalidade social ainda é positivista, visto que há grande espanto na sociedade quando as pessoas deixam de cumprir suas funções sociais, pois elas estão fora da ordem natural. Em meio a uma revolução ou com indivíduos homossexuais muitos se sentem desconfortáveis por ainda permear um ideal positivista. Embora essa ideia extremista, Comte ainda acredita que se há um problema na sociedade esse não deve ser eliminado, basta restituir as instituições. Se o indivíduo excluído tiver acesso à educação, saúde, etc ele entenderá seu papel na universalidade social, ou seja, o Estado tem o papel de regulador, por isso nota-se que países fundados na teoria positivista apresentam governo forte. O Brasil, como país aderente da teoria positivista, apresenta diversas características da tal, estando o maior símbolo presente nos escritos da bandeira do país. A reforma educacional proposta pela teoria também é notável na sociedade brasileira pela grande presença de escolas técnicas, já que aquela difunde a ideia de ação e não apenas aprendizado teórico.
Assim, embora o positivismo possa ser entendido como uma teoria extremista, diversas de suas interpretações se baseiam apenas no conteúdo em relação às funções fixas dos indivíduos. Porém, deve ser levado em conta o todo, que não defende apenas isso, mas também a reforma educacional e das instituições como solução para os problemas sociais.

A ciência positiva na sociedade

      Auguste Comte foi um filósofo francês e fundador do positivismo. Nascido em meio a revoluções, se empenhou em criar uma filosofia que acabasse com a instabilidade existente até então e que pudesse reorganizar a sociedade moderna. Considerava o positivismo como último estágio para o progresso da humanidade, sucedendo o teológico (primeiro estágio) e o metafísico (segundo estágio). Seu objetivo era criar uma física social que detivesse uma visão acerca dos fatos assim como as outras ciências. Nesse sentido, é possível assinalar a divergência entre o Direito Canônico e a Filosofia Positivista, já que o primeiro não se baseia em fatos concretos, mas sim em valores teológicos.

        Seu método se baseava na sistematização, o que foi muito aplicável para a organização das informações, porém não para os fenômenos sociais de uma maneira geral, devido à complexidade das relações humanas. Para Comte, manifestações e revoluções eram consideradas patologias sociais, pois estavam fora da ordem, ou seja, fora daquilo que era previsto. 

         Diante de tal conservadorismo, suas ideias influenciaram muito a própria elite brasileira do século XIX e XX. Tal influência pode ser notada no lema "ordem e progresso" escrito na bandeira do Brasil e nos movimentos tenentistas ocorridos no início do século passado.






Marilana Lopes dos Santos    1º Ano Direito Diurno

O dinamismo estático do Positivismo.

August Comte foi um dos grandes filósofos contemporâneos que revolucionou o estudo dos fenômenos sociais, com a criação da Filosofia Positivista, que também influenciou outras formas de conhecimento. A filosofia positivista pregava  a ciência como o único conhecimento possível , sendo seu método o único valido para a obtenção do conhecimento verdadeiro. Além disso, o método da ciência recorria integralmente a descrição, com a finalidade de delinear os eventos e apresentar as analogias existentes entre os fatos e as leis. O positivismo exerceu grande influência nos pensadores do século XIX, que desgostosos com a sociedade que estava em desacordo e o ensino da época passaram a almejar reorganizar a sociedade moderna, além de reformar o ensino, tornando o conhecimento algo uno, ou seja, uma combinação de todas as ciências.
Para Comte, existem três estágios da construção do conhecimento, o estágio teológico, o metafisico, e o positivo. O primeiro estágio apresenta como solução de todos os fenômenos a intervenção de um ser sobrenatural, além de focar os estudos na natureza íntima dos seres, ou seja, o princípio e o fim de todos os fenômenos. O segundo apresenta apenas algumas diferenças frente ao estágio anterior, que se encontra principalmente na substituição dos seres sobrenaturais por forças abstratas. Por fim, o terceiro estágio representa o ápice do conhecimento, onde renunciamos ao estudo da natureza íntima dos seres, e centralizamos nosso raciocínio e observação no estudo das leis efetivas dos fenômenos.
August Comte ressalta que esses estágios são necessários para fortalecer e amadurecer as formas do ser humano observar o mundo, no intuito de tornar cada vez melhor as explicações a cerca do mundo.
Para Comte, dentre todas as ciências, a que superior era a sociologia, ou como ele afirmava Física Social, onde se encontravam todos os conhecimentos humanos, sem a existência de misticismos metafísicos e teológicos.
Para a compreensão da sociedade era necessário entender os fundamentos da sociedade, a lei estática e a lei dinâmica. A primeira resume-se às condições orgânicas de que dependem determinadas funções, enquanto a segunda se trata do movimento necessário ao desenvolvimento humano. Além disso, o filósofo afirma que a sociedade possui uma condição orgânica de existência, ou seja, a sociedade deve funcionar como um organismo, onde cada órgão realiza suas funções, mantendo certa ordem para a existência do progresso. Ou seja, para manter a ordem e levar ao progresso cada indivíduo deve continuar ocupando e exercendo seu papel social.Caso isso não ocorra, a sociedade terá seu progresso posto em risco.Além disso,  indivíduo somente possui valor quando está imerso na coletividade.Um exemplo da sociedade proposta por Comte é a sociedade das formigas, onde unidas conseguem realizar fatos, onde individualmente não conseguiriam, além de que se alguma formiga não executa sua função, todo o trabalho da colônia é colocado em risco.

Segundo Comte, uma sociedade somente consegue atingir o progresso quando está baseada na ordem, que seria estabelecida através de um Estado forte, que garante a exclusividade de suas vontades. A filosofia positivista foi adotada por diversos grupos e Estados, entre eles os militares brasileiros, influenciados por Benjamim Constant, que levaram os lemas de August Comte para o Estado Brasileiro.

Gustavo A. Rodrigues-1º Ano Direito Matutino-Turma XXX

Princípio, base e objetivo.

          Augusto Comte foi um importante filósofo francês nascido no final do século XVIII. Considerado por muitos o pai da sociologia, foi o criador da corrente de pensamento chamada Positivismo, que teve surgimento com o desenvolvimento sociológico do Iluminismo e do nascimento de uma sociedade industrial.
       A filosofia comteana propõe à existência social valores completamente humanos, afastando-se radicalmente da teologia e da metafísica, consideradas por ela como formas sociais menos evoluídas. Tendo por método dois critérios, o histórico e o sistemático, outras ciências abstratas antes da Sociologia, teriam atingido a positividade, a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Comte usaria da observação, da experimentação, da comparação, da classificação e da filiação histórica como método para obtenção de dados reais.
       Comte passou a estudar as possibilidades de esboçar em teoria, um modelo ideal de sociedade organizada. Em 1822, publicou "Plano de Trabalhos Científicos para Reorganizar a Sociedade". Em 1830, iniciou o livro "Curso  de Filosofia Positiva", concluído em 1842. Em 1848, criou uma Sociedade Positivista, que teve muito adeptos e influenciou o pensamento de teóricos por todo o mundo

      As idéias do positivismo inspiraram até a inscrição da bandeira brasileira "Ordem e Progresso", inspirada no lema de Auguste Comte que diz: "Amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo". Suas ideias inspiraram o exército brasileiro e a proclamação da República do Brasil em 1889.

José Augusto Melo - Direito -1° ano - noturno
Comte e a sociedade pós-revolucionária.

      A sociedade europeia pós-revolucionária parecia disposta a derrubar os antigos pilares do absolutismo e dos resquícios medievais no pensamento, nas artes, na organização social, etc. Nesse sentido, surgem movimentos em prol da razão, do pensamento desprovido de crenças e misticismo. A ordem é formular novas formas de pensar.
Nesse sentido, Comte surge com a proposta de uma sociedade cartesiana, que respeite a hierarquia em prol de um bem maior, que uniformize o conhecimento humano em virtude de um progresso único. A própria crença do progresso como melhora linear do gênero humano é uma construção desse período.
      Assim, podemos dizer que Comte é claramente um fruto legítimo de seu tempo. Embora os ventos da retomada absolutista, no século XIX, ou as novas formas de pensar holisticamente, ou a filosofia oriental, próprios do nosso tempo, tenham ofuscado a forma positiva de pensar, ela ainda é insistente e soberana nas ciências.
      Devemos repensar o positivismo? Sempre! Como prática, como método, como raciocínio, como organização social...o positivismo é apenas e tão somente um fruto do seu tempo: o século XVIII e XIX. Um fruto importante, relevante e decisivo, mas está sujeito ao ostracismo do próprio progresso que idealizou. A sociedade convulsiona buscando novas formas de organização que superem as barreiras da hierarquia. O multiculturalismo, o advento do pensamento liberal e a busca por novas formas de organização vão com o tempo acabar com o positivismo.Que esse dia chegue, mas que não apague a importância de Comte para o pensamento Ocidental.
 
Victor Abdala de Toledo Piza - 1o ano - Direito NOTURNO
                                                            "Ordem e Progresso"
            Augusto Comte, filósofo francês foi fundador do positivismo e da sociologia. Criou uma corrente filosófica que tinha como objetivo máximo estudar e analisar  a sociedade.
            Segundo Comte, a historia do progresso da humanidade é dividida em três etapas: a primeira é chamada de teológica, na qual a explicação das coisas mundanas seria essencialmente alicerçada sobre preceitos religiosos; a segunda, seria a era metafísica, explicação na qual os pensamentos filosóficos nos responderiam grande parte das nossas perguntas. Já a terceira, e mais importante, segundo Comte, seria a era positiva, na qual a ciência é que seria a grande responsável pela explicação do mundo. O “positivo” seria então a ciência.
            Porém, será que estamos sempre “evoluindo”¿ Será que o lema da nossa bandeira, “Ordem e Progresso” , extraído do lema positista “O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim” é sempre verídico¿ Será que só a ordem é que nos faz melhor¿ Não conseguiríamos evoluir no caos¿


Felipe Antonio Ferreira Domingues da Silva - Direito Noturno

            

Ordem e progresso

Augusto Comte foi um filósofo positivista nascido no fim do século XVIII. Em sua filosofia Comte defendia o estado positivo como último estágio da construção do conhecimento, e para alcançá-lo era necessária a passagem pelo estado teológico e metafísico. O último estágio era assim considerado, pois, no mesmo, o homem passa a estudar a si próprio, fato que o filósofo considerava o ápice do conhecimento.
A filosofia positiva marca um amadurecimento do conhecimento, método que surgiu com Descartes e Bacon, é o mesmo seguido por Comte. Comte acreditava que o ser humano é incapaz de obter verdades absolutas, como por exemplo, a origem de fenômenos da natureza, mas pela observação e pelo uso do raciocínio lógico, o homem poderia vir a compreender constantes, ou frequências de leis que regem esses fenômenos. Apenas após a observação é possível tomar uma decisão por alguma ação.
Augusto Comte propunha ainda uma reforma na educação, e o fim do isolamento da ciência. Afirmava que o conhecimento é único, e que para obtê-lo é necessário a combinação de varias áreas da ciência. Essa combinação une as três filosofias existentes na época, que a partir de então, passam a fazer parte de um todo.

Com essa união, a filosofia positivista visa organizar a sociedade. Tendo como lema a construção da ordem para a então possibilidade de existência de um progresso, o positivismo queria acabar com a “anarquia intelectual” existente até então. Terminando o sistema iniciado por Descartes e Bacon, Comte acreditava ter terminado com a crise intelectual pela qual passava os povos civilizados.

Tiago Paes Barbosa Borges - 1º ano Direito diurno

"O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim"


            Auguste Comte, fortemente influenciado pelo conturbado contexto histórico europeu, durante o final do século XVIII e o início do XIX, repleto de revoluções, tais como a Francesa e a Industrial, acabou por criar a Filosofia Positivista.
            Essa nova doutrina filosófica deixa de se preocupar com as causas dos fenômenos, passando a buscar leis gerais que os regem, para tanto utiliza-se da observação e do método científico e seu descritivismo.
Comte acreditava na existência de três estágios, sendo o primeiro o Teológico, no qual prevaleceria a crença no sobrenatural, nas divindades, seguido pelo Metafísico, que seria um estado de transição, em que a natureza passaria a ser a entidade geral, e por fim, o Positivo, que seria o auge, caracterizado pela ciência e plenitude intelectual. Esses estados caracterizariam não apenas o desenvolvimento da sociedade, mas também o do próprio indivíduo, relacionando a infância ao estado Teológico, a juventude ao Metafísico e a maturidade ao Positivo.
Para alcançar tal estágio de perfeição, segundo o filósofo, a ordem seria indispensável, assim se faria necessária a imposição da disciplina, da obediência e da hierarquia, portanto, revoluções e mudanças bruscas, seriam completamente condenáveis.
O Positivismo de Comte teve grande importância, defendendo que o “objetivo existencial mais nobre é dedicar a vida às outras pessoas” e consequentemente, pregando a solidariedade e a coletividade; influenciando de forma bastante evidente o Brasil, desde a proclamação da República, com o lema “Ordem e Progresso” presente em nossa bandeira, até os dias atuais, tendo ainda inúmeros adeptos.
Porém, o que pode ser observado atualmente é que são as mudanças, as manifestações e as revoluções que transformam e melhoram a realidade, fazendo com que o progresso realmente ocorra. Assim, ao mesmo tempo que a Filosofia Positivista têm aspectos louváveis, é passível de inúmeras críticas, não sendo capaz de abranger a sociedade atual em sua totalidade.

Vitória Vieira Guidi - 1º ano Direito Diurno

O papel do individuo na sociedade segundo Comte.

        A filosofia positivista criada por Augusto Comte propõe uma análise objetiva de como a sociedade é, não de como deveria ser, além de ser uma teoria que visava explicar as coisas relacionadas à vida prática do homem. Ou seja, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, para buscar explicar coisas presentes na vida do homem.
        Comte também afirmava que cada indivíduo possuía sua própria função dentro da sociedade, e para essas funções serem mantidas, as pessoas precisavam ter consciência da sua importância. O que, em um primeiro momento, pode parecer algo justificável e de certa forma igualitário, não passa de uma maneira de justificação das formas de dominação que existiam naquela época, onde o capitalismo era algo recente.
        A partir desse pensamento poderíamos dizer que todos os setores sociais teriam o mesmo grau de importância, ou seja, um gari seria tão importante quanto um médico, um operário seria tão importante quanto um engenheiro. O que é ótimo em pensamento se torna quase impossível de se realizar, tanto agora quanto na época de Comte.
        Se as pessoas não têm as condições necessárias, torna-se impossível as funções delas serem bem realizadas sempre, e é isso que ocorre hoje em diversos lugares: certos papeis sociais não recebem a importância que merecem e não são devidamente remunerados, o que acaba gerando miséria, fome, pobreza e diversos outros problemas sociais.
        Portanto, a teoria de Augusto Comte não pode ser simplesmente descartada, mas a sua aplicabilidade se torna quase impossível em vista aos diversos problemas.

Bruna de Oliveira R. Alves - Direito Noturno.

A Ciência da Sociedade

         Augusto Comte foi o filósofo responsável por criar o Positivismo, que consiste em uma filosofia desenvolvida com o objetivo de encarar o real, o útil e o certo frente ao que é quimérico, inútil e incerto. Para ele existiam três estados para a construção do conhecimento: teológico, metafísico e positivo, sendo este último o responsável por suplantar os dois primeiros estágios que eram insuficientes para a compreensão do mundo como ele realmente é.
Sua filosofia, também chamada de física social, seria a última ciência a ser criada para estudar o objeto mais complexo do conhecimento: a sociedade. Ele critica a idealização que o homem faz dos elementos que o circundam (como a sociedade e o Estado), defendendo apenas a descrição, pois isso evita que o homem busque o conhecimento até a sua essência, fato que para Comte atrapalha a busca, além de confundir o homem com conjecturas. Além disso, sua filosofia positiva também se baseava em leis invariáveis (analogia newtoniana).
Para Comte, o indivíduo só tem significado quando analisado no todo e cada um tem que cumprir o seu papel social para que a sociedade esteja em equilíbrio. Se isso não ocorrer, haverá revoluções e desordem, que são elementos associados aos caos. E num contexto instável é impossível que se obtenha ordem, e sem ela não é possível alcançar o progresso.
E este é o grande objetivo do positivismo: ordem e progresso. Muitos países aderiram a essa filosofia, inclusive o Brasil, que em sua bandeira possui esse lema escrito como elemento central.

A ciência positiva e o "progresso"

Será que Augusto Comte estava certo? Realmente, se compararmos o progresso de uma sociedade, estamos comparando o progresso em uma visão "positiva" dela. Levamos em consideração os avanços em ciências sociais, na metafísica por exemplo? Não. O que é levado em conta é a mudança concreta, alterações na medicina, na química, na engenharia, etc.
Comte acaba não dando importância em ideias metafísicas, e quer ir atrás da lei que rege tal fenômeno, não a causa dele. Porém, em minha opinião, as ciências evoluem em conjunto, como se fosse uma ciência "una", a ciência "metafísica" também anda junto com a ciência "positiva", e não deve ser "deixada de lado". Poderiamos usar como exemplo os Direitos Humanos, que ao longo do tempo realmente sofreu ótimas mudanças e ampliações, tornando-se cada vez mais complexos.
Talvez em uma análise mais rasa, o positivismo efetivamente seria o que leva determinada sociedade ao progresso e à ordem, porém seria só a ciência positivada sem outros fatores? Na minha opinião, cabe à nós refletirmos sobre essa questão.

Ordem e Progresso?

Augusto Comte foi um dos mais importantes e influentes filósofos contemporâneos, considerado fundador da Sociologia e do Positivismo, suas obras exerceram grande impacto no mundo ocidental entre os séculos XIX e XX e, no Brasil, serviram de embasamento para a proclamação da República, sendo o lema "Ordem e Progresso" a síntese das principais ideias de Comte.
No "Curso de Filosofia Positiva", Comte expõe a ideia de que o desenvolvimento humano individual e coletivo se da em três estágios: o estágio teológico, onde se busca as causas finais e primeiras de todos os acontecimentos através de crenças, divindades e mitos; o estágio metafísico, que se apresenta como uma modificação do primeiro, no qual as mistificações são substituídas por outras entidades não explicadas cientificamente; e, por fim, o estágio positivo, que seria o maior grau de amadurecimento do conhecimento humano, pelo qual o homem reconhece a impossibilidade de obter noções absolutas, desiste de buscar a causa das coisas para descobrir, por meio da observação, do raciocínio e da ciência propriamente dita, leis efetivas e relações de sucessão e similitude entre os fenômenos. 
O filósofo também exalta a necessidade da criação de uma categoria distinta para o estudo dos fenômenos sociais devido às dificuldades e à complexidade na formulação de conhecimentos nessa área, ainda fortemente vinculada a métodos teológicos e metafísicos. Para isso, ele funda a física social, implantando o positivismo como forma de investigação e argumentação nas análises e teorias sociais, a fim de reformular a sociedade de modo a obter e manter a ordem e, consequentemente, o progresso.
As contribuições de Comte para a Sociologia e para a estabilização da sociedade pós Revolução Francesa e Revolução Industrial foram de suma importância. Porém a aplicação dessas mesmas ideias na atualidade tornou-se preocupante. Enxergar com espanto manifestações populares e jovens de periferia se deslocando para o que deveria ser os espaços reservados às classes mais abastadas, ao mesmo tempo em que se considera completamente correta a ação dos chamados justiceiros, é normal? Clamar pela volta de um regime militar que impunha a ordem, censura e ausência de liberdade, mas como resultado obtinha o progresso econômico, torturas, desaparecimentos e mortes, é normal? Será que exigir que cada cidadão ocupe e exerça obedientemente, seu papel numa sociedade marcada por desigualdades e injustiças de diversas naturezas para que se mantenha a ordem, realmente significa progresso?

O Saber em Três Fases

    Augusto Comte, francês, viveu e desenvolveu seu conhecimento no Século XIX, período em que surge a conhecida linha filosófica do Positivismo. Com o título de "Pai" de tal forma de compreensão das ciências, afirmou existirem três estados de visão do homem, três degraus que deveriam ser atingidos na mesma medida em que o homem evolui, de criança à idade madura.
    A primeira e mais simples perspectiva de conhecimento seria a Teológica, não coincidentemente associada à ideia da crença no Divino, o sobrenatural, ao qual todos os fenômenos seriam atribuídos sem preocupação com justificativas trabalhadas. Não haveria necessidade de comprovação pois, bem como as crianças, os que estivessem nesse estágio partiriam da observação e associação, não da pesquisa, e isso era necessário para que os próximos degraus fossem alcançados pelos mesmos.
    A segunda forma é puramente transitória, sem grandes marcas de mudança se comparada à Teológica. O estado Metafísico pode apresentar, como diferenciação, a unificação de várias forças sobrenaturais em uma só, ou seja, a atribuição de tais fenômenos a uma coisa só, e representa o início da idade de questionamentos da vida humana.
    Como terceiro e mais avançado estágio, temos o Positivo, aquele que representa o mais alto grau de maturidade do homem, em que não basta a imaginação, mas a observação do concreto; em que deixam de importar os porquês, valendo a lógica que o saber sobre um fato gera para previsão dos eventos seguintes. Para esse degrau existem 4 fenômenos de estudo: Astronômicos, Físicos, Químicos e Fisiológicos, mas o verdadeiro e completo sistema de conhecimentos apenas se daria quando houvesse a passagem dos fenômenos Sociais de Teológicos ou Metafísicos ao Positivismo.
    Atualmente, encontra-se a visão positiva na Política, na Economia e, de forma significativa, no Direito. Comte baseou-se na perspectiva determinista, na hierarquia e subordinações, sendo um dos representantes desse conjunto os militares que tiveram intensa participação na Proclamação da República do Brasil, com o lema: Ordem e Progresso.

Diferenças, conservadorismo e rigidez

            Quando pensamos na diferença de classes sociais, não imaginamos que houve algum ramo da ciência sociológica que em sua teoria quis manter essa hierarquia. O positivismo queria manter tudo como era, sem mudanças, era conservador. Por exemplo: um catador de papelão não tem que querer mudar de vida, pois se ele conseguir um emprego melhor, não teria mais quem fizesse seu trabalho. A organização e a ordem eram a base da teoria de Comte, sendo o escrito da bandeira brasileira influenciada por suas ideias.
           A educação teria que ser modificada, pois a religião e a filosofia tradicional eram muito mais valorizadas do que a ciência, a razão e a experimentação.
           Ainda hoje o positivismo está na nossa sociedade, por exemplo, como o direito brasileiro, que é positivado, ou seja, está organizado em normas, escrito para se seguir, mas algumas coisas estão mudando, pois agora se admite a interpretação das normas, pontos de vista distintos com relação a uma mesma norma, diminuindo a rigidez dos códigos e a influência do positivismo na sociedade.

Amanda Rolim Arruda - 1º ano direito noturno

Tentáculos na ciência e na sociedade

     Assim como Francis Bacon e Descartes, o filósofo francês Francis Bacon propôs uma maneira de fazer ciência que assegurava ser o único modo de se chegar à verdade. O Positivismo, doutrina idealizada e construída por Comte, era o método que permitiria a humanidade adquirir verdadeiro conhecimento científico acerca de todas as coisas. A diferença é que Comte foi além em suas ideias, associando o seu positivismo com a reestruturação de toda a sociedade.

     O Positivismo objetiva buscar as leis universais que regem todos os fenômenos da natureza, não se preocupando em fazer conjecturas sobre as causas de tais fenômenos, pois isso faria com que a ciência se distanciasse da verdade. Nesses fenômenos incluem-se os da vida social, estes sendo os mais complexos de serem estudados, segundo Comte. A sociologia é, como diz o filósofo, “o fim essencial de toda a filosofia positiva”, é, portanto, a ciência mais completa, a que abriga os conhecimentos de todas as outras ciências, conhecimentos estes necessários para o processo de construção da sociologia.

      A influência do positivismo é enorme em vários campos da ciência, como na História e no Direito, porém a presença do positivismo não se esgota na academia, pois suas considerações acerca da sociedade também exerceram grande influência no pensamento humano. Muito importante na filosofia positiva de Comte eram os dois aspectos gerais vistos na sociedade: a estática social e a dinâmica social. A estática seria composta pelas instituições e condições presentes e que deveriam ser conservadas dentro da sociedade. A dinâmica seria subordinada à estática e atuaria no progresso e desenvolvimento das sociedades humanas. A estática, portanto, seria a base que permitiria o desenvolvimento da humanidade, daí uma ideia de manutenção do status quo que é bastante criticada atualmente pelos que acreditam que para haver progresso é necessário exatamente o contrário, ou seja, uma mudança do status quo.

    Na atualidade, o positivismo pode encontrar controvérsias e contestações muito pertinentes, porém há de se reconhecer a importância da “filosofia positiva” para as ciências em geral e para a sociedade. Tanto é assim que boa parte dos estudos feitos ainda hoje nas escolas e mesmo nos cursos de graduação de muitas universidades tem um caráter extremamente positivista. Já para observar o influencia que o positivismo deixou para nossa sociedade, basta olhar nossa bandeira, com seus dizeres “ordem e progresso”, que representam claramente a ideia de estática e dinâmica positivistas.

Lucas Mota Plaza - 1 ano - Direito Diurno

Amor, ordem e progresso

  A famosa frase estampada na bandeira brasileira, "Ordem e Progresso", é um dos exemplos do pensamento positivista, filosofia criada por Augusto Comte, que abandona a Teologia e a Metafísica.
  
  Segundo Comte, a construção do conhecimento passa por três estados diferentes: o estado teológico, o estado metafísico e o estado positivo. No primeiro estado o homem explica a realidade por meio de agentes sobrenaturais, buscando conhecimentos absolutos, já no segundo estado, que marca a transição entre a teologia e a positividade, os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas, já o ultimo estado, nega as noções absolutas, preocupa-se com a descoberta das leis que regem os fenômenos, e não as causas, que segundo ele são problemas inalcançáveis, a imaginação subordina-se a observação. Embora defenda que o estado positivo marca o amadurecimento do espírito humano, reconhece a necessidade dos dois primeiros estados para a formação das primeiras conjecturas teóricas.

  As propriedades fundamentais da proposta positivista são quatro: em primeiro lugar, a descoberta racional das “leis lógicas” dos fenômenos, uma segunda conseqüência propõe uma reforma geral no sistema educacional, que rompa com o isolamento das ciências, em terceiro lugar defende que a filosofia positiva exige a combinação de várias ciências, a quarta e última propriedade fundamental considera a filosofia positiva como única base sólida de reorganização social, culpando a coexistência das três filosofias opostas (teológica, metafísica e positiva) pela desordem atual. Enfim para Comte é preciso buscar  “amor como princípio e ordem como base; progresso como objetivo”.

Betina Pereira Rabelo,1º Ano, Direito Noturno.

O Positivismo e o progresso arrebatador

  O positivismo é uma linha teórica da Sociologia criada por Comte, contrário a razão advinda da teologia e metafisica. Assim, os positivistas centraram sua atenção na busca de explicações para fenômenos mais práticos, como leis,relações sociais e ética, abandonando a preocupação por fenômenos externos.
  Em seu método, a fim  de se alcançar o conhecimento, este passaria por três estágios teóricos: o primeiro deles seria o estado teológico no qual agentes sobrenaturais explicariam as causas do mundo ; o segundo seria o estado metafísico em que no lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade e por último o estado positivo ,definitivo, no qual busca-se entender “como” os fenômenos são dados, obtendo as leis naturais através de uma combinação entre raciocínio e observação,
  Comte propunha uma profunda reforma na sociedade através de sua física social, iniciando por uma reforma educacional, a fim de romper com o isolamento das ciências, até a formulação de uma “religião da humanidade” que buscasse por uma verdadeira unidade moral humana, diferente das outras religiões que não seriam totalmente racionais e não alcançariam o pleno altruísmo.
  O positivismo exerceu grande influência em vários países,inclusive no Brasil,onde a máxima “Ordem e progresso” encontra-se estampada na bandeira nacional até os dias atuais,representando as atemporais aspirações por uma sociedade marcada pela justiça,fraternidade e pelo arrebatador progresso.


Gabriela Losnak Benedicto- 1º ano Direito noturno 

Positivismo social


Augusto Comte foi o pai do Positivismo, filosofia que tinha como objetivo a ordem e o progresso e o método científico como seu alicerce. Acreditava que através dessa filosofia seria possível organizar os indivíduos e a sociedade a partir das ciências naturais, tentando dessa forma sistematizar a sociologia.
O Positivismo, que exerceu grande influência no Brasil, é dividido em evoluções do conhecimento, as quais consistem em teológico, metafísico e positivo. A primeira diz respeito ao ponto de partida do conhecimento, aquele que é de certa forma intrínseco ao ser humano e explicado por forças sobrenaturais; a segunda é a transição entre as duas divisões, substituindo as forças sobrenaturais por abstratas; a terceira corresponde à evolução racional, transformando essas forças abstratas em leis naturais concretas e com total entendimento pelo homem, tornando-o capaz, portanto, de modificar e dominar a natureza.
Comte previa também que a formulação dessas leis facilitaria, além do domínio da natureza, a construção social. Afirmava que a análise científica na sociologia constitui o núcleo da sociedade, permitindo, portanto, a organização social e política, constituindo uma sociedade plena e evoluída dos conflitos presentes no contexto histórico em que viveu.


Amanda Segato e Ciscato - 1º ano Direito noturno

Ordem e Progresso

          O positivismo de Augusto Comte, ainda presente em nossa sociedade e em nossas ciências após dois séculos de sua criação, nos diz que só há progresso em meio à ordem e que é o positivismo que garantirá ambos. Para isso, Comte começa explicando que existem três estados do desenvolvimento do pensamento humano e que todas as ciências vão passar por eles: o estado teológico (onde tudo é explicado através de forcas divinas), o estado metafisico (onde forcas sem forma ou face são a causa de todos os fenômenos) e o estado positivo (onde tudo é explicado através de leis gerais).
            Entretanto, o positivismo foi utilizado como justificativa para a “supremacia europeia” ao defender que todas as sociedades devem alcançar o mesmo nível de evolução e que algumas, por serem mais evoluídas, devem levar o progresso àquelas menos desenvolvidas.

            Hoje, o positivismo esta fortemente presente no Direito brasileiro, já que nossas leis são escritas, gerais, e logo, positivadas. A herança do positivismo não deve ser vista com maus olhos e sua importância é inegável, porem, atualmente é necessária uma visão que agregue mais do que apenas a lei escrita para se ter um Direito eficiente em nosso país, uma vez que nossa sociedade não é simples e portanto não pode  submetida às regras gerais do estado positivo.

Felipe Reolon - Turma XXXI Direito - Noturno.

Comte, da Sociologia ao Positivismo

Auguste Comte cresceu e viveu em uma época turbulenta. Seu país, a França, oscilava entre revoluções e o despotismo; as relações econômicas, sociais e de produção se modificavam à medida em que emergiam a técnica e as indústrias; até mesmo o próprio conhecimento abandonava o antigo cunho teológico e passava por uma racionalização. Foi dessa condição que Comte, perante um mundo desorganizado, iniciou seus trabalhos acerca de um método. Este tinha como objetivo a compreensão do homem e da natureza através de uma análise fragmentada e despida de influências sensoriais, o que deu origem aos estudos sobre o homem em uma esfera particular, consagrando o filósofo francês como o pai não somente da Sociologia, mas do Positivismo.
Nesse sentido, a Sociologia surgiu com a necessidade observada por Comte de se estudar o ser-humano e suas relações em sociedade de maneira científica, metódica e objetiva, assim como o era com as Ciências Naturais. Com isso, criou uma nova ciência, construida acerca de uma analogia entre a sociedade e um organismo vivo, como o corpo humano, na qual cada comunidade, ou até mesmo indivíduo, possui um papel crucial para um bom metabolismo. Ademais, o filósofo inovou, ainda, ao criar uma corrente sociológica, filosófica e até política, que apontava o conhecimento científico e a comprovação através do método como únicas formas válidas de conhecimento e prova. À esta corrente denominou Positivismo e à ela estavam subordinadas todas as ciências, inclusive a Sociologia. Tem, ainda, como características marcantes a recusa aos sentidos como forma de aprendizagem e, sobretudo, tem um cunho progressista e modernista condizentes com seu tempo.
A filosofia de Comte foi definitivamente um marco para seu tempo, influenciando inúmeros pensadores dos séculos XIX e XX. Consequentemente, a prioridade do cientificismo em detrimento das outras formas de entender o mundo definiu um novo sistema de ensino básico com enfoque nas ciências exatas e naturais, revisou os conceitos de legislação e religião e, ainda, justificou diversas ações etnocêntricas em nome da "evolução".

Sofia Andrade - Noturno

Ordem e a sociologia


      Auguste Comte, o pai do positivismo, foi um exponte que englobava os principais aspectos de sua época de uma maneira única. Originário da época em que a França vivenciava o governo de Napoleão Bonaparte, foi fruto das escolas técnicas criadas pelo Imperador, que visava a industrialização do país. Somado a essa formação cientificista, incorporou completamente as obras de René Descartes e de Francis Bacon sobre a epistemologia científica, consolidando uma nova escola de pensamento assim como uma nova área do conhecimento: a sociologia.

      "O amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por meta". Estando assim definida a linha de pensamento do positivismo, Comte deixa claro a rigidez científica de sua filosofia, e, mais importante, seu fim: o progresso técnico. No entanto, é passível de dúvida como que seria alcançado progresso técnico em uma área de estudo tal como a sociologia, ou física social, como a chama o autor. Com a devida análise, em que o exemplo mais claro é o lema positivista da bandeira brasileira, "Ordem e Progresso", fica evidente que a influência de tal campo do conhecimento no avanço pretendido pelo autor seria justamente através da instauração de ordem social.

      Tomava-se como essencial para a manutenção da ordem que certos princípios básicos fossem tidos por toda a população, e que também abrissem mão de certos conceitos "obsoletos" em prol do bem comum, caso contrário resultaria em uma total anarquia intelectual e um Estado e instituições frágeis e temporários.

      Na prática, a manutenção da ordem em conjunto com as "leis sociais" e a necessidade da "extirpação" de certos conceitos para a estabilidade estatal mostram uma tendência à ditadura. Justamente o conceito de "ordem" traz consigo uma disciplina que, em teoria, não deveria ser quebrada, que explica a grande aceitação das forças armadas ao positivismo, sendo um exemplo clássico o exército brasileiro.

      Ao tentar enquadrar uma "física social" nos mesmos moldes das outras ciências, Comte não leva em conta a mutabilidade do homem, que, de acordo com Maquiavel, é a única constante em nossa espécie, ou seja, as instituições sempre serão transitórias. Embora os esforços para a criação da sociologia sejam louváveis, com grandes implicações no entendimento da sociedade, a mesma, se tida como ferramenta de controle, inevitavelmente será fracassada ou imposta à força.
     
Lucas Laprano - 1° ano Direito Noturno - Turma XXXI


Lembro-me de todas as vezes de que tive me esconder no porão de minha casa por causa de terremotos. Das inúmeras vezes em que acordei com o chacoalhar do chão, do barulho das coisas se quebrando ao caírem, dos gritos de desespero de minha mãe e de minhas irmãs, de meu pai perguntando se todos nós estávamos bem. É curioso, agora eu vejo, das transformações de minhas teorias sobre terremotos. Quando eu era um garotinho, pensava que Deus estava chateado conosco e, por isso, fazia a terra tremer enfurecidamente, castigando-nos por causa de nossos pecados, pela nossa falta de comprometimento em seguir seus ensinamentos. Quando eu era rapaz, pensava que os terremotos eram causados por forças ocultas, uma mistura de Deus e da natureza, não sabia muito bem ir além dessa explicação. Hoje, já com as minhas algumas décadas de vida, sei que terremotos são abalos sísmicos ocasionados na crosta terrestre, causados por alguns motivos que me limitarei a não explicar.

Yanka Leal - Direito Noturno - 1° ano

Cada Macaco Tem Seu Galho

Cada macaco no seu galho
Cada galho com sua árvore
Cada árvore com seu nome
De acordo com sua taxonomia
Era como Comte queria, como Comte dizia.

Na sua orquestra a Ciência era a grande maestra
Mitos e crenças não participavam
A ordem e o progresso eram os mandamentos que reinavam
Assim como Comte proferia, como Comte dizia.

Se você fosse um macaco
que quisesse trocar de galho
Você não poderia
A ordem não permitiria
“Cada um tem seu lugar”, era o que Comte dizia.

O mundo está cheio de macacos
Querendo trocar de galho
Para um galho com menos trabalho, e com mais salário
Com menos doença e mais saúde
Com menos maldade e mais virtude
Mas estes galhos são raros
E se todos os macacos ficarem juntos nos bons galhos
 os galhos quebram, e a árvore se vai
Era o que Comte dizia, o que Comte defendendia.

Eu não gostaria de ser um macaco
Se Comte mandasse no mundo
Porque macacos pulam de galho em galho
E entendem que liberdade vem antes de qualquer ordem.
Era o que Comte desaprovaria, o que Comte repudiaria.


... Por 21 anos os macacos do Brasil permaneceram presos em seus galhos.
(Em memória à Ditadura Militar, na qual o Estado, com o intuito de manter a ordem, torturou muitos inocentes que protestavam a favor da democracia. A esses guerreiros, minhas eternas admirações e agradecimentos.)


Daniela Antônia Negri 1o ano Diurno.