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domingo, 26 de abril de 2015

Bacon a favor da vida jurídica

Francis Bacon foi um grande filósofo inglês que viveu entre os séculos XVI e XVII, além de ser um ensaísta e um político. Ele foi precursor da filosofia moderna e um empirista, tendo como uma de suas mais famosas obras o "Novum Organum".

Ele enfatiza neste texto a importância da experiência para a interpretação do mundo. Para ele, o método indutivo, base do pensamento dos antigos filósofos gregos, não tem aplicação prática. O único jeito de chegar ao verdadeiro conhecimento científico é por meio de experimentos seguidos, buscando sempre um resultado constante. O conhecimento sem uma finalidade não tem relevância alguma para os homens, já que "o conhecimento deve deve ser obtido para gerar o controle sobre a natureza" e "saber é poder", de acordo com o próprio Bacon.

Esse texto se relaciona ao direito porque existem sempre alterações nos códigos de leis de acordo com "experimentos" de certas leis com a população. Ou seja, esse texto se encaixa perfeitamente na realidade jurídica brasileira por se basear na experiência para atingir o melhor resultado possível. Bacon, ao meu ver, é uma grande base nesse quesito, pois as leis tem que ser ajustadas de acordo com a necessidade das pessoas.

Caio Mendes Guimarães
Direito noturno

A Natureza em Nosso Favor

Ao avaliarmos a relação natureza e  homem, observa-se que a natureza supera e muito toda a complexidade do intelecto humano, visto que, o homem ainda que se favoreça e muito desta relação, reconhece ou pelo menos deveria de que não a pode vencer. Evidentemente que os benefícios alcançados nesta relação não pode-se dizer que são trocas equivalentes, ao passo que, a natureza sempre fica com algum tipo de prejuízo, e ao crer o homem de que este efeito não se reverte contra ele mesmo comete um grande engano.
É uma linha fina que separa os engenhos humanos do limite da natureza em ajudar o homem, por diversas vezes tentou homem testar a resistência desta linha e quando rompida esta linha as mais diversas tragédias podem ocorrer algumas delas de reação imediata outras ocorrem lentamente, porém  deixam sequelas irreparáveis. 
Francis Bacon já afirmava em sua obra NOVO ORGANUM (1620) de que a natureza não se vence, se não a obedecemos, no entanto podemos claramente faze-la nossa aliada, respeitando-a e deixando ao que cabe a ela fazer e nós a contemplarmos, e a nós fazermos todas as antecipações necessárias para nos precavermos contra qualquer manifestação de sua vontade.


Lemuel Dias
1° Ano Direito - Noturno
Aula 3

Filosofia grega tão inútil assim?

 Francis Bacon , importante filósofo inglês , defende em sua obra ``Novum Organum´´ que a filosofia grega é pouco útil aos humanos , visto que os diálogos são longos e cheios de argumentações , porém são pouco produtivos no sentido de melhorar a vida dos homens. Tal afirmação se encontra no seguinte trecho de seu texto :  de toda essa filosofia dos gregos e todas as ciências particulares dela derivadas, durante o espaço de tantos anos, não há um único experimento de que se possa dizer que tenha contribuído para aliviar e melhorar a condição humana.
 Todavia , essa visão de Bacon é tão válida assim? Leucipo e Demócrito a mais de dois milênios pensaram na ideia do átomo. Ideia essa que para Bacon ,  mesmo sendo verdadeira , não ajudaria em nada na melhoria da situação do homem . Porém ,atualmente, esse início de teoria se tornou algo tão importante para o destino da humanidade , não só positivamente mas também pelo lado mais maléfico de suas utilidades.Desde a produção de energia até a utilização em armamentos de destruição em massa , a ideia de átomo dos filósofos gregos está muito presente.
  Mesmo o inglês sendo um dos principais filósofos da corrente dos empiristas, algumas de suas ideias podem ser facilmente contestadas atualmente. É óbvio que ele não tinha como saber do desenvolvimento da ciência subatômica , mas isso não nega que suas ideias são , em certas partes , precipitadas.
 Eric Okino
 Direito Noturno

Sobre Bacon e Livros

        Em "Novum Organum", publicado em 1620, Francis Bacon discorre sobre a importância do método empírico, fundado por ele, no avanço da ciência e no crescimento interior do homem. O pensador inglês postula que, antes de qualquer outra linha de pensamento para a avaliação do mundo, a experimentação é essencial para o conhecimento das coisas e da busca pela verdade. Isso pois, segundo o autor, a importância do acúmulo de conhecimento baseado na razão existe, porém esta possui limitações para provar sua própria veracidade, problema que acredita ser resolvido somente com a observação de experiências vividas.
        Para Bacon, a teoria nem sempre se prova real na forma prática, e para ele, este é o ponto em que a fé no método racional se torna perigosa. Seu posicionamento é claro: o estudo das ciências tem como finalidade a obtenção de algum tipo de melhoria na condição humana. Assim, o inglês faz uma crítica contundente aos gregos e aos seguidores de sua filosofia, apontando que de nada contribuíram para tal fim, uma vez que seus pensamentos residiram quase exclusivamente no plano ideal, sem aplicações práticas viáveis garantidas.
        O método empírico proposto por Francis Bacon em sua obra não é somente atual, como permanente, no que diz respeito ao homem. Uma das características humanas mais notáveis é a capacidade de memorização das experiências vividas, habilidade não conferida aos outros animais. Tanto no plano físico quanto no mental, é nítida a influência dos processos pelos quais as pessoas passam na constituição do seu caráter e na forma como interpretam situações posteriores. Uma analogia simples do plano físico seria uma criança aprender que não convém colocar o dedo na tomada depois de levar um choque na primeira tentativa. Ao olhar a tomada, ativa-se a lembrança da dor do choque, a qual permite um julgamento mais preciso sobre repetir ou não a atitude. Assim também se dão as situações de cunho meramente pessoal ou emocional, ligadas ao entendimento das atitudes de outras pessoas e seus efeitos. O ser humano está a todo tempo tentando entender a si próprio enquanto estuda os outros ao se redor e a interação destes com o mundo, esperando a repetição de circunstâncias que lhe façam sentido com base naquilo que tem como verdade vivida.
        Dessa forma, metaforizando, o ser humano pode ser visto como um livro, enquanto seus ensaios constituem os capítulos das histórias que compõem a obra da vida de cada indivíduo. O livro pode, por vezes, possuir finais semelhantes, porém seus entremeios tem cada qual sua singularidade, que conferem a complexidade inerente a natureza humana.


Nicole Vasconcelos Costa Oliveira
Direito diurno, 1º ano
Introdução à sociologia, aula 3

A aplicação do método de Francis Bacon.

A contribuição de Francis Bacon para o mundo científico é inquestionável. Conhecido como o fundador da ciência moderna, Bacon foi pioneiro no empirismo inglês, âmbito que tem na experiência o caminho para se chegar ao conhecimento, fato que coloca a ciência como representação do mundo.
Em sua principal obra, “Novum Organum”, o filósofo expõe a necessidade que a ciência vigente em sua época tinha de passar por uma restauração, visto que, segundo a crítica do autor à filosofia tradicional, o conhecimento não deveria ser apenas um exercício da mente, pautada por deduções infundadas, sendo ela ocupada pelos “usos do convívio cotidiano” e por “doutrinas viciosas”. Tais distorções da mente levam o ser humano a um mundo de fantasia, distante da sabedoria e da luz do conhecimento.
Através de aparelhos chamados de “ídolos”, Bacon retrata as falsas percepções de mundo, destacando fatores arraigados na mente humana que não permitem o pleno uso da razão e não deixa que a mente se guie por si própria, sendo necessário a superação da idolatria para absorver o real conhecimento. A partir disso, é possível estabelecer um paralelo com a teoria iluminista de Kant, a qual diz que o iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade, a qual traduz-se como a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de terceiros.
Portanto, conclui-se que o método apresentado por Bacon em sua obra é condizente com a realidade atual, sendo a crítica exposta pelo filósofo totalmente adequada à sociedade contemporânea. Além disso, vê-se a necessidade que a ciência possui de estar em constate estado de inovação para que seu objetivo seja alcançado.

Luís Felipe Oliveira Haddad
1º ano – Direito noturno
Introdução à sociologia, aula 3.

Francis Bacon entre quatro paredes

Francis Bacon é um filósofo inglês nascido no ano de 1561 que, portanto, viveu às luzes do renascimento e da Idade Moderna, (período de diferenciação dos costumes e tradições medievais) e ocupou, ao mesmo tempo, o papel de agente ativo e passivo das correntes filosóficas que se delineavam na época.
A obra de Bacon, “Instauration Magna Scientiarum” mais especificamente, o capítulo ll – Novum Organum Scientiarum, traz como grande contribuição uma metodologia racional sobre o estudo da ciência, que tem como particularidade - e isto é um dos fatores que a diferencia da de Descartes - a proposta da experimentação como ponto chave para se chegar à razão.
Desta obra depreende-se que o que não pode ser visto na experiência (conhecimento empírico), não serve para a ciência, assim então, o pensamento carece da explicação daquilo que pode ser interpretado.
Apesar desse filósofo pertencer ao século XVl, os preceitos de sua corrente filosófica são possíveis de serem encontrados, por exemplo, numa das formas de atuação do Direito na sociedade atual;
Em 1977/06/28, no Brasil, foi promulgada a emenda constitucional nº9, mais comumente conhecida como lei do divórcio. O objetivo desta norma era o de extinguir os vínculos advindos do casamento entre aqueles que desejavam se separar, proporcionando assim, proteção jurídica a um possível novo relacionamento. Vale salientar que, antes dessa norma, era permitido somente o “desquite”, ou seja, a partilha de bens e o fim da convivência matrimonial sem, no entanto, desatrelar-se juridicamente.
Este fato pode e deve ser relacionado à teoria de Francis Bacon justamente por que a criação desta norma advém de uma demanda da sociedade de regulamentar legalmente a necessidade de separação jurídica de fato, entre aqueles que já se encontravam separados de corpo; Portanto, a experiência empírica da própria sociedade, levou a uma mudança teórica dentro do Direito.

Ana Paula De Mari Pereira                     Direito – Matutino    Turma XXXll


  

Bacon e a fundação da ciência moderna


 Em sua concepção de conhecimento com a finalidade social e prática de transformação da condição humana, Francis Bacon, o iniciador do Empirismo como corrente filosófica, inaugura um novo ideal de Ciência e domínio da natureza. Ao pregar a interpretação do mundo por intermédio da experiência, bem como a observação e tradução da realidade como fundamentais à concepção de razão, Bacon sistematiza os elementos fundamentais à explicação da natureza íntima das coisas em seu aspecto de experiência material, do que existe e pode ser observado.

 A Ciência abandona sua forma meramente contemplativa e tem instaurada sua importância na transformação e construção de algo relevante à sociedade, o que dimensiona uma nova ideia de Modernidade: utilizada como instrumento para os propósitos civilizatórios da burguesia vigente, bem como para a compreensão do processo produtivo da época. Liberta o homem da situação de dependente da natureza e o coloca na posição de dominador, o que pode ser considerado a matriz do Capitalismo como hoje é conhecido.

 Ao criticar a ciência como mero exercício da mente (guiada por si mesma), assim como constatações alcançadas somente pelo raciocínio ou suposições, sem o devido amparo da realidade, Bacon estabelece falsas percepções do mundo, denominadas por ele de "Ídolos". Apenas com a superação de tais percepções equívocas e com a regulamentação da mente por mecanismos da experiência, a ciência como descoberta e interpretação do mundo é possível. 

 A atualidade de Bacon está na descoberta científica como compreensão da natureza. A busca de novo conhecimento por meio da exploração e experimentação ilimitada, o que posteriormente influência o Materialismo Dialético de Marx: a razão firmada no mundo real, compreender o mundo para propor sua transformação. A ciência baconiana leva em conta a verdade íntima das coisas e, por não pretender encaixar o mundo em suas ideias, se faz transformadora ao descobrir e interpretar o mundo como ele o é.

Alice Rocha - 1° ano Direito - Noturno

Francis bacon e o senso comum

 De acordo com Francis Bacon, as antecipações são mais facilmente aceitas pelo senso comum visto que elas são baseadas em poucos eventos familiares, diferentemente das interpretações que são elaboradas através de muitos fatos, dispersos e distanciados. Portanto, para o senso comum uma interpretação racional soa como algo muito irreal.
  Transpondo a teoria de Bacon para os dias atuais, fica fácil de entender por que a opinião predominante, no Brasil, sobre temas polêmicos muitas vezes não passa do senso comum. Como é o caso da redução da maioridade penal, por exemplo, em que mais de 90 por cento da população é a favor, mesmo com estudos mostrando que os jovens são responsáveis por apenas 0,9 % dos crimes no país além de outros motivos contra a redução. No entanto, o caminho do pensamento comum é menos elaborado, ou seja, ao invés de analisar todos os fatores, leva em conta apenas os fatos com maior destaque. Um exemplo, é a notoriedade que os casos de crimes violentos cometidos por menores ganham na mídia e são usados pelo senso comum como base para construção de um pensamento.
  Não é apenas com a redução da maioridade penal em que esse método de pensamento comum é utilizado, mas também em vários outros tópicos como aborto, casamento gay e entre outros.
 
Luís André, 1º ano direito noturno

Ídolos Contemporâneos

     Tomando como base os escritos de Francis Bacon, é possível notarmos no dia-a-dia de um homem comum da atualidade a presença dos quatro tipos de ídolos descritos pelo autor. Quantas vezes não somos afetados por nossas paixões? É possível observarmos isso em um torcedor de futebol, que muitas vezes após uma derrota de seu time acaba por cometer atos de extrema violência, cego pelo seu amor ao time acaba por tomar ações de alta intolerância ou violência. Para Bacon isso seria classificado como os ídolos da tribo a percepção do mundo é alterada de acordo com as paixões do indivíduo.
      No caso dos ídolos do foro é possível observá-lo na prática quando olhamos para a forma como as relações sociais influenciam na forma que entendemos a nossa realidade. As pessoas com as quais nos ligamos e compartilhamos pensamentos trazem para nossa vida outros olhares e formas de perceber a realidade, muitas vezes no entanto, acabamos por nos deixar influenciar, por essas relações de forma cega, como quando um jovem se interessa por uma moça e passa a tomar certas atitudes apenas para impressioná-la, mesmo que essas atitudes contradigam suas convicções.
      A mente humana muitas vezes procura refúgio em idéias que se baseiam estritamente na crença de um indivíduo no sobrenatural. É o caso da astrologia por exemplo, embora não haja nenhum embasamento científico para comprovar sua funcionalidade muitas pessoas tomam esse conhecimento como verdadeiro pelo simples uso da fé. Bacon toma essa forma de perceber a realidade como os ídolos do teatro.
      Por fim, temos os ídolos da caverna, são representados por relações mais individuais que o homem tem para com sua formação e o mundo à sua volta, se imaginarmos a vida de uma pessoa e como ela passa por diferentes experiências e contatos com o mundo das idéias é possível entendermos o motivo desses ídolos serem os mais variados possíveis, devido à complexidade da teia de experiências de vida que uma pessoa pode ter.
        Francis Bacon discursou sobre os ídolos de seu tempo, porém como podemos ver estes ídolos perpassam gerações e mantêm-se presentes até os dias atuais. Não seria então tolice dizer que os textos de Bacon são extremamente atuais, embora tenha sido escrito em outra época e sociedade.

Iago de Oliveira Taboada
Introdução à Sociologia
Aula 3

O Bacon está na mídia

Francis Bacon ao escrever sua obra “Novum Organum” construía ali uma nova linhagem à respeito da ciência moderna e sua tão procurada busca pela eficiência. O método baconiano é pautado na experiência como fonte do conhecimento capaz de operacionalizar a vida humana e, assim, ser concreto e não superficial de acordo apenas com a observação dos fatos.
Diante disso, o inglês critica as filosofias escolásticas e atenua na ineficiência do pensamento aristotélico ao defender que o conhecimento não atinge a natureza em toda sua plenitude apenas baseado no pensamento silogístico. Ademais, em sua obra, relata que o conhecimento humano é interferido por falsas visões do mundo o que ele chama de “ídolos”, estes são classificados em ídolos da tribo, da caverna, do foro e do teatro. O primeiro remete-se pela própria mente humana, em absorver e defender o que agrada e assim muitas vezes gera a generalização, o segundo faz-se presente pela educação familiar e social que o homem está inserido, o terceiro introduz-se graças à força da palavra que ganha o espírito humano, já o último imigra no espírito humano em forma de doutrinas. São, principalmente mediante a elas que Bacon indaga o seu método de distanciar, ao máximo, os sentidos, as conveniências e os interesses do homem para edificar o conhecimento factível.
O pensamento de Bacon situado no século XVII está engajado na contemporaneidade apenas refletindo no que o filósofo chamou de “ídolos da caverna”. A atualidade compõe-se, paulatinamente, pela rede midiática que hora após hora estampa em celulares, televisores, jornais, revistas e afins informações que cercam o homem. Porém, como se pode obter a certeza desses conhecimentos, suas fontes e o conteúdo sendo que esse sistema midiático sempre pertence a outrem que possui seus próprios interesses e verdades? “Pois o homem se inclina a ter por verdade o que prefere”. (Francis Bacon, “Novum Organum”).

Portanto, a importância da reflexão para que se possa aspirar o conhecimento de forma vasta e segura é necessária, mediante a tantas possibilidades de ciências e verdades que se obtêm na atualidade. Além disso, enfrentar barreiras como os dogmas, e preceitos pré estabelecidos que compõem de alguma forma a sociedade, é essencial para uma melhor visão de mundo e conhecimento segundo o método descrito.

Ana Caroline Gomes da Silva, 1º ano Direito noturno

Bacon na vida de José

    Todo dia José faz tudo sempre igual: levanta com seu despertador às 5:00 da manhã, prepara o café, busca pão enquanto seus filhos e sua esposa se levantam; tomam todos juntos. Ele leva os filhos para a escola enquanto sua esposa vai para o trabalho. Ele chega à empresa às 7:00, a tempo de se preparar para seu trabalho como metalúrgico, que dura o dia todo. Chega a sua casa por volta das 18:00, e seus filhos e sua esposa já estão lá. Ele ajeita algumas coisas da casa, toma banho e passa o resto da noite vendo TV e lendo jornal. Sua vida já assim há 25 anos.
    José é um homem trabalhador, e merece todos os direitos que podem ser assegurados a essa classe. Merece sua jornada semanal, receber por horas extras, feriados e férias remuneradas. Merece tudo o que o sindicato o garante. Mas José queria uma vida melhor, claro. Queria um carro do ano, uma casa na praia, viajar para outro país nas férias, os filhos em faculdades boas. A vida de José vai além de seu trabalho, mas nem sempre isso é levado em conta.
    José é um exemplo do pensamento do filósofo Francis Bacon, que, em sua obra Novum Organum, diz que o experimento dá fundamento à razão. O pensador propõe uma análise do mundo a partir da experiência, na observação e na constatação do que nele há de real; um olhar empírico sobre os eventos mundanos, para, a partir daí, entender e definir o que é a sociedade, e o que ela demanda na prática, e não somente na análise de mundo a partir do resultado que se quer obter. Defendendo a interpretação do mundo do mundo a partir de seus fatos reais, José se é um exemplo, pois suas vontades são vistas e garantidas com base no que se deduz sobre a rotina de homem trabalhador, e muitas vezes são esquecidas a profundidade e complexidade que se adquire quando se leva em conta suas vontades e ambições.

    José é um homem trabalhador que vive sua vida tranquila e assegurada. Mas claro, José queria mais.

Júlia Veiga Camacho
1º ano Direito Diurno
Introdução à Sociologia - aula 3

Loira burra

Questionado por Francis Bacon em sua obra Novum Organum, o chamado método de "antecipação da mente" pode ser relacionado com a criação de estereótipos. Muito utilizado pelo filósofos da Antiguidade, esse método remete ao conhecimento contemplativo:  "consiste no saltar-se das sensações e das coisas particulares aos axiomas mais gerais e, a seguir, descobrirem-se os axiomas intermediários a partir desses princípios e de sua inamovível verdade".  

Estereótipo por definição é a criação de um padrão baseado em uma opinião simplificada. Desse modo, esse conceito se relaciona com o método de antecipação da mente, já que o conhecimento contemplativo também não tem, de acordo com a filosofia baconiana, um embasamento experimental relevante para se obter a verdade.

O enraizamento de certos estereótipos em nossa sociedade pode ser explicado, justamente pelo fato das antecipações da mente serem o alicerce do senso comum, pois estão fundamentadas em experiências familiares. Ademais, nas palavras de Bacon: " erros radicais perpetrados na mente, na primeira disposição, não se curariam nem pela excelência das operações nem pelos remédios subsequentes".

Assim, o conhecimento baseado na experiência se mostra muito importante para a quebra de padrões. "A lógica tal como é hoje usada mais vale para consolidar e perpetuar erros, fundados em noções vulgares, que para a indagação da verdade, de sorte que é mais danosa que útil".

Isabela Ferreira Sastre
1º ano Direito Diurno
Introdução à Sociologia - aula 3

A afirmação inviolada da classe média e o esquecimento da experiência própria

         Grande pensador que viveu entre os séculos XVI e XVII,o filósofo inglês Francis Bacon é considerado,graças à defesa do uso do método científico que se utilizava da experimentação e da observação guiadas pelo raciocínio lógico para a obtenção de fatos verdadeiros,um dos fundadores da ciência moderna.
         Na obra "Novum Organum",Francis Bacon aponta um interessante fato sobre o intelecto humano,no qual diz que esse,quando assente uma convicção (ou por já bem aceita e acreditada ou porque o agrada),tudo arrasta para seu apoio e acordo.E,ainda que em maior número,não observa a força das instâncias contrárias;despreza-as,ou,recorrendo a distinções,põe-nas de parte e rejeita,não sem grande e pernicioso prejuízo.Dessa maneira,a autoridade daquelas primeiras afirmações permanece inviolada.
         Tal reflexão descreve com maestria a maneira de pensar,de ser de parte da população brasileira que teima em criticar a aplicação de programas sociais governamentais em prol dos menos favorecidos economicamente do país.Recentemente realocados em classes com maior acesso a produtos e serviços graças à melhora do desempenho do Brasil no cenário econômico mundial,principalmente nos últimos 13 anos,a nova classe média parece ter esquecido seu recente passado não tão vistoso nem farto ao classificar como vagabundos àqueles mais carentes que hoje dependem de programas sociais como o "Bolsa Família" a fim de conseguirem sobreviver.
         Sendo tão bem descrita por esse ponto do filósofo,esta camada egocêntrica e egoísta da sociedade brasileira deveria amparar-se no método da experimentação de Francis Bacon a fim de não esquecer as experiências pelas quais passaram e assim compreender,finalmente,que os programas sociais do governo não são "sustento de vagabundos",mas sim um trabalho que busca ampliar a classe média que tem acesso ao básico para viver;um trabalho que via esmiuçar a quantidade de sobreviventes e aumentar a de viventes no país. 

Rafael dos Anjos Souza
Turma XXXII -Direito Noturno.

Os Ídolos da caverna e as massas.

Em sua obra Novum Organum, Francis Bacon defende que a razão sozinha não é o bastante para o alcance da verdade. Isso ocorre porque a razão gera respostas não práticas, devendo, portanto, ser guiada pela experiência e utilizada de modo indutivo: ir gradualmente, do conhecimento particular ao geral.
Segundo o Bacon, há outro obstáculo na obtenção do conhecimento científico, que ele denomina de “Ídolos”, os quais são enquadrados em quatro pilares: Ídolos da tribo, relacionam-se às distorções da mente humana; Ídolos da caverna, vinculam-se às relações estabelecidas pelo homem com o mundo ao seu redor; Ídolos do foro, os quais referem-se ao indivíduo e suas relações sociais; Ídolos do teatro, que se situam nas representações teatralizadas e impregnadas de equívocos e superstições.
Todos estes pilares são muito atuais e visíveis em nossa sociedade, como, por exemplo, na estreita relação existente entre o conceito dos Ídolos da caverna e as informações que o mundo ao redor do indivíduo fornece, como a sua formação, educação, leituras, e a influência midiática no pensamento das massas. Tal fenômeno pôde ser notado na última eleição presidencial ocorrida no Brasil, quando o antipetismo foi semeado pela grande mídia através de notícias com teor selecionado e publicadas em momentos estratégicos. A execução mais óbvia desta manobra foi a publicação, pela revista Veja, na semana anterior ao segundo turno, da matéria de capa a qual dizia que Lula e a presidenta Dilma sabiam sobre as transações corruptas ocorridas na Petrobras. A revista, entretanto, não possuía provas concretas para sustentar as acusações, portanto tinham o objetivo de ferir a imagem de Dilma Rousseff e, assim, influir no resultado das votações. Mesmo com a reeleição da presidenta vemos o desenrolar do sentimento antipetista nos pedidos de impeachment, ainda alimentados pela grande mídia.
Logo, podemos notar que conceitos baconianos, como a presença dos Ídolos e a antecipação da mente, são ainda bastante atuais e relevantes na sociedade pós-moderna e influenciam e se fazem presentes nos fenômenos sociais hoje. Fazendo, assim, com que a teoria de Bacon não se torne ultrapassada e continue válida como instrumento de análise dos fatos contemporâneos.

A importância da experiência para o estudo do Direito

Francis Bacon em sua obra Novum Organum, de 1620, discute a importância da experiência e do experimento para a ciência, considerando-os como parte essencial do caminho até a razão e apresentando uma nova maneira de se fazer ciência, considerando que um experimento não deve ser feito para provar uma tese e sim a tese que deve ser formulada a partir dos experimentos para que não haja manipulação dos resultados.
Ao considerar o Direito como uma ciência social aplicada, podemos observar a importância de experiências anteriores: é indispensável ao estudo jurídico a análise das necessidades que a sociedade apresenta em determinada época e a resposta que o Direito elabora para essas questões, de um “caso” e a maneira como os códigos são aplicados e interpretados.
Podemos, a partir desse exemplo, perceber que o pensamento de Bacon continua atual mesmo depois de quase 400 anos, evidenciando a grandeza de sua filosofia.


Giovanna Narducci Turoni
1º Ano Direito Diurno

Idolatria Manipulativa


     Importante filósofo inglês  do século XVI,Francis Bacon desenvolveu um significativo método de pesquisa  baseado na experiência,inovando o cenário filosófico.Para ele,assim como para René Descartes,os sentidos ludibriam o intelecto humano,já que este é cheio de falhas e fraquezas.Assim,em sua obra intitulada “Novo Organum” ,são apresentadas diversas formas que impedem a razão humana de se manifestar plenamente,tratando principalmente da mais perigosa:a idolatria.
     Segundo o autor, os ídolos possuem quatro vertentes: os da tribo; os da caverna; os do foro e os do teatro. Na realidade contemporânea, o senso comum domina com seus falsos silogismos, visto, por exemplo, na teoria socialista. Nela, os sentidos humanos demonstram-se enganosos ao buscarem uma integração inalcançável e baseada, portanto, principalmente em um dos piores ídolos- os da caverna. Este se guia pelos homens enquanto indivíduos, trilhando uma caverna que os priva da luz da natureza, o que impossibilita aos homens ver a verdadeira realidade.

     Assim, a idolatria, alojada profundamente no intelecto humano, é um mal a ser combatido. Para o filósofo empirista, ”o homem se inclina a ter por verdade o que prefere”, portanto para que essa realidade mude -ou ao menos diminua- é necessária uma intervenção profunda no intelecto humano, por meio de doutrinas que prezem a experiência e não silogismos.

Cibele Lasinskas Machado-direito noturno

Francis Bacon e a experimentação

Bacon se consagrara um grande filósofo e pai do empirismo moderno ao propor seu novo método, o indutivo, para se atingir o conhecimento. Tal instrumento se servia, sobretudo, da experimentação da natureza para tentar chegar a uma ideia que pudesse ser repetida.

Mesmo tendo antecipado o Discurso do Método, já fazia críticas ao uso exclusivo do racionalismo proposto por Descartes, uma vez que considerava os esforços da mente, pautados pela dialética, passíveis de erros. Isso se deve ao fato da mente humana dispor do que ele chama de “ídolos”, isto é, falsas percepções do mundo.

No campo das relações sociais, dois desses ídolos estão constantemente presentes: os da caverna e os do foro (ou comércio). Primeiramente, os ídolos da caverna se baseiam na questão da formação de cada indivíduo, pois cada qual dota de pré-juízos dos quais, muitas vezes, não se desfaz, mesmo com provas contrárias a eles. Já os ídolos do comércio, se dão devido as divergentes formas de interpretação sobre informações vindas de contatos pessoais.

Além disso, também critica a filosofia tradicional, tal como René, afirmando que esta era meramente contemplativa e, não visando promover possíveis benefícios aos homens.


Por fim, Francis Bacon compara um bom empírico a uma abelha, já que ele aproveita o que a natureza e as experiências o oferecem, e por uma arte própria racionaliza tais informações e as organiza de forma ascendente, visando uma base confiável para o conhecimento adquirido.

Gabriel Gonçalves Zanetti - Direito Noturno

Cura da mente?

Sei que dois e dois são quatro.
Porém, que efeito possui tal conhecimento e prudência
Se a mais inestimável das coisas, a experiência,
For subestimada – como fez Descartes
Valendo-se sobretudo da razão e suas partes?

Um novo método seguirei então:
De Aristóteles, refutarei o paradigma
Onde as ciências naturais, sua dialética corrompia
E subordinava a experiência à razão.
Seria a cura da mente a indução?
De tudo, serei atento aos experimentos
E hei de buscar, portanto,
Elucidar o mundo e condenar os santos.

Visto que o século é XXI, ídolos
Eclodem em cada esquina e vilarejo;
Menos fastidioso é ater-se às distorções
Pela mente humana provocadas. Ídolos
Do mundo, falsas percepções.

Isabelle Elias Franco de Almeida
1˚ ano - Direito (noturno)
Introdução a Sociologia - aula 3

                     Os âmbitos das falsas percepções do mundo 


     Na obra “Novum Organum” , Francis Bacon , fala da interpretação do mundo pela experiência e sobre quatro ídolos que são falsas percepções do mundo.Para esse filósofo, a razão estava ligada intrinsecamente a experiência , a qual deveria explicar a natureza. 

       Entre os ídolos de Bacon, existe o ídolo da tribo , em que é a interferência das paixões e da incompetência dos sentidos distorcendo a mente humana. O ídolo do foro , ou da feira ( espaços públicos que envolvem o comércio ) , em que o bloqueio da mente ocorre por causa das relações pessoais, sociais e das associações desse indivíduo . Há também o ídolo do teatro , que se vincula às representações teatralizadas , as quais possuem equívocos e superstições  , como o sistemas filosóficos, a astrologia e a magia. 

       Por último , existe o ídolo da caverna , o qual se relaciona com a interação do indivíduo com o mundo, está ligado à formação do indivíduo , às leituras e `a educação. Isso pode ser concretizado pelo fato de um indivíduo ter seu conhecimento e percepção do mundo apenas pelo prisma de sua formação inicial , aos do que os seus pais ensinaram , ao do que ele visualiza, a educação recebida , atualmente ,pelos os meios de comunicação ( os quais , na maioria das vezes massificam a informação e transmite parte do verdadeiro conhecimento , alienado a população )  que influenciaram na formação daquela pessoa. Esse ídolo da caverna pode também ser relacionado com o Mito da Caverna de Platão , em que os homens , os quais viviam na caverna , conheciam o mundo por apenas o que viam através das sombras, tendo falsas percepções do mundo . 

Beatriz Palhares 
Primeiro ano diurno 

Bacon na educação contemporânea

         Francis Bacon, colocado por alguns historiadores como o “profeta da técnica”, propõe ao longo de sua obra uma Instauratio Magna – a grande restauração. A partir dela, buscava substituir a metodologia vigente desde Aristóteles, apresentando uma nova forma de ciência não mais contemplativa, mas que sirva para o bem estar do homem. Para isso, desenvolve um método a ser seguido a partir da indução (ponto de divergência com relação a Descartes, que segue a linha dedutiva), no qual se chega à verdade a partir do estudo e da observação, sendo a experimentação imprescindível nesse processo. Bacon torna – se, dessa forma, o pai do método experimental.
            Isso representa uma ruptura com o modelo de educação medieval, fortemente influenciado pela metafisica, na qual o ensino vivia em simbiose com a igreja. Inaugura um novo modelo, aplicado até hoje, mais objetivo e baseado na experiência. Enquanto Aristóteles defendia que “a experiência é escrava da razão” e, portanto, visava adequar suas experimentações a aquilo que sua razão propusera, Bacon defendia exatamente o contrário: a pesquisa não deve ser feita para provar uma teoria, a teoria deve ser formulada a partir da experimentação.
            A área de pesquisa científica segue – ou deveria seguir – essa linha. É claro que a pesquisa se dá a partir de uma ideia, mas essa ideia não pode não pode levar a manipulação de dados em uma pesquisa. Esse preceito é fundamental para que se busque a neutralidade do conhecimento, mesmo que este ideal seja utópico. Além disso, a experimentação como referência para a veracidade do conhecimento parece, de fato, mais válida do que a razão humana, tão variável.
            Bacon, em Novum Organum, descreve dois métodos para alcançar o conhecimento: o primeiro consiste no cultivo da ciência, método proposto até sua influência e de Descartes, caracterizado pela antecipação da mente: a partir dela, o ser humano cria o senso comum, tido hoje como um dos maiores inimigos da ciência e da razão plena; o segundo método, da descoberta científica, visa a interpretação da natureza e é a partir do qual se fazem novas descobertas, uma vez que o homem se liberta do senso comum e busca conhecimento por vias ainda não exploradas. É a partir do segundo método que a ciência contemporânea deve ser desenvolvida, seguindo o ideal de uma ciência que sirva para o bem do ser humano, e não meramente contemplativa.

            Vale lembrar que a relação de Bacon com a figura divina é semelhante a de Descartes: apesar de sua crítica a influencia religiosa na educação, Bacon não defende o ateísmo ou quaisquer afastamentos do homem de Deus. Do contrário, ele defende a facção de uma ciência que, a partir da experiência (para Descartes, como defensor da dedução, a partir da razão), aproxime o homem do “arquiteto da natureza”. Sua crítica, portanto, não é a Deus, mas a forma com que a igreja prega sua busca. Pode – se utilizar suas ideias para defender, por exemplo, o ensino laico, sem influencia da religião, mas nunca de um ensino ateu

Heloisa Areias
1º ano de Direito diurno

Ídolos baconianos e sua relação com o fenômeno dos justiçamentos


     Desde meados de 2013 observamos no Brasil um fenômeno crescente de violência, os justiçamentos. Tal fenômeno ocorre quando um grupo de indivíduos auto-intitulados ‘homens de bem’ resolvem fazer justiça com suas próprias mãos,ou seja,julgar e punir com a agressão física e verbal indivíduos considerados infratores.
    O fenômeno dos justiçamentos pode ser explicado pela idéia de dois dos ídolos que,segundo Francis Bacon,deveriam ser evitados: os ídolos da caverna e os ídolos do foro.
    Os ídolos da caverna são as relações estabelecidas pelo homem com o mundo a sua volta e age ,no ato da justiça com as próprias mãos, quando o individuo usa de violência para combater a violência uma vez que não sente-se seguro com o mundo no qual está inserido já que o Estado não proporciona a devida segurança. O justiceiro,guiado por esse ídolo,tem sede de mudar o meio a sua volta e por isso torna-se cego e comete o mesmo crime que julgou.
   Já os ídolos do foro(feira) fazem referencia ao individuo e suas relações sociais. Tal idolo permite que haja uma consciência coletiva de vontade de justiça,a qual envolve um grupo social que acaba sendo levado pela massa e cometendo as agressões,esse fato nos permite entender o motivo dos justiçamentos serem frequentemente realizados por mais de um justiceiro,geralmente por um grupo deles.

    Conclui-se então que o pensamento baconiano se faz presente na contemporaneidade já que seus ídolos continuam presentes na sociedade trazendo falsas percepções do mundo que acabam por culminar em atos vazios de razão como os justiçamentos e,portanto,devem continuar sendo combatidos a fim de que se construa um pensamento mais racional e humano ao contrário daqueles que nos encaminha de volta à barbárie como faz esse fenômeno de justiça pelas próprias mãos.
                                                               
                                                              Bruna Krieck Farche,1º ano,diurno

Meus sentidos dizem que sim, então provavelmente não é

Desde o surgimento de um ser racional na Terra há a criação de proposições e axiomas. Nesse sentido, Francis Bacon, em sua época, percebe que muito daquilo que se aceitava como verdadeiro traduziam falácias enrustidas, introduzidas por noções falsas (Ídolos Deletérios) e aceitas pelo intelecto do ser humano.
Assim como antigamente, a sociedade está permeada de tais noções. Contudo com o avanço da tecnologia os, denominados por Bacon , Ídolos do Foro ampliaram o campo de atuação através da evolução da mídia, que possibilitou a maior transmissão de palavras distorcidas por classes dominantes afim de manipular o povo.
Ademais, os avanços na forma de encaminhar a informação também permitiram uma maior presença dos Ídolos da Tribo, envolvidos com os sentidos das pessoas, fazendo o indivíduo aceitar tudo aquilo que aparenta ser verdadeiro, sem a comprovação por experimentos, aproximando-se do Senso Comum.
No Novo Organum redigido por Francis Bacon há uma clara crítica a essa aceitação visto que os sentidos humanos não são confiáveis e por isso deve-se atentar para não ser induzidos a escolhas erradas.
                       Victor Lugan - 1 ano de Direito- noturno

Bacon e a ciência moderna

            Na história da filosofia, diversos pensadores elaboraram teorias do conhecimento, como Descartes(racionalista), Kant(criticista) e David Hume(empirista). Sobre esta ultima corrente, outro filósofo se destacou, não apenas por defender o experimentalismo, mas principalmente pela contribuição que sua tese concedeu para o surgimento da ciência moderna. Essa é uma referência a Francis Bacon, pensador do século XVI.
            Ao valorizar o método indutivo, parte da análise da natureza, observando a realidade íntima das coisas, para se chegar a verdades gerais. Diferente disso, o silogismo aristotélico parte de afirmações mais amplas para se deduzir algo específico e, por esse motivo, Aristóteles foi tão criticado por Bacon. Assim, a ciência moderna segue sua proposta, pesquisando sobre os fenômenos naturais, entendendo o funcionamento de cada ser vivo para se chegar ao conhecimento da ampla e complexa dinâmica da natureza.
            No âmbito do direito, uma semelhança perceptível com o experimentalismo baconiano está no fato de as leis serem revistas de acordo com as mudanças da realidade social. Ou seja, as normas se adaptam à medida que a sociedade passa por transformações e isso só é possível a partir da observação e  interpretação dos acontecimentos, algo previsto por Bacon a séculos atrás.
            Desse modo, a razão deve ser guiada pela experiência, no sentido de que o homem deve estar sempre aberto para perceber o que está diante dele, através do uso dos sentidos para que ele possa depois, por meio da razão, formular suas conclusões. Com isso, evita-se as antecipações da mente que levam a formação de ídolos, os quais constituem noções falsas.


Diogo Heilbuth
Direito Noturno

Bacon e "The Corporation" - as modificações na natureza




      A intervenção na natureza, característica da sociedade burguesa, é sempre relacionada à filosofia positivista - que de fato guiou os pensamentos capitalistas -, porém antes destes pensadores, Francis Bacon em seu "Novum Organum" já afirma que a ciência tem a capacidade de mudar os meios físicos. Tal afirmação revela uma valorização da mente (razão) humana, pois esta é considerada agora capaz de entender processos físicos e adaptá-los, transformá-los conforme se deseja. Esse pensamento atrelado à busca ao capital, nos encaminhou a um mundo totalmente voltado às aspirações do mercado, em que tal habilidade de intervir na natureza perdeu controle.
      As constantes mudanças nos meios naturais, resultantes dessa filosofia, causaram um grande desequilíbrio no planeta, pois foram desconsideradas peças importantes em cada sistema orgânico; em detrimento destes, o homem buscou sempre o enriquecimento e o status. No capitalismo surgiram as empresas (corporações) que potencializaram o poder econômico, político e destruidor do homem.
      O documentário "The Corporation" trata das influências, importâncias e do poder dessas grandes empresas atualmente; mostrando, também,  como que seu crescimento chegou a um patamar em que suas ações ultrapassam limites éticos e morais da sociedade. Além disso trata sobre a devastação causada pelo avanço dessas organizações, que descartam lixo e resíduos tóxicos em rios e poluem o ar com substâncias perigosas, mesmo tais ações sendo proibidas e as empresas dizendo-se sustentáveis.
      Vê-se que o pensamento "baconiano" foi - de certo modo - deturpado, pois para Bacon a experiência deve guiar a razão, ou seja, os resultados obtidos de cada movimento deveriam ser considerados e reavaliados para uma nova interpretação do "experimento". Porém o valor dado ao capital é muito maior do que o da natureza (dos recursos ainda disponíveis) e da destruição causada e cada vez mais lucramos em detrimento dos sistemas orgânicos.



                                                                                                                             Roan Dias
                                                                                                                            1ºano Direito-diurno
                                                                                                                            Aula 3

Francis Bacon e o movimento socialista

   Ao final do século XIX, os sociólogos e economistas Karl Marx e Friedrich Engels elaboraram um novo sistema de governo, numa pequena brochura chama "O Manifesto Comunista". O livro, considerado um opúsculo por alguns, revolucionou a forma como a Europa pensava a ciência política e abalou as estruturas sociais do continente ao longo do próximo século.
  O discurso socialista foi amplamente difundido e apoiado pela classe operária ao longo dos próximos 50 anos, Ele permitiu que a Revolução Russa de 1917 triunfasse e desse início a um verdadeiro império, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que reuniu diversos países do Leste Europeu e norte asiático sob suas asas. Devido à fé que a classe trabalhadora colocou no socialismo, o capitalismo, representado pelos Estados Unidos da América, deu início a uma guerra ideológica a partir de 1945, que não terminaria até a ruína da URSS, em 1991.
    Os 46 anos de Guerra Fria esfriaram a ânsia revolucionária que, antes, empolgava operários de todo o mundo. Atualmente, vê-se, no Brasil, uma grande rejeição da classe mais pobre ao socialismo. Parte desse nojo pode ser colocado na conta da falta de propaganda do socialismo, que se fechou ao mundo depois da queda de seu principal pólo representativo. Outra parte, no entanto, podemos justificar usando o discurso de Francis Bacon, um filósofo inglês do século XVII.
   Bacon propôs o "Novum Organum" - um novo instrumento para a transformação do mundo; um novo método de pesquisa científica. Nele, ele criticava duramente as constatações a que se chegam apenas pela dedução, sem ter um substrato na vida real. Isso, para todos os efeitos, inclui o socialismo - uma teoria bonita, mas que tem dificuldade de ser assimilada pelo trabalhador médio, devido à ausência de experiências práticas, ou informações sobre elas. O socialismo é, na prática, nada além de retórica. Tem, portanto, uma grande distância em relação à vida dos trabalhadores, que são os que mais se beneficiariam dele.
   O problema da teoria socialista não é a teoria em si. Ela representa, para a maioria das pessoas, o mundo ideal. A grande dificuldade do socialismo é a sua distância. Ao contrário do capitalismo, facilmente palpável e visível em todos os cantos do mundo em que vivemos, o socialismo é algo distante na história e na geografia; isso afasta o cidadão médio das informações disponíveis sobre o sistema socialista, e facilita sua manipulação por meio da mídia. Para engajar o trabalhador na luta, os ramos atuais do socialismo deveriam expandir as informações sobre a experiência prática do socialismo de forma imparcial, ainda que barulhenta.

Limite empírico

Anti-aristotélico, Francis Bacon criou um novo método científico baseado em induções graduais e progressivas. Empirista, o filósofo buscou conceituar duas vias de investigação, sendo a primeira a antecipação da mente – ineficaz para atingir o conhecimento – enquanto a segunda refere-se à interpretação da natureza, limitada pelo alcance das percepções trazidas pelos sentidos. O inglês condena a ciência que baseia em descobertas anteriores e busca uma ciência investigativa, pragmática e aplicável, sem teorias exaustivas e pouco conclusivas, tais como os “estéreis” silogismos aristotélicos.
A fim disso, Bacon disse ser impossível atingir o conhecimento se houvesse em nós a influência dos ídolos. Estes conceituados como falsas percepções e divididos em quatro: tribo, caverna, foro e teatro. Se os próprios sentidos não são sempre confiáveis, deve-se entender como e quando se prevenir, usando a razão como guia.
Posto isso, percebe-se o avanço do fazer ciência nos vários âmbitos da sociedade, dentre eles, a medicina. Então, como Bacon influenciou as novas descobertas científicas? Ao citar o exemplo hodierno da inseminação artificial – técnica criada para deposição mecânica do sêmen no útero da mulher - a criação pode ser entendida pelo método baconiano, uma vez que  John Hunter realizou diversas experimentações e observações em busca de meios que se adequassem a sobrevivência do líquido masculino e assim fez o uso de suas percepções, ao realizar testes nunca antes tentados, já que se achava impossível gerar um feto sem o próprio ato sexual. O querer “ir mais além” de Hunter é visto como essencial, pois significou uma grande vitória sobre a natureza, além de beneficiar diversos casais.
Contudo, deve-se ressaltar alguns erros acometidos pelo o londrino, tais como a inutilidade dada as teorias e a invalidação das descobertas anteriores como base para as novas descobertas. Atualmente, sabe-se que a ciência é tal como é, muito em virtude de estudos anteriores, sendo a linguagem matemática e teórica de grande valia para entender o mundo no seu espaço-tempo. Assim, como nem tudo pode ser comprovado empiricamente, desconsiderá-las empobreceria a evolução científica. Por isso, o método concedido pelo o autor de "Novum Organum" seria criticado posteriormente e aperfeiçoado por outros filósofos como David Hume.

                               Leonardo Borges  Ferreira - 1ºano - direito noturno

                               Introdução a Sociologia - aula 3

EXPERIÊNCIA, GUIA DA RAZÃO

Francis Bacon, importante filósofo e político inglês do século XVII, propõe em sua obra “Novum Organum” que a observação e a experimentação são as chaves para a ciência pura. Por inaugurar o empirismo –conhecimento alcançado através da observação– Bacon é considerado, juntamente a Descartes, pai da ciência moderna.

Enquanto Descartes privilegia a razão, Francis Bacon crê que esta deve ser guiada pela experiência. Ambos são influenciados pelo contexto em que estão inseridos, havendo a ascensão da classe burguesa e, assim, a necessidade de sistematizar o conhecimento com a finalidade de transformar e civilizar o mundo.

A partir desse ideal de empreendimento do mundo, Bacon é contrário aos antigos filósofos, que apenas contemplam, sem um objetivo prático. Para o filósofo, este método, chamado de Cultivo das Ciências, por estar na consciência humana e ser de fácil assimilação, é a base para o senso comum. Ele se opõe também à magia, já que não podemos vê-la, interpretá-la pela experiência.

A Descoberta Científica, outro método da ciência, é o que possibilita a interpretação da natureza, ao combater os chamados ídolos (da tribo, da caverna, do foro e do teatro), falsas percepções impregnadas no conhecimento humano. Esses estão, ainda hoje, presentes na sociedade, como exemplo a grande parte dos brasileiros que são desfavoráveis ao aborto de anencéfalos devido à crenças religiosas.

Na atualidade, a ciência jurídica é exemplo da influência dos ideais de Bacon. Os códigos, de acordo com as experiências íntimas sociais, são interpretados de maneiras distintas. É por essa contemporaneidade que Francis Bacon é, até hoje, um dos filósofos mais estudados e discutidos.

Uruguai não tem mortes ligadas ao tráfico desde que legalizou maconha

    Intitulando meu texto, ponho uma manchete publicada no Jornal O Globo no ano passado. A dita notícia chama a atenção do leitor para a ausência de mortes ligadas à venda de maconha desde que o governo uruguaio regulamentou o cultivo, o comércio e o uso da droga no início de 2014. Minha intenção ao citar tal notícia é clara: Não deveríamos, ao tratar das drogas, basear nossas políticas em experiências concretas, ao invés de tomá-las com base no senso comum, em uma clara e típica antecipação da mente, a de achar de que a solução para o problema das drogas é a sua proibição?
      Francis Bacon, em sua obra Novum Organum (1620), propõe que a solução apropriada para repelir os ídolos — noções falsas arraigadas no intelecto humano, dificultando o acesso à verdade — seja, em suas próprias palavras, “a formação de noções e axiomas pela verdadeira indução”. Há décadas o combate às drogas é um dos principais assuntos em voga na Sociedade. Também por décadas os governos vêm tentando combater esse problema de saúde pública com a proibição e repressão de seu comércio e uso. Todavia, é óbvio na atualidade que tal método apenas reforça o poder do tráfico e causa prejuízos para o Estado e para a Sociedade. Certos países como Uruguai e Holanda e estados americanos como Washington já impuseram medidas alternativas de combate, que vêm, como demonstrado na notícia que dá nome a esse artigo, tendo resultados muito mais satisfatórios que a velha ideia da repressão.
    Esse texto não deve ser tratado como uma ode ao consumo de drogas. Deve, sim, ser visto como a constatação de que, nos baseando em noções falsas, temos tomado decisões erradas no combate aos narcóticos ilícitos que, por sinal, são tão nocivos quanto muitos fármacos facilmente comprados em farmácias e outras drogas como o tabaco e o álcool, amplamente aceitos pela sociedade brasileira. Deveríamos, logo, fazer maior uso de experiências bem sucedidas e concretas no embasamento de nossas decisões, como já defendido por Bacon quatro séculos atrás.


Paulo Cereda
1º ano - Direito (diurno)
Introdução à Sociologia - Aula 03

Os ídolos de hoje

O filósofo empirista Francis Bacon tinha como grande objetivo de sua vida realizar uma reforma no conhecimento. Para ele, a filosofia até então produzida não apresentava nenhum resultado prático para a vida humana. O conhecimento deveria ser utilizado pelo homem para controlar a natureza através do uso de um método científico.
Esse método baseava-se  na experimentação, investigação e observação do mundo como instrumentos  para posterior explicação das coisas como elas realmente são apresentadas. Além disso, o homem precisava expurgar suas falsas crenças, seus preconceitos e sua ignorância. Ou seja, os ídolos.

Fazendo um panorama com o mundo atual, podemos identificar os ídolos como algo constante em nossa sociedade. Diariamente, somos “alimentados” com notícias sensacionalistas,  opiniões rasas e falsos silogismos. Além disso, podemos observar que a maior parte da população não se interessa por assuntos essenciais para a vida em sociedade. Política, educação e cultura são assuntos esquecidos enquanto a indústria cultural é um grande polo de “consumo”. Para Bacon, isso é um tremendo erro, são perigos que nos afastam do conhecimento pleno.

Fernando Risso
Direito diurno 

Reflexões sobre o estado da produção científica nacional

No contexto atual brasileiro, a ciência é uma das últimas prioridades do governo, enquanto deveria estar entre as primeiras. Sempre com o discurso de economizar recursos para áreas mais "importantes" da sociedade, congressistas e governadores cortam de uma só vez a credibilidade científica do país. Dessa maneira, já fomos expulsos de vários projetos internacionais de cunho científico, como da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês); e estamos prestes a nos ver expulsos do Observatório Europeu do Sul, projeto que colocaria o país no meio da maior comunidade astronômica do planeta. É percebível então a visão de que as ciências em geral, principalmente a astronomia, são vistos como "inúteis" aos olhos dos políticos brasileiros, uma vez que não produziriam resultados digamos, pragmáticos e consequentemente populistas. 
Todavia, isso não passa de hipocrisia por parte de muitos desses políticos, pois enquanto o Congresso Nacional custa R$ 20 bilhões por ano, o orçamento inteiro do Ministério de Ciência e Tecnologia não passa dos R$10 bilhões. Seria cabível então ressaltar aos gestores públicos, que a ciência é crucial na construção de uma democracia realmente livre, pois essa mesma ciência tem, segundo Francis Bacon, o papel de desmistificar a realidade. Ao acabar com o senso comum, a ciência eleva o ser humano,e em contraponto ao próprio senso comum, pode ser sim muito pragmática e trazer resultados palpáveis. O próprio ramo da Astronomia que esses políticos julgam ser tão desnecessária no contexto atual do país, nos trouxe de satélites aos sucos em pó.

Túlio Tito Borges - Primeiro Ano Diurno

O pragmatismo científico de Bacon

Possivelmente o mais conhecido filósofo desde a Antiguidade, Aristóteles, e seu raciocínio silogístico foi criticado em Novum Organum, de Francis Bacon. A partir daí, já se pode notar a grandiosidade  de sua obra, na qual Bacon analisa e  examina o percurso da filosofia e o método da pesquisa até sua época.
Pode-se afirmar que a busca de uma pesquisa  confiável é temática central da obra. Para alcançá-la, seria necessária a observação e experimentação pautada pelo raciocínio indutivo. Bacon entendia que a neutralidade absoluta era impossível, mas afirma que o cientista não deve se deixar levar por  falsas  percepções do mundo - os ídolos, os quais o autor divide em: ídolos da tribo, que vinculam-se às distorções provocadas pela mente humana; ídolos do foro, referentes ao indivíduo e a influencia de suas associações; ídolos do teatro, que são as representações teatralizadas e impregnadas de equívocos e superstições; e os ídolos da caverna, que vinculam-se às relações estabelecidas pelo homem com o mundo a sua volta.
Francis Bacon defendia um método de pesquisa  voltada para a praticidade, sendo que os estudo não poderiam ter um fim em si mesmo - uma visão pragmática  para a ciência. O filósofo critica, assim, a finalidade meramente teórica e pouco contemplativa da ciência, comparando os filósofos  anteriores a ele com aranhas que tecem teias maravilhosas, mas com material extraído de si mesmos, permanecendo alheios  a realidade.
Com a obra Novum Organum, Bacon revolucionou a ciência, a filosofia e influenciou até os estudos jurídicos, sendo o primeiro a formular o princípio da indução científica, a partir de que suas ideias permitiram, hoje, um  método capaz de chegar mais perto da verdade e da busca pela razão a partir da observação e da experiência, fugindo do proposito tão somente teórico e pouco pragmático da filosofia anterior a ele.

Alexandre Bastos
1º ano -Direito Diurno
Aula 3

A contemporaneidade do pensamento baconiano  



Francis Bacon foi um importante filósofo londrino, cujo principal legado foi o livro "Novum Organum", no qual ele apresenta um método de pensar guiando-se pelos fatos observados, o que revolucionou a pesquisa científica. Esse procedimento foi além da ciência , influenciando diversas áreas do conhecimento , dentre elas o direito. 

A ciência jurídica , no geral, teve sua forma de raciocinar inspirada em Bacon porque o direito baseia-se  nas demandas sociais ,ou seja, estuda-se a sociedade e com base nos  dados adquiridos , se aprova um norma que garantirá uma melhor vida em sociedade.Um bom exemplo disso é o direito inglês , no qual a experimentação é crucial, sendo as doutrinas existentes tiradas de casos passados.

No entanto, a influência dessa forma de raciocinar não se limita aos países anglo-saxões, ela se estende inclusive ao Brasil. Nele,ocorre um processo antropofágico, no qual são absorvidos o pragmatismo e o empirismo dos ingleses e americanos, juntando isso ao jeito nacional de se utilizar a razão, criando assim uma forma distinta de se trabalhar o direito.

Portanto, a tese do Bacon afetou imensamente a atualidade, não só no âmbito científico,mas também em várias áreas , como o direito. Com isso , percebe-sea contemporaneidade do pensamento baconiano.  

                                                                     rafael oliveira de miranda 
                                                                     1 ano de direito

Bacon, a dialética e os ídolos atuais

    Francis Bacon inovou o cenário filosófico. Destacou enfaticamente os poderes da mente humana, muitas vezes, segundo ele, utilizados de maneira errônea. Em sua obra “Novum Organum”, o filósofo propõe um novo método de ciência, pautado essencialmente pela experimentação. Acreditava, assim como René Descartes, que os sentidos poderiam apresentar uma visão errada da realidade, mas, apesar desse fato, para Bacon, eles eram importantes para julgar os experimentos. Os dois filósofos concordavam, ainda, da necessidade de dominação do homem sobre a natureza, para benefício próprio.
   Bacon nega a ciência da época, que para ele se caracterizava como “combinações de descobertas anteriores”, e não um novo método. Criticou ferrenhamente a dialética demonstrada por Aristóteles, tida em seu tempo como ferramenta de chegada à verdade absoluta. O empirista diz que esse processo servia unicamente para o exercício da mente, e não haveria concepção de qualquer verdade, pelo contrário, firmariam-se os erros do pensamento. Detalhou o caminho ao saber: o ser, nas vias de se atingir o intelecto, primeiramente se apoia na dialética, por essa ser uma forma de obtenção de conhecimento mais geral. Depois, tenta seguir para o meio correto, porém, não há um proveito adequado, pelo vício da dialética, a qual recrimina a experiência, fundamental para Bacon na criação de uma erudição. Com seu novo método, então, haveria a cura da mente daqueles simpatizados com o pensamento aristotélico, podendo finalmente conceber a ciência.
    Existem noções falsas, contudo, que podem atrapalhar essa concepção: os ídolos. Eles podem existir de três maneiras, dependendo da forma com que agem na mente e a partir de onde agem. Ídolos da tribo são aqueles surgidos da limitação da natureza humana quanto aos sentidos e sentimentos, atrapalhando o recebimento de impressões. Os Ídolos da caverna são os vindos da individualidade de cada um: o nível de conhecimento irá depender da visão de mundo, da educação e habilidades obtidos ao longo da vida. Os Ídolos do foro são os dependentes da interpretação e manipulação de palavras, podendo o homem alienado e insinuado chegar a conclusões “fantasiosas”. Há, por fim, os Ídolos do teatro, os quais são caracterizados pelo mundo irreal que demonstram, mostrados para Bacon na filosofia tradicional e na ciência que estava em vigor. 
  A filosofia baconiana nunca foi tão atual. Na sociedade contemporânea, possuímos, principalmente, os ídolos do foro e do teatro. Vivemos em um mundo completamente influenciado por marcas e pessoas. O dito por uma propaganda, por exemplo, logo se torna uma máxima, sem qualquer espécie de verificação, deixando o ser humano cada vez mais debilitado intelectualmente. Governos ditadores também usufruem deles, alienando toda a população através da manipulação de palavras e da criação de um “mundo perfeito” que só se encontra ali, a exemplo do que ocorre na Coreia do Norte. A eliminação de todos os ídolos e o estabelecimento da ciência, portanto, nunca estiveram mais difíceis, grande parte devido ao papel da mídia hoje e ao bombardeamento de informações, em sua maioria, imprecisas.

Arthur Augusto Zangrandi 
1º ano Direito noturno

Bacon e ídolos do teatro


          Francis Bacon, em seu livro Novo Organum afirma que a razão deve ser escrava da experiência e que esta seria o único caminho para a verdade, portanto toda fantasia deve ser deixada de lado inclusive a religião e a astrologia.
         Os ídolos do teatro, como são 'classificados os estudos religiosos e astrológicos, para Bacon, são representações teatralizadas e impregnadas de equívocos e superstições que atrapalham o indivíduo em sua interpretação da natureza.
         Abrir o jornal para ler o horóscopo é enganar a mente e desviar-se da verdade. Estes são desenvolvidos apenas com o intuito de "dizer o que o público quer ouvir", escondendo a realidade mas criando certa esperança nessas pessoas.
         Apesar de não deixar explícito, percebe-se em sua obra que Bacon acredita que que assim como a astrologia, a religião deixa a mente do homem nebulosa e o distancia do caminho para a verdade, pois impõe dogmas que inibem o questionamento e assim, a descoberta científica.
                                                                                              Ana Flávia Ribeiro - 1º ano direito diurno