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quinta-feira, 7 de maio de 2015

    O filme "Ponto de Mutação" se passa em uma ilha na França e nos mostra um diálogo entre Jack Edwards,um candidato a presidência dos Estados Unidos da América, Thomas Harriman, um poeta, e Sonia Hoffman, uma cientista.
    Os três discutem sobre o modo mecanista de ver o mundo segundo o modelo cartesiano que analisa o todo em partes, para estudar cada uma isoladamente e buscando assim compreender o todo. Sonia discorda desse modo de pensar e acredita em uma visão mais sistêmica de pensar levando em consideração a interdependência entre os seres vivos e o ambiente.
  O filme nos leva a uma reflexão sobre o nosso modo de ver o mundo, a analisar nossas ações e suas consequências para o planeta e para as gerações futuras e apesar de ter sido lançado na década de 90 e ter sido baseado em um livro publicado na década de 80 continua atual.
    
Juliane Pereira Motinho , primeiro ano - Direito, noturno.



















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Conexões da ciência, da filosofia e da vida

Baseado na obra "The Turning Point", 1983, do austríaco Fritjof Capra, o filme "Mindwalk", 1990, dirigido por Bernst Capra incita a discussão em torno do conhecimento humano, balizada por conceitos de vida, moral, realização pessoal, desenvolvimento e futuro da humanidade. 

Os protagonistas escolhidos para essa temática ampla são o político frustrado Jack Edwards com sua postura pragmática; a desiludida cientista Sonia Hoffman, de visão multidisciplinar e racional e; o realizado poeta Thomas Harriman. O ambiente desse enredo não poderia ser melhor: o Monte Saint-Michel, França. O vilarejo medieval reúne a arquitetura aguda da abadia e fortes que cercam essa pequena porção de terra. Diariamente, a natureza manifesta sua exuberância através das marés, que inundam o charco e transformam o cenário em uma ilha. O homem resiste às contrariedades e interfere no ambiente hostil; a natureza se revela inflexível. 

Da observação dos engenhos por trás do relógio da abadia, os personagens evocam a ideia de que a hora exibida não é mais o tempo da natureza em nós; trata-se apenas do tempo mecânico, que marcou a ruptura do homem com a natureza. Para Descartes, o corpo dos animais poderia ser ilustrado como uma máquina; o do ser humano, talvez, como a mais sofisticada das máquinas até então: o relógio. Os personagens observam esse "homem" preciso, mas desconecto do mundo. 

Nesse novo período, as crenças cederam lugar ao método, à experimentação, à observação e às teorias científicas, que deveriam ser aplicadas para o bem do homem e na investigação de novos fenômenos. O conhecimento humano foi expandindo fronteiras e se acumulando como em uma caixa de ferramentas que, quando necessário, se abre para ser útil. 

Para Sonia, essa visão mecanicista sob os fenômenos naturais e os seres vivos foi positiva ao estabelecer o alicerce para o desenvolvimento das ciências. Desafios foram lançados e alcançados pelos cientistas; a vida na Terra melhorou. Mas, para Sonia, a ciência patrocinada foi corrompida pela ganância dos homens e colocada a serviço dos interesses econômicos. 

Os políticos, que poderiam alterar essa conjuntura, apenas reforçam o posicionamento econômico ao se alinharem ao capital, afinal, conhecimento é poder. Jack dá exemplos corriqueiros da aplicação científica em benefício dos homens e tenta defender a cooptação dos políticos pelo mercado, mas não responde à persistente dúvida da cientista: o que será das gerações futuras? Já que "os sistemas não encorajam a prevenção, só a intervenção". 

O poeta Thomas serve como um mediador nesse debate acerca do futuro da humanidade e promove a integração do raciocínio científico com a filosofia na vida mais pragmática. Ele evidencia, sobretudo, a possibilidade de que é possível alterar a trajetória da humanidade. Thomas é exemplo de alguém que teve a iniciativa de transformar o curso da própria vida ao abandonar o que lhe tolhia e buscar o novo; mesmo que não venha a encontrá-lo, a investigação lhe trouxe a realização de se descobrir. 

Sonia entende que uma nova visão de mundo é necessária para garantirmos o (novo) desenvolvimento e preservarmos a vida na Terra. Apesar de conceitos tão consolidados como o que os corpos interagem e trocam energia entre si, a relação desconexa entre a cientista e sua filha Kit denota para a necessidade de nos desvendarmos para manter o que é importante para nós: a vida. 


O Ponto de Mutação

O filme Ponto de Mutação mostra o encontro de três pessoas em discussão sobre condições físicas da Terra, das relações entre os homens, da mediação do conhecimento na sociedade e da necessidade de uma nova visão de mundo, visto que a humanidade passa por uma grave crise de percepção.
 Descartes criou o pensamento mecanicista, sendo a natureza, uma máquina que poderia ser desmontada para ser compreendida e Isaac Newton ainda teria contribuído com o pensamento cartesiano quando formulou as leis do movimento na física, que influenciou as artes, a política e toda a sociedade.

O que Descartes não previu, é que o homem, sendo parte da natureza, precisa estar ligado em algo, precisa se relacionar em sociedade para sobreviver, não podendo ser analisado de forma isolada. Por conseguinte, ao analisar a natureza, também deste modo, como propõe o francês, lhe causa grande dano, pois é a correlação de todos os elementos presentes no universo que pode fazer com que ele se mantenha sozinho, sem intervenção alguma. 
O filme diz que a essência da vida é a auto-organização para utilizar todas as potencialidades que o sistema possui e que não se evolui no planeta, mas com o planeta. Por fim, o poema de Pablo Neruda representa uma metáfora sobre o que vidas dos personagens representavam diante das ideias que se propuseram a pensar. O poema junta a teia de relações que é a humanidade.
O discurso do filme é uma realidade ainda hoje. As pessoas recebem tudo pronto em suas mentes e não percebem que todas as coisas criadas pelo homem podem e devem ser moldadas. Precisam pensar com maior relatividade a mediação do conhecimento diante de todas as descobertas que são impostas e modificam seu modo de agir na sociedade, que é parte de uma nação, parte de um continente, interligados a um sistema maior, toda a humanidade.

Gabriela Melo Araújo
1ºano - Direito Noturno
Introdução à Sociologia

Um Mundo em Crise

   Adaptado do livro homônimo, escrito por Fritjof Capra,”O Ponto de Mutação” é um filme que busca analisar os problemas contemporâneos por meio de uma série de discussões filosóficas e existenciais.Nele,há um político desmotivado pelo fato de os eleitores não se importarem e até mesmo desdenharem  a política;um poeta em crise e uma cientista com um dilema existencial,já que o seu trabalho fora usado para fins bélicos ao invés de ajudar a população.
  Em uma das primeiras cenas temos um debate acerca do mecanicismo.Sonia,a física,critica a forma de pensar dos políticos,pois estes,ao invés de analisar o todo,fragmentam-no em partes e as estudam separadamente para entende-lo,visando a conduzir as pessoas menos sábias e induzi-las.A esse pensamento ela compara o relógio,que ao analisar suas partes é possível entender o todo.Seguidamente,os três começam um debate sobre os problemas que afligem o mundo,como a fome e a superpopulação,demonstrando como estes poderiam ser amenizados caso o todo fosse priorizado,ficando nítido o impacto global de uma existência individual.
  Há,portanto,uma crise de sustentabilidade no planeta.Para que essa situação seja remediada é necessário que se ative a percepção.Assim,o mundo de recursos finitos,tanto na natureza quanto na camada social,seria visto da maneira como realmente é e novas possibilidades para ele poderiam surgir.

Ponto de vista

 No filme Ponto de Mutação, dirigido por Bernt Capra, as três personagens principais se encontram em um castelo medieval na França e discutem vários temas filosóficos, entre eles, o pensamento de René Descartes. Sonia, uma ex-física, ao começar a dialogar com o político, critica a visão mecanicista-cartesiana de mundo nos dias atuais, principalmente na política.
 De acordo com a teoria mecanicista, o mundo é composto por peças ligadas entre si, e ao conhecer o funcionamento dessas peças, para resolver algum problema basta apenas substituir a peça defeituosa. Para a cientista, no entanto, o mundo não funciona desse modo, mas de uma maneira interligada em que não adianta resolver apenas a consequência e sim a causa , ou seja, trocar só a peça pode não resolver o problema.
 O pensamento sistêmico, que se opõe ao mecanicismo, pode ser usado como ponto de vista para diversos problemas contemporâneos, como a desigualdade social, por exemplo, visto que ao olhar todo o conjunto, veremos que a pobreza extrema de grande parte da população deriva da acumulação excessiva de capitais por uma pequena parcela da sociedade e de alguns outros fatores, e para resolver esse problema a melhor maneira seria encarar todo o conjunto, não só uma ''peça''. Em suma, o filme deixa claro que a visão mecanicista e fragmentada ameaça a sobrevivência humana e para reverter esse quadro, uma visão mais abrangente e sistêmica é importante.

Luís André, 1° ano Direito Noturno

Visão

 O filme " O Ponto de Mutação", 1990, é baseado no livro de mesmo título, cujo foi escrito por Fritjof Capra. A longa-metragem possui um enredo simples, mas com ideias complexas, no qual durante o filme os personagens invocam intelectuais célebres, por exemplo, René Descartes, Francis Bacon e teorias de Einstein.
 Para uma análise maior do filme é necessário fazer um comentário sobre o senso-comum, cujo tem o costume de aceitar com certa facilidade as ideias dos filósofos que foram referência em certos temas de epistemologia, política, sociologia e etc. De imediato essa atitude já entra em confronto com o método cartesiano pela busca de conhecimento, cujo o próprio Descartes afirmava que o primeiro passo seria duvidar de tudo (sem agir com ceticismo). No entanto, um dos personagens do filme possui opiniões que entra em confronto com o filósofo francês, pois método de René tem um caráter mecanizado de analisar o mundo e os seus problemas, que infelizmente o faz se tornar limitado para investigar o nosso mundo atual.
 Em nenhum momento Descartes é descartado, muito pelo contrário ele foi considerado revolucionário e crucial para humanidade, visto que seu método foi muito útil para o trabalho de Sir Isaac Newton referente a mecânica que se torno um dos principais alicerces da física clássica. Todavia o método cartesiano se tornou limitado para a nossa contemporaneidade, em razão de que a nossa sociedade é muito complexa e, acima disso, ela possui um forte caráter de inter-relações, onde um setor da sociedade ou até mesmo uma única pessoa está interligada com outras áreas e a diversas pessoas, e essas interligadas com outras área e outras diversas pessoas, dessa forma criando uma verdadeira teia de relações.
 O maior problema é que analisando metodicamente apenas um pedaço do problema, estaremos vendo apenas um recorte do quadro, e dessa forma jamais conseguiremos enxergar a obra por completa. Apenas estaremos intervindo e não prevenindo os problemas da sociedade. Portanto é fundamental analisar e ver o mundo como um todo, respeitando sua a natureza e não ignorar as suas interligações, e obviamente utilizar o método cartesiano, pois ele jamais será inútil, apenas está limitado diante do nosso mundo. Nós precisamos é de um novo ponto de vista. De uma nova visão.




  Cauê Varjão
1º Ano - Direito - Noturno.

Ponto de Mutação

Dirigido por Bernt Capra e baseado no livro homônimo de seu irmão, Fritjof Capra, “Ponto de Mutação”, de 1990, discute a aplicabilidade de antigas ideias na atualidade através de vários diálogos no Monte Saint-Michel, na França, entre seus três protagonistas: Sonia Hoffman, uma cientista; Jack Edwards, um político e seu amigo Thomas Harriman, um poeta.
Os três iniciam a discussão frente a um antigo relógio: a ideia de que o homem e o mundo, tal como o relógio, é uma máquina, criada por Descartes, é criticada por Sofia, que ressalta a importância de uma nova perspectiva para se lidar com os problemas da contemporaneidade. Essa é a pauta que guia o filme: a necessidade de novas visões de mundo. Contudo, não só expondo isso, o filme também mostra os problemas decorrentes da mudança, sejam eles no campo da política ou da ciência. Através de exemplos como os malefícios de uma medicina que preza antes pela remediação do que pela prevenção, ou pela visão reduzida de governantes, que se espelham em fragmentos ínfimos da realidade para projetar suas gestões, a obra tenta convencer o espectador sobre quão fadada ao fim é nossa atual sociedade.
A discussão trazida pelo filme, mesmo depois de duas décadas, ainda é relevante. Mesmo que já se tenha considerável conhecimento sobre os problemas de hoje, há ainda obstáculos a serem superados para solucioná-los, sendo o principal deles a perspectiva egocêntrica e pouco ampla do homem contemporâneo, como sugerido por Sonia.

Victor Gabriel Suzumura Cintra 
Direito Noturno

O Ponto de Mutação

   O filme "Ponto de Mutação",de Bernt Capra,lançado em 1990,aborda uma tarde de embates filosóficos envolvendo três personagens,Jack Edwards,um candidato derrotado a presidência dos Estados Unidos,Sonia Hoffman,cientista cujo trabalho foi usado para fins militares,e Thomas Harriman,ex escritor de discursos políticos e poeta.A maior parte do enredo se concentra na discussão entre Jack,que demonstra um raciocínio mais próxima a visão mecanicista cartesiana,e Sonia,que demonstra uma percepção sistemática do mundo.
    Segundo Sonia,a percepção cartesiana do mundo,de que todas as coisas funcionariam como uma máquina,ou um relógio,onde problemas poderiam ser isolados e resolvidos como se trocam peças,é uma visão simplista,que aplicados na política,por exemplo,resolveriam alguns sintomas,porém o verdadeiro problema continuaria a existir.Sonia discorre utilizando a ecologia e a física quântica para demonstrar como tudo é um imensurável sistema formados por inúmeras relações,que se estendem desde o meio visível ao subatômico.
   Jack,apesar de ao decorrer do filme demonstrar uma tendência a concordar com Sonia,faz perguntas pertinentes à cientista questionando se o sua percepção do mundo possuía alguma finalidade prática.Em um trecho do filme,demonstra com um simples exemplo,como dificultar o consumo de carne vermelha afim de diminuir problemas cardíacos,é extremamente problemática nos meios democráticos,pois a maior parte das pessoas são guiadas por interesses pessoais e não possuem sequer uma visão próxima a cartesiana,e ainda mais distante de uma visão sistemática como a de Sonia.A dificuldade em se fazer alterações significante aos valores humanos utilizando uma visão tão complexa e aprofundada como a de Sonia pode ser vista na relação da cientista com sua filha no filme,que apesar de um vasto conhecimento se demonstra incapaz de ter um bom relacionamento com sua filha,algo que em tese é muito mais simples de se conseguir do que uma profunda mudança mundial para uma forma de vida mais sustentável,defendida pela cientista.
   Nos últimos minutos do filme,Thomas,que na maior parte contemplou mais do que opinou,utiliza o poema "Enigmas",de Pablo Neruda,para demonstrar sua opinião,de que tanto a visão cartesiana quanto a visão sistemática,para ele são simplistas demais para abordar a complexidade de um só indivíduo,e que a realidade continua a existir independente das abstrações humanas,e que por mais que tivesse contato com teorias elaboradas para descrever a realidade,ele se sente,no final,como um "peixe em preso no vento",impotente perante a complexidade universal.
 
Eduardo José Clementino - 1º ano Direito Noturno

Todo pela parte

Baseado no livro The Turning Point, do físico austríaco Fritjof Capra, o filme Ponto de Mutação discute a necessidade de uma nova visão de mundo por parte da humanidade diante de uma crise. O encontro entre três personagens distintas – um político desmotivado, um poeta em crise e uma cientista frustrada – serve como pontapé inicial para a discussão. 
É perceptível uma grande crítica ao método cartesiano. Ao relacionar Descartes com a política contemporânea, a especialista em física diz que o caminho não é mais analisar elementos segregados para entender o todo, mas, sim, o contrário; o mundo deve ser visto como um todo por meio das interconexões do universo, uma vez que, fisicamente, existe a troca de energia constante entre todos os seres. 
Partindo a ideia que a humanidade deve parar de lidar apenas com seus problemas individuais, o político discorre sobre o conceito de evolução. Como esclarece a personagem, não ocorre de forma isolada, já que todos os povos fazem parte do mesmo planeta. 
Por fim, o poeta propõe uma reflexão aos companheiros. Por meio da poesia, os três passam a refletir sobre o que tem feito ao mundo, ao todo. Eles relacionam o que suas vidas representam quando analisadas sob as visões de mundo apresentadas no debate. Com isso, negam os modelos sistêmicos e sugerem uma mudança na maneira de ver o globo. De fato, toda a ideia do crescimento sustentável e crítica à relatividade de um sistema liberal vigente é muito atual. Para que mudanças sejam feitas, é indispensável que a pessoa humana se identifique como parte de um todo e, consequentemente, interligada a um sistema em que se encontra a humanidade. 

Alexsander Alves,
Ingressante do Direito Noturno (XXXII, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais)

Análises e incertezas



Resultam em  incertezas a análise das constantes transformações ocorrentes no mundo,desde a forma como os homens têm se relacionado entre si e com o mundo, mas principalmente quais as mudanças necessárias no modo de pensar e de se relacionar em face  a essas transformações.
As idéias sistemáticas  de dominação e transformação da Natureza, utilização da ciência apenas para fins práticos, destinados sempre, em última instância, a fins econômicos; na realidade atual especialmente , mostram-se ultrapassadas. Não há  como solucionar problemas, dissecando-os em partes, sem considerar o todo, especialmente quando se é parte do problema ,relacionando-se com as demais..Se tudo  no universo (visão macro)  está relacionado, subordinado constantemente a lei de causas e efeitos,não há espaço para o homem ter domínio sobre a Natureza sem responder por seus efeitos maléficos, uma vez que não se pode dominar e sistematizar aquilo no qual se  está inserido como  um órgão , parte deste  sistema..Pensamento análogo se faz das relações humanas, do indivíduo com a sociedade.
Nesse panorama de incertezas, três pessoas se encontram e refletem sobre o papel do homem no mundo,em  suas relações interpessoais  e com  sistema natural (Terra,Planetas, Universo).Cada um deles  representa importante função na sociedade; o político,  determinando a forma  como os homens devem viver; a cientista, descobrindo ferramentas e instrumentos modificadores da forma como o homem pode viver ( ou morrer) e se relacionar  e ,finalmente, o poeta ou filósofo, capaz de transformar sua reflexão em palavras  influenciadoras dos sentimentos humanos e modificadoras de seus pensamentos.
Símbolos das incertezas da análise dessas transformações, encontram-se em crises existenciais. Desiludidos com relacionamentos interpessoais e com seus papéis na sociedade e no  mundo, buscam refúgio no isolamento,mas apenas conseguem alguma espécie de conforto, quando expões e discutem seus problemas, como elos de uma mesma corrente, como órgãos de um mesmo sistema.Não encontram respostas ao seus questionamentos, mas um caminho que determina mudanças, um ponto de mutação.


Eduardo Guercia-Direito Noturno-1º ano

Nova visão do mundo

                As pessoas observam o mundo de maneira desassociada, analisam uma parte do todo como se esta tivesse sentido por si mesma, estando desvinculada das outras partes, o que é causa de muitos problemas encontrados na atualidade. É isso que afirma Sonia, personagem do filme " Ponto de mutação" que desenvolve sua tese no diálogo com o político Jack e o poeta Thomas, os quais se identificaram com essas ideias ao passarem uma tarde com ela no litoral da França.
                A medicina, por exemplo, muitas vezes se preocupa com o tratamento de uma doença focando especificamente no órgão em que ela se expressa, sem levar em consideração o funcionamento do organismo por inteiro. Diante disso, retira-se os cristais acumulados nos rins, resolvendo o problema momentaneamente,  porém, não alerta-se para os hábitos da pessoa que levaram a essa aglomeração sólida. Assim, haverá grande probabilidade de voltar a ocorrer a enfermidade, já que não houve um olhar amplo sobre o fato, indicando como comportamentos, aparentemente desvinculados, influenciaram no aparecimento do cálculo renal.
                O método cartesiano teve grande participação na formação da ciência e, por isso, esta herdou esse pensamento fragmentado sugerido por Descartes. A física moderna, no entanto, ao estudar as partículas sub-atômicas tem aprendido bastante sobre a interdependência dos elementos, o que foi evidenciado por Sônia, cuja especialidade na área é reconhecida mundialmente. Quando ela transmite alguns de seus conhecimentos para os outros dois personagens, eles percebem tais relações e as trazem para outras áreas, como a música, a ecologia e a política.
                Desse modo, o diálogo dos três permitem reconhecer a crise de percepção que envolve o mundo, uma vez que a sociedade é acostumada a ignorar o sistema vivo da realidade, o qual é constituído de partes coesas e interdependentes. Então, no final da tarde, se despedem cientes da importância de, cada um em seu contexto de vida, utilizarem e compartilharem essa nova visão da realidade.

Diogo Heilbuth
Direito noturno

A Superação Cartesiana na Medicina

A ciência evoluiu lentamente até meados do século XVI, pois não havia um método de estudo concretizado. Com o advento dos ideais de Galileu, mestre da dedução teórica, Francis Bacon, criador do empirismo, Descartes,  fundador método cartesiano e Isaac Newton, criador dos princípios da mecânica, a ciência teve grande reconhecimento na sociedade.
O filme "Ponto de Mutação’’ baseado do livro homônimo de Fritjof Capra, aborda, em uma de suas criticas, o atual sistema utilizado pela maioria dos estudiosos no que se refere a compreensão de mundo relacionando suas análises ao método de Descartes o qual implica em avaliar os assuntos em partes, sendo consolidado por Newton o método Newtoniano-Cartesiano. Por exemplo, a medicina atual é completamente mecanicista, assim como Descartes, os cientistas enxergam a doença como algo a parte de todos os demais sistemas do corpo humano, ou seja é necessário fragmentar o máximo possível do ser humano para chegar ao local exato do problema a fim de compreender esse espaço específico. Para conhecer todo o corpo humano, seria necessário o entrelaçamento dessas pequenas partes estudadas separadamente. Observamos na sociedade atual as mais variadas formas de especialização na medicina; dermatologia, carcerologia, neurologia, cardiologia etc, entretanto a maioria dos médicos se especializam em uma ou algumas dessas áreas,  impossibilitando a concretização do método de Descartes, umas vez que torna-se impossível especializar-se em todas as partes da medicina.
As ideias presentes no filme sugerem a superação do pensamento reducionista-mecanicista apresentado por Descartes, Bacon e Newton, e divulga um novo pensamento denominado sistêmico, cuja ideia central consiste em compreender os sistemas que interligam-se, ou seja, avaliar as diferentes formas do saber abrangendo o maior campo de informações possível. O exemplo apresentado no "Ponto de Mutação’’ ocorre quando a cientista física  critica a forma como são estudados os problemas sociais no mundo uma vez que "ganhos econômicos e sociais reduzem as famílias grandes’’, portanto não são apenas os métodos contraceptivos os únicos responsáveis no planejamento familiar. 
Em suma, surge a necessidade de conhecer o ser humano de uma forma mais abrangente na qual deve-se ponderar o doente como um todo, uma vez que por trás do órgão doente exite um ser de alta complexidade, que além do corpo físico possui alma. Assim nasce o Paradigma Holístico o qual é a base das técnicas e terapias complementares ou alternativas, que veem o ser humano por completo, que analisa não apenas a doença, mas um ser humano possuidor de um corpo físico, mental e emocional.
Juliete Zambianco
1º ano Direito- Noturno
Introdução à Sociologia

A Utopia da Percepção em um Mundo de Paradigmas

“Ela está no horizonte [...]
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
(GALEANO, 1960)


       Um paradigma caracteriza-se por um modelo a ser seguido, por uma concepção inflexível sobre determinado tema. Nesse sentido, pode-se afirmar que a sociedade contemporânea se apresenta inflada e corrompida por esse viés de pensamento que, além de objetivar impedir que novas concepções de mundo sejam formadas, preconiza-as.

       No filme “Ponto de Mutação”, três personagens debatem essa problemática, defendendo que somente com a superação da visão de mundo mecanicista e fragmentada herdada pelo paradigma Newtoniano-cartesiano é possível construir uma sociedade mais altruísta e fraterna.

       Em suma, essa superação se dá por meio da construção de novas percepções pautadas no conhecimento da ecologia, política, física quântica, poesia e outras. A utopia como descrita no poema de Galeano se faz presente para incentivar a criação de percepções e a busca pela melhora em todos os âmbitos da vida, mas destacada aqui em seu âmbito social.



     Juliana Previato Teixeira- 1º ano Direito Noturno

Nova Perspectiva

Leonardo da Vinci, considerado um dos maiores gênios da humanidade disse em um dos seus textos: “Aprenda a ver. Perceba que tudo se conecta com tudo”. Essa ideia de interação é justamente a ideia que o filme “Ponto de Mutação” deseja mostrar – o quão interligado estão todas as coisas que existem no mundo;  os sistemas vivos se interligam com os não-vivos  e como isso vem sendo esquecido na época pós-moderna e as graves consequências desse esquecimento.
Numa época regida pela religião, pela magia, alquimia e cujas únicas verdades eram doutrinas da igreja, pensar o mundo como uma grande máquina, sistematizar, e não apenas se subordinar á forças místicas da natureza e de Deus é um dos maiores avanços conseguidos na época. Essa visão mecanicista foi criada por René Descartes, filósofo que viveu na época moderna. Seu antecessor, Francis Bacon, por sua vez, havia dado ao homem o dever de superar tudo que não viesse de sua experimentação; segundo ele, o homem deveria, através de suas grandes invenções, submeter a natureza e o cosmos.
Ganhando a autonomia e confiança para ser dono de seu próprio destino, através de pensadores como Descartes e Bacon - que são precursores do iluminismo - e outros filósofos, físicos (como Isaac Newton) e cientistas, o homem sentiu-se livre e acima de qualquer noção de viver em um organismo vivo, com interações e reações próprias, passando a tratar o mundo como um sistema mecânico que ele conhece e deve dominar. Se conceber quase como um Deus (literalmente como um Deus no caso, por exemplo, de George Washington, que ao fundar a capital dos Estados Unidos, manda ser pintado sofrendo uma apoteose), e fazer isso através da força, encerra uma grave preponderância do principio masculino, o da agressividade, como é citado no filme “Ponto de Mutação”.
Tudo isso, fez com que o homem destruísse a natureza, poluindo seus rios, destruindo suas florestas, e ainda pior, destruindo o próprio modo de vida dos seres humanos – que passou a ser cheio de vícios, desde os pequenos como uma alimentação errada á corrupções governamentais e o extremo poder de empresas privadas sobre o bem estar público, já que as corporações passaram a dominar o sistema. Toda essa problemática só pode ser resolvida através de uma profunda mudança profunda na forma de ver o mundo. Deve-se perceber o quanto vivemos num sistema que respira, sofre e precisa de ajuda; todas as facetas da sociedade e do meio ambiente não devem ser analisadas separadamente pois são partes de um todo que precisa ser melhorado gradativamente e desde seu profundo interior. Mudar e melhorar o mundo de forma integrada é chamado, conforme mostra o filme de “Teoria dos Sistemas Vivos”.  
No filme, vemos claramente as diversas facetas da sociedade representada nos três personagens principais – A cientista, o político e o poeta. Enquanto o discurso partir da ciência e da filosofia e não ser completamente compreendido pela nação e seus governantes, o pensamento Baconiano/Cartesiano continuará a governar; ao mesmo tempo, enquanto as artes e literatura não verem a integração que há entre a ciência e seus textos de subjetividade, apenas divagar não fará grandes trabalhos. É preciso, portanto, uma maior integração entre todos esses setores. O mundo precisa de mudanças que englobem valores, instituições, ideias e embora isso seja muito difícil de concretizar, um bom ponto de partida é e sempre será a educação, pois só a educação é capaz de mudar todo o ser humano e esta deve ser reformulada para atender á esse nova perspectiva de mundo.



Stephanie Bortolaso

1° Ano de Direito Noturno

Análise do filme Ponto de Mutação

Individualismo e Liberdade

          O filme “Ponto de Mutação” inspirado no livro de mesmo título de Fritjof Capra e dirigido por Bernt Capra é uma longa e interessante conversa entre três pessoas sobre muitos assuntos como política, ciência, meio ambiente, poesia, entre outros. Uma das afirmações que um dos três personagens faz (candidato a presidência dos Estados Unidos) é “Deixamos de nos sentir todos um só... mas temos liberdade. Não é uma troca tão má.”. Esse pensamento reflete uma questão atual.

          Hoje, a homossexualidade é mais aceita, em parte, não porque o ser humano deixou de ser preconceituoso, mas porque ele não se importa mais com que a vida das outras pessoas. Antes, as pessoas se ofendiam muito mais que hoje em saber da existência de uma pessoa homossexual em seu meio de vivencia, pois elas se sentiam “todas uma só”, importavam-se muito com a vida do outro. Hoje, com a sociedade individualista, isso não acontece mais com tanta frequência. Esse é um legado “bom” da individualidade, a maior possibilidade de liberdade.


Desirrè Corine Pinto
1º ano Direito - Noturno

Desserviço à ciência.

Em O Ponto de Mutação, filme sob a direção de Bernt Capra, distintos pontos de vista são apresentados para refutar ou corroborar com a ciência moderna. Sonia Hoffman, uma cientista norueguesa no ramo da física quântica, tece fortes críticas à visão cartesiana de mundo, a taxando de restrita e dizendo que dividir o objeto de estudo em partes menores acaba com a "real essência das coisas". Tal visão, aos olhos da ciência 25 anos após o lançamento do filme, mostra-se como meramente especulativa e de pouca utilidade. A tão referida "conexão das coisas naturais" já é contemplada pela ecologia e ganha sua máxima expressão na genética ecológica. Por outro lado, Sonia demonstra seu ímpeto de culpabilizar abstrações, como o conceito de sociedade (lembremo-nos de Fernando Pessoa: "A única realidade social é o indivíduo, por isso mesmo que ele é a única realidade. O conceito de sociedade é um puro conceito; o de humanidade uma simples ideia. Só o indivíduo vive, só o indivíduo pensa e sente"). Sonia também comete erros crassos ao dizer que a criatividade atua com um papel primário na evolução biológica, mostrando sua sanha em confrontar sem oferecer nenhuma visão realmente sólida, ou ao especular sobre o transcendente, o tomando como fato irrefutável, se esgueirando do problema mente-corpo que permanece em aberto nos campos da metafísica e filosofia da mente. Em suma, Sonia padece do mesmo mal de Rousseau, que, ante uma realidade desfavorável - problemas familiares e inconstância psicológica, com Rousseau abandonando seus cinco filhos e Sonia tendo problemas ao lidar com sua filha - projeta no mundo a benevolência que não existe dentro deles.

O Ponto de Mutação e a teoria de sistemas

   “O Ponto de Mutação” é um filme de 1990, dirigido pelo cineasta Bernt Capra, e inspirado na obra homônima de seu irmão, o físico Fritjof Capra. O filme, tecnicamente, é muito simples: a fotografia e a trilha sonora têm uma qualidade boa, embora não se destaquem por serem as melhores que já se viu. A mudança de cenas é rara. Apesar disso, o filme possui um ótimo desenvolvimento, com um roteiro filosófico e muito bem escrito, que pode ser considerado um pouco denso demais para espectadores leigos.
   O ponto principal da filosofia do filme talvez seja a crítica à maneira mecanicista de ver o mundo, provocada pela personagem Sonia Hoffmann, uma física desiludida por ter visto seus projetos sendo usados para fins militares, quando deveriam ajudar a medicina. Sonia critica exaustivamente esse jeito mecanicista e cartesiano de enxergar o mundo, que, apesar de já ter sido útil um dia, hoje já não nos serve mais. Ela acredita na “teoria de sistemas” – absolutamente todos os problemas atuais estão interligados, e é impossível resolver um de forma decisiva sem lidar com todos.
   O cineasta deixa claro que ele mesmo é adepto dessa teoria, ao dar mais espaço à física no filme do que aos outros dois personagens principais – Jack Edwards, um político norte-americano, e Thomas Harriman, um poeta. A mensagem final do filme é que todos os problemas que enfrentamos atualmente no século XX, como a fome, o aquecimento global, a obesidade, a ameaça nuclear, guerras constantes e as desigualdades sociais e econômicas, são, na verdade, resultado de apenas uma crise: a crise de percepção, causada pela visão mecanicista de mundo, que em parte justifica a avareza e o egocentrismo. A mudança e resolução de todos esses problemas só virá quando mudarmos radicalmente nossos métodos e valores, e deixarmos de lado nossa cultura individualista e exploradora. 

Visão do Mundo

Gabriela Gandelman Torina

1° Ano de Direito Noturno

Análise do filme Ponto de Mutação


Em " O Ponto de Mutação", Fritjof Capra articula um intenso debate entre três metodologias distintas de raciocínio: o político, o poeta e a cientista.


Partindo do isolamento de uma construção medieval localizado na Ilha de Saint Mitchel, as personagens buscam, sob óticas distintas, a realização de seus objetivos bem estruturados e , de certa forma,egoístas.

Utilizando-se desse cenário, o autor produz um diálogo entre as personagens que, passando por inumeros pensadores incluindo Descartes e Einstein, apresenta ao público diferentes percepções de uma mesma realidade e momento.

Por fim, Fritjof Capra conclui que o desenvolvimento salutar da sociedade está intimamente ligado à sustentabilidade. Metaforicamente, o autor denomina essa faculdade de atingir o progresso de forma sustentável como sendo uma energia feminina guiadora da humanidade, ao passo que a força cruel e dominadora presente no ser humano se trata de uma energia masculina. Portanto, Capra salienta a necessidade de uma mudança na forma de buscar os objetivos.

 

Lucas Rezende de Melo 1º Noturno


Um poeta, uma cientista e um político e as percepções do real

No filme “Ponto de Mutação” de Fritjof , há a interlocução entre três personagens de pensamentos e contextos diversos: uma cientista, um político e um poeta. O autor trava um debate existencial no qual o assunto principal sempre recai ao indivíduo, seja como objeto ou instrumento de estudo. Pode-se entender que existe entre eles a busca pela resposta que aflinge a humanidade desde os primórdios dos Socráticos, equilibrando a discussão com o pragmatismo do homem moderno - representado pelo político, a metodologia dos intelectuais – representado pela cientista, e o idealismo dos filósofos – representado pelo poeta. Já no fim do filme concluiu-se que considerando unilateralmente cada opinião a resposta é vazia. A fim de que se cumpra a ideia de método, meio e ação há a conscientização de que “enquanto uns procuram ser ouvidos no silêncio, outros tentam gritar em meio à multidão”; que os métodos sem a utopia são vazios e que a grande falta hoje no mundo é a da perspectiva.
                Há uma ênfase na metodologia da cientista, que expõe como meio de encontrar sua existência todos os aspectos científicos dos quais tem conhecimento, colocando em questão o modo como tudo e todos se relacionam – a partir da coexistência evolutiva entre os seres humanos e a natureza, além dos espaços presentes entre o núcleo e os elétrons dos átomos, que evidenciam serem a matérias apenas possibilidades de movimentos destes - entre si e, também, com a natureza. Nessas colocações, ela abrange como sistema o conjunto dessas possibilidades de matéria, aceitando a ciência e a física, desconsiderando o método cartesiano de Descartes e Bacon, que são sistemáticos ao mecanizar os meios e a natureza, exemplificada pela visão do mundo como um relógio, no qual cada um exerce sua função e limita-se a isso.
                Mas, depois de tanta intangência, como encontrar o real? Como admitir a vida sem o sentido da realidade? Como admitir o outro como imaterial e digno apenas de uma possibilidade de matéria? É o que foi exposto. E nesse âmbito que surge o poeta, mostrando que não há somente uma relação pura de sistemas esvaídos pelos seus vazios subatômicos; essa possibilidade de matéria tem a força de criar relações fruídas de sentimentos, necessidades, pensamentos. De serem entendidas como indivíduo de um todo, porque “ninguém é uma ilha” e sente a necessidade de amar e ser amado, de influenciar o mundo com suas concepções ou ações, seja isolado na França ou se candidatando à presidente dos EUA .
                O diálogo aberto no qual ele propõe traz a reflexão e não responde aos questionamentos. Cabe a nós responde-los? Creio que não. Apenas buscar compreendê-los , que, segundo Hanna Arendt em  “Origens do Totalitarismo” denota que “Compreender significa, em suma, encarar a realidade, espontânea e atentamente, e resistir a ela – qualquer que seja, venha a ser ou possa ter sido”, mesmo que essa realidade signifique o grau mais irreal de abstração da matéria, porque mesmo que seja, venha a ser ou possa ter sido, carrega todos os mais expressivos instantes do ser humano.

Karla Gabriella dos Santos Santana - 1º ano Direito Diurno
Introdução à Sociologia

                

A Redução da Maioridade Penal é Apenas Uma Peça Pequena do Relógio

Recentes discussões tem ganhado destaque de uns tempos para cá a fim de se decidir a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, esse assunto que já é bem comum de ouvir em diversos telejornais, na maioria deles sensacionalistas, ganhou força nos últimos dias e a partir desta problemática, podemos fazer uma analogia deste assunto com o tema central do filme Ponto de Mutação, na qual questiona e analisa o atual sistema em que o nosso mundo funciona.
 De forma simples o sistema sempre procura resolver os problemas pontuais, mas nunca de forma efetiva  e concentrar-se na raiz dos males a fim de resolver o problema permanentemente, em dada parte do filme é dito: " não pode olhar em separado os problemas globais tentando entendê-los e resolvê-los. Claro que pode consertar uma peça, mas ela vai quebrar de novo em um segundo, porque ignorou o que se conecta a ela. Precisamos mudar tudo de uma vez, ao mesmo tempo, os ideais,as instituições, os valores...". Neste trecho que é dito por uma cientista à um político e a um artista revela bem claramente que tudo está conectado a outro fator que desencadeou essa falha.
No Brasil o problema de crimes cometidos por menores, enxerga-se que para resolver este embaraço deve-se começar a punir estes infratores mais severamente, mas ao analisarmos o problema como um todo chegaremos que o início de todo o infortúnio começa desde o lugar em que este menor convive, o lugar em que ele frequenta e com quem relaciona-se, deste modo, percebe-se uma série de fatores que levou este jovem a cometer um crime, formando toda uma sucessão de pensamentos e experiências de más condutas.
Portanto se queremos de fato acabar ou reduzir drasticamente este conflito, assim como é dito no filme é "Mudando nossa maneira de  ver o mundo" de forma sucinta não é bloqueando o mais frágil e retirando sua liberdade que a criminalidade por menores vai acabar, apenas estaremos rodeando o problema e não o resolvendo eficientemente. 


Lemuel Dias
1° Ano de Direito, Noturno
Análise do filme Ponto de Mutação



A desconstrução da percepção: mudança e relatividade, do àtomo à política.



Ponto de Mutação, escrito por um físico austríaco e exibido em filme, lançado na decáda de 90 e dirigido por Bernst, apresenta contexto e enredo simples, contrastantes com uma alta complexidade ideológica,  científica e política. O desenvolvimento do drama, acontece a partir do diálogo de três pessoas de diferentes círculos sociais, em que cada uma das pessoas envolvidas tenta mostrar seu ponto de vista e visão de mundo em diversos aspectos. 
Na trajetória dessa conversa  são apresentados pensamentos defendidos por Descartes, Einstein, Newton além, de assuntos da área da ecologia, política, física quântica, poesia, dentre outras.

A essência do filme, está na desconstrução de paradigmas aparentemente sóbrios e coerentes, com uma crítica fundamental ao metódo analítico e fragmentador do estudo da ciência, como o cartesianismo de Descartes. Essa desconstrução causa um choque de realidade no telespectador no sentido de entender e enxergar o mundo de outra forma, mais relativa e menos ingênua. Assim, o filme proprõe questionamentos e antíteses de ações e comportamentos (de indivíduos, instituições e países) em contextos históricos atuais, muitas vezes por meio de metáforas. Esses questionamentos são pautados na cultura individualista e materialista atual e na nossa tecnologia de exploração do meio ambiente, e a mudança proposta deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas, inclusivas e fraternas entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os quesitos. 

Durante o filme, são demonstradas as infinitas relações entre os seres humanos e entre os mesmos e o ambiente. Essas relações vão das trocas de elétrons entre átomos ao pacto confiança-proteção entre eleito e eleitores, e abrangem relações internacionais, situações sociais, e o interesse de grandes empresas no conhecimento produzido por cientistas.

Em síntese, o filme é uma crítica ao critério descartável atribuído à vida e às pessoas, à falta de subjetividade no conhecimento, a ambição e frieza das relação econômicas e procura encontrar algo novo, rompendo com ideias e senso comum, a fim de quebrar paradigmas para um mundo, uma sociedade e relações mais saudáveis.


Débora Rayane Brandão Filadelfo, 1 ano Direito - Noturno.

Fragmentação do mundo


Era um planeta. Era um ecossistema. Era uma população. Era um ser. Era uma célula. Era um átomo. Era um próton. Era um elétron. Era um nêutron.  Na ciência, já vemos que o foco do homem passa de uma visão mais ampla para uma mais restrita. Inegável o quanto o conhecimento humano aumentou com as divisões de áreas de estudos, porém até onde uma classificação é necessária? Até onde uma maneira cartesiana pode definir se um governo é democrático ou se o homem é bom ou ruim por natureza? Até onde qualquer objeto tem só uma faceta?
Passamos pela Era Medieval e a Era Moderna, havia leis que regiam os homens, teorias aceitas a cerca da natureza, livros de como governar a sociedade. Mesmo que o homem não tivesse todas as respostas pelo menos ele se conhecia, individualmente. Nasce Freud que, como quem bate em vidro, fragmenta o homem. O individuo não se conhece mais, ele é consciente e inconsciente, ele reprime suas ideias e suas emoções, sua personalidade pode não a qual ele acreditava ser. O humano se torna frágil e tenta se reconstituir, desse modo chegamos na “Pós-modernidade”, na qual o homem torna seus afetos e seus compromissos efêmeros para satisfazer-se, buscar uma certeza incansavelmente depois de ter perdido a certeza de quem ele mesmo é.
Conclui-se que após passar pela fragmentação da Natureza, fragmentação dos átomos e fragmentação da consciência humana, chegamos a uma era sem nome próprio, que se diferencia da passada, que nos trouxe mais agonias existenciais que todas as anteriores e – talvez - de tão confusa não possua nome. Por esse prisma toda a confusão partiu da fragmentação do mundo então a solução poderá ser a reconexão. Reconexão da psique. Reconexão entre os homens. Reconexão com o ecossistema. Reconexão com o planeta.

Júlia Andrade Nunes Queiroz - 1º ano Direito Noturno


Uma parte do todo

Analisando o filme “O Ponto de Mutação” pode-se observar que a principal dificuldade a ser resolvida é a questão ambiental caminhando paralelamente ao desenvolvimento humano. O filme relata um diálogo entre um político, uma cientista e um escritor americanos, que por terem estilos de vida diferentes possuem opiniões divergentes sobre essa questão. A discussão baseia-se em torno da ideia de Sonia, que critica a visão cartesiana do mundo – a qual diz que os elementos da natureza são como peças de um relógio – afirmando que tudo está relacionado e interligado, e que só será possível resolver os problemas após entender a conexão entre os elementos.
O que mais me impacta na obra é a dificuldade de por em prática o ponto de vista da cientista, observando que nas instituições de ensino estudamos as matérias como peças independentes umas das outras, quando estas estão muito mais interligadas quanto possam parecer, como a matemática e a geografia, causando assim limitações no pensamento do indivíduo que está aprendendo e alimentando uma visão individualista sobre o mundo e a existência humana.

A conclusão chegada ao final da reflexão sobre o filme é que todos os problemas mais graves do século XX como as principais guerras, ameaças nucleares, preconceitos etc. são frutos de um pensamento baseado no individualismo e na ideia de independência entre os eventos e as pessoas, e principalmente pautados na ideia de que somos “donos” do ambiente natural e não apenas uma (pequena?) parte dele, ou seja, o autor encerra a obra criticando que cada ato de destruição da natureza é – por reflexo – um ato de destruição humana.

Julie Araujo
1º ano Direito Noturno

Einstein na torre de marfim

   Albert Einstein, certa vez, em carta a um amigo cientista, disse: “Todo nosso progresso tecnológico é como um machado nas mãos de um demente”.Tal carta, com os mesmo dizeres, certamente, poderia ser enviada à cientista Sonia, aquela lá que mora no castelo feudal de Saint Michel, sabe? Pois é, se Einstein a tivesse conhecido nos corredores do castelo, provavelmente, teriam muitas experiências e conhecimentos para compartilhar.
    Porque aquilo condizia muito com o motivo que a fez mudar para aquela ilha. Na qual estava em recesso semipermanente, pois, em um certo momento, cansou de ver todo o seu trabalho e pesquisa serem convertidos em material de guerra. Enquanto sua expectativa era transformar o seu trabalho em uma aplicação na área médica e contribuir, assim, para a cura de muitos enfermos.
   Diante disso, Einstein compreenderia essa angústia acrescentando que havia passado por algo semelhante. Uma vez que, em certa época, esteve envolvido nos estudos da energia nuclear, nos quais desenvolveu o que tinha plena certeza: a enorme quantidade de energia liberada da fissão nuclear de núcleos atômicos. Ao contrário de Sonia, esse renomado cientista tinha uma certa consciência de que tal conhecimento poderia ser utilizado para fins militares. Visto que, tais estudos foram bancados pelo Ministério da defesa americano, o qual estava empenhado no Projeto Manhattan. Só que o inesperado ocorreu: a utilização de bombas atômicas no fim da Segunda Guerra Mundial.
  Isso, além de ir de encontro com seu caráter pacifista, promoveu, em si, um sentimento de culpa profunda. Partindo disso, adotou uma medida mais ativa do que um retiro intelectual, enviou uma carta ao presidente Franklin Roosevelt alertando que os ataques nucleares representariam o fim da humanidade e, também, procurou estimular outras pessoas a fazerem o mesmo. Ademais, segundo sua visão, os esforços mais consideráveis deveriam ser empregados no sentido de que a herança dos cientistas se torne, para a humanidade, não uma catástrofe, mas uma oportunidade.

  Assim, tomada por essas e outras coincidências, Sonia, que, certa vez, ficou comovida ao tomar contato com as consequências da destruição em Hiroshima, convidaria Einstein para passar uns dias com ela na torre de marfim. Pois, apesar do isolamento, ela demonstrava um contentamento demasiado em compartilhar seus conhecimentos com outrem. Ao caminhar pela ilha, então, refletiriam juntos sobre a visão mecanicista de Descartes e como o pensamento ecológico seria mais benéfico para a sociedade como um todo. Também poderia conhecer mais afundo a teoria da relatividade. E, sobretudo, buscariam uma forma para que uma posição moral nunca sucumbisse diante dos progressos técnicos. De forma que outros cientistas não viessem a passar pelo mesmo que eles.


Yasmin Commar Curia
Primeiro ano do Direito- noturno

Um sopro de vida

Um poeta tem o poder do mundo na melancolia de suas palavras. Flexibilidade – o traçar de seus pensamentos o dá. É livre: livre de concepções perpétuas, livre de imposições ideológicas; livre, principalmente, para pôr em exercício a melhor maneira de escapar da realidade. E o poeta foge. O poeta foge, pois a ele é dada a liberdade de romantizar toda e qualquer expressão e, assim, depreende a carência de perspectiva no mundo.
Não obstante, existe quem, corajosamente, dedica-se ao setor público. Aquele que vê a vida como uma coletiva de imprensa sempre à espera de sua opinião. Teria o político a máscara pública e nada mais? O verdadeiro homem é a fachada, ou por trás do calculista há um inocente? Há quem diga que, na tentativa de atingir uma mudança efetiva, acaba por renegar seus princípios morais, inserindo-se no sistema. Mas o político... O político discorda! É sua essência, diz: nenhum santo sustenta-se só. Um sistema fundado em pessoas em que o necessário é garantir o acordo sobre determinadas ações; se derem certo, a ventura prevalece. Justifica que, do quadro geral, a sociedade só possui fragmentos – deve-se extrair uma realização dos pontos cruciais, protelando o restante. Tal simplicidade rege a esfera política: o que funciona é bom. E ponto final.
Somando-se ao campo da escrita e da administração governamental, aparece o campo das ciências. Neste caso, a especialista possui uma relevância particular. Vejam o porquê: a cientista, ensinada a produzir o conhecimento puro e seguir o ideal da pura verdade, não questiona os princípios éticos, os valores morais – mecanismo de sucesso, visto que o não questionamento de seu trabalho e a percepção social de deixar o destino nas mãos de quem, aparentemente, detém tamanho poder é de consentimento geral. Porém, esta cientista confronta tais fundamentos, estando – inclusive – em uma espécie de recesso, fazendo moradia em sua torre de marfim. A problemática do mundo é uma crise de percepção: para seu desespero, os sistemas atuais só encorajam o intervencionismo. Prevenção! A resposta está na prevenção! Qual mal cegou a todos diante desta solução?
Um poeta, um político, uma cientista. Cada qual com uma análise distinta, moldada de acordo com a experiência de anos e anos transcorridos, na procura da mais simples aspiração do ser humano: um mundo melhor. Por onde começar? Pensamento ecológico, afirma a cientista. Sendo o universo feito de harmonias, de relações e conexões, é preciso compreender o quadro geral.
Perplexo está Descartes, em algum lugar na dimensão espaço-tempo. Ora, esqueceste tu quem primordialmente incorporou a visão do mundo, da natureza, como um relógio? Desmonta. Reduz a várias peças simples e de fácil entendimento. Analisa. Decifra o todo. E então, uma especialista das ciências irrompe a ideia de que o método é limitado? Errado? Nocivo? O político faz-se advogado do filósofo em um primeiro momento. Quem dirá às pessoas o que é melhor para elas? Tu? Mas o pensamento ecológico se sustenta na mente criadora. O homem seguiu o pensamento de Bacon e torturou a natureza! A realidade carece de uma compreensão mais firme. A essência da vida é a auto-organização e a autotranscedência; um sistema vivo se mantém, se renova e se transcende sozinho.  
A cientista propõe uma nova percepção para a humanidade. O político reflete como colocar as ideias no plano da realidade. O poeta questiona qual o lugar das pessoas reais, com seus desejos, suas qualidades e fraquezas.
Os cientistas dizem quais as metáforas para a vida. Os políticos dizem de que forma deve-se viver. Os poetas sabem que a vida sente a si mesma.
Isabelle Elias Franco de Almeida
1˚ ano - Direito (noturno)
Introdução a Sociologia

Necessário para solucionar, prioritário para evoluir

O Filme “Ponto de Mutação”, dirigido por Fritjof Capra, tem como foco principal a argumentação de um candidato à presidência dos Estados Unidos, um dramaturgo e uma cientista acerca da percepção de mundo que o homem possui, proporcionando um questionamento sobre a interferência que uma ação provoca em relação ao meio ou a outrem.
Nesse sentido, a cientista, Sônia, expõe suas ideias buscando refutar o método cartesiano, mecanicista, desenvolvido por Descartes, no qual as ações humanas são analisadas minuciosamente e fragmentadas, sem uma interligação. Dessa forma, Sonia utiliza sua experiência no ramo da Física e discorre sobre a necessidade de analisar o objeto de estudo como um todo e considerar que tudo aquilo que o homem faz desencadeia uma consequência na sociedade.
Como exemplo básico existe a questão da subsistência encontradas em países não desenvolvidos. Tal situação ocorre não apenas por uma questão de incapacidade do Estado em fornecer os recursos básicos para o desenvolvimento, visão possivelmente suscitada na concepção mecanicista, mas analisando o problema como um todo é possível indicar a presença de dívidas externas com países ricos, capazes de impedir o investimento na infraestrutura.  
Assim, a fragmentação dos fenômenos, incentivada por Descartes, expõe a consequência dos problemas, impossibilitando a extinção deles. Portanto, deve-se buscar uma solução analisando as verdadeiras causas, fato que só será possível através de uma análise do corpo total que compõe a problemática.
                                Victor Lugan R. Chen - 1º ano de Direito- Noturno
A trajetória humana no ponto azul

As pedras são testemunhas do poder soberano da natureza. Com paciência ela evolui, arrastando todos os seres desse planeta, até mesmo os mais rebeldes, para um destino inevitável. O tempo desse percurso, no entanto, não é certo.
Olhem de novo esse ponto.
É aqui, é a nossa casa, somos nós.
Em seu progresso, cada vez mais acelerado, o homem 
aprendeu a olhar de forma científica, a abstrair do todo aquela parte de interesse particular e a solucionar suas questões de modo local, com raciocínio linear.
Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece,
qualquer um sobre quem você ouviu falar,
cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas.
O sucesso dessa abordagem obscureceu a visão humana.
O interesse econômico e a satisfação de necessidades imediatas,
jogam para segundo plano os efeitos de políticas que
desconsideram a bem conhecida
escassez de recursos naturais.
O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento,
milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes,
cada caçador e coletor, cada herói e covarde,
cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês,
cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, 
criança cheia de esperança,
inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto,
cada "superestrela", cada "líder supremo", cada santo e pecador
na história da nossa espécie viveu ali - em um grão de pó
suspenso num raio de sol.
Mas isso tem um preço.
O tempo tem mostrado que os ganhos tecnológicos
não são suficientes para compensar as disputas dentro da própria espécie humana,
os malefícios da abundância excessiva
ou da escassez miserável.  
A Terra é um cenário muito pequeno
numa vasta arena cósmica.
Pense nos rios de sangue derramados
por todos aqueles generais e imperadores, para que,
na sua glória e triunfo, pudessem ser senhores momentâneos
de uma fração de um ponto.
Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores de um canto deste pixel aos praticamente indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes seus desentendimentos, quão ávidos de matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
A natureza é clarividente,
ela sempre teve uma saída às implosões do planeta.
Mas o homem é novo
e caminha às cegas.
As nossas posturas,
a nossa suposta auto-importância,
a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo,
são desafiadas por este pontinho de luz pálida.
O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.
Um olhar universal e global
é o radar na necessária mudança 
de percurso do homem.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.
Só assim para ele não agonizar como o imponente narval,
no fim de sua escolha fatal.
Já foi dito que astronomia é uma experiência de humildade e criadora de caráter. Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o "pálido ponto azul",  o único lar que conhecemos até hoje.

(Carl Sagan – Pale Blue Dot - disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1lido_Ponto_Azul)

Fernando - 1º ano Direito noturno (filme: O Ponto de Mutação - Bernt Capra)