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domingo, 23 de outubro de 2016

Barreiras ideológicas mascaradas de patologia

Quando um indivíduo não se sente confortável no corpo o qual nasceu, não se identifica psicologicamente com o seu sexo de origem, tem-se um quadro psicológico bastante conturbado, onde a pessoa a qual não possui identificação com suas características deseja realizar alterações físicas, como a mudança de sexo, e alterações sociais, como a mudança de nome, para que assim, se sinta parte de um grupo, e se sinta um ser humano digno, em concordância com seu próprio corpo. Trata-se de uma questão psicológica de não aceitação, de não estado de bem estar, que é agravada pela não aceitação social dessa minoria, pois as diferenças exógenas do corpo desses indivíduos com o entendimento de gênero que eles tem sobre si próprios gera preconceito, e exclusão social. Portanto o auxílio ao Estado, é solicitado, uma vez que é obrigação deste, garantir o bem estar físico e social dos indivíduos.
No entanto o transexualismo tem sido visto como patologia, de natureza hormonal, ou seja, desiquilíbrios hormonais que causam diferenças entre o gênero e o sexo do indivíduo. Ou seja, para que um indivíduo que deseja realizar a cirurgia de mudança de sexo, seja atendido e amparado pelo Poder Público, é necessário que ele admita ser doente, o que só aumenta a problemática acerca do assunto, pois a transexualidade não é doença, mas sim um caso psicológico que degraga a integridade de um indivíduo que não se sente bem com a sua forma de origem.
Podemos adequar e enxergar claramente noções weberianas no diálogo supracitado, pois é um conceito do entendimento de Weber, que o poder e a dominação – no caso acima, ambos de detenção estatal – são capazes de controlar e ter ação privativa sobre o indivíduo. O poder, a medida em que a vontade do Estado – da resistência para o auxilio e amparo – se sobrepõe ao indivíduo que busca por um direito que lhe é devidamente garantido por lei, impondo sobre ele barreiras que dificultam a realização de suas solicitações. O que ambos na concepção weberiana não atribuem sentido negativo, mas não é o que vemos, pois tais atitudes vindas do Estado são agravantes na vida dos transexuais.

 Tawana Alexandre do Prado - 1º ano Direito Noturno 

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