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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A necessidade de pertencer.

Em uma realidade globalizada é inegável a constante disseminação de padrões, de beleza, comportamento, vestimenta e até mesmo alimentação, porém, as reflexões feitas por Émile Durkheim no século XIX nos leva a constatar que a coercitividade social não é um fenômeno novo e que nossa concepção de liberdade deve ser reavaliada.
Apesar de atemporal, o fato social exposto conta com as inovações tecnológicas para entranhar suas raízes, a indústria cultural e seus diversos instrumentos de comunicação, como a internet, realizam um papel indispensável no que diz respeito à padronização. O questionamento inicial é: “Somos livres para agir?”. Como seres sociais, somos guiados por uma necessidade de pertencimento e ainda que sem a nossa total consciência, passamos a agir sob padrões coletivos.
Na visão Durkheimiana, a indústria da propaganda nada mais é do que um forjador do ser social, ou seja, age modelando os indivíduos e suas ações, que conscientemente, ou não, ressoam na estrutura social. A dúvida passa a ser então “Como conquistar a liberdade?”, para o sociólogo, a liberdade é elemento constitutivo de um padrão, nessa perspectiva, somos eternamente reféns das nossas próprias ações.

Ainda que relutante, quando levados a reconsiderar a ideia de que somos livres e refletir acerca da causa eficiente que leva cada uma das pessoas a exercer suas personalidades acabamos tentando definir o que é ou não padronizado, abrindo caminho para novos padrões, assim voltamos ao início, sem respostas, entretanto, a teoria de Émile ainda que instauradora de conflitos, é precisa ao recomendar que as culturas não sejam compreendidas pelo que são, mas sim pelo o que podem ser.
Victória Cosme Corrêa - 1º Ano Noturno.

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