Total de visualizações de página (desde out/2009)

domingo, 29 de maio de 2011

Socialismo e a racionalização dos meios de produção

Os iluministas despontaram como a grande salvação cultural e social no fim da Idade das Trevas. A razão como instrumento principal das análises remontava períodos aureos da grécia. Esse período foi marcado por uma ruptura em todo sistema social e econômico. Entretanto, os valores que surgiam foram desvirtuados pela burguesia, que traduziu a idéia de liberdade iluminista em liberdade de mercado.
A ascensão da burguesia significou a subordinação do proletariado, o qual ficou afastado dos lucros da produção e da participação política. Dessa situação surgiu a idéia primitiva de socialismo: a libertação de todas as classes, ou o fim dos privilégios de determinada classe social.
Primordialmente acreditava-se que a classe proletária não possuia a capacidade de valer-se por si mesma e tomar uma atitude para mudar a situação vigente.
Criaram-se propostas de cooperativismo e de auto-suficiência comunitária, tais como os falanstérios, os quais seriam edificações criadas atraves da associação voluntária, em que as pessoas viveriam juntas em uma mesma edificação e cada um escolheria a sua própria atividade.
No socialismo utópico, justamente por acreditar-se que o proletariado não poderia valer-se por si mesmo, a verdade teria de ser revelada por homens iluminados, especiais.
Posteriormente, passou a haver uma visão do socialismo como ciência, no qual através da análise e da descoberta das leis que regem o desenvolvimento histórico encontraria-se a verdade procurada. Essa era a função do materialismo.
Essa análise revelou a constante luta de classes em todo o decorrer da história, onde a classe oprimida era a responsável por revolucionar os meios de produção, políticos e sociais afim de obter as próprias reivindicações.
Dessa forma, para Engels, o proletariado era a antítese da sociedade, suprimida pela exploração por parte da classe patronal, pela mais-valia, que era o instrumento da exploração , a razão entre o custo de força de trabalho de um operário e o valor final do produto manufaturado. As máquinas tornariam a produção cada vez maior, e o operário ainda ganharia a mesma coisa pela sua força de trabalho, apesar de a produção ser aumentada, gerando cada vez mais lucro ao patrão.
A burguesia como tese e o proletariado como antítese, a sintese seria o socialismo, e este como uma consequencia incontornável do processo histórico.
Essa ideia de socialismo buscava a racionalização dos meios de produção, isto é, a revolução proletária significaria a utilização das forças produtivas como um modo de vida benéfico, do qual todos poderiam usufruir, e não apenas uma classe.
Sendo isso alcançado, o papel do Estado tornaria-se descartável, já que não haveriam mais classes antagônicas.
Ainda não chegamos a esse estágio atualmente. E parece que para que haja a revolução dos meios de produção e da realidade social, seja necessário mais que uma crise como a que ocorreu nos últimos dois anos na maior potência capitalista do mundo, e que se espalhou pelo mundo inteiro. Entretanto, a instabilidade causada pareceu não ser suficiente para mudar o sistema enconômico, talvez porque as políticas adotadas pelos países seja de contenção a grande massa, a alienação do povo para que este continue acomodado no seu estatus.















Nenhum comentário:

Postar um comentário