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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Engels começa seu texto fazendo uma alusão muito positiva ao Iluminismo, e a época do séc. XVIII seria a época da razão pensante, e esse império da razão era idealizado pela burguesia. Nesse momento a igualdade se reduziu à igualdade burguesa. No século XVIII a reivindicação da igualdade não se limitava aos direitos públicos políticos, mas se estendia às condições sociais, já não era suficiente para a população abolir os privilégios de classe, mas sim destruir as diferenças de classe.

O antagonismo entre os explorados e exploradores permitia aos representantes da burguesia se fixarem no poder diante da falta de expressão social do proletariado. Engels diz ainda que se até “agora” a verdadeira razão e a verdadeira justiça não chegaram ao poder ainda é porque o destino assim o quis, e o homem certo para conduzir essa chegada ao poder só apareceu “agora” e não antes também por causa da vontade do destino.

O efeito da indústria, da revolução industrial na pobreza foi que ela foi convertida em condição de vida da sociedade como um todo. Assim, o começo do séc. XIX já se iniciava conturbado e com um proletariado totalmente oprimido. Como já dizia Saint-Simon, antecipando uma das ideias marxistas, que o governo expressa o mundo econômico, o universo da administração domina a política, então quem comandava o governo era a burguesia, e ela continuava a oprimir os trabalhadores. Engels via a indústria como utópica para o bem comum, porque o avanço que os donos das empresas teriam só seria possível sobrepondo os assalariados.

Fourier faz críticas fortes à civilização burguesa, e faz propostas como: cooperativismo, dizendo que é possível despertar o sentimento de colaboração entre as pessoas, ele diz também que a pobreza brota da abundância, e o grau de emancipação geral se mede pelo grau da emancipação da mulher. Ele propõe ainda a formação de grupos que fossem viver juntos sob um sistema cooperativista e de autossuficiência chamado de Falanstérios.

Para Owen se chegaria à coesão social por meio de condições dignas de trabalho e educação ás crianças, e a riqueza criada pelas máquinas seria exclusivamente apropriada pela burguesia. Para ele as novas forças produtivas, no caso as máquinas, deveriam servir à edificação de uma nova sociedade onde o trabalho existisse em função do bem coletivo. Robert Owen exerceu papel bastante importante no progresso das leis trabalhistas e no aprimoramento das cooperativas. A educação deveria ser usada para clarear os trabalhadores e empresários para que entendessem as necessidades da sociedade moderna e industrial sem oprimir os trabalhadores. Com a cooperação e a educação seria possível ampliar os horizontes e aumentar a capacidade de gerar riquezas para todos.

Engels crítica a metafísica com o materialismo dialético, pois para ele deve se enxergar primeiro de forma aberta, ampla, e depois ir minuciosamente buscando outros pontos a serem considerados. Assim como na dialética marxista, que seria buscar as conexões anteriores ao fato para que se possa chegar até o ponto final. Para o autor a história natural é uma constante dialética, porque a todo instante o ser orgânico se renova assimilando matérias, ou produzindo novas células, está numa permanente transformação.

Para Engels o real como uma projeção de ideias, pode levar a conexões falsas, artificiais, pois nem tudo que é lógico é verdadeiro, principalmente porque para se chegar a alguma conclusão apenas se leva em conta as ideias próprias, que não possuem garantias de total certeza. Dessa forma ele conclui que a forma de se encontrar um melhor entendimento para uma época não está nas ideias, no abstrato, mas sim na própria história, e a evolução do conhecimento, da ciência possibilita o material necessário para fundamentar as análises.

Por causa da luta de classes a história teve que ser revisada, porque pode-se perceber que em nenhum momento, com exceção do estado primitivo, toda a história foi baseada em lutas de classes. Por isso que o socialismo seria um percurso incontornável, já que a própria história converge para os mesmos problemas, e ele enxerga como única solução o fim das classes, ou seja, da mudança de sistema para o socialismo.

O novo socialismo proposto tinha sua cientificidade em decifrar as leis históricas e as contradições inerentes ao capitalismo. Dentro das definições há a de mais-valia que era a diferença entre o valor do produto produzido pelo trabalhador e o seu salário. Considerado pelo autor como o principal mecanismo de exploração da classe trabalhadora, porque o trabalho que seria o objetivo de vida passa a ser apenas um meio para se alcançar um objetivo de vida que foi implantado pelo capitalismo que seria o de consumir. No socialismo não é o fato de consumir, não é o produto o mais importante, é o produtor, o trabalhador que é valorizado.

As pedras ao longo do caminho



Dialética: pode ser descrita como a arte do diálogo. Uma discussão na qual há contraposição de idéias, onde uma tese é defendida e contradita logo em seguida; uma espécie de debate. Sendo ao mesmo tempo, uma discussão onde é possível divisar e defender com clareza os conceitos envolvidos.(...).


Ao analisarmos a vida pessoal de Friedrich Engels, nos deparamos com uma dialética, ou seja, o sociólogo era filho de uma pai industrial e rico, na qual demonstrou interesse perante as classes menos favoráveis, ficando, assim, indignado com tanta miséria e pobreza.
Analisando o contexto atual, podemos exemplificar dialética com um acontecimento recente e marcando no nosso país: união estável gay está juridicamente reconhecida. Sendo assim, o Direito passa a ser instrumento dessa dialética, porque fez uma negação de uma ordem estabelecida anteriormente, negando a tradição anterior, trazendo, contudo, os homossexuais para a ordem vigente.
Além desse conceito, há uma longa discussão abrangendo o sistema econômico atuante naquela época. É válido ressaltar que até mesmo esse sistema não escapou de uma análise dialética, onde podemos sistematizar a seguir :




Sendo assim, ao percebermos as falhas do capitalismo, uma onde de revolta nos invade e o desejo de mudança começa a persistir em nossa mente. E nesse embasamento, Engels “anseia a libertação das forças produtivas” da apropriação privada da produção, na qual acabaria com as desigualdades e todos os privilégios e benefícios fornecidos pela modernidade ficaria ao alcance de todos.
Tais idéia tiverem influência ao longo do mundo, inclusive no Brasil, sobretudo na política. Inúmeros partidos seguem a ideologia socialista, entre eles o PCB ( partido comunista brasileiro), fundado em 1922, defende o comunismo, baseado nas idéias de Marx e Engels, e tem como símbolo o foice e o martelo cruzado, um partido nitidamente contrario ao capitalismo. Outro de relevância que cabe no contexto é o PSTU( partido socialista dos trabalhadores unificado), o mais radical no meu ponto de vista, onde os integrantes do PSTU defende o fim do capitalismo e a implantação do socialismo no Brasil, tendo inspiração nos regime socialista do Leste Europeu. Mas, creio eu, que alguém esqueceu de avisá-los que de todos os países participantes, atualmente apenas 2 (Bielorrússia e a Moldávia) continuam socialistas hoje em dia e ao longo da história foram palcos de inúmeras guerras e conflitos.
Em fim, podemos concluir que não existe um sistema político e econômico perfeito.
E com o passar do tempo aprendemos a melhorar os percalços encontrados ao longo do caminho, para tentarmos estabelecer uma sociedade pacífica e com uma ordem legitimada.