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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A intenção do Manifesto comunista.

Em "O manifesto comunista", Marx e Engels buscam, inicialment, esclarecer de que maneira se organizam as relações de trabalho no sistema capitalista. Na visão Marxista, toda a história é marcada pela luta de classes, onde uma explora a outra. Assim, como o sistema capitalista acentua essa exploração, baseando seu modo de produção na obtenção de lucro à qualquer custo.
O Manifesto defende a ideia de que, no sistema capitalista, para que os ricos existam é necessário existirem pobres. e que o Estado é tão somente um comitê organizado para defender os interesses da classe dominante, em qualquer sociedade.
Os autores alertam sobre como o sistema capitalista conseguiu mudar as estruturas sociais, fazendo com que os indivíduos, embora presos como escravos às novas necessidades criadas pela burguesia para viabilizar o comércio, tenham uma sensação de liberdade e igualdade de oportunidades. Com isso, os homens perdem suas relações familiares, perdem suas propriedades, sem, porém perder a convicção de que são livres.
O Manifesto busca resgatar aos proletariados, o sentimento de revolução, de se tornarem donos de seus próprios trabalhos (modos de produção, de troca), sem serem subjugados por outros. Propõe, para isso, a formação do proletariado em uma classe, a derrubada da supremacia burguesa e a conquista do poder político pelo proletariado.

O surgimento do socialismo moderno.

No livro Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, Engels explica que o Socialismo do passado tinha sido utópico - mantendo a crença em quando numa sociedade todos o compreendessem e nele acreditassem. Engels escreveu, "... Os Utópicos tentaram evoluir a partir do cérebro humano. A sociedade apresentaria apenas erros; eliminá-los era tarefa da razão. Era então necessário descobrir um novo e mais perfeito sistema de ordem social e impô-la à sociedade a partir de fora com propaganda, e, sempre que possível, pelo exemplo de experiências modelo.". Porém, ele não deu certo, porque o socialismo verdadeiro deve ser desenvolvido apartir da ciência e não da cabeça de alguns homens iluminados.
O socialismo efetivo não é a descoberta casual de tal ou qual intelecto genial, mas fruto do estudo da concepção materialista da história, um produto necessário da luta entre as duas classes formadas historicamente: o proletariado e a burguesia. Sua missão já não era elaborar um sistema o mais perfeito possível da sociedade, mas investigar o processo histórico econômico de que, forçosamente, tinham que brotar essas classes e seu conflito, descobrindo os meios para a solução desse conflito na situação econômica assim criada, o que ficou mais fácil com a descoberta da mais-valia.
O socialismo moderno é, em primeiro lugar, por seu conteúdo, fruto do reflexo na inteligência, de um lado dos antagonismos de classe que imperam na moderna sociedade entre possuidores e despossuidos, capitalistas e operários assalariados, e, de outro lado, da anarquia que reina na produção. Ele destina-se a pesquisar as condições históricas e, inspirar assim à classe chamada a fazer essa revolução, à classe hoje oprimida, a consciência das condições e da natureza de sua própria ação.

A solidariedade como consequência da divisão do trabalho.

Para Durkheim, apesar da sociedade estar passando por uma crise moral gerada pelo avanço do individualismo e pela expansão das artes, da indústria e das ciências, é justamente a moral que controla a divisão do trabalho. E esta tem como efeito mais importante gerar uma corrente de solidariedade entre dois ou muitos mais indivíduos.
Ao juntar indivíduos que de outro modo viveriam separados, a divisão do trabalho cria vínculos que de outra forma não existiriam. Estes vínculos não ocorrem apenas entre semelhantes, mas também ocorrem entre indivíduos diferentes, como por exemplo, o empregador e o empregado, que buscam um as características do outro e, assim, se completam e harmonizam.
Dessa forma, a divisão do trabalho se torna indispensável para a manutenção de uma sociedade complexa. Ela garante o equilíbrio e a coesão social, através da especialização das tarefas e da necessidade de integração total das diferentes funções sociais geradas por essa especialização.

As normas sociais invisíveis.

Inicialmente, em "Que é fato social?", Émile Durkheim define que é necessário tratar os fenômenos sociais como coisas, pois com isso fica mais fácil análisá-los sob a forma de dados. Ele também critica a análise desses dados sob uma perspectiva ideológica, pois isso atrapalha o estudo objetivo.
Segundo ele, na análise dos fenômenos sociais é necesário eliminar pré-noções e ideologias para chegar ao verdadeiro conhecimento científico. Ao tocar nesse assunto, o autor faz referência aos ídolos de Bacon, que são responsáveis por provocar falsas percepções do mundo em nossas mentes.
Para definir fato social é fundamental classificá-lo como 'coisa' de natureza semelhante a um objeto concreto, sem entrar no metafísico. Além disso, para definir esse conceito é necessário fazer um estudo neutro e objetivo da sociedade.
Por fim, o autor define fato social como um conjunto de regras impostas a um indivíduo, que independem de sua vontade, e influenciam sua maneira de agir na sociedade. Mesmo não sendo impostas pelo Direito ou por outra força coercitiva, tais regras são respeitadas pela impossibilidade de se fugir à elas. O fato social força o indivíduo a ter pensamentos e sentimentos que foram impostos a ele em diversas situações sem que ele percebesse.

Sem ordem não há progresso.

Augusto Comte usa basea sua filosofia positiva em um método de análise do real e do concreto, combatendo as abstrações. Por influência de Bacon, o conhecimento é obtido através da observação sistemática dos fenômenos da natureza e as ciências são voltadas para o estudo para o estudo das causas e leis que os regem.
Essa filosofia representa o amadurecimento do espírito humano, sofrendo forte influência de Bacon e Descartes. Ela usa da união entre ciência e técnica para transformar a natureza e chegar ao bem comum, onde este é representado pelo progresso.
Para permitir esse progresso é necessário a manutenção da ordem. No corpo social esse progresso é representado pelos avanços científicos e tecnológicos que promovem maior bem-estar para toda a sociedade. Por isso, o liberalismo é combatido, já que ele gera desordem, atrapalhando o progresso.
O positivismo visa reestabelecer a ordem na sociedade moderna. Suas leis gerais são baseadas no estudo dos fenômenos do universo. Segundo os fundamentos do positivismo, é necessário romper com o isolamento das ciências. Tudo tem seu lugar social definido, porém para que o corpo todo funcione bem é fundamental que cada célula funcione e cumpra sua função.

O conhecimento verdadeiro.

Francis Bacon defende a observação rigorosa da natureza e experimentação ilimitada para superar o senso-comum e chegar ao conhecimento verdadeiro. Dessa forma, é possível regular a mente a fim de entender a natureza. Ele combate tudo que possa ser obstáculo à construção do conhecimento verdadeiro, entre esses obstáculos estão as diversas ideolgias, os sentidos e os ídolos (ídolo da tribo, da caverna, do teatro e do foro).
Critica a ciência como simples exercício da mente, pois para ele a ciência deve ter uma utilidade prática, a função de ferramenta usada pelo homem em sua luta contra a natureza, visando dominá-la e melhorar a condição da vida humana. Por isso, Bacon afirma que as correntes filosóficas clássica e tradicional são inúteis, já que não promoveram o bem-estar do homem.
Segundo Bacon, a ciência deve ser usada conhecer o mundo real, fugindo do que é fruto dos sentidos, pois eles nos enganam e nos passam uma falsa visão do mundo, os enganos produzidos por eles devem ser combatidos. A exploração científica deve ultrapassar-los e estudar, inclusive, o que é imperceptível a eles (por exemplo, coisas que não vemos ou escutamos, como ondas e partículas). A ciência deve buscar o conhecimento verdadeiro, sem a influência de qualquer visão de mundo, sobretudo no que diz respeito às ideologias e ao senso-comum.

O objetivo do conhecimento científico.

René Descartes elaborou um método científico baseado na razão, contrário à superstição e ao metafísico na busca pelo conhecimento. Ele afirma que para se obter conhecimento verdadeiro é necessário um estudo neutro, objetivo e racional, onde os sentidos e pré-noções não são considerados. O autor ainda define a fonte primária do conhecimento verdadeiro, Deus.
Seu método tem a dúvida como princípio fundamental, ele começa por duvidar de tudo o que conhecia até que ele chegou a uma verdade incontestável: "eu penso, logo existo" e, apartir dela, definiu que a clareza é o critério fundamental para diferenciar o verdadeiro do falso. Para ajudar a perceber isso, o autor faz uso da fragmentação de seu objeto de estudo e foca inicialmente nos fragmentos mais simples, pois segundo ele, isso facilita a observação e compreensão.
A ciência deve ser uma ferramenta, logo, não deve ser objeto de contemplação, mas sim, ter uma utilidade prática, que, para Descartes, é a transformação e dominação da natureza para melhorar a condição de vida do homem. Dessa forma, a ciência compre sua função: ajudar o homem em sua missão de entender e dominar tudo o que foi criado por Deus.

“A objetividade do conhecimento na ciência social e na ciência política”, Max Weber

No texto, Weber promove um debate para estabelecer a distinção entre juízo de valor e conhecimento cientifico. A escolha de valores ou de fins é tarefa do homem pratico, não é tarefa da ciência. Weber ainda critica também o pensamento determinista da ciência.Além do conhecimento dos juízos de valor, a ciência pode ainda avaliá-los criticamente. Portanto, a ciência pode oferecer conhecimentos sobre juízos de valor, propiciando ao homem condições de avaliá-lo criticament
O sociólogo alemão também desaprova o uso metodológico do materialismo histórico, uma vez que a generalidades conceituais provenientes desses métodos deixam de fora da analise as individualidades históricas que não podem ser subsumidos as leis gerais. Adiante, discute sobre os fenômenos sociais. O cientista social pode investigar valores sem glorificá-los ou condená-los, isentando-se da subjetividade. Por ultimo se discute sobre a realidade e método das ciências sociais. A resposta a esse assunto é esclarecida por Weber a partir da construção dos tipos ideais. O tipo ideal é um poderoso instrumento de investigação da realidade. Sua função é a de ordenar a realidade e torná-la acessível a pesquisa como instrumento de conhecimento.