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domingo, 29 de abril de 2012

Um progresso enlouquecido



O positivismo surge na Europa durante o século XIX, no qual gradativamente disseminava-se o estereótipo de que a ciência caminhava sempre em direção ao progresso e de que a tecnologia solucionaria todas as mazelas da humanidade. Entretanto, a religião do progresso defendida por Comte, com todos seus fundamentos e dogmas, ruiu-se diante das guerras mundiais e Verdum tornou-se, definitivamente, o túmulo do positivismo. Como reverberou Albert Einstein: "A ciência era para trazer avanço e liberdade, mas trouxe fome e angústia".
Um dos alicerces da teoria comteana é o lema: "o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim". Esse progresso divide-se em duas vertentes: o quantitativo ou material que resultaria no avanço tecnocientífico; e o qualitativo ou social que proporcionaria uma melhor qualidade de vida. Teoricamente, o desenvolvimento do progresso qualitativo resultaria na ampliação do âmbito da liberdade, proporcionando o desaparecimento da escravidão, do arbítrio, da opressão e do sofrimento. Entretanto, essa premissa tão humanitária limitou-se a um universo quimérico e milhares de pessoas mortas por ambição de superioridade de determinadas nações.
Definitivamente, os preceitos positivistas apesar de estarem enraizados na essência da sociedade moderna, devem ser submetidos a uma severa crítica, pois assim como a ciência resolve inúmeros problemas, também os cria (um explícito exemplo é a interferência humana no meio ambiente, moldando às suas necessidades, mas o destruindo).

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