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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Observando...


Francis Bacon, na obra Novum Organum, propõe um método de indução para examinar os fatos e, assim, analisar as leis que os regem. Ademais, verifica que o entendimento dos fatos, e da ordem da natureza se dá pela observação, constatação e experiência em relação a natureza. Sendo, a partir dessa compilação de atos, possível alcançar o conhecimento verdadeiro. No entanto,Bacon acaba por negar, com esse método, a ideia aristotélica ao pregar a indução ao invés da dedução, subjulgando o silogismo. Contudo, o método contem falhas, entre elas a principal é: Desvalorizar as hipóteses, que poderia levar a um conhecimento mais puro e verdadeiro.
Acredita, Bacon, que há noções que facilmente nos enganam responsáveis pelos erros ocorridos no campo do conhecimento, são essas os ídolos, divididas em três: da Tribo,da caverna, da vida publica e da autoridade.E que acabam por nos enganar afirmar fazer ciência e fazer afirmações sem muito analisar. Ademais, Francis crê que seu método não o engana, no entanto todos que montam um método acreditam que este é o correto, dessa forma, não podemos leva-lo muito em conta.
Logo, podemos constatar que a grande contribuição de Bacon, foi, no fato, de creditar valor a observação dos fatos e ambitos da natureza, e crer que a partir de experiências provenientes dessas podemos obter um conhecimento verdadeiro. Pois, a ordem da natureza ajuda a entender  nossa constituição, o que fomos, o que somos, e o que seremos.







O METODO, SEU VALOR E SUA CONTRADIÇÃO


           A partir de um método basicamente cartesiano, Descartes, através três ou quatro máximas, busca a verdade. No entanto essa verdade está puramente ligada, em sua construção, as transformações que aconteciam no seu tempo. De modo, que buscasse a verdade de um modo visto como banal, por nos agora, e visto como moderno na época. Ademais, estava diretamente ligado a um modelo religioso contestado com força, principalmente pelo modelo heliocêntrico de Copérnico, o da ideia de um Deus supranatural, perfeito e distinto. Como também a mudança de paradigmas científicos e visão de mundo anterior ao modelo de Copérnico.

Conquanto, Descartes retoma em seu discurso a comparação entre matemática e o mundo feitas por Galileu, mostrando um enfoque moderno do ponto de vista da ciência da época e ao mesmo tempo mais no campo espiritual que no sensível, já que dá mais valor a alma, pensamento do que propriamente a matéria, quantidade entre outros como Galileu o faz. Mas influenciando a ciência atual com seu modelo de pensamento que valoriza a matemática, agregado ao pensamento racional baseando diversas ciências e modernizações, como: Medicina e Jurisprudencia, essas citadas em seu texto. Tendo concomitantemente um enfoque presente na época sobre o Deus que para ele era todo poderoso, “compactuando” com as ideias disseminadas pela igreja. Nesse discurso, Descartes adota ideias moderadas e firmeza em relação as ações provenientes dessas, como principio, para que possa trabalhar as suas desconstruindo-as até chegar em uma verdade de base solida e segura a qual denomina cogito. Contudo, esse sempre Descarta ideias duvidosas, colocando-as como falsas por parecerem duvidosas por isso não pode ser denominado cético, pois não duvida.
Descartes, através do método cartesiano, negligencia o sentidos valorizando o que é dado pelo razão, assim “propagando” o racionalismo, que hoje se vê presente como valorizado pela ciência que busca respostas através da razão. Mas ao mesmo tempo que se aproxima dela se afasta por visualizar a experiência sensível, como enganosa em algumas de suas muitas fases. No entanto, se contradiz ao mesmo tempo por afirmar a existência de um Deus, pois a existência desse fere algumas instituições racionais, pela consideração de ser algo supranatural, onipotente, onipresente e onisciente. Ademais, tenta usar seu método racional para justificar Deus. Assim, tentando direcionar, de modo subjetivo, os caminhos de outros indivíduos, que já diz ser individual e o que difere a razão ou bom senso, aos que ele próprio percorreu. De modo, a cair a fazer com que caiam na extravagância, pois como ele mesmo criticou “...aqueles que norteiam seus hábitos pelo exemplo que deles tiram estão sujeitos a cair na extravagância... “. Assim se contradizendo novamente. Conquanto, coloca Deus ‘acima’ do mundo por ser seu criador, confirmando a ideia do próprio em detrimento do mundo.
Logo, Descartes é valido no contexto cientifico atual. Mas seus erros decorrem da tentativa de explicar Deus por seus métodos, ou seja, unir ciência e religião, como iguais coisas distintas e a contradição por tentar direcionar sutilmente caminhos que devem ser escolhidos individualmente. No entanto, sua máxima do cogito “penso, logo existo”, não é refutável, porquanto se pensamos somos algo existente, mas isso não corrobora a ideia da existência de Deus, mas apenas a existência do homem. Até pela irracionalidade de supor existente algo constituído de tamanha perfeição, inexistente no mundo sensível.