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domingo, 22 de abril de 2012

De volta aos primórdios


Em meio a um grande planeta praticamente inexplorado, abrangentes recursos naturais e uma nova visão de mundo, Francis Bacon baseou seus estudos para o domínio da natureza através do conhecimento, tendo como base a frase "saber é poder", onde o infinito é marcado como objetivo, obtendo sempre novos recursos e descobertas.
Seus métodos são úteis até a atualidade, como o que buscava antecipar o acaso através do cientificismo, representado pelas previsões do tempo e até de tsunamis e terremotos, trazendo grandes benefícios para o bem da humanidade e da sua preservação.
Entretanto um aspecto de seu estudo foi levado ao extremo por uma grande parcela da população, o da luta contra a natureza e a sua exploração: “... que estejam preocupados, não com a vitória sobre os adversários por meio de argumentos, mas na vitória sobre a natureza, pela ação..." (p.5). Fato que determinou um agressivo ato contra os recursos vegetais e animais, que eram abundantes na sua época e que nos dias atuais fazem uma grande falta, além do mais, isto se perpetua apesar das inúmeras campanhas abordando o grande risco que traz, porém o capitalismo tem a palavra final.
A própria ciência exaltada por Bacon é que conscientiza contra este princípio por ele abordado, um mundo auto-sustentável é buscado no século XXI, onde seus habitantes utilizam recursos para a sobrevivência, mas não de forma predatória, apenas o essencial, o que é uma grande ironia do destino, onde o homem buscou "evoluir" ano após ano de forma muito rápida em busca da acumulação de bens e que agora é necessário a sobrevivência com seus recursos mínimos, um denominado "regresso" se colocado o ponto de vista histórico, onde os únicos que buscavam esta maneira de viver eram os povos antigos e os indígenas.


João Pedro Leite - Texto sobre Francis Bacon.