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terça-feira, 12 de março de 2013

Razão e moral para o alcance conhecimento

Em "O Discurso do Método", René Descartes realiza uma análise sobre sua vida acadêmica e afirma que, apesar de não deixar de apreciar os exercícios pelos quais estudava na época da escola, os considera insuficientes para a consolidação da ciência. Por meio de diversos pontos analisados, o autor faz uma crítica à filosofia e suas ciências, à história e à teologia.Tais críticas fazem com que Descartes abdique de seus preceptores, restrinja o estudo das línguas - já que quando gastamos o tempo de forma excessiva em seu estudo "acabamos tornando-nos estrangeiros em nossa própria terra", e conclui que a única forma de alcançar a ciência é através do uso da razão e no estudo dele próprio("Isso, a meu ver, trouxe-me muito melhor resultado do que se nunca tivesse me distanciado de meu país e de meus livros.").
Descartes concebe uma "moral provisória", a qual consiste em algumas máximas que servem de princípio para a elaboração do conhecimento.A primeira é "obedecer às leis e aos costumes do meu país, conservando constantemente a religião na qual Deus me deu graça de ser instituído desde a infância"; a segunda é "ser o mais firme e decidido possível" e sempre optar em seguir a opinião mais provável; a terceira aconselha a mudarmos nossos desejos, já que somente os pensamentos estão em nosso poder, e não a ordem do mundo; e a quarta refere-se à realização de um inventário das nossas ocupações com o intuito de escolher a melhor.
Depois do entendimento dessa moral, Descartes busca o conhecimento através do pré-estabelecimento da dúvida, ou seja, uma ideia deve ser tida como incerta até que, por meio da razão, conclua-se correta.Assim,  a verdade é estável e inata, pois independente das experiências das pessoas, ela é posta da mesma maneira;além disso a ideia só se torne verdade porque houve o pensamento, a análise, dessa forma Descartes concluiu ser "uma substância cuja essência, ou natureza, consiste em pensar" e que "para ser , não precisa de lugar algum, nem depende de coisa alguma material".Através dessas afirmações o autor prova a existência de Deus, pois se pensamos em Deus é porque ele existe, daí o primeiro princípio de sua filosofia "eu penso, logo existo".
1ºano - Direito Noturno