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domingo, 15 de setembro de 2013

O escravo da máquina e o servo da burguesia


A palavra “burguesia” é derivada e encontra suas raízes em uma expressão um tanto quanto menos conhecida e menos familiarizada aos conceitos contemporâneos: “burgos”. Os burgos eram pequenas aglomerações que, gradativamente, foram surgindo ao redor dos antigos castelos feudais à medida que as trocas comerciais e o ciclo de capital ressurgiam na Idade Média.  A grande peculiaridade dessas instituições consiste no fato de que elas foram fundamentais para o recuo das relações servis do feudalismo e para a consolidação de um sistema econômico que, cada vez mais, almeja obter de uma maneira única e exclusiva o lucro.
Contudo, para abolir de forma efetiva o feudalismo e atingir a solidificação de um capitalismo pleno, foi imprescindível que as pessoas que conviviam nos burgos, os até então denominados burgueses, intensificassem suas pequenas trocas, seus comércios locais e com isso, aos poucos no decorrer da história, conseguissem autonomia política e econômica para passarem de meras aglomerações do sistema feudal para a poderosa classe dominante que pendura até os dias atuais.
Dessa forma, a burguesia, assim como explicita Marx e Engels no “Manifesto Comunista”, foi durante um significante período da história pertencente ao lado dos oprimidos. Todavia, ela foi capaz, nos embalos de uma luta de classes, de efetivar seus objetivos e legitimar a formação de um capitalismo industrial extraordinariamente expansionista. O capitalismo fortaleceu-se tanto que todos os setores ao seu redor – o de comunicação, transporte, as relações sociais, a estrutura da família – sofreram nítidas transformações e estabeleceram novos padrões. Eram como poderes de um bruxo que não conseguia mais controlar o efeito de seus feitiços.
O mais descontrolado efeito desse bruxo, que analogicamente pode ser reconhecido como a burguesia, é a opressão e a exploração das classes operárias. O proletariado era escravo da máquina e servo da burguesia. Trabalhava incessantemente para aumentar a produção e recebia uma quantia ínfima para sobreviver. Essa é a lógica do capitalismo industrial que garante uma superprodução e, por conseguinte, o lucro exacerbado da classe burguesa.
É em virtude dessa situação de extrema precariedade que Marx e Engels convocam com euforia e entusiasmo a união global de todos os operários para fazerem o mesmo que a burguesia fez com o feudalismo, e assim, após lutas e embates entre a classe opressora e a classe oprimida garantir que o comunismo se consolide, eliminando as desigualdades sociais advindas com a propriedade privada assegurada pelo liberalismo econômico.

Juliana Galina Soares – Direito diurno. Texto referente à aula 10.

 
Manifesto Comunista
Segundo Marx, no Manifesto Comunista, a luta de classes faz parte da historia de todas as sociedades, sempre acarretando em uma revolução que, de alguma maneira, transformou as divisões de classes preexistentes – assim como a formação burguesia deu-se com a falência da sociedade feudal.
Assim como a mudança de classes, houve também a mudança nos meios de produção; a manufatura já não era mais suficiente para acompanhar o crescimento de demanda do mercado, então o surgimento da máquina a vapor revolucionou o modo de produção industrial, permitindo que um sistema industrial gigante substituísse o sistema manufatureiro.
A evolução da industria moderna estabeleceu o mercado mundial, favorecido pelos meios de comunicação facilitados e pela evolução dos instrumentos de produção.
O controle do mercado mundial, proporcionou à burguesia autoridade política no Estado moderno, tornando –o um defensor de todos os interesses capitalistas. No entanto, a burguesia criou um mal com o qual ela mesma não pode lidar depois: a superprodução “As condições da sociedade burguesa são estreitas demais para abranger toda a riqueza que criou. (...) As armas com as quais a burguesia abateu  feudalismo, voltaram-se contra a própria burguesia”.
Tal produção desenfreada obrigou a maior jornada de trabalho e exploração do proletariado, que cresceu também de acordo com a demanda do mercado. Isso possibilitou-lhe maior união, o que favoreceu. De tempos em tempos, o proletariado vence a disputa de classes, mas os resultados não são permanentes, para que fosse seria necessária s união cada vez mais abrangente dos trabalhadores.

E, o que a burguesia demorou séculos para conseguir na idade média,  graças aos desenvolvimentos da industria, das facilidades dos meios de comunicação e locomoção, o proletariado alcançaria, através dessa união, em poucos anos.

Made in China

O Manifesto Comunista de Marx e Engels, de 1848, é um texto de conteúdo que pode ser considerado atual. O mesmo poderia estar estampando as folhas de jornais e livros contemporâneos sem causar estranheza, pelo contrário as palavras e constatações feitas são as vivenciadas pela sociedade capitalista em que se vive.
Esta atemporalidade do manifesto permite que se faça um paralelo com o regime socioeconômico da atualidade facilmente, um trecho encontrado na página catorze do texto de Marx e Engels que traz:
“As indústrias nacionais antigas foram destruídas ou seguem sendo destruídas dia após dia. Elas são desalojadas por novas indústrias (...); por indústrias que não mais trabalham com matéria-prima nacional, mas matéria-prima extraída de zonas remotas; cujos produtos são consumidos não só próprio país, mas em todos os cantos do globo.” Manifesto Comunista
O paralelo que se pode fazer é em relação ao desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos. A industrialização dos Tigres Asiáticos se deu e continua procedendo da maneira como está no trecho acima colocado. A globalização levou transnacionais para a região asiática que se modernizou, a mão-de-obra barata em relação aos países sedes das indústrias (os considerados, primeiro mundo) e os incentivos fiscais oferecidos foram atrativos para as mesmas.
A modernização que passa os Tigres Asiáticos não atinge a toda a população, há uma disparidade entre o detentor dos meios de produção e os possuidores da força de trabalho. O trabalhador é explorado pelo dono dos meios de produção e recebe um salário, este, porém não equivale a sua produção e aos lucros conferidos. Essa diferenciação que existe hoje em todo o sistema capitalista, que se encontra na economia asiática em questão também foi estabelecida por Marx e Engels no Manifesto como a luta de classes, e para eles a mesma está presente em toda a história.

Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano Noturno
Parece muito estranho que o Manifesto do Partido Comunista, que foi usado desde sua publicação até hoje como arma contra a burguesia, contenha em suas páginas elogios à classe. Marx e Engels reconhecem e enumeraram os acertos na ascensão da burguesia, na trajetória entre classe oprimida pela nobreza do fim da era medieval a dominantes hegemônicos no auge das revoluções industriais. O que explica tamanho poder adquirido é a capacidade empreendedora dos burgueses. Tal capacidade é tamanha que permite a eles não só conquistar espaço em um país, como expandir seu modo de produção à escala global.
No final do Manifesto, os autores conclamam a união dos proletários do mundo para derrubar o modo de produção instaurado pela burguesia, a fim de abolir a ideia de propriedade, em busca de um mundo mais justo. As qualidades da burguesia como empreendedora e "globalizadora" são, implicitamente, evocadas como modelo nesse sentido. Se os operários se espelhassem no modelo burguês de inovação e capacidade de subverter a ordem, seria perfeitamente possível que a revolução socialista acontecesse e se espalhasse pelo mundo. No entanto, o que aconteceu não foi bem isso. Em alguns locais, realmente houve revoluções, mas sem a potência e o alcance previstos por Marx e Engels.
O problema na chamada à revolução do Manifesto é que ela foi baseada muito mais em especulações teóricas do que em dados empíricos e lógicos. O que se verifica até hoje, nos países que adotam o modo capitalista sem terem passado por períodos de revolução socialista, é que a luta entre as classes continua, inclusive bastante forte, mas há mecanismos institucionais para intermediá-la.

O desabafo de um operário

Nós, operários, sofremos muito com o trabalho desumano ao qual somos submetidos nas fábricas industriais dos burgueses. Enquanto eles estão lá sentados saboreando um cafezinho, estamos aqui batalhando, sofrendo, tendo que suportar condições as quais ninguém nunca imaginou sofrer. E ainda, se reclamamos ou nos tornamos inúteis aos olhos deles, somos descartados como objetos e empregam outro em nosso lugar.

Toda a história humana é marcada por esse conflito entre oprimidos, que agora somos nós, e opressores. Mesmo os burgueses de hoje já foram os oprimidos de ontem. Eles já foram vistos na Idade Média como pecadores e punidos por usura; sofreram a opressão do mais forte e agora, são os ditadores do presente. Será que nós, operários, não conseguiremos um dia ser a classe dominante e não a dominada?

Atualmente, eles detêm não só o domínio dos costumes, da moda, detêm também o domínio do mundo. O mar, que era visto como algo abominável, foi “dominado” para levar mercadorias a outros continentes; com a construção de ferrovias, a distância já não se tornou um problema; a água, o vento, os animais foram domados e hoje, servem de força motriz para suas máquinas. Mesmo nós, humanos, fomos dominados por eles e transformados em meros seres que detêm a mão de obra que eles necessitam.

Como fomos dominados por eles, nos tornamos, pois, prisioneiros do mercado por eles construído. Se não trabalhamos, não conseguimos dinheiro; se não temos dinheiro, não somos nada e pior ainda, não conseguimos viver nesse mundo que nos espreita. Os pobres são vistos como algo imundo, que não merece respeito nem compaixão e os ricos são exaltados como deuses. Como o mundo pode ser tão injusto?

Para colocar aqui mais dessa injustiça, as mercadorias não são de acesso a todos. Nós trabalhamos nossa vida inteira para fazer um produto o qual nunca chegaremos a comprar ou mesmo, saber o que fazemos todos os nossos dias. Somos, então, excluídos da sociedade que só vive de aparências frias, de ostentação de riquezas, de palavras vazias e de inveja carregada nos olhos. Somos marginalizados, esquecidos, vistos como ratos que roem a comida dos outros, meros animais que enojam a todos.


Precisamos parar de não pensar em nós mesmos, parar de nos conformar com nossa situação. Somos seres humanos como outro qualquer! Temos que usar as formas de produção a nosso favor, utiliza-los a nosso proveito. Os operários são a classe mais numerosa; juntos conseguiremos. Uma união dos trabalhadores de todo o mundo é o que deve haver. Nos unir contra essa opressão burguesa e lutar pelos nossos direitos, antes que nós comecemos a nos ver como eles nos vem, como ratos imundos e desprezados.


Aula sobre "O Manifesto Comunista", Paola Yumi Shibakura (direito diurno).

Tecendo o amanhã

"Um galo sozinho não tece a manhã: 
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele 
e o lance a outro: de um outro galo 
que apanhe o grito que um galo antes 
e o lance a outro; e de outros galos 
que com muitos outros galos se cruzam 
os fios de sol de seus gritos de galo 
para que a manhã, desde uma tela tênue, 
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos, 
se erguendo tenda, onde entrem todos, no toldo 
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo 
que, tecido, se eleva por si: luz balão". 
 

O desenvolvimento tecnológico leva a humanidade a novos patamares de desenvolvimento. Mas como já sabemos, saber é poder, e domínios de novas técnicas leva também ao surgimento de uma nova classe social. Essa nova classe em seu primórdio não tem o monopólio de técnicas sofisticadas, apenas resgata a arte milenar do comercio.
A partir do resgate do comércio, essa classe social, doravante denominada de burguesia, além de romper dinâmica social do feudalismo( aliás, com a falta de dinâmica do feudalismo, pois esse contava com uma sociedade estamental), passa agora a congregar capital suficiente em sua mão de modo a força o surgimento de burgos( cidades) e celebrar aliança com reis de modo a favorecer a formação dos Estados Feudais.
A burguesia, agora já estabelecida como um classe social e congregada na cidade, passa agora a buscar novos meios para aumentar sua produção e incrementar os lucros. Sendo assim, contamos agora com advento das indústrias, fomentadas por maquinarias. Porém, não é só a classe burguesa que surge, junto dela, aparecem os proletários. Mão de obra farta, que estimulada por outros fatores históricos são impelidos dos campos para a cidade.  
Sem dominar técnica ou possuir capital monetário, essa nova classe de trabalhadores conta apenas com sua mão de obra para prover o próprio sustento, o que Karl Marx chama em sua obra de “mais valia”. Surgindo historicamente mais desfavorecida, o proletariado passa a ocupar posição de explorado , passa se submeter a condições sub-humanas , com intenção apenas de garantir sua sustento.
Analisando os fatos históricos do surgimento dessas novas classes, o alemão Karl Marx desenvolve o socialismo cientificista, que usa como base a dialética de classes. Marx considera que a burguesia é uma classe social inovadora, e seus avanços técnico com fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, porém, observou que as técnica que deveriam beneficiar a todos, beneficia apenas o acumulo de riquezas na mão de poucos. Marx , acredita portanto, que em um estágio no qual as tecnologia estejam suficientemente desenvolvidas, cessará o papel da burguesia e os proletária então passarão a ditar as regras, de modo que a tecnologia não gere apenas a concentração de capital ou o bem estar para quem possa pagar por ele, mas sim que gere um bem estar para a humanidade como um todo. Só, contudo, só será possível quando os trabalhadores puderem reconhecer sua condição de submissão e se revoltarem contra ela.

 Tiago Fernando Guedes de Carvalho- Noturno


A contraposição de dois métodos


Já durante a leitura do texto de Karl Marx, um ponto ressaltava à concepção particular. Durante a exposição em aula, essa marca foi ainda intensificada.

Trato do método marxista de análise dos elementos da sociedade. Método que não é sequer objetivo primeiro de Marx, por isso não é tratado especificamente, exposto de forma organizada e clara, porém fica implícito em suas obras.

Destarte, haja visto talvez a proximidade do estudo, foi natural contrapôr o método em questão com aquele defendido por Weber. Pelo menos no trecho lido, Weber também não tinha por objetivo escrever um texto metodológico, porém fica bem claro que o sociólogo elencou posturas a serem adotadas por quaisquer que se aventurarem em estudar o domínio da sociologia.

Enfim, uma das ideias mais defendida e reitarada no trecho lido da obra de Weber foi que a sociologia, ou ciência social como ele denominava, não deveria se constituir jamais, sob quaisquer circunstâncias, como uma ciência nomológica. A busca por um denominador comum na história, nas sociedades jamais deveria se constituir como objetivo primeiro. A formações de leis universais, quase que dogmáticas não seria o elemento primário da ciência social.

Contudo, foi isso que Marx fez em toda sua obra. Não há um momento em sua obra que sua análise não esteja sendo feita com base em uma ''lei sociológica'' por ele deduzida. A primeira frase do texto lido essa semana dispensa mais exemplos: ''A história de todas as sociedades que já existiram é a história da luta de classes.'' Uma das maiores, porém entre muitas outras, leis definidas e fixadas por Marx. Isso para não entrar nos detalhes das outras tantas, como a concepção materialista, o determinismo econômico, e outros.

Como se não bastasse a formulação dessas leis, Marx se apegou a elas de tal forma a torná-las mantras em suas teorias. Ele as tornam rígidas, fixas, atemporais, universais, imutáveis, exatas. Da perspectiva weberiana, não haveria como proceder uma análise desta forma. Afinal, como enxergar essas características das leis marxistas  diante daquilo que Weber iria dar primazia na ciência social, que é a heterogeneidade das sociedades, das suas distinções e da percepção  de suas excentricidades.

Em suma, há alguns outros pontos que poderiam ser detalhados contrapondo esses dois métodos, todavia há de se ver claramente que esse é o principal e mais característico.

Lucas Carboni Palhares - 1o ano diurno

O rompimento dos grilhões feudais

Superando o feudalismo, com a produção industrial monopolizada por corporações fechadas, emerge a classe burguesa em meio às ruínas feudais para suprir a demanda dos novos mercados através da manufatura. No entanto, na análise marxista da situação, não houve uma abolição do antagonismo de classes, sendo estabelecidas apenas novas classes, dando continuidade, naquela mesma análise, à história da sociedade como sendo a da luta daquelas.
No decorrer do tempo, a manufatura como modo de produção passou a não ser mais suficiente e eficiente nas novas condições mercadológicas capitalistas, surgindo assim a máquina a vapor revolucionando a indústria. Além disso, os meios de produção e troca feudais dão lugar à livre concorrência, e assim como Marx coloca que “a burguesia não pode existir sem revolucionar”, substitui-se a exploração marcada pela religião e política pela exploração aberta.
É característico da sociedade burguesa arrastar as nações para a civilização, compelindo-as a adotar seu modo de produção, criando um mundo à sua imagem, como coloca o sociólogo. Desta forma, a indústria moderna estabeleceu um mercado mundial quebrando as fronteiras naturalmente impostas,  criando uma civilização global através da necessidade de instalação das relações de mercado em todos os lugares. Ocorre uma interdependência universal devido ao fato de as antigas necessidades nacionais serem supridas por outras se fazendo necessária a busca de matéria prima em outros lugares.

Em uma de suas críticas ao capitalismo, Marx coloca que a burguesia não deixou restar vínculo entre os homens a não ser o interesse pessoal, desprovido de qualquer sentimento. Além desta, critica a influência burguesa na política moderna, estando o executivo subordinado às suas vontades e, também, a questão da superprodução, chamando-a de epidemia. Por conseguinte, estaria criando as “armas que trazem a morte para si própria”, acreditando o autor na superação do capitalismo pelo operariado, com suas elevadas jornadas diárias, baixos salários, aumento de trabalho exigido, mais valia e divisão sistemática do trabalho. Concentrando-se então suas forças e crescendo as massas para que a revolução novamente ocorra. 

Evolução a seguir

     

     Um dos fatores importantes da transição feudo-capitalista foi a evolução da burguesia. Nos feudos, esta classe não tinha muito espaço. Era oprimida e subjugada. Porém, cansada desse patamar e aproveitando a expansão das cidades cria métodos para ascender socialmente.
     Para isso, primeiro tomou ciência do seu lugar na pirâmide social, depois criou métodos: dominação da natureza, meios de produção que lentamente vão substituindo a mão – de – obra, homens que eram livres passam a se subordinarem aos burgueses através de contratos de trabalho, entre outros. Essa evolução chega a tal ponto que atinge o nível global e faz parte da sociedade contemporânea: a tecnologia e a ciência que temos hoje faz parte do processo histórico de evolução da burguesia.
     Tendo analisado essa perspectiva e todas as consequências, Marx escreve o “Manifesto Comunista” justamente para alertar as massas e recorrer a um pensamento que desde a era cristã já existia: solidariedade e comunidade.
     A ideia de Marx é acabar com o domínio burguês, para isso a classe operária deve ascender socialmente, porque ela é a base de tudo o que movimenta a economia. O autor quer que se baseiam na própria burguesia, que um dia também foi oprimida e subjugada.
     Para ter uma ideia de como as ideias não são uma mera utopia, podemos aplica-las na sociedade atual que não teremos nenhum prejuízo. Isso quer dizer que ainda dá tempo da classe trabalhadora fazer uma revolução e essa deve ser em caráter mundial também. Só assim terá o resultado esperado.
     O manifesto comunista de Engels e Marx é uma análise do modo de produção do capitalismo. Ele representa um esclarecimento do que representa aquele momento histórico oferecendo a classe operária a possibilidade de entendimento da realidade que passaram a viver, a partir do momento que passaram a se submeter a força do capital. Para os autores,  o capitalismo não representava apenas um modo de produzir, mas um novo modo de viver
    Primeiramente é feito um elogio a classe burguesa, que conseguiu enfrentar a classe dominante, os senhores feudais, e com a ajuda do liberalismo possibilitou sua emancipação,isto é, libertar de suas amarras políticas podendo expandir seus horizontes e levar os homens até as ultimas consequências.
    A partir de então o homem foi capaz de dominar o mundo pela ciência, coincidindo com a perspectiva da revolução burguesa. Um novo mundo é criado, onde não há limites para a transformação, permitiu-se a libertação das forças produtivas, que é  tudo aquilo o qual interage no nosso cotidiano e serve de intervenção no mundo.

    Nessa sociedade moderna, para  o capitalismo não poderá  existir limites, e essa perspectiva de expansão insere o mundo nesse sistema, cria-se uma nova ética social a qual permitirá que o capitalismo será um passo para mais capitalismo, trata-se de uma renovação do ciclo de consumo. E cabe a sociabilidade burguesa dispor e alimentar esse sistema, criando um mundo a sua imagem, de modo que os dominados se veem condicionados a assumir esta postura, e somente desta maneira evitar a fragilização do sistema.
Karl Marx em sua obra "O Manifesto Comunista" declara que a intenção dos comunistas é unificar a luta proletária, promovendo seu avanço independentemente de nacionalidades ou interesses locais. Para atingir tal objetivo, no entanto, seriam necessários alguns esforços, tais como a abolição da propriedade burguesa e da educação familiar. A fim de verificar os aspectos gerais da teoria marxista, tomemos por exemplo a proposta de abolição da propriedade.

A princípio, a abolição da propriedade privada soa injusta e arbitrária, pois interfere no livre arbítrio de posse dos cidadãos. Segundo Marx, no entanto, tal abolição se justifica pelo fato de que não serão tomadas todas as propriedades privadas, mas apenas as propriedades burguesas: aquelas que foram "dignamente adquiridas e merecidas" poderiam ser mantidas. Sendo assim, pergunta-se: quem define o caráter de dignidade pelo qual foi adquirido a propriedade, ou se ela é fruto característico da burguesia moderna? Neste ponto, vemos que não há maiores esclarecimentos sobre o método de decisão do governo, deixando claro que a intervenção estatal proposta pelo comunismo, embora alegue andar rumo ao pleno respeito aos seus governados, dá margem ao arbítrio estatal.

A fim de afastar a ideia de que o comunismo serve de controle à população tanto quanto os demais sistemas ideológicos criticados por ele, Marx afirma que o proletariado, após tomar o poder, tornaria-se uma espécie de associação em que todos governariam, ou seja, um poder público sem poder político. No entanto, é claro e evidente que o controle sobre a propriedade, a produção e a educação são atos políticos também.

Considerando os pontos levantados, fica a dúvida: Marx afirmava que o comunismo causava estranhamento às pessoas por estas últimas terem seus conceitos "contaminados" pelas concepções burguesas, no entanto não admite o caráter controlador de seu próprio sistema ideológico. Não teria tido ele também a visão ofuscada pelo êxtase de sua própria teoria?

"Vem ser feliz"

O manifesto comunista é um texto completamente atemporal, pois poderia aparecer em jornais atuais e nem causaria estranheza. Com argúcia, Marx e Engels falam do fenômeno da modernização que a burguesia implantava na época, com técnicas avançadas de navegação, produção de bens e dos meios de comunicação. Assim, seu primeiro capítulo soa quase como uma propaganda do capitalismo e deixa evidente o papel essencialmente revolucionário da burguesia industrial. O desenvolvimento capitalista libera forças produtivas nunca vistas, "mais colossais e variadas que todas as gerações passadas em seu conjunto". O poderio do capital que submete o trabalho é anunciado e nos faz pensar no agora do revigoramento neoliberal, onde, mais do que nunca vale a máxima do “vem ser feliz” consumindo exageradamente. O capitalismo, para se manter precisa incessantemente superar as barreiras e as dificuldades, oferecendo a cada dia um novo motivo para consumir. Assim como sugeria Marx e Engels na época, hoje também a burguesia propõe e impõe a “modernização da modernização”. Em oposição à essa “felicidade” ilusória proposta pelo capitalismo, o socialismo propõe uma felicidade que inclua a emancipação das pessoas, uma sociedade que caminhe não para o paraíso, mas para a luta contra a miséria, a desigualdade e a exploração de uns em benefício de outros. É com o intuito de terminar a revolução iniciada pela burguesia que Marx e Engels fazem um convite : “Trabalhadores do mundo, uní-vos”.

A invocação da revolução

Em uma das obras mais importantes do século XIX, é editado, em 1848,  o Manifesto Comunista, que exprime entre suas principais ideias a tentativa convocar e reunir todos os proletariados, no âmbito global, uma vez que o manifesto infere que a luta de classes é de caráter internacional, sendo impossível uma revolução comunista sem a internacionalização da união proletária.
Diante disso, a obra é mais uma tentativa de tentar frear e acabar com a ideologia capitalista que, de forma predatória, explora e agride o trabalhado, deixando-o em péssimas condições de trabalho e de vida, acentuando assim a diferença social e inflamando a luta de classes
Além disso, é importante também ressaltara finalidade do manifesto em afirmar a necessidade do proletário de assumir, com a revolução, os meios de produção, para ela ser consumada, sendo que assim existiria a propriedade comum dos meios de produção, fator essencial para a implementação do sistema comunista.
Para o funcionamento da sociedade comunista, seria também fator fundamental  o aumento da produtividade, em ordem global, proporcionada pelos ideais capitalistas, sendo que assim, a abundancia proposta por esse sistema, juntamente com a igualdade proposta pelo socialismo, geraria uma sociedade de de bem estar.
em sintese, o manifesto exprime a invocação do proletário e também as condições para o proletário fazer a tão sonhada revolução, para a instauração, a longo prazo, da sociedade comunista.

A continuidade das revoluções burguesas
O “Manifesto do partido comunista”, de Marx e Engels, foi escrito em uma época de efervescência política, uma época de revoluções. A escolha pelo modo panfletário, sua escrita de fácil entendimento e sua distribuição demonstram que essa importante obra não foi feita para a classe social abastada e sim para um público mais numeroso, o proletariado.
Marx e Engels analisam a história como uma constante luta de classes, mas veem a ascensão da burguesia como sendo responsável por mudanças nos próprios padrões de relações sociais. A burguesia revolucionária é exaltada na medida em que liberta as forças produtivas e se emancipa do poder político anterior, tornando o modo de produção capitalista sua forma de conquistar o mundo ideologicamente, fazendo-o à sua imagem.
Entretanto, o capitalismo se afunda em suas próprias contradições, ao mesmo tempo em que liberta as forças produtivas fragiliza o homem, que passa a ser meio e não fim. Marx e Engels então, por meio da análise da luta de classes, teorizam que a classe operária deve dar continuidade à revolução iniciada pela burguesia, já que essa teria mostrado não ter condições para ir além da revolução burguesa e chegar ao socialismo.
Sendo assim, o “Manifesto do partido comunista” tem por objetivo conscientizar a classe operária a dar o próximo passo na revolução iniciada pela burguesia, mas não destruindo o que foi conquistado anteriormente e sim chegando a um estágio mais elevado de desenvolvimento, o socialismo.


Samantha Sayuri de Souza Yabiku – 1º ano Direito noturno

Quem vai saber?

    Marx e Engels nos mostraram - com bases extraordinárias e extremamente racionais - que, para eles, o futuro, ou o agora, seja pertencente à revolução e consequente efetivação proletária. Através do Manifesto Comunista, cientificamente fixaram as diretrizes a serem seguidas pelo proletariado a fim que se acabe com as classes sociais e, consequentemente, com a luta de classes.
    A burguesia teve seu mérito, pôs abaixo o Antigo Regime e instalou a sociedade de Direitos. Agora é a vez do proletário continuar o processo através da revolução e estabelecer o socialismo, não mais utópico, mas de bases científicas fortes e bem definidas.
    Século XXI, globalização, tecnologias surpreendentes... Devemos, pois, pensar se o manual comunista ainda tem vigência na ordem social presente. Apesar de suas concepções científicas, os tempos são outros. A miséria, alienação e necessidade de mudança do proletariado ainda permanecem, mas em outras condições. Se a revolução deverá ter curso agora ou amanhã não sou capaz, como Marx e Engels, caso estivessem vivos, de responder, mas como a própria História mostra, ela é fruto das lutas de classe e nenhum regime ou condição social é eterno. Sempre teremos, portanto, um ruptura, a qual Marx, em seu tûmulo, ainda sonha ser a ruptura do capitalismo (em um estágio avançado e pertinente) em prol do socialismo, quem vai saber?

Desdrobramentos do movimento comunista



 O Manifesto Comunista primeiramente faz uma síntese sobre a luta das classes e ressalta que a história de todas as nações é a própria luta de classes e finaliza invocando a todos os proletariados a se unirem. Primordialmente, o movimento comunista tinha um paradigma utópico, em que idealizava a revogação da propriedade privada. Com isso, o manifesto sustentava a ideia de substituir o modelo de ir contra a propriedade pelo plano de apropriação coletiva dos meios de produção, de tal forma que afetasse tanto o modo de produção capitalista quanto o motivo de alienação do homem.



 Além disso, Marx também propunha que a revolução que a burguesia exerceu sobre a sociedade detinha características feudais e diz que essa promulgou a política do liberalismo da qual rompia com o modo de produção manufaturado. Portanto, a internacionalização do setor econômico emergia como uma interdependência entre os países, ou seja, a burguesia rompe e reforma com a cultura de tradições e passa adotar uma modernização do seu programa.



O ponto fundamental do comunismo foi sua forma de generalizar toda a classe operária. Ele estabelecia a libertação do ser humano em relação às precárias condições que esse era submetido. Assim, era proposto à burguesia o capitalismo como uma alforria das forças produtivas de maneira que evoluía as dimensões do espaço e do tempo do homem de forma permanente.



Os contrates da burguesia são exibidos por Marx no manifesto, entre eles são exaltados: o crescimento da eficiência produtiva sucessivo por uma restrição na capacidade de seus indivíduos, a insustentabilidade devido à exploração do proletariado e suas aspirações globais. Contudo, o sociólogo apresenta como proposta para resolução desses a conversão das forças produtivas em prol dos operários de maneira a crescer as forças de produção, permanecendo a atuar globalmente.



Pode-se aferir que na Obra “Manifesto Comunistas” as ideologias de Engels e Marx sobre uma possível falência da classe burguesa torna-se concreto. Assim, para eles a destruição contínua da conjuntura do proletariado leva a formar uma burguesia incapaz de permanecer sendo a classe manipuladora, visto que essa não consegue mais manter a existência dos seus escravos.



Deduz assim, que o autor faz apologia ao benefício oferecido pela estrutura burguesa, contudo sendo que as forças produtivas devem estar sobre comando do proletariado.


Júlia Xavier Rosa da Silva- 1º Ano Direito Diurno.

Manual da união operária e a critica ao capitalismo

O Manifesto elaborado por Engels e Marx, sugere um curso de ação para uma revolução socialista através da tomada de poder pelos proletários. Os autores partem de uma analise histórica distinguindo as várias formas de opressão social que ocorreram ao decorrer dos séculos, e situa a burguesia moderna como nova classe opressora.
Contudo, não deixa de citar seu grande papel revolucionário, colocando-a como a classe responsável por destruir o poder monárquico e religioso, valorizando a liberdade economia extremamente competitiva, e uma aspecto monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, fazendo com que o operariado fosse tratado como uma simples peça de trabalho.
Aliado a esse fato, os avanços tecnológicos que aceleraram a produção destruiu todo o atrativo para que o trabalhador ficasse motivado em trabalhar, contribuindo para sua miserabilidade e coisificação.
Diante disso, o operariado tomando consciência de sua situação, tende a se organizar e lutar contra a opressão, especificando o seu objetivo de luta de acordo com o contexto social e histórico em que está inserido. A legitimação da justiça na vitória do proletariado seria de que este, após vencida a luta de classes, não poderia legitimar seu poder sob forma de opressão, pois defende exatamente o interesse da grande maioria: a abolição da propriedade.

A obra termina por retratar uma dura critica ao modo de produção capitalista e na forma como a sociedade se estruturou através desse modo, sugere uma forma do proletário se organizar como classe social, capaz de reverter sua deficiente situação e retrata os vários tipos de pensamento comunista, assim como estabelece o objetivo e os princípios do socialismo cientifico.

                                                                     Felipe Abrahão Rotolo - Direito Noturno

Título Genérico

Karl Marx, Friedrich Engels, Manifesto Comunista, elogios.

- Método do Materialismo dialético, análise detalhada da sociedade;

Ascenção da burguesia; Crise do feudalismo; Sistema econômico e Político, o capitalismo; Nova divisão do trabalho; Novas formas e métodos de produção; Classe burguesa revolucionária e em constante transformação; Progresso científico; Capital em escala global, cosmopolita; Interdependência de Mercados, Integração, comunicação; Racionalização dos meios, legitimação pela razão, não mais crença;


- Critérios de classificação: Luta de classes, Opressores e Oprimidos;

Exponencializa a constante luta de classes pelo lógica do capital; “Auge é sua sina”;  Superprodução, aprimoram meios de produção, meios de comunicação, meios de subsistência;
Aliado com opressão do proletário: Inversão da autonomia burguesa, da balança do poder de fato; revolução; socialismo; fim de lutas, fim dos oprimidos, Fim.

Karl Marx, profeta? Não, teórico, cientista. Impossibilidade de cálculo de futuras invenções materiais, métodos, ideológias; Ideologias compátiveis com seu tempo;
Porque atual? Herança histórica da sociedade detalhada por Marx;
Valorizar obra por ideias, ideais, previsões? Não. Pelo método: Análise cuidadosa e meticulosa da sociedade de seu tempo.
Frase de efeito.

João Victor Cruz

O manifesto comunista



Marx e Engels fazem uma análise do momento histórico em que vivem, evidenciando suas conclusões através do Manifesto Comunista. O livro panfletário, diferentemente do que ocorria com outras teorias filosóficas, foi publicado de forma a atrair as pessoas do chamado proletariado a ler e refletir sobre a obra, a partir de um vocabulário simples e fácil, e tentar mudar a situação, o sistema de que faziam parte e eram explorados.
Há uma análise da própria ascensão da burguesia ao poder, da universalização dos valores desta, cuja projeção foi tal, que foi capaz de acabar com o antigo regime instaurado (o absolutismo monárquico) e garantir que o sistema capitalista industrial tivesse sucesso.
É através do elogio às ações burguesas para chegar ao poder que ele baseia sua teoria de que para que a revolução proletária pudesse ter sucesso, ela deveria ter caráter internacional, transformando todas as sociedades no mundo todo, não apenas em locais isolados, prevendo também que após um período ditatorial do novo Estado instaurado, o Estado se tornaria desnecessário
A crítica feita por Marx ao sistema capitalista se baseia sobretudo na questão da propriedade privada, esta, no Estado socialista seria extinguida. Ele ainda faz uma previsão de que o sistema capitalista estaria sempre em crises cíclicas, que para resolvê-las, a solução encontrada seria o motivo da próxima crise.
Embora no Século XX alguns países tenham adotado o sistema socialista proposto por Marx, o sistema de governo nunca foi aquele que ele recomendava adequado, coincidência ou não, no final do século passado os principais países capitalistas entraram em crise, e ou acabaram ou não conseguiram se recuperar econômica e politicamente.




http://www.youtube.com/watch?v=jZkHpNnXLB0




Cacos do Capitalismo
          A empresa americana Corning, especializada em confeccionar vidros especiais – foi a inventora do “Gorilla Glass” - elaborou um conjunto de vídeos (“A day made of glass” - Um dia feito de vidro) que visionam um futuro composto especialmente por... vidro. Trata-se de uma espécie de retrato do cotidiano em um futuro próximo, em que a relação de uma família com a tecnologia touch transforma superfícies unidimensionais em dispositivos eletrônicos extremamente aperfeiçoados.
           Em “O manifesto comunista” (1948), Marx e Engels, através da racionalidade, já induziam uma tendência capitalista de antecipar o futuro infinitamente. Essa propensão tem como causa a necessidade constante de renovação de consumo, uma verdadeira “modernização da modernização”, que advém de uma ética burguesa, segundo Marx. Tal mecanismo de um consumo até mesmo visionário é o responsável por alimentar o sistema capitalista.
           A burguesia nasceu das entranhas da sociedade feudal, se digladiando com os limites impostos pela mesma. A classe burguesa era posto à margem porquanto a sociedade valorizava a força política, militar e não a economia. As forças feudais convergiam para reprimir qualquer ímpeto empreendedor. Apesar de Marx considerar a história como uma luta de classes, ele reconhece que a emancipação burguesa foi de suma importância para a libertação das amarras políticas, tradicionais, costumeiras que minavam a autonomia dos homens.
          Destarte, cabe a classe operária não buscar o aniquilamento da revolução burguesa, e sim dar prosseguimento, transgredindo os grilhões capitalista. Um novo mundo sem limites para a transformação terá a possibilidade de se estabelecer, abrindo um espaço para o socialismo. Afinal, o socialismo procede da realidade histórica, e não meramente de especulações ideológicas.
          A emancipação burguesa foi inconclusa e a realidade social embasada no capital escancara tal fato a todo momento. Enquanto uma pequena classe detentora da maior parte da riqueza já se aproxima de “Um dia feito de vidro”, uma grande é explorada e  busca reunir os cacos que o sistema as permitem obter. Cacos os quais reunidos não compõe sequer um vidro que espelhe uma condição digna de vida. Marx e Engels consideram que para uma emancipação conclusa, faz-se mister a força coletiva: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”


Daniele Zilioti de Sousa - Direito Noturno

O Manifesto Comunista

O Manifesto Comunista de Karl Max e Friedrich Engels,foi publicado pela primeira vez em 1848, em meio a uma época onde o capitalismo e burguesia tinham a prevalência no poder, em contraste com uma grande massa de proletariado, a desigualdade entre eles era grande e evidente. Embora o texto tenha sido escrito há 165 anos, surpreende a atualidade com que seus autores descrevem as grandes linhas de produção e da formação econômico-social capitalistas, sob cujo o domínio a sociedade vive ate hoje.

Em seu primeiro capitulo faz um anuncio da modernidade, uma celebração a obra burguesa, apesar da ascensão da burguesia ter mantido a luta de classes, que com base no manifesto, sempre existiu na história, foi com sua ascensão que houve a libertação das forças produtivas e a libertação do homem de suas limitações naturais. Segundo Max e Engels o processo iniciado pela burguesia deveria ser finalizado pela classe operaria , a tarefa dessa classe não seria destruição do capitalismo, mas sim incorporar as conquistas da classe burguesa e ir além.  Encara o proletariado como a classe social capaz de reverter sua precária situação, caracterizada pela desigualdade e pela miséria.

O socialismo é um regime político e econômico em que não existe a propriedade privada nem as classes sociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e não poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. Contudo em varias países do mundo onde isso aconteceu, o socialismo encontrou distorções em sua efetivação e sua concretização não ocorreu de fato.


Leonor Pereira Rabelo- Direito Noturno 

O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels propõe uma análise do modo de produção capitalista, assim como investiga o processo de dominação de classes. Além disso, a obra pode ser considerada mais que um chamamento de lutas aos operários, sendo um esclarecimento do momento histórico em que se vivia,ou seja,  uma interpretação do mundo sob os moldes do capitalismo.

A análise desse sitema de produção, celebrado por meio da descrição da modernidade na obra, é tão atual que podemos transferí-la para a contemporaneidade. O capital aliado à técnica e à ciência se transportou para diversas regiões do mundo, a partir da sua necessária "força motriz": a busca por novos mercados. A expansão das relações de mercado, dessa forma, figurou-se em escala global.

As contradições, que esse meio de produção acarreta, também não ficaram de fora dessa tal expansão global. Ocorre que a dominação de classes, por sua vez, também se fez em perspectiva global. Cria-se, portanto, uma espécie de interdependência mundial, ao contrário do que antes se via: a "antiga reclusão e auto-suficiência".

Dessa maneira, surge uma ideia cosmopolita de sociedade, vê-se no capitalismo uma vocação para o mundo, ideal para todos os lugares. O operariado que surge também em todas as partes do mundo, já nasce com a missão de conclusão da história de luta de classes. Essa missão também é transportada, na visão de Marx e Engels, por meio da modernidade, que segundo eles está a favor do operariado.

A análise do modo de vida da época nessa obra é extremamente útil para iniciar uma análise da conjuntura social vigente. Além disso, pode-se verificar que a modernidade, utilizada de forma adequada pela classe que realmente poderá romper com o capital, livrando-se das amarras dos costumes, da moral, e até mesmo da religião imposta, e ao contrário do senso comum, que a vê também como fonte pura de alienação, contribuirá para a finalidade consagrada por Marx e Engels.

O Manifesto de Karl Marx e Friedrich Engels

Marx e Engels, teóricos do socialismo científico publicaram no século XIX, em meio a grandes revoluções, O Manifesto Comunista, analisando inicialmente o modo de produção capitalista e meios para que a classe operária implantasse o socialismo. Apesar de a burguesia ser a classe opressora para Marx e Engels, estes não deixam de citar seu grande papel revolucionário. A burguesia foi revolucionária, pois conseguiu a libertação dos limites políticos, das forças, além desta ser o espelho da mudança social para a classe operária.

O primeiro capítulo do Manifesto Comunista faz uma celebração a modernidade e afirma que o capitalismo não é apenas um novo modo de produzir mas um novo modo de viver. Posteriormente a tarefa da classe operária, segundo os autores, é dar o passo seguinte como classe revolucionária mas não destruir o capitalismo, isto seria possível com uma libertação das forças produtivas, possibilidade dos homens deixarem fluir todas as suas capacidade, de se libertarem das amarras políticas, dos costumes e até mesmo da religião.


Os autores declaram também como o capitalismo dissolve tudo com uma rapidez, pois ele constantemente precisa criar uma nova geração de artefatos para atingir o consumidor, para Schumpeter isso se chama destruição criativa. A modernização da modernização está pressuposta no capitalismo. Marx e Engels na época já previam o que está acontecendo atualmente. No entanto a modernidade estará a favor do operariado para os autores, em que haverá a união dos operários de diferentes localidades colocados juntos pela indústria criando, então, uma sociedade igualitária, sem propriedade privada e sem Estado. Observa-se que o socialismo só seria vitorioso se criasse uma sociedade nova.

Emmanuelle Nasser Dias e Silva- 1º ano Direito Noturno

"Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado" - Karl Marx

A obra Manifesto Comunista de Karl Marx, pode ser de certa forma considerada um texto didático, pois buscava disseminar a essência do comunismo de maneira a universalizá-lo, esclarescendo-o para classes de operários, exilados, etc. Trata-se da emancipação do homem em relação à natureza, às suas próprias condições, compreendendo a essência do modo de produção capitalista, que manteria-se a mesma com a instauração do comunismo.
Marx observa a constante evolução da ciência que acaba por gerar uma compressão das dimensões(espaço, tempo, etc.) de maneira permanente. Analisa então a questão da Destruição Criativa, que representa o título dado a esta análise, trecho da obra de Marx.
Marx converte ainda a ideia de “utopia”(até então entendida como um lugar no qual as pessoas compartilhavam os bens entre si) em uma característica política, que seria o movimento comunista. Coloca ainda seu discurso sobre a história apresentando que ao longo dela tinha-se o contrário a ideias de irmandade e fraternidade, visto que a sociedade encontrava-se permanentemente dividida entre opressores e oprimidos.
Retomando a questão da destruição criativa, observa que no modo de produção analisado destrói-se o que foi criado para ampliar a dominação, confrontando-se sempre o “dever ser”, sendo esta maneira de produção inaugurada pela burguesia. Busca-se sempre uma superação de limites, conforme foi feito com o liberalismo sobre o sistema autoritário, de maneira revolucionária.
Apresenta a burguesia o capitalismo como a libertação das forças produtivas, ampliando-se capacidades, trasgredindo permanentemente dimensões como espaço e tempo de forma objetiva. Há ainda uma possível relação entre Marx e Bacon, no que tange a ideia do último de que “Saber é Poder”, pois ambos defendem, de certa forma,  o uso do saber, da ciência, como forma de dominar, seja a natureza, seja o mundo.
A destruição criativa mostra-se essencial à medida que a ciência evolui, pois determinados objetos, meios de produção, instrumentos, tornam-se obsoletos conforme o surgimento de novos meios,instrumentos, objetos.
Marx apresenta ainda as contradições da classe burguesa, que seriam: a expansão da capacidade produtiva seguida de uma limitação da capacidade de seus principais sujeitos; sua pretensão global; sua insustentabilidade, pois busca explorar o proletariado em escala global, o que torna a “margem” da sociedade cada vez maior, até que em um momento apenas uma classe se aproprie da civilização. A solução seria, segundo o autor, converter as forças produtivas a favor dos principais sujeitos destas, ou seja, a favor do operariado, de forma a fortalecer as forças de produção, continuando a operar de forma global.

Concluindo, Marx defende a utilidade do sistema burguês, porém apresenta soluções para as contradições deste, a partir da passagem das forças produtivas às mãos do operariado. Apresenta tais informações quase como um “manual de instruções” às classes que deveriam tomar liderança no manifesto comunista para obter os objetivos por Marx delimitados. 

Mayara P. Michéias- 1º ano Direito Diurno UNESP

Marx e o Manifesto Comunista

Karl Marx detinha de amplos conhecimentos acerca do pensamento político e social, de forma que, em suas obras, procurou relatar a globalização instaurada pela burguesia, criando uma rede de comércio através da navegação e dos novos meios de comunicação. Sua principal obra, O Manifesto Comunista (1948), expunha, em sua maior parte, as relações políticas e sociais entre proletários e comunistas, em uma referência crítica ao capitalismo contraposta à defesa da construção de uma sociedade sem classes e sem Estado, fazendo um apelo à revolução em que se colocasse no lugar “da velha sociedade burguesa uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada membro fosse a condição para o desenvolvimento de todos." Na obra, Marx enfatiza o condicionamento das forças produtivas por meio das relações sociais, correlacionando as condições materiais com as relações sociais.
            De um modo geral, pode-se dizer que o Manifesto Comunista propõe a busca pela solução de problemas tais como a miséria, a desigualdade e a exploração do trabalhador. Trata-se de um conjunto afirmativo de ideias revolucionárias contendo elementos científicos e economicistas que objetivou a compreensão das transformações sociais que ocorriam no século XX. Contudo, muito mais do que exposições doutrinárias, o Manifesto era composto de intenções para um chamado global frente uma ação contra a exploração, para uma revolução proletária contra o capitalismo burguês: “Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!”

            A contemporaneidade de Marx é evidenciada no agudo desenvolvimento capitalista nos dias de hoje. O desenvolvimento de tecnologias, resultado da revolução científica e tecnológica do século XXI, propiciou o progressivo avanço do poderio burguês, que só fez acentuar a desigualdade e a miséria da classe operária explorada.  Por fim, deve-se lembrar que, por meio da exposição de princípios a serem seguidos pela comunidade, objetivava-se uma transformação que partisse da classe trabalhadora, mas que, contudo, tais mudanças servissem de instrumento à humanidade contra a mecanização e alienação humana.

Gabriela Giaqueto Gomes - 1º Ano Noturno

Uma Constante Oposição

“O Manifesto Comunista” foi realizado por Marx e Engels, no século XIX, a pedido de comunistas de toda a Europa. Nele é realizada uma profunda análise crítica do capitalismo, desde seu surgimento, passando pelo seu modo de produção e detectando suas fraquezas. No Manifesto a burguesia é afirmada como classe revolucionária, classe que surgiu das entranhas do feudalismo e que conseguiu revolucionar modo de produção. A partir disso, o proletariado é colocado como classe ‘predestinada’, classe que tem como destino incorporar revolução burguesa e ir além, produzir novo modo de viver, onde não haja limitações para o desenvolvimento.
Contudo, assim como toda ideologia existente, o Manifesto possui suas consideráveis falhas. Para conseguir se impor, o capital cria condições que atraem as mais diversas pessoas à sua sociabilidade, difunde ideias para sua autoafirmação, e toma vantagem daquela que é uma das principais características da sociedade, o fato de que “a história de toda sociedade até hoje (ser) a história de luta de classes”. Do fato de que a oposição entre dominados e dominantes ser uma espécie de tendência histórica na sociedade de difícil dissolução, de sempre haverem homens que na história usaram de seu poder, sendo ele temporário ou permanente, para subjulgar outros homens.

O socialismo pode até ser uma ideologia que em um futuro perdure, mas sua tarefa não será de fácil execução. É necessária a quebra de certas ingenuidades, a análise da realidade tal como ela é, não como deveria ser, não como era na época de Marx. Só com maturidade ideológica e união da sociedade é possível se alcançar o objetivo final do Manifesto, que "Em lugar da velha sociedade burguesa, com suas classes e suas oposições de classes, surge uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos".

Fernanda dos Santos Nogueira - 1º Ano Noturno

O Manifesto: esclarecimento e convocação dos trabalhadores

       O Manifesto Comunista, de Marx e Engels, foi escrito em um período de revoluções e agitações políticas e seu conteúdo não representa apenas uma convocação da classe operária, mas sim uma forma de esclarecimento e interpretação do novo mundo (capitalismo), do processo civilizatório. Para os autores, a forma de produção capitalista não é só um novo modo de produzir, mas, além disso, é um novo jeito de viver. Embora a obra seja de meados do século XIX, pode-se perceber que essa visão dos autores estava correta.  Isso é perceptível ainda na sociedade atual, onde vemos que até em comunidades mais primitivas e precárias os traços do capitalismo estão presentes.
       O primeiro capítulo do Manifesto apresenta uma celebração da modernidade, faz um elogio às conquistas da classe burguesa. Apesar de a ascensão da burguesia ter mantido a luta de classes, apenas alterando os protagonistas da dominação, Marx e Engels afirmam que foi a burguesia que representou a emancipação do homem de suas limitações naturais e que essa libertação seria apenas a primeira etapa do processo que deveria ser finalizado pela classe operária.

       Portanto, Marx e Engels convocam os trabalhadores a se unirem para ir em busca de melhorias para suas condições de vida. Aproveitar os mecanismos criados pela burguesia e incorporá-los à luta para a conquista de uma sociedade mais igualitária. A função do proletariado seria, assim, aproveitar as vantagens da revolução burguesa e ir além, e não simplesmente destruir o capitalismo sem aproveitar seus benefícios.

Comunismo marxista

Karl Marx juntamente com Friedrich Engels foram a base de todo pensamente comunista científico. Afirmam  que a historia se da por um sucessivo movimento dialético, onde, resumidamente, tese e antítese foram uma síntese, uma nova ideia. Pode ser citado como exemplo o sistema feudal, anterior ao sistema capitalista, alvo das críticas marxistas.
De acordo com o livro "Manifesto Comunista", o proletariado é sistematicamente explorado e oprimido pela classe patronal. O motivo é que os primeiros estão completamente desprovidos dos meios de produção, não restando opção se não a venda, a qualquer preço, de sua força de trabalho. O burguês se aproveita disso e paga um salário que praticamente não garante a subsistência do trabalho. Ao analisar isso, Marx cria o conceito de "mais-valia", que é a diferença entre o produzido pelo trabalhador e o que recebe como pagamento, esse termo é a fonte de riqueza dos industriais.
Os autores viam que a saída desse sistema opressor era a tomada do Estado, visto como no mínimo conivente e apoiador da classe dominante, pelo proletariado. Após essa etapa, a "ditadura do proletariado" iria suprimindo aos poucos os privilégios, notadamente os bens, da camada burguesa. Por fim, seria abolido o Estado criando, finalmente, uma sociedade onde todas as classes ,sem excessão, seriam abolidas. Uma sociedade em perfeita harmonia, sem o conflito de classes, principal motivação de conflitos para Marx.

Bruno Tonholi Leme - 1º ano Direito Diurno