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terça-feira, 8 de abril de 2014

Ponto de Mutação

O filme  "O Ponto de Mutação" nos leva a uma reflexão interessante acerca da realidade mundial. Ao afirmar que tudo está interligado no mundo, o filme leva a acreditar na impossibilidade do estudo e da resolução de problemas ao se estudar algo separadamente. Esta maneira de pensamento, chamado de Pensamento Sistêmico, rompe com a corrente mecanicista de autores como Descartes, que, por outro lado, acreditavam que cada questão teria que ser estudada a fundo de maneira separada. É, portanto, um filme que nos leva a considerar uma concepção de mundo totalmente diferente da que estamos acostumados.

Vinicius Bottaro -  1º ano Direito (Noturno)

Bacon e a Ciência Moderna


Francis Bacon e sua obra revolucionaram a ciência e a filosofia no século XVII. Por defender a importância do empirismo e do desenvolvimento de uma metodologia científica, Bacon foi considerado por muitos como o "pai da Ciência Moderna". Em sua obra, afirma que, da mesma maneira que o homem precisa de ferramentas para expandir sua força física, precisa também de ferramentas para a mente para a produção de conhecimento científico "verdadeiro", que para ele, seria o conhecimento embasado na experimentação. Desse modo, o filósofo inglês rompe com quase toda a filosofia anterior a ele, fundada no método indutivo e não na experimentação propriamente dita.

Vinicius Bottaro - 1 ano Noturno

Baconiano, Baconiano

Baconiano, Baconiano.


Digam-me, caros baconianos, caros colegas,
já que teu imperativo busca o saber.
é que tenho dúvidas quanto ao que legas
à nossa sociedade, no que tange ao poder.

Desdenham de meus amigos clássicos, de suas regras?
E pregam Demócrito à Bel prazer?
Ora, essas birrinhas a mim soam como piegas,
de crianças que o mundo não aprenderam a ver.

Mas caro amigo, baconiano,
sei que era boa tua intenção, quando domaste a natureza.
Só te peço, não sejas leviano!
Antes de dar teu palpite, tenha certeza!

Pois a certeza do homem é a razão,
e buscas completá-la com tua metodologia
vejo boa tua formação,
Só não transforme nossos pensamentos em orgia - em caos.


Adolfo Raphael Silva Mariano de Oliveira ---- 1º Ano Direito Unesp - XXXI Turma - Noturno

Ponto de estagnação

Ponto de estagnação


Que insustentável tua situação
de acomodado junto ao relento.
É que vejo a incontestável escravização
de um povo que de poder jaz sedento .

Reacionária, paradigmática por vocação
e o "progresso" é teu intento.
Mas tomado pelo viés das autoafirmação,
ainda busca na destruição teu sustento.

Ah, mundo focado na inovação
e que tomou a evolução como firmamento.
Vejo que é morta tua revolução
já que a estagnação é teu testamento.

Pois tu que do homem império espera
esforça-te para vencer a natureza. Ah, mas a certeza,
é que melhor que o homem só a fera, a quimera.

Pois buscas um novo método nessa nossa esfera
Que extraia dos pensamentos a certeza, a clareza.
Mas afinal, que sobrevida terá essa era?

De fato, talvez perdestes a mão em tua lógica, civilização.
Sempre criando pra dogmática um novo fomento.
Mas eis que o dogma agora é a tua situação
de escrava de uma razão vazia, fadada ao lamento.


Adolfo Raphael Silva Mariano de Oliveira ---- 1º Ano Direito Unesp - XXXI Turma - Noturno
PONTO DE MUTAÇÃO: a crise da ciência e a resposta holística.

“Como causas de sua confusão ou renúncia os intelectuais citaram "novas circunstâncias" ou "o curso dos acontecimentos" — Vietnam, Watergate e a persistência de favelas, pobreza e criminalidade. Nenhum deles, entretanto, identificou o verdadeiro problema subjacente à nossa crise de idéias: o fato de a maioria dos intelectuais que constituem o mundo acadêmico subscrever percepções estreitas da realidade, as quais são inadequadas para enfrentar os principais problemas de nosso tempo. Esses problemas, como veremos em detalhe, são sistêmicos, o que significa que estão intimamente interligados e são interdependentes. Não podem ser entendidos no âmbito da metodologia fragmentada que é característica de nossas disciplinas acadêmicas e de nossos organismos governamentais.” – Fritjot Capra

            A realidade é transcendente, dinâmica, sujeita às variações das mais determinadas ordens. Essa é a ideia que perpassa o filme “Ponto de Mutação”, baseado no livro de mesmo nome, do físico Fritjot Capra. No diálogo entre um político, um poeta, e uma cientista, todos em crise com suas existências, está a essência do livro de Capra, uma crítica ao pensamento fragmentado e a busca de um novo paradigma para a ciência.

PORQUE A CIÊNCIA ATÉ ENTÃO PRATICADA FALHOU? Capra x Descartes/Bacon.

            Até agora, no curso de sociologia, vimos basicamente dois autores: Descartes e Bacon. Os dois, cada qual a sua maneira, mas também cada qual complementando e percorrendo o pensamento do outro, fundamentaram a ideia de ciência que temos hoje: empírica, fragmentada, que olha a parte para compreender o todo. Mas porque então, Capra entende que essa ciência bem fundamentada e operante falhou?
            Bacon dizia que o propósito essencial da ciência é estabelecer o domínio do homem sobre a natureza. Entretanto, Capra afirma que esse domínio está sendo danoso. Percebamos que ao olhar para cada área científica separadamente, veremos que o progresso é inegável. Na medicina temos mais formas de salvar vidas, na engenharia, maneiras melhores e mais viáveis de construir prédios, navios, aviões, cada vez mais seguros, na química temos medicamentos melhores, produtos químicos mais eficientes e etc. Entretanto, se olharmos o todo, como propõe Capra, veremos que o sistema que compõe os indivíduos e o planeta vive uma crise grave. O progresso segmentado nos impediu de ter uma visão holística da realidade. São sinais da crise, para Capra, a miséria material de parte significativa da família humana, a crise de ideias na academia e especialmente a deterioração do meio ambiente e a crise nuclear do fim dos anos 70 e começo dos anos 80 (período em que escreve), com a iminente, porém nunca ocorrida, guerra nuclear entre URSS e EUA.

UM NOVO PARADIGMA: novas reflexões e o diálogo alegórico do filme “Ponto de Mutação”.

            Para resolver essa crise sistêmica, Capra propõe uma solução também sistêmica. É o que ele chama de “Concepção sistêmica da vida”, a ideia de que é possível ver a realidade de uma maneira distinta, corroer as velhas bases da ciência e iniciar uma nova forma de analisar o mundo, que abarque o conhecimento intuitivo e que não separe mais a matéria do espírito (antítese marxista-hegeliana). Capra propõe, de maneira bastante ambiciosa, o fim do pensamento linear, e o nascimento de uma nova forma de pensar, que não esteja amarrada ao método cartesiano.
            Tendo isso em mente, no filme “Ponto de Mutação”, observamos que os três personagens representam três alegorias. A cientista representa a própria ciência em crise, o poeta representa a subjetividade humana, também em crise e aparentemente sem espaço, e o político representa a identidade política humana. Ele é de certa forma aquele que media o debate, mas é também a alegoria do homem político, o homem social. A crise que os três vivem em suas vidas representa a crise catastrófica vista por Capra em seu livro. Nesse sentido, o diálogo que eles constroem, é a própria resposta sistêmica proposta por Capra. Principalmente na personagem que vive a Cientista, vemos uma profunda crítica ao método científico e a vontade de ver triunfar uma visão orgânica das coisas: tudo está ligado e tudo se renova.

A QUESTÃO QUE PERMANECE: E as ciências humanas? Qual a relação entre o ponto de mutação e o pensamento clássico?

            Sobre as ideias postas no filme e no livro, gostaria de lançar duas questões para a reflexão daquele que lê esse texto:

Na crítica ao empirismo, temos que achar o lugar das ciências humanas. Essas ciências nunca abraçaram por definitivo o método empírico e já apresentam, de certa forma, uma visão mais holística do mundo. São mais interdisciplinares, muito mais dinâmicas e menos fragmentadas que as ciências “naturais”, e vivem em constante crise com seus métodos. Portanto, qual o ponto de mutação das ciências humanas?

O que Capra propõe, em linhas muito grosseiras, é um pensamento holístico universal. Mas será que isso é possível, ou isso significaria o fim da ciência como conhecemos e uma volta ao pensamento clássico? Nesse sentido, as ideias de Capra se relacionam diretamente com a forma antiga de pensar as coisas ou não?

Victor Abdala – 1º ano de Direito (NOTURNO)
  Francis Bacon, assim como René Descartes, apresentou um novo método para a busca do conhecimento. Segundo o autor, a Verdade só seria alcançada através da observação e experimentação, pois o raciocínio lógico-dedutivo pode acabar gerando falsas crenças que freiam o processo de busca da verdade absoluta. Além da intensa crítica aos pensadores clássicos, rompeu com a tradição filosófica milenar e com a religião desta época.
  Para Bacon essa emancipação do pensamento humano seria o passo mais importante para o conhecimento. O abandono de verdades pré-estabelecidas e o uso do empirismo se tornaram então uma das principais ferramentas da ciência dali em diante. Para classificar os impedimentos do acesso à verdade, Bacon os denominou “ídolos”, sendo: ídolos da tribo, relacionado à superstições, preconceitos, etc.; ídolos da caverna (fazendo alusão ao mito da caverna de Platão), que se relaciona às visões individuais; ídolos do foro, que são as diferentes interpretações de discursos, podendo diferir da intenção de quem fala; e os ídolos do teatro, que são teorias que não harmonizam com a natureza humana, etc.
  Bacon acreditava em uma filosofia que pudesse favorecer a humanidade com seus métodos experimentais. Em sua máxima “saber é poder”, explica a subjugação da natureza em relação ao Homem, por este ser o detentor do conhecimento. Estes conhecimentos foram essenciais para o desenvolvimento da ciência e dos métodos de pesquisa, deixando o legado deste filósofo pelos próximos séculos.

Bruno Henrique Marques
1o ano Direito Noturno
  Baseado na obra de Fritjof Capra, o filme “Ponto de mutação” aborda diferentes críticas a cerca das visões de Descartes (cartesiano), Bacon (empirista) ou até mesmo de Newton na física. Explora a máxima “saber é poder” de Francis Bacon, discutindo sobre a perversão da ciência, tendo como exemplo a invenção do avião e o suicídio de Santos Dumont. Na prática, aplica-se o “dominar  é poder”, fazendo com que o homem foque no controle da natureza, e não no conhecimento acerca dela.
  A mutação então mostra-se necessária para o entendimento da contemporaneidade, com o abandono deste modelo mecanicista de Descartes, que fraciona o conhecimento, podendo se criar conexões, como uma teia de informações, entendendo a situação como um todo. Também nega-se o modelo baconiano que define a dominação da natureza pelo homem, por ser detentor do conhecimento, e que instalou a ideia de que o planeta deve suprir as necessidades do homem de maneira ilimitada.
  A verdadeira reflexão sobre este filme se encontra na prepotência humana, na tentativa de controle total de tudo o que conhece, explorando irracionalmente recursos naturais (até o esgotamento, se for necessário) em prol da evolução humana e sustentação de seus luxos. O entendimento da natureza como um todo, se incluindo nela e abandonando a antiga forma de busca do conhecimento, pode ser o caminho mais fértil para a humanidade.

Bruno Henrique Marques
1o ano Direito Noturno

Ciência dogmática

    O filme "Ponto de Mutação", baseado na obra de Fritjof Capra, traz uma perspectiva totalmente diferente de como vemos o mundo e seus problemas. Afinal, sendo o principal tema a própria perspectiva, o autor discorre sobre a necessidade de mudança em uma sociedade viciada no conceito cartesiano de análise.
     
    Um dos métodos de Descartes, que consista em dividir o conhecimento em frações, estudando assim parte por parte para posteriormente entender o todo, fora extremamente revolucionário em sua época. Seu conceito de conhecimento ajudou a romper com a dogmática promovida pela Igreja durante a Idade Média, dando curso ao estudo das ciências. No entanto, ironicamente, seu próprio método se tornou um dogma. A sociedade pós-moderna, cientificista, tomou o próprio método como o um paradigma imutável, e o mesmo se alastrou por todas as áreas do conhecimento e de ação humana.
    
   Embora tenha de ser reconhecida a importância de tal estudo, ele se torna seu próprio algoz. Por analisarmos tudo separadamente, por fragmentos, perdemos a capacidade de enxergar o todo, holisticamente, e de compreender como as coisa funcionam interligadas. A obra traz que a sociedade atual vive uma "crise de percepção", justamente por reconhecer a incapacidade de se solucionar os problemas amplos através de medidas pontuais.
     
    Portanto, fica a ideia principal de que não sejamos escravos de nosso próprio libertador, que a visão "mecanicista" do mundo saiba ser usada com parcimônia, afim de que o mundo não seja enxergado apenas como um grande relógio, mas sim, como o grande e complexo sistema que é, em que tudo está interligado.

Lucas Laprano – 1° ano Direito Noturno – Turma XXXI

Indução e método

Francis Bacon se destacou na filosofia por ser o precursor do empirismo, ou seja, da utilização do método e da experiência de forma essencial. O objetivo de Bacon é constituir uma nova forma de observar e de estudar os fenômenos naturais. Para isso, só seria necessário seguir o caminho exposto, que impõe o cumprimento de algumas regras, dentre as quais a de eliminar os obstáculos para instauração das ciências, que são os ídolos. Segundo o autor, são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro. A formulação de noções pela indução é, indubitavelmente, uma forma de afastar os ídolos. Além disso, para ele, a descoberta de fatos não está relacionada ao método aristotélico, mas relacionada à experimentação baseada no raciocínio indutivo. A diferença da indução de Bacon para a de Aristóteles é que esta apenas ordena o já conhecido, enquanto a baconiana amplia o conhecimento. No método baconiano, ao buscar novas verdades, não há possibilidade de verdades inquestionáveis, sem submetermos as hipóteses pelo análise experimental. Dessa forma, a instância negativa tem grande importancia, pois, a indução certa é aquela em que se procede por exclusão, por meio da eliminação de possibilidades concomitantes.

Eric Imbimbo - 1º ano - Direito noturno

 Experimentar para crer

    Francis Bacon, filósofo e político inglês propôs um novo método de estudo dos fenômenos naturais. Em contrapartida do pensamento aristotélico, Bacon ressalta a importância do empirismo para atestar a ciência, o raciocínio indutivo.
    Para tanto, adota-se a verificação sistemática de fenômenos e a sistematização de dados, pontos confluentes com a teoria descartiana, além disso, outra semelhança entre os métodos dos dois filósofos é o rompimento com as ciências consideradas metafísicas ou de revelação para preservar a idoneidade do experimento.
    Entretanto, Bacon não considera a hipótese, ou seja, supõe que desde que haja a conferência estrita com seu método, ela será verdadeira, o que no ambiente científico atual raramente ocorre. E, ainda, o filósofo inglês aliena-se da matemática para o avanço científico, minimizando a amplitude e concretude de seus experimentos.
Kalinka Favorin Rodrigues - 1° ano - Direito Noturno

Revolução da percepção de mundo 

    Uma cientista, um candidato à presidência dos Estados Unidos e um dramaturgo encontram-se na França, e abordando questões metafísicas e existenciais formam o enredo de O Ponto de Mutação. Através de diálogos, os personagens criticam a visão multifacetada e fragmentada do mundo, isto é, buscam a interrelação de tudo.
    O título da obra faz referência ao momento de renovação daquilo que é ultrapassado, gerado pelo individualismo e pela percepção errônea e segregativa dos fenômenos naturais e interações e, com isso, visando uma nova perspectiva embasada na física moderna. 
     Esse cenário que é considerado obsoleto pelo filme, chamado newtoniano-cartesiano foi responsável pelo rompimento com o subjetivismo e sobrenaturalidade no contexto científico, porém mostra visíveis sinais de desgaste ao supor o mundo como uma caixa de engrenagens que funcionam separadamente e independentemente.
     Conclui-se que a interrelação entre eventos, pessoas e fenômenos naturais é plausível à realidade atual e que o sistema em vigor precisa ser radicalmente mudado para assegurar uma melhor convivência do homem com seus iguais e seu habitat.

Kalinka Favorin Rodrigues - 1° ano - Direito Noturno
“Num intervalo de tempo infinito ocorrem a todo homem todas as coisas”. Apoiei-me na frase de Jorge L. Borges, citada em seu memorável conto, “O Aleph” (o qual acho de genialidade impar), para lhes oferecer a situação hipotética de um diálogo entre Aristóteles, Bacon e Newton.  
Suponha o leitor, que estivessem os três ilustres, assentados num banco à sombra de uma mangueira, em uma praça mui arborizada, com grande orquestra de pássaros e infinidade de flores. Todos se ocupavam à contemplação silenciosa, quando uma manga caiu atingindo em cheio a cabeça de Aristóteles.
Bacon:
- Com o meu método, creio que logo poderei prever coisas desse tipo, e ademais fenômenos naturais; fatos como esse certamente não mais acontecerão!
Aristóteles ainda um pouco atordoado e com a cabeça latejante:
-Cala-te imbecil! As mangas caem, este é o princípio, não demanda maiores apurações, apenas observe e entenderá como a natureza funciona.
 E o que faz você, pateta a escrever com essa pena em mãos?

Newton concentrava-se em cálculos:
- Força é equivalente à massa multiplicada à gravidade. Estou calculando. Leio a natureza por números. Eis a resposta ao seu método Bacon!
Bacon:
-Na verdade não me ficou tão clara a sua explicação, mas se desvendaras o segredo de funcionamento dessa máquina natural, devo-lhe os parabéns e ofereço-te meus cumprimentos meu caro. Demos um passo à evolução humana. Estamos à caminho do domínio pleno do mundo natural!
Newton:
-Sim meu amigo, dominaremos a natureza.
Aristóteles se irrita:
-Dominar a natureza pra qual finalidade? Sem contar que o entendimento do mundo se dá por observação, não por essa infinidade de números soltos que riscas nesse papel, Newton, nem por esse seu tal “método” Bacon! Vejam o que eu digo, olhem aquelas araras, são vermelhas, portanto araras são vermelhas! Simples assim.
Nesse momento uma arara azul cruza-lhes a vista e pousa em um dos galhos da mangueira.
Aristóteles meio desconcertado:
- Por essa não previa...
Bacon:
-Exatamente Aristóteles, sua abordagem meramente indutiva não lhe permite prever nada. Tu estás às cegas meu amigo! Já meu método me permitirá prever eventos e melhor; controla-los! Aconselho-te a voltar à sua metafísica estéril que nada resolve a ninguém. O meu método será a resolução prática de todos os problemas.

Então, por um momento param o debate e afixam olhar a suculenta manga caída ao chão. Começam então a discutir a partilha. 

Roberto Renan Belozo - 1º direito noturno
Enquanto assistia ao filme, “Ponto de mutação”, uma frase, dita algumas vezes por professores nas ultimas semanas, martelava insistentemente a minha cabeça; “Um doutor é aquele que sabe quase tudo de quase nada”.  Tal afirmação me ficou sobremaneira acentuada quando se iniciou a fala acerca do mecanicismo agregado aos mais diversos campos, perpassando da ciência e cultura à natureza e as artes, pós-método cartesiano.
Não obstante, a justificativa apresentada para a problemática socioeconômica e socioambiental, como uma “crise de percepção”, em minha opinião, é absolutamente condizente e está em concomitância com a fala de diversos intelectuais contemporâneos como Leonardo Boff e Zygmunt Bauman, dos quais pretendo tratar de maneira breve e subsequente.
A priori, a questão do mecanicismo e especificidade como ideia dominante nas ciências além de problemático por criar impedimento à interdisciplinaridade e o consequente diálogo com diversas áreas do saber, acaba por estreitar a amplitude dos fins. Com isso o pesquisador vai muito afundo em assuntos que muitas vezes não resultam em grande relevância por estarem desconexos e isolados de outros fins complementares dados por estudos também específicos em outras áreas. Dessa maneira segue-se um desenvolvimento cientifico “picotado”, muito semelhante à um imenso e de impossível quebra- cabeças.
Por outro lado, existe uma tendência mundial à uma reformulação do ensino de modo a torna-lo interdisciplinar. Algumas universidades brasileiras já tem adotado o sistema de ensino em múltiplas áreas. Um exemplo próximo é a Universidade Federal do ABC que adota um modelo de “bacharelados interdisciplinares” em sua grade de ensino, objetivando capacitar pesquisadores aptos a trilhar caminhos amplos e a compreender de maneira abrangente a problemática apresentada; rompendo de fato com o mecanicismo cartesiano.
À posteriori, a elucidação de uma relação de dependência entre problemas sociais, econômicos e ambientais é absolutamente condizente com o cenário contemporâneo; o que impossibilita a resolução de quaisquer desses problemas isoladamente. Com isso, a insistência por muitos, de se manter um método cartesiano na tentativa do trato com tal gama de dificuldade, é conceituada como uma “crise de percepção da realidade”; assunto versado por Leonardo Boff, em sua obra, “Ética e moral : a busca por fundamentos”, e pelo autor Zygmunt Bauman, em sua obra, “Mal estar na pós modernidade”. Para ambos autores, a sociedade contemporânea padece de uma crise de percepção e uma crise moral, extremamente nocivas aos seres humanos e ao meio ambiente.
Por conseguinte, somente com uma visão abrangente  dos problemas atuais, que permita a sistematização correlativa entre eles, teremos eficácia de fins e um melhor entendimento da realidade.

Roberto Renan Belozo 1º direito noturno. 

Peixes fora d'água

Pai da ciência moderna. Título nobre? O filme mindwalk nos mostra que nem tanto. Bacon defendia a escravização da natureza, submissa à vontade humana, explorada incessantemente. Mecanicista, Descartes via a vida como uma série de mecanismos, tudo e todos máquinas. Esses dois pensamentos mudaram a forma de ver o mundo. As consequências?
            Aquecimento global, poluição, câncer. Escravização pelo tempo mecânico, serviçais do poder econômico, solidão. Claro, há também avanços inimagináveis em todas as áreas do conhecimento, invenções revolucionárias como a prensa, o avião, a internet. Porém, o modo de pensar que permitiu tais avanços está ultrapassado. Sucedidos e sucessores dos dois filósofos também são culpados. Nós somos culpados. O que fazer quando o sistema está errado?
            A resposta para essa questão é parcialmente introduzida ao fim do filme. As reflexões e questionamentos de um político, um poeta e uma física se cruzam e se somam na ilha do Monte Saint Michel. Suas ideias aparentemente contrárias convergem para o mesmo ponto, a busca do bem comum e o método para alcançá-lo.
Partem dos problemas contemporâneos, das políticas públicas para resolvê-los, de como é o sistema para como deveria ser. Do maior ser para a menor partícula. É então que a física se destaca. No melhor estilo “mostre-me a luz da caverna”, a cientista dá uma aula sobre o universo. Após responder sobre a natureza do átomo, da luz, da matéria e das relações e responsabilidades humanas, conclui: a vida é uma série de conexões.
O mundo atual se baseia na intervenção quando deveria preocupar-se com a prevenção. Milhões são investidos para aprimorar corações artificiais quando uma educação alimentar correta evitaria esse e mais problemas. As ligações, tão fracas e erráticas, poderiam ser “consertadas” com a ajuda mútua entre os homens. Sim, leva tempo, é uma grande estrada.
 A trilha sonora de Philip Glass dá o ritmo da caminhada pensante, esta pontuada pelo político que indaga e pelo poeta que lembra: o sentimento humano é essencial para o sucesso da jornada, nenhum homem é uma ilha. "Sou só uma rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão e de dedos habituados à longitude do tímido globo de uma laranja. Caminho como tu, investigando as estrelas sem e em minha rede, durante a noite, acordo nu. A única coisa capturada é um peixe dentro do vento". 
           

            

Metamorfose.

       O filme ponto de mutação apresenta uma história de três pessoas de diferentes esferas da sociedade: uma cientista, um candidato à presidência e um dramaturgo. Um ponto em comum entre elas é o conflito interno que elas contem. A partir disso é travado um debate com diferentes pontos de vista e com isso eles passam a repensar suas convicções.
       O principal debate proposto no filme é sobre o paradigma atual, que é chamado de paradigma newtoniano-cartesiano, que se baseia em ideias com valores contidos que passa a ser o referencial da nossa maneira de ver o mundo.
       A partir do filme podemos nos questionar e passarmos a questionar os nossos valores e a nossa forma de enxergar o mundo, pois se a nossa visão sempre continuar a mesma, tenderemos à estagnação. Além disso, é preciso considerar o todo, pois nada se encontra sozinho. O homem precisa ver a natureza por inteira, devendo assim, mudar sua concepção individualista.
  Francis Bacon e sua maneira de ver o mundo  
  Ao lado de Galileu e Descartes, Francis Bacon é tido como um dos pilares da Ciência Moderna, assim como foi um importante filósofo e político inglês. Acreditava em uma Revolução implacável nos métodos de pesquisa e pensamento até então preponderantes no seu tempo.
  Faz uma crítica ao caráter religioso do conhecimento e à exagerada dedicação que certos filósofos tinham com a teoria em detrimento do tempo que poderia ser gasto com observações e experiências. Cria então o método empírico indutivo, método esse que nos colocaria como dominadores da natureza e não como dominados e que preza essencialmente a experiência como critério de formulação de verdades.
  Na minha opinião, Bacon é revolucionário uma vez que tenta fazer com que um cientista saia do microcosmo de seu laboratório ou oficina de estudos e vá pesquisar e refletir in loco, afinal, não é só nas teorias e nas divagações que encontraremos formas de mudar o mundo, mas também nas experiências que temos de determinado assunto.

Felipe Antonio Ferreira Domingues da Silva - Direito, Noturno

   Ponto de Mutação
  Esqueça o enredo, esqueça os atores, esqueça as atuações. Ponto de Mutação, filme do diretor Bernt Capra foi feito para apreciação de ideias contidas nas falas dos personagens, tal fato se justifica no título original da obra (Mindwalk – A film for passionate thinkers). Um filme atípico no qual três personagens, um poeta, uma física e um político se encontram em uma ilha turística e desenrolam discussões sobre filosofia, ciência, consciência ambiental, religião e visões variadas sobre o mundo.
  A física, que na maior parte do tempo está expondo suas ideias aos dois outros homens é uma crítica ferrenha de Descartes e seu método Cartesiano, como podemos perceber na cotação a seguir:
Jack:... mas, culpar tudo isso em um filósofo francês que morreu há 300 anos, não é um pouco fora de proporção? Talvez um pouco egocêntrico?
Sonia: Não. Não se eu estiver certa
  Todavia, a cientista propõe uma nova visão de mundo: uma visão que coloca todos os seres vivendo interdependentemente. Contudo, seu método também não é eficaz, uma vez que, os homens não se vêem como iguais e não preservam o suficiente para gerações futuras, são na maior parte das vezes egocêntricos e irresponsáveis.
  O filme nos induz a pensar que realmente temos uma visão deturpada do mundo ao nosso redor e certes vezes o melhor a se fazer é ir a uma ilha inóspita “assentar nossas ideias no lugar”.


Felipe Antonio Ferreira Domingues da Silva - Direito, Noturno

Mutação e interconexão

mutação 
mu.ta.ção
sf (lat mutatione) 1 Ato ou efeito de mudar. 2 Mudança ou alteração, física ou moral. 3 Substituição. 4 Facilidade em mudar de opinião; versatilidade, volubilidade. (...) 7 Biol Variação hereditária, súbita e espontânea, em um indivíduo geneticamente puro. As mutações na natureza consideram-se base da aparição biogenética de novas raças e espécies.
Dicionário online Michaelis

O filme "Ponto de Mutação" baseia-se na obra homônima de Fritjof Capra, de 1982. Ao longo do filme, as personagens Sonia (uma física cujos projetos foram usados para fins militares), Jack (um político concorrendo à presidência dos EUA) e Thomas (um poeta angustiado) discorrem sobre os impasses do paradigma científico que permeia as relações político-econômicas da nossa sociedade: o paradigma newtoniano-cartesiano. Em um único dia as três personagens tecem diálogos críticos sobre a história do pensamento: desde Descartes e Newton à biologia e política. A partir desses temas, refletem a respeito de uma nova visão de mundo, um mundo interconectado, um mundo onde se estabelecem relações de tudo com todos. Dessa forma, não há mais espaço para relações individualistas e fragmentadas: as personagens discutem paradigmas que incluam o todo de maneira sistêmica na realidade humana, de forma a tecer uma crítica a respeito de quanto a humanidade precisa lançar um olhar diferenciado para as inúmeras relações existentes entre os próprios seres humanos, entre os seres humanos e o ambiente em que vivem. A divisão cartesiana deve ser questionada a fim de se renovar as relações sociais e políticas: o filme mostra claramente as implicações de uma visão fragmentária e individualista, como a depredação do meio ambiente, o consumismo desenfreado, as desigualdades. Embora o paradigma newtoniano-cartesiano tenha sido de grande valia para a sua época, pois serviu para libertar a humanidade de tempos de misticismo e obscurantismo, o modo fragmentário de ver as coisas está sendo questionado em tempos de interconexão 24 horas e de grandes avanços científicos. Assim, para Capra, é a partir da inter-relação entre as diversas partes da sociedade, entre homem-sociedade e homem-natureza, que os problemas e soluções emergem. Assim, podemos presumir que "O ponto de mutação" está atrás de encontrar algo novo, de romper com velhos paradigmas e estabelecer novas ideias, e daí o título da obra e do filme.

Eric Imbimbo - 1º ano Direito noturno

Questão de Método


Francis Bacon é considerado o pai da ciência moderna. Segundo ele, o método científico deve ser sempre empírico, descartando-se todo tipo de teoria ou pensamento filosófico que não possam ser comprovados pela experiência. Ao defender suas ideias, Bacon não poupa críticas nem mesmo à filosofia clássica grega. Para o autor, o objetivo da ciência é o domínio da natureza para que o bem-estar do homem seja alcançado, sendo de sua autoria a célebre frase “saber é poder”. Essa máxima é realidade nos dias atuais, em que o conhecimento científico e tecnológico é instrumento de domínio das grandes potências globais. Entretanto, o método científico proposto por Bacon tem sido criticado atualmente devido a novos questionamentos de nosso século, dentre eles o da sustentabilidade. Consolida-se cada vez mais a ideia de que é necessário gerir os recursos naturais do planeta de maneira sustentável, e pela primeira vez na história consideram-se os efeitos que as ações atuais terão para as gerações futuras.

Por outro lado, o empirismo de Bacon ainda tem efeitos positivos em certos ramos da ciência, dentre eles o jurídico. É preciso pensar o direito como uma ciência social aplicada que não se limita apenas ao que dizem os códigos, mas que também produz efeitos práticos na vida das pessoas – e muitas vezes diversos do que preveem as leis. Dessa forma, o empirismo jurídico é uma maneira de apurar o que, de fato, se efetiva (ou não) do ordenamento jurídico.  

Portanto, o pensamento baconiano, apesar de obsoleto em certos aspectos, é ainda válido em outros. Talvez o ideal seja adaptar o método científico utilizado para cada tipo de objeto de estudo e para cada situação específica e, se necessário, mesclar o que for considerado útil de dois ou mais métodos. O mundo é muito diverso, tratá-lo de maneira uniforme e acrítica pode ser um erro.

Leila Rosa de Oliveira, 1º ano noturno. 

Francis Bacon, fundador do racionalismo científico



Francis Bacon, filósofo, político e considerado pai da ciência moderna ou racionalismo científico, propõe em sua obra "Novo Organum" uma revolução na forma de se estudar e vivenciar a ciência. Tal qual Descartes, Bacon se descontenta com as limitações filosóficas de se manter a ciência apenas como algo no campo das ideias, contrariando a concepção aristotélica.
Dessa forma, Bacon diz que uma interpretação real da natureza só é válida quando esta sofre processos empíricos, apresentando então o método que ele considera válido para o exercício da ciência.
Com tal método, o inglês idealiza o entendimento profundo da natureza, a fim de se obter a dominação da mesma em prol das vontades do homem. Sua proposta é utilizada até hoje pelos cientistas.
Assim como Descartes, portanto, Bacon também propõe uma separação dos métodos e das ciências daquilo que chama de ídolos, que seriam as paixões do homem, as quais atrapalham o pensamento lógico e racional do mesmo. E dessa forma, o conhecimento científico atingiria uma verdade incontestável devido a todos os métodos empíricos que sofreu.

Amanda Segato e Ciscato - 1º ano Direito noturno

Ponto de Mutação


O filme "Ponto de Mutação", dirigido por Bernt Capra, aborda visões de mundo através da ótica de três pessoas com realidades distintas: Jack, um político, Thomas, um escritor, e Sonia, uma física. Através dessas três visões, Capra aborda temas em torno da ciência moderna, como ela ocorre, os problemas que ocasiona, as limitações que aparecem e as novas formas de se fazer ciência que estão surgindo.
Dentre essas formas de ciência, há aquela que propõe que o homem deve ser o senhor da natureza e utilizá-la, manipulá-la de acordo com a sua vontade. Tal ideia é inerente ao discurso de Descartes e Bacon, os quais apresentam métodos para que se atinja a verdade científica. No filme, porém, essa ideia sofre uma contraposição por parte de uma das personagens, que vê tal forma de dobrar a natureza à sua vontade como uma presunção humana, uma tentativa de escravizar tamanha força. E tal presunção acarreta em consequências diretas no cotidiano dos homens, como alterações climáticas, escassez de água, alimentos, entre outros.
Tais relações se colocam como um grande efeito borboleta, no qual uma batida de asas de borboleta pode ocasionar um tsunami em outro hemisfério, e, dessa forma, uma tentativa de dominar a natureza pode acarretar em graves consequências socioeconômicas.

Amanda Segato e Ciscato - 1º ano Direito noturno

A parte pelo todo\ O todo pela parte

     Não se deve analisar o todo pelas partes. Tudo faz parte de um sistema, o qual subdivide-se em sub-sistemas que possuem conexões mais íntimas que pode então ser subdividido novamente e assim sucessivamente. é necessário analisar-se as conexões, porque assim será possível descobrir causas e consequências, e não apenas saber da consequência e agir sobre ela sem que resolva-se efetivamente o problema. Portanto, para resolver-se o problema de pedras nos rins, por exemplo, não se deve apenas extraí-las do paciente, pois a causa deve ser descoberta para evitar futuras outras formações de pedras nos rins. Para que se descubra essa causa, é necessária uma análise geral da vida do paciente, desde seus hábitos alimentares até sua árvore genealógica.
     Por outro lado, após analisar-se o todo, como no exemplo dos cálculos renais, se faz necessária a análise detalhada da parte, pois limitando-se o campo a ser estudado, aprofunda-se o conhecimento no assunto, e, por mais que se perca a noção do todo, a especialização na parte aumenta as possibilidades de encontrar-se uma solução para um problema. Como exemplo podemos citar médicos especializados em determinadas pequenas partes do corpo, como o menisco. Esses médicos deixam de atuar no resto do corpo para se dedicarem somente a uma parte do joelho que é uma parte da perna, e, apesar de perderem a noção do todo, a especialização possibilita a realização de cirurgias que antes não existiam, resolvendo problemas antes insolucionáveis. 


              Victor Borges Dijigow     1° ano direito noturno.

A mudança através da reflexão

O filme ponto de mutação parte da premissa do encontro em um castelo frances entre Sonya,uma cientista desiludida,Thomas um poeta e o candidato a presidência Jack.Neste encontro são discutidas várias e profundas questões filosoficas,politicas e cientificas.Para isso baseiam-se em autores e pessoas notaveis clássicos e  como Isaac Newton,Reene Descartes e Albert Einsten.
Baseado na obra "The Turning Point" do fisico  Fritjof Capra o filme tem como objetivo levar a reflexão. Através de questionamentos,geralmente levantados no filme pelos dois homens e respondidos pela cientista,que busca responder as perguntas  com abordagem  cientifica e racional,os espectadores do filme são levados a rever e refletir sobre suas posições acerca de teorias filosóficas,ecologia,economia,física,politica,entre outros.
Um dos pontos mais interessantes levantados pelo filme é a questão politica.Em certo ponto uma das personagens afirma que os politicos tem uma visão cartesiana do estado que comandam.Ao quebrar problemas em parte,esquecem-se do todo.
Outro importante ponto afirmado no filme é o de que muitos dos problemas atuais derivam de uma crise fundamental,uma que parte da crise de percepção derivada do individualismo da atual sociedade,que leva a sociedade a ignorar problemas como os ecologicos,que afetam o coletivo,mas são ignorados pelo espirito individualista.
Através de conceitos de Fisisca e filosofia a mensagem principal do filme e a de que os problemas enfrentados atualmente pela humanidade só serão sanados quando a cultura individualista e que fragmenta os problemas em pequenos compartimentos individuais for transformada em uma que permita uma visão abrangente e coletiva.Apenas ao atingir este ponto de mudança é que a humanidade poderá avançar em sua caminhada à evolução.




      Novo Método

      Durante muito tempo tem se usado o método baconiano e descarteano de ver o mundo, particionamos os conhecimentos e somos obrigados a provar empiricamente toda suposição.
      No filme, Ponto de Mutação, essa realidade é explicada de forma monótona e didática. Nunca paramos para pensar de onde vem os métodos tão utilizados no nosso dia a dia, nesse filme nos é apresentado de onde vem costumes amplamente difundidos atualmente e que nunca imaginaríamos que datam de tão antigamente.
      Nos julgamos tão evoluídos, e realmente evoluímos muito nos últimos anos, mas até hoje utilizamos métodos antigos e talvez antiquados a modernidade atual. Ponto de Mutação leva a teoria de que precisamos de um novo meio de pensar o mundo, que não podemos dividir os problemas atuais, que estão todos interligados. O maior problema da atualidade seria a falta de perspectiva, a necessidade de dividir para entender leva a uma idéia errônea do todo.

O Ponto de Mutação




                            No filme 'o ponto de mutação' , diversas discussões importantes são levantadas , as quais , discutidas por diferentes tipos de pessoas, gerando assim, em alguns momentos, pontos de vista  antagônicos, mas que acabam sofrendo uma mudança , uma 'mutação' conforme o decorrer do filme, sendo justamente o motivo do nome do filme , o ponto de mutação é a alteração de opiniões dos personagens principais.
                            Dentre as discussões geradas no filme, uma de grande relevância no nosso momento histórico é a questão da sustentabilidade analisada de forma antagônica ao desenvolvimento econômico, principalmente no Brasil, onde há a maior floresta tropical do mundo e é diariamente devastada , gerando lucro para inúmeras empresas , e em contrapartida destrói a vida de várias espécies de animais.
                            É também discutido a respeito do pensamento cartesiano, em que devemos analisar algo dividindo por partes, depois de uma análise de cada parte, entenderemos o todo. Mas esse conceito é considerados por alguns, inclusive a personagem do filme, uma forma de pensamento obsoleto, pois por meio da globalização tudo está conectado e deve ser analisado dessa forma, afim de se obter conclusões mais precisas.
                           Depois de observar e analisar o filme, podemos concluir que a solução de grande parte dos problemas sociais atuais, não vai ser derivada apenas de pensamento científicos, relacionando com uma ciência exata , dividir em partes e resolver questão por questão. mas sim por meio de uma análise geral , tendo como base que estamos inseridos em uma sociedade complexa e dinâmica.                      
  Método Para Seu Tempo

   No nosso dia a dia estamos tão acostumados com a necessidade de provas, experiências, para que acreditemos em alguma coisa que nos parece no mínimo estranhas as descobertas baseadas somente em pensamentos  dos filósofos predecessores a Francis Bacon.
   Em épocas mais distantes a maneira mais comum de se chegar a conclusões/ideias era a dialetica, a suposição de outras idéias. Bacon critica esse conceito, para ele são necessários os sentidos para que interaja com o mundo exterior e por meio desse sentidos se fazer experiências para tirar idéias e conclusões, construção do conhecimento factível.
  Bacon não criou um método infalível mas melhorou a ciência da época, ele inseriu métodos não utilizados, trocando os antigos que já estariam talvez, esgotados.
  Criticou a escolástica, que segundo ele produzia conhecimento inútil, desconsiderou a importância da hipótese e da matemática na ciência, inovou os meios até em tão conhecidos, o que permitiu que se fossem vistos outros pontos muito importantes ao desenvolvimento da época.
Bacon queria romper com as tradições filosóficas da igreja e de seu tempo para criar novas regras para o deselvolvimento do intelecto humano. Estabeleceu novos parâmetros científicos e revolucionou o pensamento de seu período. Aplicava o empirismo como principal marco nas suas avaliações cientificas, sendo razão, imaginação e memória os principais meios para obtenção da verdadeira avaliação da realidade que nos cerca.                                                                                          Ingrid juliane dos santos Ferreira 1 ano noturno
Bacon queria romper com as tradições filosóficas da igreja e de seu tempo para criar novas regras para o deselvolvimento do intelecto humano. Estabeleceu novos parâmetros científicos e revolucionou o pensamento de seu período. Aplicava o empirismo como principal marco nas suas avaliações cientificas, sendo razão, imaginação e memória os principais meios para obtenção da verdadeira avaliação da realidade que nos cerca.                                                                                          Ingrid juliane dos santos Ferreira 1 ano noturno

A natureza ao seu dispor


     Bacon foi um ferrenho critico da filosofia grega com todas abstrações inerentes a ela, pois em sua visão a ciência deve servir ao bem estar do homem, transformando o mundo em seu benefício, facilitando-se a vida. Para isso, são propostos métodos científicos para 'fazer ciência'. 
     A proposta de Bacon rompeu com a visão de ciência que existia até então e, até hoje, tem sua importância, sendo uma das partes constituintes do alicerce científico moderno, juntamente com o pensamento cartesiano entre outros. 
     A experimentação, a partir de bacon, passa a ser a parte mais importante na ciência, o que, sem dúvidas, foi um fator contribuinte para o rápido desenvolvimento cientifico que possibilitou desde a criação de micro-chips até a de ônibus espaciais.
    Em suma, o pensamento inquietante de Francis Bacon foi de vital importância no processo de modernização da ciência como um todo, pois colocou como principal parte de um processo científico a experiência em detrimento de labores da mente que não levam a lugar nenhum.



        Victor Borges Dijigow  1° ano direito noturno.

O novo mundo

Ao nascer,uma criança não traz consigo conhecimentos arraigados.Durante certo período,ela dá os primeiros passos, balbucia certas palavras,brinca,frenquenta a escola e começa a ser alfabetizada. Dessa forma, a tábula (como assevera Locke) vai sendo preenchida e descobre que :“saber é poder” (concepção de Bacon).
Assim, Locke e Bacon defenderam a ideia de que o conhecimento é advindo da experiência, combatendo o inatismo das ideias.Em seu “Novun Organum”,Bacon critica o conhecimento Aristotélico,propondo uma substituição da metafisica até então preponderante.
Contudo,para isso era preciso uma concepção prática de mundo,na qual a mente é regulada por meio de mecanismos da experiência,sendo necessário libertar-se da influencia dos “ídolos” enganadores.

Com a experimentação sem limites era possível alcançar um conhecimento novo,tal qual uma criança, tabula rasa, que cai e levanta quase que instantaneamente, a fim de contemplar suas descobertas, seu novo mundo.    
Gabriela Losnak Benedicto-1º ano Direito noturno