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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Ídolo da modernidade: o método de Francis Bacon

Predominante por dezessete séculos, o saber aristotélico viu-se, progressivamente, substituído por uma nova ciência da natureza. A revolução científica do século XVII teve Francis Bacon como um de seus maiores expoentes. Nascido em Londres, foi educado para a vida política e desempenhou, durante décadas, cargos públicos de grande notoriedade. 
Bacon buscou, por meio do projeto Instauratio Magna, restaurar o domínio do homem sobre a natureza. Para o intelectual, o verdadeiro filósofo deveria permitir o progresso do conhecimento por meio de resultados práticos – pensamento defendido em sua obra mais famosa, o Novum Organum. O método indutivo compreende seis partes: classificação das ciências existentes, apresentação dos princípios de um novo método para conduzir a busca da verdade, coleta de dados empíricos, exemplos de aplicação do método, demonstração do avanço permitido pelo novo mecanismo e, por um fim, um resultado organizado do novo entendimento. 
A divisão do conhecimento, pioneirismo de Francis Bacon, teve sua importância reconhecida por Diderot na primeira edição de sua enciclopédia (Encyclopédie). O método permitiu que os enciclopedistas, enfim, pudessem cobrir, organizadamente, todos os ramos do conhecimento. O inglês também discute em sua obra, contrariando Aristóteles, sobre as falácias lógicas do raciocínio humano: o saber só poderia ser alcançado quando o homem fosse capaz de livrar-se dos "Ídolos" – hábitos que conduzem ao erro como, por exemplo, o uso da ambiguidade das palavras. 
Apesar de contemporâneos, Bacon e Descartes propunham formas distintas de construção do conhecimento. Enquanto este apostava em uma desconstrução matemática através da dúvida, aquele apoiava-se em experimentos que produziam dados suficientes para que, por meio do raciocínio indutivo, fosse possível chegar a leis universais. O desenvolvimento da ciência provou que os dois caminhos se complementam, uma vez que, apesar de propor à existência humana modos de observação, o pensador londrino reconhece a legitimidade da priori
Romper com o aristotelismo levou Francis Bacon a inúmeras possibilidades. O uso organizado e sistemático da observação influenciou uma nova geração de cientistas como Hooke e Immanuel Kant, do inspirado "Crítica da Razão Pura", elevando-o ao patamar de ídolo da modernidade.

Alexsander Alves,
Ingressante do Direito Noturno (XXXII, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais)

ERRAR É HUMANO, MUDAR É PRECISO
Francis Bacon, um dos expoentes da filosofia moderna, é crítico contundente dos pensadores clássicos. Em sua visão, estes são meros retóricos que não acumularam obras em favor do bem-estar da humanidade.
Ele inova ao apresentar um novo método indutivo, que se traduz no trabalho conjunto de razão e experiência. Com base nas relações explícitas e implícitas observáveis no cotidiano do ser humano, trilha-se um novo caminho rumo à verdade da natureza.
“Saber é poder”. Esta afirmação de Bacon propõe a construção do conhecimento acerca da realidade como possibilidade de transformação da mesma em favor do proveito humano. O processo de cooperação de razão e sentidos é bem sucedido quando o homem elimina suas falsas percepções do mundo, chamadas de “ídolos”. Para isso é preciso identificá-las, diz mais o filósofo.
Um dos mais incômodos ídolos da classificação baconiana é o ídolo de foro ou da feira, aquele no qual a linguagem é utilizada num discurso distorcido, que prejudica as relações sociais. Quanto a isso, pode-se citar a cultura de massa propagada nos meios de comunicação. Ao ser consumidor desses canais, não é exigida reflexão sobre informação transmitida, mas é bem comum incentivo de preconceitos e  comodismo frente aos constantes problemas sociais. As manchetes de jornais e seus respectivos textos a respeito das eleições do ano passado e das posteriores manifestações que prosseguiram em 2015 são claro exemplo dessa tendenciosidade midiática.


João Victor Ruiz/1º Ano – Direito Noturno/Aula 3

A Ciência Em Si

Bacon nasce em uma época de grandes transformações no mundo, quando os pensamentos da Renascença são substituídos por uma abordagem científica do conhecimento. O filósofo acreditava que a sabedoria deve provir de experiências, buscando sempre a clareza científica e deixando de lado a fantasia da mente. Em seu mais famoso livro, Novum Organum, faz uma confrontação com essa fantasia, dizendo que tudo aquilo que não se pode ver e sentir não serve para busca pela verdade. Assim, estabelece que a percepção é a porta para uma avaliação fiel da realidade.
Lembrando que o homem está sempre em busca de novos saberes, podemos apontar que o método de Bacon é aplicável a qualquer tempo e pode ser usado por qualquer pessoa. Apesar de o senso comum colocar o fazer científico como uma atividade exclusivamente teórica e restritiva a aqueles que usam a razão em primeiro plano. Bacon refuta isso, acreditando que devemos questionar e testar tudo aquilo que nos traz dúvida e incertezas. Igualmente, Gilberto Gil por meio de sua poesia mostra que as percepções do ser humano são quem guiam a razão para a descoberta de novas leis. Como nos mostra em sua música: 
A Ciência Em Si

Se toda coincidência
Tende a que se entenda
E toda lenda
Quer chegar aqui
A ciência não se aprende
A ciência apreende
A ciência em si

Se toda estrela cadente
Cai pra fazer sentido
E todo mito
Quer ter carne aqui
A ciência não se ensina
A ciência insemina
A ciência em si

Se o que se pode ver, ouvir, pegar, medir, pesar
Do avião a jato ao jaboti
Desperta o que ainda não, não se pôde pensar
Do sono do eterno ao eterno devir
Como a órbita da terra abraça o vácuo devagar
Para alcançar o que já estava aqui
Se a crença quer se materializar
Tanto quanto a experiência quer se abstrair
A ciência não avança
A ciência alcança
A ciência em si


A poesia nos mostra que a ciência ergue-se sobre si mesma, é necessário portanto, um sensível observador da realidade para compreender o mundo em que vivemos.

Gabriela Gandelman Torina
1º ano de Direito Noturno
Aula 3


A observação como fator do Direito Alternativo

             Curioso o modo pragmático dos quais os filósofos estudados se apoiam, considerando a razão. Assim como o primeiro pensador estudado, Descartes, para Bacon a verdade efetiva é também aquela aplicada no âmbito da sociedade, do homem ou da natureza, sem servir como mero exercício da mente. Bacon, o teórico que fundamentará o texto, se opõe ao método aristotélico de tratar a ciência como indagação mais do que experiência, ao afirmar “mostrando-se (Aristóteles) sempre mais solícito em formular respostas e em apresentar algo positivo nas palavras do que a verdade íntima das coisas”.
                Para Bacon, que valoriza a razão empírica, a filosofia tradicional vigente em sua época não servia para o domínio do real, era vaidade dos gregos e direcionava para o senso comum, já que “pouco serviria ao bem-estar do homem”. Em seu método há o estabelecimento dos graus de certeza através da observação dos fatos, rejeição dos sentidos e distanciamento do labor da mente que, guiado meramente pela razão, se ausenta da materialidade da vida e atinge a dialética.
                Conhecendo o Direito, observa-se que este é tradicionalmente moldado em normas técnicas, que não se altera com os aspectos volúveis do tempo, das ordens e da moral. A fim de suprir essa lacuna que causa a constância, surge na modernidade o Direito Alternativo, um movimento político/jurídico que propõe uma ruptura com o modelo jurídico liberal burguês que se conserva. Ele busca novos paradigmas para a ciência normativa, já que pela observação da sociedade sente a necessidade de uma visão mais social e inclusiva no parâmetro jurídico.
                Interpretando o mundo a partir da experiência, o Direito Alternativo busca se expandir transformando a ciência das leis tradicional em verdade funcional, que sirva ao bem –estar do homem, conforme o método. Do mesmo modo que a razão, o direito é factual e deve ser analisado como algo vulnerável ao tempo e às ordens sociais, porque “A verdade não deve, porém, ser buscada na boa fortuna de uma época, que é inconstante, mas à luz da natureza e da experiência, que é eterna”, BACON, Francis.


Karla Gabriella dos Santos Santana - 1º ano de Direito Diurno
Introdução à Sociologia - aula 3
FRANCIS BACON: EXPERIMENTO COMO BASE DO CONHECIMENTO


Conhecido como pioneiro da filosofia empirista, Francis Bacon irá revolucionar a forma de obtenção de conhecimento de sua época, para tanto, estabelece uma crítica a filosofia grega que aplica a ciência como o exercício da mente, porém sem nenhuma aplicação prática na conduta humana, tal como no trecho: “ (...) sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril em obras”. Além disso, Bacon acreditava que para Aristóteles a experiência era escrava da razão, ou seja, as conclusões eram previamente estabelecidas sem a consulta da natureza e do mundo empírico para sua resolução, sendo assim, as afirmações eram feitas de maneira arbitrária. Portanto, a filosofia tradicional não traz uma verdadeira mudança social.
Assim, Bacon acreditava na mudança do método para se obter o conhecimento, no qual a experiência deve guiar a razão, e não ao contrário. Dessa forma, a descoberta científica é guiada pela experimentação. Em contrapartida, tal concepção de busca pelo conhecimento se mostraria inválida para o racionalista Descartes, uma vez que este acreditava que as imperfeições dos sentidos traem a razão resultando em conclusões errôneas. Porém, para Bacon, a antecipação da mente através de analogias de eventos comuns são uma forma de obtenção do senso comum que nem sempre trazem validade cientifica.

Com intuito de explicar os pré-conceitos estabelecidos pela razão, Bacon irá utilizar da ideia de ídolos que são falsas percepções que temos sobre o mundo bloqueando a mente humana de se obter o conhecimento. Quatro ídolos irão representar tais percepções. O ídolo da tribo que é uma característica inerente a condição humana representando a distorção da realidade provocada pela própria mente humana. O ídolo da caverna que representa as influências externas sobre o indivíduo, pode ser exemplificado por suas leituras e educação que irão moldar seu modo de pensar. O ídolo do foro que se refere a influência das associações no pensamento do indivíduo. Por fim, o ídolo do teatro que está vinculado as representações teatrais as quais os indivíduos estão submetidos, como postulados filosóficos.

Beatriz Palma, Direito Diurno.

O Cortiço de Bacon

O método do pai da ciência moderna perdura durante os séculos. O Empirismo e a Metodologia Científica foram criados pelo inglês Francis Bacon, em meados do século XVII, fazendo oposição ao “Labor da Mente” Aristotélico até então vigente. A indução e experiência por observação ganharam tamanha dimensão que a escola literária Naturalista (marcada pela obra “O Cortiço” de Aluísio Azevedo), sofreu grandes influências desses, mesmo após dois séculos da teorização de Bacon. Portanto, considerar “O Cortiço” uma aplicação eficaz da teoria baconiana.
O Naturalismo surgiu na segunda metade do século XIX, rompendo com os laços fantasiosos e alienados do Romantismo, juntamente com o Realismo, inaugurado no Brasil com a obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis. Sua fundamentação consiste em analisar comportamentos coletivos e a influência do meio nestes, sendo seus autores defensores das linhas de pensamento deterministas e evolucionistas. O autor em questão, Aluísio Azevedo na composição de sua obra morou três meses em um cortiço para analisar a rotina do ambiente, sendo assim, seus personagens aproximam-se quase em totalidade da verossimilhança (além de contar com a neutralidade do mesmo neste cosmo, imprescindível à aplicação eficaz do método científico). Ou seja, os dados coletados pela observação e explorados por seus sentidos foram processados pela razão e apena assim puderam compor uma obra efetivamente realística, o que comprova a funcionalidade do empirismo de Francis Bacon.
Outro ponto de análise é a personagem Pombinha. Em “O Cortiço”, Pombinha é uma exceção ao meio degradante, sendo uma das únicas personagens alfabetizadas e de educação regrada aos moldes católicos. Porém, sua conivência com Leoni, uma prostituta de luxo, consistiu em uma fortíssima influência externa, o que desencadeou uma brusca mudança de comportamento, levando a chamada “flor do cortiço” a exercer a mesma atividade de prostituição. Aplicando este exemplo á tese de Bacon, a persuasão que relações sociais ou convivências podem exercer sobre o indivíduo configuram os chamados Ídolos do Foro, os quais são capazes de distorcer a realidade em si, o que seria, contemporaneamente, uma ideologia.
É por sua dinamização que a teoria de Bacon sustenta a si própria dentre o tempo. A avaliação da realidade e sua teoria de regulação da mente por mecanismos de experiência guiam o indivíduo para a racionalidade. Ou seja, a observação do meio de um cortiço e sua interpretação (a experiência sensível em si) não trouxe ao autor deduções apenas pelo pensamento ou sentidos, e sim dados relacionados ao real, como aponta Francis Bacon.


Giulia Dalla Dea Vatiero
Direito Matutino - 1º ano

              Novum Organum ao senso comum atual

Bacon, em sua obra "Novum Organum", diz existir duas vias para investigação e para a descoberta da verdade, as quais ele chama de "Antecipação da Mente" e "Interpretação da Natureza". A primeira é uma forte critica a corrente de pensamento rígido e pouco aberto às nuances da natureza, pois trata-se de um conhecimento já visto antes e impregnado pelo senso comum. Enquanto na segunda, Bacon, descreve como sendo uma via na qual os axiomas que são captados pelo sentido humano ascendem continua e gradualmente até alcançar os princípios realmente verdadeiros.    
É nesse contexto que Bacon diz que a antecipação, como fundamento para o consenso, só pode ser curada levando os homens de encontro aos fatos e suas séries, a fim de que esses se sintam obrigados a renunciar às suas noções e se habituem ao trato direto das coisas. Por isso que ele defende em sua obra que o método para afastar e repelir os ídolos que bloqueiam a mente humana é através da formação de noções e axiomas pelo método indutivo, pois aqueles axiomas criados a partir da dialética são conhecimentos já existentes e que portanto tratam de generalizações abstratas e inúteis.
Contextualizando com a contemporaneidade podemos notar que existe forte culto a um molde educacional do tipo "antecipação da mente" o qual os alunos gozam de pouca liberdade, além de serem minados com conhecimentos que servem de base ao senso comum. Exatamente nessa parte que mora o perigo do modelo adotado, pois tais alunos não desenvolvem senso critico e passam a reproduzir os mesmos erros e preconceitos de seus antepassados, como diz Bacon "O intelecto humano, quando assente em uma convicção (ou por já bem aceita e acreditada ou porque o agrada), tudo arrasta para seu apoio e acordo. E ainda que em maior número, não observa a força das instâncias contrárias, despreza-as, ou, recorrendo a distinções, põe-nas de parte e rejeita, não sem grande e pernicioso prejuízo". 

Matheus Vital Freire dos Santos - 1º ano - Direito Noturno


Paradoxo do quadrado perdido

     Francis Bacon, em sua obra Novum Organum, discute sobre a interpretação da natureza feita pelo homem, "ministro e intérprete" dela. Ao teorizar sobre a ciência e seus resultados obtidos, Bacon aponta erros que decorrem de viciosos procedimentos usados dos métodos então vigentes. Assim, ele se preocupa com a análise de ídolos e falsas noções que bloqueiam a mente humana ao acesso da verdade. 
     De acordo com um dos gêneros, ídolos da tribo, a interpretação da natureza está fundada na concepção de que os sentidos do homem são as medidas das coisas e que, portanto, ela acaba se vinculando a distorções provocadas pela mente humana. Há ainda a interferência dos sentimentos, emoções ou até mesmo da incompetência dos sentidos. Sobre esse aspecto, pode se fazer referência ao paradoxo do quadrado perdido, ou paradoxo de Curry.
     Tal paradoxo consiste em um enigma matemático resultado de uma ilusão de óptica, em que dois triângulos são vistos e formados pelas mesmas peças. Porém, ao serem rearranjadas, um triângulo aparenta ter um pequeno quadrado a menos que o outro.


     Um exemplo, portanto, de Bacon ao dizer que os sentidos, por si mesmos, enganam.


Marina Diniz 1. ano diurno

Os ídolos ainda influenciam a sociedade

Francis Bacon foi um importante filósofo inglês do século XVI, nasceu em 1561 na cidade de Londres e é considerado um dos fundadores da ciência moderna. Em sua obra Novum Organum criticava a filosofia grega, afirmando que esta possuia muitos diálogos e argumentações quase que exclusivamente sobre um plano ideal, com induções e no qual a experiência era escrava da razão. Com isso, não tinham aplicações práticas a realidade e não melhoravam a vida da sociedade. Portanto, nessa obra o autor defende a importância de um método empírico o qual tem na experiência sua base do conhecimento juntamente com o uso da razão.
O pensador propunha a não entrega ao senso comum, as deduções fundadas apenas pelo cotidiano, pelos costumes e não através da experimentação e da razão. Afirmava que a mente não podia guiar-se por si própria e quando tais falsas percepções eram feitas, Bacon as chamava de Ídolos. Com isso, para o absorvimento e construção do conhecimento pautado na realidade era necessária a superação da idolatria.
Bacon divide os ídolos, falsas percepções de mundo, em ídolos da tribo, do foro, da caverna e do teatro. O primeiro se refere à mente humana que através de suas percepções e paixões defendem o que lhe agrada, não estando realmente correto, o segundo é a influencia familiar e social a qual o homem esta inserido, o terceiro é a influencia da educação e da classe social do homem e o quarto vinculam-se as representações teatralizadas e impregnadas de equívocos e superstições como a religião e a astrologia. Esses ídolos interferem na construção do conhecimento, portanto é necessária a superação destes.

O texto do filósofo é atual, pois tais ídolos, como Bacon se referia, ainda atuam e influenciam a sociedade moderna dos dias de hoje na tomada de decisões e na vida em geral. Desta maneira, para o autor era necessário, através do seu método da experimentação regulada pela razão, a libertação do homem de tais ídolos para assim o conhecimento ser pleno e haver a dominação da natureza e da vida pelo homem.

Despertar da (in)consciência

O grito negro abafado
O sangue da mulher derrubado
Toda sexualidade reprimida
É culpa sua, e dos seus ídolos
Seu desprezo, a sua cólera
O tom vociferante do seu pastor
Falam da bíblia, de Deus
Fingem que falam do amor
Sua visão é ofuscada
Sua percepção distorcida
Repete tudo que te dizem
Como a multidão na torcida
Os ídolos que te cegam
Te alienam da realidade
Podem ser parte intrínseca sua
Mas amarram toda a sociedade
Sejam da tribo, da caverna
São como cabresto em olhos despidos
Do teatro, do foro
Todos ideais falidos
Deixe que fiquem para trás
Enxergue além da neblina
Entenda que quem precisa de paz
É toda forma de minoria
Escute de fato a voz da razão
Lute pelos que realmente carecem
Enfrente quem só faz opressão
Dê a mão aos que padecem.

Gabriella Di Piero
1º ano de Direito - diurno

Introdução à Sociologia, Aula 3

Bacon na atualidade

    Filósofo, escritor e político inglês, Bacon procurou classificar as ciências e explicar seu próprio método de classificar a natureza. Assim como Maquiavel, foi quando se afastou da política e se recolheu em suas terras que produziu a sua obra mais famosa: "Instauratio Magna Scientiarum”.
    Para o autor, a noção de ciência na época não significava necessariamente inovação, uma vez que ele acreditava que o conhecimento alcançado se devia muito mais às tentativas e à sorte que à própria ciência. Além disso, via a ciência como o acúmulo de descobertas passadas. Também procurou descrever os ídolos (fatores responsáveis pelos erros cometidos na ciência), classificando-os em quatro grupos: os ídolos da raça; os ídolos da caverna; os ídolos da vida pública; os ídolos da autoridade.
   Bacon também afirma que quando uma pessoa se dispuser a dar uma opinião acerca de um assunto, não se deve fazer de maneira superficial ou leviana,  mas com amplo conhecimento do tema. Muito temos de aprender com Bacon ao notarmos as opiniões extremamente superficiais e baseadas apenas no senso comum emitidas nas redes sociais. Além dessas serem, muitas vezes, caracterizadas como discurso de ódio.
   No que parece uma crítica à retórica, que busca à vitória sobre os adversários por meio de argumentos, Bacon preza pelo conhecimento da verdade e na vitória sobre a natureza como forma de alcançar o conhecimento. Do mesmo modo, os políticos brasileiros se utilizam da retórica para defender seu pontos de vista em relação aos políticos adversários e para ganhar maior apoio. Porém, muitas vezes, pouco fazem de concreto para o benefício da sociedade.

Sofia de Almeida Antunes
1° Ano Direito - Noturno



Caroline Setti
1º ano - Direito Noturno