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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Método marxista e o sucateamento da educação 

    O método marxista caracteriza-se pelo movimento do pensamento através da materialidade histórica da vida dos homens em sociedade. Segundo essa teoria, os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais ou econômicas da sociedade. Tudo se relaciona e pode ser explicado através dos fatos materiais. O Importante para Marx é a captar detalhadamente, as articulações dos problemas em estudo, analisar as evoluções e rastrear as conexões entre os fenômenos que o envolvem.
      Esse método se baseia na interpretação da realidade, podendo ser utilizado na investigação dos mais diversos aspectos da sociedade.  Dessa forma, dentre as muitas colocações de Marx, as relativas a educação é muito interessante e importante, apesar de não conferir o foco principal do seu pensamento.
      A educação na sociedade capitalista, é segundo Marx um elemento da manutenção da hierarquia social. A igualdade política é meramente formal e não passa de uma ilusão, uma vez que a desigualdade social é concreta e inequívoca.  Atualmente a situação não é diferente da vivida por ele.
    De acordo com a concepção socialista, a educação deveria ser algo hegemônico, transformador, tendo o ser humano e a dignidade como ponto de referência. No entanto o atual sistema educativo, principalmente brasileiro, confirma o que Marx já anunciava, uma exclusão baseada na dominação. 
   Valendo-se do método marxista, ou seja, da síntese de elementos que leva a precariedade da educação é possível elencar uma série de vantagens capitalistas que colaboram para o esculacho do sistema educativo. O proletariado sem uma educação de qualidade não conquista sua consciência do sistema de classe, sua consciência política, não promove reflexões acerca da saúde, das condições de trabalho, não questiona e vende sua força de trabalho para, no máximo, continuar trabalhando. 
   Sendo assim, são extremamente importantes a concepção e o método de Marx, visto que seu método permite compreender os problemas sociais, não como um fim em si mesmo, mas sim como o amontoado de questões que permite a alienação e a formação de instrumentos de manutenção do sistema capitalista.


Jéssica Xavier
1 ano noturno

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          Ser ou não ser – disse o príncipe da Dinamarca –, eis a questão – completou. Ser ou não ser, questionou-se um homem que, travando uma batalha contra seus demônios internos, entre a loucura e a sanidade, pulsava por uma resposta, por sua própria confissão, pela verdade. Ser ou não ser – é uma reflexão, representa o legado impetuoso que há séculos consome o sono da humanidade. O calor que esquenta o ser, a alma que inquieta a angústia da escolha. É o réu, o juiz e a sentença que condena e acorrenta do mais rico ao mais pobre ao mesmo destino miserável.
           A humanidade é Sísifo, rolando pedra montanha a cima, dia após dia, sem, no entanto, obter progresso algum. É paradoxal. É o amor, que é fogo que arde sem se ver. É a dor que não se sente. Contentamento… É forjada do caos, do acaso natural, da sorte e do azar, e busca a paz nas guerras, harmonia nas divergências e respostas nas equações físicas.
           A grande questão, ei-la: é ser e não ser, ao mesmo tempo, simultaneamente. Essa luta existencial constante, cria vida e morte. Dentro de cada um, de cada coisa, há além das aparências. Os objetos são em si e para si. Uma cadeira é uma cadeira, mas ao mesmo tempo é produto, resultado de trabalho, reflexo de um modo de produção capitalista, global e em larga escala. Para uns representa a liberdade do conhecimento acadêmico, para outros a prisão de ser apenas another brick in the wall.
          Mas deve-se ir sempre além das aparências. Porque aquilo que num instante se vê, no outro já não existe mais. Pois o cruel Chronus é também o novo Aeon. E o paradoxo, fardo da existência, cruz da humanidade, dádiva em viver, beleza e poesia de ser e não ser. Nem Marx, nem Engels foram tão originais assim. É o Yin Yang, heráclitos de novos tempos.

Pedro Guilherme Tolvo - direito noturno
           

"As revoluções são a locomotiva da história"

/ Tese do grego θέσις: 'posição', 
 / Antítese do grego para "oposto à criação", do ἀντί "contra" + θέσις "posição"
  / Síntese: Do grego Syn, junto e Tithenai, colocar.


                                                         Tese, Cuba, anos 50.


Antítese, Cuba, 1959

Síntese, Cuba, séc XXI


Tese, Cuba, séc XXI.

Antítese, Cuba, anos 2000.




Síntese, Cuba, 2014-atuais


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As múltiplas transformações permanentes e as lutas constantes é que plasmam o presente, o que vivemos hoje é fruto de conquistas e tensões do passado e o hoje pode não ser mais o mesmo amanhã. Assim como nossas células não são mais as mesmas daqui 30 segundos, a história do humana vive em constante mutação, tão próximos da natural e ao mesmo tempo tão distinto dela. 


Tese, Irã, 1974



Antítese, Irã, 1979


Síntese, Irã, 79-atuais






"Tudo que é sólido se desmancha no ar"
MARX, Karl.

Victor Hugo Xavier, 1° Direito-noturno.