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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Até quando?

Felizmente ou infelizmente o tema sobre do aborto está de volta, principalmente por causa da votação da PEC 181. Incrivelmente, há quem a defenda. Sim, acredite! Principalmente a bancada evangélica, por se tratar de "uma vida". E tem, também, pessoas, lúcidas, que repudiam essa ideia.
Segundo Bourdieu, o direito viria para inibir, teoricamente, grandes conflitos: “interpretação regulada de textos unanimemente reconhecidos”. Essa é a questão, não é unanimemente reconhecido. Além disso, não está acontecendo, no Brasil, a universalização proposta pelo autor, até porque há uma disparidade ideológica entre ou doutrinadores entre si, e até mesmo entre os operadores.
Olhando pela ótica reacionária, geralmente, as pessoas que rechaçam a ideia do aborto citam o artigo 4.1 do pacto de San Jose da Costa Rica, que diz: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida.  Esse direito deve ser protegido pela lei [...]”. Agora uma mulher gerar um filho de um estuprador não é desrespeito a vida dela? E mesmo correndo risco de vida, a mulher tem que continuar a gravidez, segundo a PEC 181 que prevê o não aborto irrestrito.
A bancada evangélica compartilha da mesma opinião, porém, esquecer de ler a própria bíblia que em 1Coríntios 6:12 diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.”; ou seja, dá o livre-arbítrio. Mas, não são todos os cristãos que compartilham de tal opinião, mulheres católicas foram a manifestação, na cidade de São Paulo, protestar contra a PEC181 no dia 13/11/2017, como fica evidente na imagem acima.

Em suma, há uma nuvem de retrocesso no ar e cadê os doutrinadores para acabar com tal ato? Cadê a leitura correta do Pacto de San Jose? Cadê a leitura correta da Bíblia? Cadê a liberdade? É incrível como não há liberdade, não há escolha! Livre-arbítrio no próprio corpo é um sonho. Até quando essa opressão vai durar? Mil anos? Um dia? 

Gustavo Maciel Gomes - 1 ano - Noturno

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